Direto da Redação da CPB - 1
(O Decreto de Bush)

Depois de um confuso processo eleitoral, George W. Bush finalmente assumiu a presidência dos Estados Unidos, no dia 20 de janeiro. Em seu primeiro discurso, apelou à unidade nacional, realçando a necessidade de resgate dos valores morais, dentre os quais citou a cortesia, a coragem, a compaixão e o caráter. E não demorou para tomar as primeiras decisões: suspendeu a execução de algumas das últimas medidas tomadas por seu antecessor, Bill Clinton, e decretou o domingo como um "Dia Nacional de Oração e Ação de Graças".

Evidentemente, não se trata da lei dominical apontada na profecia. Há um curso profético em andamento, construído por Deus, que não será atropelado. Ademais, segundo algumas opiniões, o decreto alude apenas ao domingo seguinte ao sábado em que ocorreu a cerimônia de posse. Portanto, não serve para alimentar disposições alarmistas. Mas também não pode ser visto com a indiferença característica do servo infiel que, administrando irresponsavelmente os negócios do seu patrão, pensa: "o meu senhor tarde virá" (Luc. 12:45).

O fato de que o presidente dos Estados Unidos tenha tocado nesse ponto reveste-se de grande importância. Com um papel fundamental a desempenhar na consumação dos eventos finais, a nação norte-americana é reconhecida por sua democracia, que mantém separados os assuntos da Igreja e do Estado. Ao estabelecer um domingo como dia de orações e ação de graças, Bush o impõe antidemocraticamente a outros grupos religiosos que não o observam como dia de adoração; e sinaliza que, conforme está predito, a separação das duas instituições não terá vida longa.

George Bush, depois de uma vida agitadíssima durante a juventude, quando era tido como a ovelha negra da família, diz, em sua autobiografia, ter mudado radicalmente em 1985, ano em que garante ter encontrado a Cristo e descoberto a fé. Hoje, o presidente está bem alinhado com a chamada "direita cristã" dos Estados Unidos, que reúne religiosos conservadores.

Segundo um dos seus assessores, "Deus e sua relação com Deus estão no coração do que Bush é como pessoa pública e privada." Lê a Bíblia todos os dias, reza com seus conselheiros espirituais, ao telefone, e cobra dos seus auxiliares a freqüência à missa. Marvin Olavsky, um dos seus mais próximos auxiliares, dá sua opinião a respeito da religiosidade do chefe: "Apesar de ter descoberto a fé um pouco tarde, a religião é um elemento essencial da concepção política de Bush. Estou certo de que será um elemento chave durante seu mandato".

Com seu decreto, o presidente dos Estados Unidos também reabre a oportunidade para um debate iniciado por Harold Lindsell, em 1976. Em maio daquele ano, o então diretor da revista Christianity Today escreveu um artigo no qual externava não apenas seu ponto de vista, mas o dos seus pares evangélicos, membros da organização Lord's Day Alliance (Aliança do Dia do Senhor), defensora da guarda do domingo. A proposta de Lindsell era a suspensão de todas as atividades seculares nesse dia, para que fosse dedicado exclusivamente à adoração. As razões apresentadas por ele como fundamento para sua idéia eram as vantagens espirituais, morais, sociais, econômicas e ecológicas para a nação.

Graças à orientação divina, somos informados de que uma lei dominical será promulgada com a intenção de resolver três problemas que afetarão os Estados Unidos e, por extensão, todo o mundo: a crescente onda de imoralidade, corrupção política sem precedentes e aumento das calamidades naturais. Vinte e cinco anos depois da proposta de Lindsell, todos sabemos como estão o mundo e a nação norte-americana em relação a esses aspectos. O quadro realça a importância do decreto de Bush, especialmente quando o consideramos no contexto do seu discurso de posse, que, como já foi mencionado anteriormente, foi mais apelativo aos valores morais e espirituais do que à política.

Para o sincero investigador das profecias, não há dúvida de que o palco do último ato do drama da História já se encontra em adiantado estágio de montagem. O script é conhecido e não haverá retoques. Os protagonistas agem nos bastidores, prontos para entrar em cena. O Diretor do espetáculo, o Senhor da História, tem o momento determinado para entrar em ação. Não haverá adiantamento nem tardança.

Precisamos estar preparados para o grande clímax, bem atentos ao conselho de Paulo: "E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está agora, mais perto do que quando no principio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências" (Rom. 13:11-14). -- Zinaldo A. Santos é editor das revistas Ministério e Vida e Saúde. Este artigo foi transcrito da edição deste mês de março de 2001 da Revista Adventista, pág. 38.

Dica:
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