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27 de Março, 2000 10:27 PM hora de Nova York (0327 GMT)
Encontrados Mais 74 Corpos de Fiéis de Culto de Uganda

Vizinhos acompanham a exumação dos corpos  

RUGAZI, Uganda -- Prisioneiros sob guarda armada encontraram na segunda-feira os corpos parcialmente decompostos de mais 74 pessoas, entre elas várias crianças, em uma vala comum na propriedade de Dominic Kataribabo, um dos líderes da seita apocalíptica Restauração dos Dez Mandamentos de Deus, em Rugazi, no sudoeste de Uganda. A seita está envolvida em crimes que podem totalizar 700 mortes.

Muitos cadáveres - 48 adultos e 26 crianças, incluindo 2 bebês - apresentavam ferimentos de facadas e outros tinham tiras de pano ou cordas em volta de seu pescoço e foram enterrados há aproximadamente três meses.

Teme-se que sejam mais de 700 as vítimas da seita, cujos líderes aparentemente vinham matando sistematicamente seus seguidores há vários meses.

Segundo a polícia, outra parte da propriedade, onde se acredita que deva haver mais corpos, será escavada esta terça-feira pelos prisioneiros de uma penitenciária local.

Na sexta-feira, a polícia encontrou 153 cadáveres enterrados em uma casa abandonada usada pela seita apocalíptica perto do vilarejo de Buhunga, que apresentavam sinais de terem sido espancados ou estrangulados.

As covas foram descobertas em um raio de 80 quilômetros do vilarejo de Kanungu, onde cerca de 500 integrantes da seita morreram ao atearem fogo no templo em que se haviam trancado, no começo do mês.

Inicialmente, a Polícia tratou o incêndio em Kanungu como um suicídio coletivo, mas agora diz que parece ter sido o ápice de uma política sistemática de extermínio dos integrantes da seita.

(Copyright Reuters. Todos os direitos reservados)

Fonte: http://www.cnnbrasil.com/2000/mundo/africa/03/27/seita.reut/index.html 


Assassinato em Massa, e Não Suicídio

KANUNGU, Uganda. A descoberta de valas coletivas com corpos enterrados e a constatação de que 78 crianças estão entre centenas de mortos encontrados reforçaram a suspeita de que foi na verdade um assassinato em massa o que de início era considerado um dos maiores suicídios coletivos dos últimos tempos. O número de seguidores de uma seita apocalíptica mortos sexta-feira no incêndio de uma igreja pode passar de 500. Eles teriam sido atraídos ao templo sem saber que morreriam.

Os membros da seita Movimentos pela Restauração dos Dez Mandamentos de Deus rezaram e entoaram cânticos durante horas, na igreja. Depois, espalhou-se gasolina no templo, que foi incendiado. A tragédia aconteceu na remota vila de Kanungu e chocou os ugandenses. Foram contados 330 cadáveres, mas o número de mortos pode passar de 500 porque muitos foram destruídos pelo fogo.

Os corpos carbonizados foram enterrados ontem numa vala coletiva junto à igreja, sem que pudessem ser identificados. Quando isto acontecia, foram descobertas cinco covas coletivas na horta da igreja, fechadas com cimento ainda fresco. Em uma delas, havia pelo menos 20 corpos. As outras não foram abertas.

- Vimos cinco corpos na superfície e, quando iluminamos a cova com uma tocha, notamos que havia muitos outros por baixo. Como não estavam feridos, achamos que podem ter sido estrangulados ou envenenados - afirmou Richard Opora, funcionário da saúde pública de Uganda.

A polícia disse ter aberto uma investigação de assassinato porque muitos mortos eram jovens demais para participar de um suicídio coletivo. Além disso, portas e janelas da igreja haviam sido trancadas com pregos, possivelmente para impedir a fuga dos seguidores. Foram encontrados indícios de que membros da seita foram envenenados.

A polícia disse não ter certeza se o líder da seita, o ugandense Joseph Kibwetere, de 68 anos, morreu no incêndio. Ex-ativista político, ele fundou o culto há 13 anos, quando disse ter ouvido - e gravado em fita cassete - um diálogo entre Jesus e a Virgem Maria. A seita se baseava no diálogo.

- Na fita, a voz de uma mulher diz que o mundo está sofrendo porque as pessoas não estão seguindo os Dez Mandamentos. Ela diz que os mandamentos devem ser seguidos, do contrário o mundo vai acabar - disse a freira católica Stella Maris, que vive perto de Kanungu.

Kibwetere anunciara que o mundo acabaria em 31 dezembro passado e pediu a seus seguidores que vendessem tudo o que tinham e dessem o dinheiro à seita.

- Eles deram o dinheiro aos líderes que encheram sacos de banana-passa com dinheiro falso e os queimou - disse Paul Kwesigago, funcionário do Governo.

Como o mundo não acabou, os seguidores passaram a pressionar o líder a devolver seu dinheiro. Kibwetere fez, então, nova previsão de que o mundo acabaria sexta-feira passada, quando a igreja foi incendiada e os fiéis morreram. Vestindo suas melhores roupas, eles haviam saído de vários lugares, de ônibus, carros e caminhões. Antes, despediram-se de amigos dizendo que seriam levados ao paraíso pela Virgem Maria.

- Foi tudo planejado pelos líderes. Não acho que todas aquelas pessoas planejavam morrer - disse Rutenda Didas, administrador regional de Kanungu.

Nos últimos meses, o Governo de Uganda dissolveu vários grupos religiosos no país. A seita de Kibwetere estava sendo investigada por abuso e seqüestro de crianças, segundo uma rádio queniana. O jornal ugandense "New Vision" informou que autoridades haviam ordenado o fechamento de uma escola para 300 alunos fundada por líderes da seita. Pais de estudantes haviam acusado o líder do culto de submeter seus filhos a tarefas muito duras.

http://www.oglobo.com.br/arquivo/mundo/20000321/mundo50.htm


23 de Março, 2000 4:51 PM hora de Nova York (2151 GMT)
Líder de Seita Religiosa Suicida de Uganda pode Estar Vivo

Ruínas da igreja onde ocorreu o suicídio em massa  

KAMPALA -- O líder de uma seita religiosa de Uganda que levado centenas de adeptos a um suicídio em massa, não tomou parte no ritual e fugiu com sua assistente, assegurou um jovem que se salvou casualmente da morte.

Ahimbisibwe disse que viu quando Joseph Kibwetere, líder do Movimento para a Restauração dos Dez Mandamentos, e sua assistente, a ex-prostituta Gredonia Mwerinda, abandonaram o local do suicídio portando pequenas bolsas.

A Polícia estima que 530 pessoas morreram no incêndio deflagrado na igreja.

"Kibwetere e Gredonia rezaram por nós na quinta-feira à noite e abandonaram o acampamento", disse ao jornal New Vision o rapaz de 17 anos, cuja mãe e irmã se encontravam entre as vítimas do incêndio.

Ahimbisibwe revelou que deixou o complexo onde ficava a igreja nas primeiras horas da sexta-feira em busca de comida e, quando voltou, encontrou centenas de cadáveres carbonizados.

Mas o porta-voz da Polícia, Assuman Mugenyi, rechaçou a possibilidade de que Kibwetere e outros líderes do movimento estejam vivos.

"Duvido que continue vivo, pois é impossível que ache um local onde se refugiar depois de cometer tamanho crime", declarou.

O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, disse nesta quinta-feira que os ugandenses era propensos a aderir a seitas religiosas devido ao grande sentimento de frustração e desesperança diante de problemas como o da aids, desemprego e pobreza.

Museveni anunciou que seu Governo iniciará uma investigação sobre o incidente de Kanungu, vilarejo que fica 360 quilômetros a sudoeste de Kampala.

Com informações da Reuters

Fonte: http://www.cnnbrasil.com/2000/mundo/africa/03/23/ugandalidervivo/index.html 


Sexta-feira, 24 de março de 2000 15:00:00
Polícia de Uganda Diz que Novas Vítimas da Seita são 153


Reuters

KAMPALA - A polícia de Uganda encontrou os cadáveres de 153 pessoas enterrados em uma propriedade usada pela mesma seita cujos membros morreram em um incêndio na semana passada, disse a Polícia Militar local na sexta-feira.

O representante parlamentar local, Jim Muhwezi, havia dito anteriormente que foram encontrados 163 corpos

Os corpos foram encontrados em Buhunga, a cerca de 60 quilômetros da igreja em Kanungu, onde mais de 500 membros da seita morreram quando foi ateado fogo à igreja uma semana atrás, disse à Reuters Muhwezi.

A polícia disse que a descoberta acena com novos fatos no incêndio de Kanungu, que agora é tratado como assassinato de massa. A polícia também disse acreditar que os líderes da seita fugiram.

"Todos os corpos pertencem a pessoas que foram provavelmente assassinadas", disse um porta-voz da polícia à Reuters, acrescentando que algumas vítimas foram estranguladas. "Outras tinham feridas em torno da barriga e outras indicações de que teriam sido feridos com facas usadas para cortar cana".

Entre as vítimas, há 59 crianças, das quais a maioria é meninas.

Eles podem estar no local "há cerca de um mês", disse. "Mas alguns deles parecem ter morrido recentemente, e o sangue ainda estava escorrendo".

http://www.bol.com.br/noticias/destaques/2000/03/24/0030.html


Sexta-feira, 24 de março de 2000 13:03:00
Mais 163 Corpos de Seguidores de Seita são Achados em Uganda


Reuters

KAMPALA - A polícia de Uganda encontrou os cadáveres de 163 pessoas enterrados em uma propriedade usada pela mesma seita cujos membros morreram em um incêndio na semana passada, disse a Polícia Militar local na sexta-feira.

Os corpos foram encontrados em Buhunga, a cerca de 60 quilômetros da igreja em Kanungu, onde mais de 500 membros da seita morreram quando foi ateado fogo à igreja uma semana atrás, disse à Reuters Jim Muhwezi.

"Eles devem ter morrido em questão de semanas passadas", disse Muhwezi. "Aparentemente, em todos os lugares que eles tinham uma igreja, houve mortes."

Muhwezi disse que a polícia local havia encontrado 20 corpos em uma vala e o restante em uma maior, mas os policiais continuavam escavando.

A descoberta reforça as suspeitas de que as pessoas em Kanungu - que, ao que se pensava inicialmente, teriam cometido um suicídio em massa - foram de fato assassinadas pelos líderes.

Autoridades disseram que o culto, cujos membros achavam que o mundo iria acabar no início do milênio, usava cinco sedes em Uganda. Não houve relatos de escavações nas demais sedes até agora.


22 de Março, 2000 10:02 PM hora de Nova York (0302 GMT)
Polícia de Uganda já Estima em 530 os Mortos em Ritual

Os líderes do culto, em foto de 1995  

KAMPALA, Uganda (Reuters) -- A Polícia elevou, nesta quarta-feira, para 530 o número de mortos no incêndio de Uganda.

As vítimas incluem pelo menos 78 crianças, cujas mortes estão sendo tratadas como assassinatos, segundo autoridades do país, que estão às voltas com inúmeras teorias sobre os motivos que levaram os membros da seita a colocar fogo na própria igreja.

A Polícia disse que um dos líderes do culto comprou 40 litros de ácido sulfúrico alguns dias antes da tragédia.

Ao ser misturado com gasolina, especialistas dizem que o ácido se torna altamente inflamável e explosivo, formando um gás venenoso quando queimado. Esta é uma causa provável para a explosão e o incêndio que tomaram conta da igreja na última sexta-feira, dia 17 de março.

A Polícia disse, ainda, que Dominic Kataribabo, um ex-padre católico, comprou duas latas de 20 litros com o ácido no dia 12 de março.

Ele teria dito ao comerciante que precisava do produto para usar em baterias de carro. Nenhuma bateria de carro foi encontrada nas ruínas da igreja na remota cidade de Kanungu. Os policiais, no entanto, encontraram, no local, um tambor vazio que pode ter sido usado para armazenar a gasolina.

"Está confirmada a compra do ácido, mas ainda estamos aguardamos a palavra dos peritos para saber se ele foi usado no incêndio", afirmou o porta-voz da polícia, Assuman Mugenyi.

O número exato de mortos pode jamais ser conhecido. Centenas de corpos queimados foram lançados por tratores em uma vala comum, na segunda-feira. Mugenyi disse que policiais que estiveram no local acreditam que 530 membros da seita morreram no incêndio.

Inicialmente, acreditava-se que a tragédia teria sido um ritual de suicídio coletivo. Mas a Polícia resolveu considerar como assassinatos pelos menos as mortes de 78 crianças.

Muitos parentes dos mortos dizem duvidar de que todos os membros do "Movimento pela Restauração dos Dez Mandamentos de Deus" tivessem concordado em participar da cerimônia.

Na terça-feira, corpos em decomposição de seis homens foram encontrados em uma fossa da igreja.

Médicos legistas afirmam que essas seis pessoas foram aparentemente assassinadas um pouco antes do incêndio.

Mugenyi disse que seria muito difícil identificar os corpos devido ao estado de decomposição. Outros corpos foram encontrados enterrados em uma horta da igreja, mas a Polícia disse que eles morreram bem antes da tragédia e, provavelmente, de causas naturais.

"Temos que examinar esses corpos ainda", comentou Mugenyi. "Suspeito que são sete ou oito pessoas entre crianças e adultos", disse Mugenyi. "A seita não permitia tratar doenças com medicamentos, apenas com orações", completou Mugenyi.

Familiares e ex-membros do grupo dizem que a vida na seita era rigorosa, com os líderes proibindo relações sexuais e forçando os fiéis a trabalhar duramente sem receber salários.

A Polícia acredita que o líder da seita, Joseph Kibwetere, de 68 anos, morreu no incêndio. Eles também disseram que já identificaram os corpos de dois auxiliares do líder, incluindo Kataribabo.

(Copyright Reuters. Todos os direitos reservados)

Fonte: http://www.cnnbrasil.com/2000/mundo/africa/03/22/uganda1.reut/index.html


20 de Março, 2000 11:30 PM hora de Nova York (0430 GMT)
Autoridades se Mobilizam para Interditar Culto Suicida em Uganda

Os corpos carbonizados serão enterrados em vala comum  

KAMPALA -- As autoridades estão se mobilizando para interditar o que restou de um culto religioso em Uganda apontado como o responsável pela morte de mais de 300 pessoas durante o fim de semana.

Stephen Okwalinga, comandante regional da Polícia, informou que as buscas continuam e que o número exatos de mortos já chega a 330, incluindo 78 crianças.

As vítimas, membros do Movimento pela Restauração dos Dez Mandamentos de Deus, morreram na sexta-feira ao se reunir aparentemente para celebrar um culto e depois atear fogo ao prédio.

Com os tratores escavando uma vala comum, psiquiatras e teólogos citaram pobreza, Aids e a inflexibilidade da Igreja católica como os possíveis fatores que estão contribuindo para o aumento do número de cultos no país.

O enterro dos membros da organização religiosa, que morreram em sua própria fazenda (próxima a Kanungu, a 350 quilômetros de Kampala), continuará nesta terça-feira. As autoridades tratavam o caso como um suicídio em massa, um dos maiores dos últimos tempos.

Gerard Banura, um teólogo da Universidade de Makerere, culpou a Igreja por ignorar os líderes do culto que já existe há 10 anos, todos ex-católicos, quando não concordavam com alguma parte da missa.

"A Igreja católica cometeu um erro ao isolar essas pessoas", disse Banura.

Banura informou que os três líderes do culto religioso foram suspensos pela Igreja por não aceitarem receber a comunhão de pé, preferindo ficar de joelhos.

O catolicismo foi a primeira religião cristã estabelecida em Uganda.

O ministro do Interior Edward Rugumayo disse na segunda-feira que a Polícia encontrou 330 mortos, entre eles 78 crianças do incêndio de sexta-feira e que o grupo mantinha em um pequeno escritório documentos com os nomes de quase mil membros.

A Polícia revelou que foi impossível separar os corpos, que derreteram por causa do calor intenso provocado pelo fogo.

As mortes ocorreram em uma época de paz e relativa prosperidade para a nação africana, depois de anos de anarquia e guerra civil.

O Dr. Florence Baingana, chefe da divisão mental do Ministério da Sáude, acredita que as pessoas que viveram durante o cruel regime de Idi Amim são naturalmente vulneráveis.

"As pessoas têm esses vazios em suas vidas -- vazios espirituais -- e procuram maneiras diferentes de preenchê-los".

Fonte: http://www.cnnbrasil.com/2000/mundo/africa/03/20/ugandaculto/index.html 


19 de Março, 2000 8:44 PM hora de Nova York (0144 GMT)
Uganda: Número de Mortos em Ritual Pode Passar de 600

O que restou do templo após o incêndio  

KAMPALA -- A Polícia de Uganda revelou que o número de mortos no suicídio em massa dos integrantes de uma seita apocalíptica pode passar de 600. Até este domingo, foram confirmadas 235 vítimas fatais no incêndio que arrasou o templo do chamado "Movimento para a Restauração dos Dez Mandamentos de Deus".

Citando fontes das autoridades ugandenses, o jornalista Simwogerere Kyazze, do The Sunday Monitor, disse que muitas mulheres e crianças se encontravam entre os participantes do ritual macabro, ocorrido na última sexta-feira no vilarejo de Kanungu.

Os seguidores da seita passaram várias horas cantando antes de colocarem fogo no templo.

"Testemunhas contaram que ouviram algumas pessoas berrando, mas tudo foi muito rápido", declarou o porta-voz da Polícia, Assuman Mugenyi, após visitar o local, a 320 quilômetros da capital, Kampala.

"Antes do incidente, o líder da seita mandou que seus seguidores vendessem tudo o que tinham e se preparassem para ir para o paraíso", acrescentou.

A Polícia está tratando o caso tanto como suicídio e como homicídio, já que havia crianças entre as vítimas. "Muitas crianças foram levadas até lá por seus pais", concluiu o porta-voz.

Uma fonte anônima da Polícia contou à agência Associated Press que alguns seguidores da seita foram atraídos para o templo. Homens e mulheres venderam seus pertences, vestiram roupões brancos, verdes e pretos e seguiram para o templo com seus filhos.

Ainda não é sabido se o líder da seita, Joseph Kibweteere, também morreu no incêndio. Ele havia previsto que o mundo acabaria em 31 de dezembro de 1999; mais tarde, mudou a data para 31 de dezembro de 2000.

Moradores de Kanungu contaram ao jornal The Monitor que Kibweteere, ex-membro da igreja católica, começou a pregar sermões no vilarejo em 1994.

Habitantes de Kanungu cheiram ervas aromáticas para suportar o odor dos corpos queimados  

De acordo com testemunhas, um cheiro de gasolina se espalhou pelo vilarejo e, pouco depois, houve a explosão que provocou o incêndio no templo. Alguns seguidores da seita, segundo vizinhos, sacrificaram o gado e fizeram jejum durante uma semana.

Este foi o segundo maior suicídio em massa da história. Em 1978, 914 seguidores da seita do reverendo Jim Jones morreram envenenados na Guiana.

Em Uganda, seitas violentas já foram motivo para muitos incidentes, o que levou as autoridades a exigir, no ano passado, que seguidores de qualquer culto religioso se cadastrem junto ao Governo.

Entre as vítimas do incêndio de sexta-feira, porém, havia muitos seguidores recém-chegados, que ainda não tinham se cadastrado.

Em setembro passado, na região central do país, a Polícia desbaratou uma seita, a "Último Aviso da Mensagem Mundial", e seus líderes foram acusados de estuprar, seqüestrar e aprisionar seus seguidores.

No final da década de 80, um culto cristão radical e violento, o "Movimento do Espírito Santo", se espalhou por áreas pobres do norte de Uganda. Centenas de simpatizantes do grupo morreram em ataques suicidas contra as tropas do Governo, iludidos pela imortalidade causada por um "óleo mágico".

Seu grupo sucessor, o Exército da Resistência do Senhor, ainda mantém uma guerra de guerrilha, alegando querer governar o país com base nos Dez Mandamentos. Mas o grupo ficou notório por seqüestrar milhares de meninos e meninas, que servem como soldados e escravas sexuais, e por atrocidades freqüentes contra a população.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com/2000/mundo/africa/03/19/seita/index.html 


Líder de Seita que Matou 235 Fiéis Deixou a Igreja Católica em 94

Religiosos de Uganda morreram queimados em um incêndio provocado

KAMPALA - Pelo menos 235 seguidores de uma seita apocalíptica do sudoeste de Uganda morreram no incêndio provocado pelo seu líder num templo anteontem à noite, informou ontem a polícia. As autoridades locais disseram que os membros do Movimento de Restauração dos Dez Mandamentos de Deus sacrificaram seu gado e passaram uma semana comendo, tomando refrigerantes e cantando músicas religiosas, informou o jornal independente "The Monitor''.

O líder do culto, identificado como Joseph Kibweteere, estava prevendo que o mundo acabaria em 31 de janeiro último, mas estendeu o prazo em um ano. Não se sabia até ontem se Kibweteere morreu no incêndio ocorrido no pequeno centro comercial Kanungu, a 250 quilômetros de Kampala, a capital de Uganda.

Católico dissidente

Vizinhos do templo disseram ao "The Monitor'' que sentiram cheiro de gasolina e viram e ouviram a explosão que incendiou o templo. Não ficou claro se o incêndio teve início quinta-feira ou anteontem. Entre os mortos estão alguns policiais. A seita se registrou oficialmente diante do governo em 1997. Segundo moradores de Kanungu, Kibweteere começou a pregar em 1994, depois de abandonar a Igreja Católica.

Um policial que pediu para ficar no anonimato disse que tinha razões para acreditar que Kibweteere atraiu seus seguidores ao templo e iniciou o incêndio, mas não quis entrar em maiores detalhes. "Penso que a tragédia obriga o Estado a estudar o problema dos cultos e tomar medidas para proteger as pessoas de seus líderes'', declarou o chanceler Amama Mbabazi ao jornal oficial "Sunday Vision''.

Cultos extremistas

No último ano, o governo deu início a uma investigação de vários cultos similares. Em setembro, a polícia fez uma batida numa favela onde moravam 1.000 membros da Doutrina da Fraternidade e encontrou 24 cadáveres já decompostos em covas superficiais perto da favela em Bokoto, 45 quilômetros ao norte de Kampala.

Segundo testemunhas locais, o líder do culto ofereceu a seus seguidores um lugar no céu em troca de um pagamento em dinheiro. Os homens deviam entregar suas mulheres e estas tinham que se declarar solteiras antes de ingressar na seita.

Em setembro passado, autoridades de Uganda puseram na ilegalidade outra seita e seus líderes foram acusados de estupro, seqüestro e cárcere privado. Em novembro, a polícia tinha realizado uma blitz num acampamento em Nutsi, no distrito de Sembabule, sede de um profeta adolescente que disse que se alimentava apenas de mel. (AP)

Fonte: http://www.estaminas.com.br/exterior/031901.htm 


Sábado, 18 de março de 2000 17:03:00

"Adventistas" Mortos em Suposto Suicídio Coletivo em Uganda Chegam a 235

Reuters

MBARARA, Uganda - Pelo menos 235 pessoas morreram em Uganda, incluindo dezenas de crianças, num dos maiores rituais de suicídio em massa de uma seita apocalíptica já vistos na História. "Há pelo menos 235 mortes confirmadas mas deve haver mais mortos entre os queimados -- mulheres, crianças e homens", disse o porta-voz da polícia, Assuman Mugenyi à Reuters ao visitar o local onde ocorreu o suicídio de sexta-feira.

Os seguidores da seita "Movimento para o Retorno dos Dez Mandamentos de Deus" trancaram-se numa igreja na manhã de sexta-feira e, depois de entoar cantos por horas, atearam fogo a seus próprios corpos. Segundo o policial, os corpos, de tão carbonizados, estão irreconhecíveis. Eles foram levados para serem analisados por especialistas no domingo.

Trata-se do segundo maior suicídio em massa da história. Apenas um suicídio, em 1978, foi maior que esse. Naquela época, o paranóico reverendo norte-americano Jim Jones conduziu 914 pessoas à morte aos fazê-las beber cianureto misturado a um suco de fruta. Em setembro último, a polícia ugandesa desmantelou outra seita apocalíptica com mais de 1.000 membros chamada a "Última Advertência da Mensagem Para o Mundo".

Os líderes da seita foram acusados de estupro, seqüestro e confinamento ilegal.

Fonte: http://www.bol.com.br/noticias/destaques/2000/03/18/0016.html 


18 de Março, 2000 3:23 PM hora de Nova York (2023 GMT)
Mais de 200 Pessoas Morrem em Ritual Suicida em Uganda

KAMPALA, Uganda (CNN) -- Um grupo que pode ter até 230 seguidores de uma seita apocalíptica ugandense se suicidou ateando fogo aos corpos, informou neste sábado a polícia, no segundo maior suicídio coletivo do mundo.

Membros do pouco conhecido culto chamado "Dez mandamentos de Deus" se reuniram na sexta-feira numa igreja 300 quilômetros a sudoeste da capital Kampala, disse à Reuters um porta-voz da polícia. Depois de várias horas entoando cânticos, acenderam as chamas. "Antes dessa reunião, o líder disse aos seus seguidores que vendessem todos seus pertences e se preparassem para ir para o céu", explicou o porta-voz. 

O policial acrescentou que as informações quanto ao número de vítimas são contraditórias, mas que o saldo mínimo seria de 100, e o máximo de 230. Não se conhecem ainda os pormenores da cerimônia e do incêndio.

Só um caso de suicídio coletivo, acontecido em 1978, deixou mais vítimas que este. Naquele ano um pastor norte-americano paranóico, o reverendo Jim Jones, induziu ou forçou 914 adeptos da sua seita a beber suco de fruta misturado com cianureto em Jamestown, na Guiana. Os membros do grupo que se negaram a beber foram mortos a tiros. Sobre seu altar havia uma inscrição que dizia "Aqueles que esquecem o passado estão condenados a repetí-lo".

Nos anos recentes, vários casos de suicídios coletivos em grupos menores vêm sendo registrados na Europa e nos Estados Unidos, três dos quais foram realizados por membros da seita Templo do Sol, que acreditava que a morte por suicídio ritual conduzia a um novo nascimento.

Em setembro a polícia norte-americana desarticulou outro culto apocalíptico, a seita "Última advertência da Mensagem para o Mundo", com mais de mil membros. Os dirigentes foram acusados de violação, seqüestro e confinamento ilegal.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com/2000/mundo/africa/03/18/uganda/index.html 

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