4 Curiosidades Sobre o Dízimo que Seu Pastor Nunca Lhe Contou

 

Por muito tempo, acreditei que a doutrina dos dízimos fosse aplicável aos crentes da nova aliança, embora algo me parecesse injusto neste jugo financeiro que a igreja nos impunha. Mesmo sendo uma instrução de origem divina, dar-se ia o caso de a liderança da IASD havê-la adaptado aos seus interesses egoístas, tendo em vista que em tal esquema não se leva em consideração a situação econômica dos irmãos?

Exige-se, de forma linear, uma contribuição de 10%, tanto de pobres e miseráveis, quanto de ricos e abastados, e o produto dessa “derrama” é revertido na manutenção dos altos privilégios da classe dominante.

Mesmo que para alguns esta fórmula de contribuir para manutenção de sua instituição religiosa, pareça justa e matematicamente correta, moral ou ética não o é, uma vez que exigir o mesmo percentual (10%) de ricos e pobres, resulta em tirar dos pobres aquilo que já lhes é insuficiente para sua sobrevivência, enquanto que dos ricos exige-se muito menos do que aquilo que lhes sobra.

A titulo de exemplo, imaginemos que a renda suficiente para a sobrevivência de uma família de cinco pessoas seja de R$ 1.000.00 mensais, e que uma determinada família, constituída por cinco pessoas, aufira mensalmente uma renda de apenas R$ 300.00 reais. Logo, teria de pagar um dizimo de R$ 30.00 e ficaria com um líquido de R$ 270,00, os quais seriam insuficientes para sua manutenção já que lhe faltariam R$ 730.00 para que atingisse o mínimo necessário.

Agora, avalie a situação de uma outra família, também constituída por cinco membros e com uma renda mensal de R$ 3.000.00. Sua contribuição em dízimos seria de R$ 300,00. Deduz-se então que a mesma estaria contribuindo do excesso de R$ 2.000.00, que ultrapassam o suficiente para sua sobrevivência.

Quantas vezes ao me dirigir, em companhia do pastor de minha igreja, em visita aos irmãos humildes, que moravam em residências de condições subumanas, eu ficava constrangido e sentia vontade de solicitar ao pastor que estacionasse seu luxuoso carro em lugar distante dos olhos daqueles pobres, os quais haviam, a custo de seu sangue, subvencionado aquele supérfluo bem pastoral! Bem ao contrario dos pioneiros líderes do movimento do advento, os quais davam suor e sangue em serviço à membresia.

Foram fatos como esses que me induziram a empreender um estudo bíblico minucioso sobre o assunto das finanças na causa de Deus, o qual resultou nas considerações publicadas na internet: http://www.Adventistas.Us/downloads/nova_apostila_dizimo.doc. Nesse texto, chegamos inevitavelmente às seguintes conclusões:

1) NO SISTEMA VETERO-TESTAMENTÁRIO DOS DÍZIMOS, HAVIA COMO FUNDAMENTO BÁSICO A APLICAÇÃO SOCIAL. ISTO É, A CONTRIBUIÇÃO EM PRODUTOS AGRÍCOLAS, EXIGIDA SOMENTE DOS LATIFUNDIÁRIOS, ERA DISTRIBUÍDA AOS POBRES, VIÚVAS, ESTRANGEIROS, ÓRFÃOS E LEVITAS.

2) JESUS OU SEUS DISCÍPULOS NUNCA ENSINARAM OU EXIGIRAM O CUMPRIMENTO DA LEI DOS DÍZIMOS, UMA VEZ QUE TAIS PRINCÍPIOS SOMENTE SE AJUSTAVAM A ESTRUTURA SÓCIO-RELIGIOSA E FUNDIÁRIA DO ANTIGO ISRAEL.

3) O NOVO SACERDÓCIO DOS CRENTES NEO-TESTAMENTÁRIOS ABOLIU TEXTUALMENTE A VELHA ORDENANÇA DOS DÍZIMOS (ver Hebreus 7.12)

4) POR ISSO, A CONTRIBUIÇÃO NA FORMA DE DÍZIMOS JAMAIS FOI EXIGIDA NA IGREJA APOSTÓLICA.

Heráclito Fernandes da Mota, Membro da IASD Central de João Pessoa-PB.

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