Para Reflexão: Como Explicar
o Estrondoso Sucesso do Filme The Passion?
EGW
Contrasta Desempenho de Ator Famoso com Sermões Ineficazes
"Em certa ocasião, estando o
célebre ator Betterton a jantar com o Dr. Sheldon, arcebispo de Cantuária, este
lhe disse: 'Faça o obséquio de dizer-me, Sr. Betterton, por que é que os atores
afetam tão poderosamente o auditório, falando-lhes de coisas imaginárias?'
'Senhor', respondeu Betterton, 'com a devida submissão a vossa Graça, permita
que lhe diga que a razão é clara: tudo consiste no poder do entusiasmo. Nós,
no palco, falamos de coisas imaginárias como se elas fossem reais; e vós, no
púlpito, falais de coisas reais como se fossem imaginárias.'" --
Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 255.
O mesmo incidente é mencionado no
livro Educação, à pág. 233, e outras compilações posteriores:
"Um importante elemento no
trabalho educativo é o entusiasmo. Quanto a este ponto, há, em uma observação
feita certa vez por um célebre ator, uma útil sugestão. O arcebispo de Cantuária
fizera-lhe a pergunta por que os atores em uma representação interessam seu
auditório tão poderosamente falando de coisas imaginárias, enquanto os ministros
do evangelho muitas vezes tão pouco interessam aos seus, falando de coisas
reais. 'Com a devida submissão a V.Exa.', replicou o ator, 'permita-me dizer
que a razão é clara; está no poder do entusiasmo. Nós, no palco, falamos de
coisas imaginárias como se fossem reais, e vós outros, no púlpito, falais de
coisas reais como se fossem imaginárias.'"
"O
conhecimento existente no mundo pode ser adquirido, pois todos os homens são
propriedade de Deus e são usados por Ele para cumprir Sua vontade em
determinados aspectos, mesmo que rejeitem o homem Cristo Jesus como seu
Salvador. A maneira pela qual Deus usa os homens nem sempre é discernida,
mas Ele o faz. Deus dotou os homens de talentos e capacidade inventiva, a fim
de que seja efetuada a Sua grande obra em nosso mundo. As invenções da mente
humana parecem proceder da humanidade, mas Deus está atrás de tudo isso. Ele
fez com que fossem inventados os rápidos meios de comunicação para o grande dia
de Sua preparação." -- Fundamentos da Educação Cristã, pág. 409.
Deus Usará Meios que nos Surpreenderão
"Permiti-me dizer-vos que
o Senhor trabalhará nesta última obra de um modo muito fora da comum ordem de
coisas e de um modo que será contrário a qualquer planejamento humano.
Haverá entre nós os que sempre desejarão dominar a obra de Deus, para
ditar até que movimentos se farão quando a obra avançar sob a direção do anjo
que se une ao terceiro anjo na mensagem a ser dada ao mundo. Deus usará
maneiras e meios pelos quais se verá que Ele está tomando as rédeas em Suas
próprias mãos. Surpreender-se-ão os obreiros com os meios simples que Ele
usará para efetuar e aperfeiçoar sua obra de justiça." -- Testemunhos Para
Ministros, pág. 300.
Podemos nós
condenar um astro de Hollywood que se retira de cena para dizer que o verdadeiro
e maior herói de todos os tempos é Jesus Cristo?
Seria possível
que alguém estivesse sendo exagerado demais ao descrever os sofrimentos
experimentados em nosso lugar pelo Filho de Deus?
Quantos
milhões de litros de sangue de cordeiro foram derramados para ilustrar vivamente
a futura morte de Cristo durante os rituais do sistema sacrifical de Israel?
Quantos
"contatos missionários" Mel Gibson poderá relatar a mais que eu e você?
"A Paixão
de Cristo" chega antes aos camelôs
Cópias piratas do
filme são negociadas no centro de São Paulo por R$ 10. Ontem, a comunidade
israelita protestou contra a produção
São Paulo -
Ainda
falta uma semana para o polêmico filme de Mel Gibson, A Paixão de Cristo,
chegar às telas no Brasil. Mas ele já está em cartaz no Centro da cidade, onde
dezenas de camelôs vendem livremente o DVD do filme desde terça-feira. A
reportagem do JT foi conferir como andavam as vendas na tarde de ontem.
Logo na primeira parada, na Rua 24 de maio, o vendedor disse que só tinha mais
uma cópia do filme. Ele contou que já havia vendido todos os outros 10 DVDs que
tinha reservado para comercializar ontem.
O longa, que mostra como foram as últimas 12
horas de vida de Jesus Cristo, é vendido por R$ 10. Os camelôs garantem a
qualidade da imagem e até entregam um cartão de visita com contato para troca do
produto em caso de defeito. As imagens, porém, não têm a mesma definição que
aquelas exibidas por um DVD original. Mas a qualidade também não deixa a
desejar, embora as cópias venham com duas legendas ao mesmo tempo: em inglês e
português, pois o filme é todo falado em aramaico. E o DVD tem até propaganda do
produtor pirata na parte inferior da tela.
Em La Paz, capital da Bolívia, o filme já
estreou clandestinamente nos bairros pobres da cidade com ingresso a R$ 0,70,
que inclui um salgadinho de milho de brinde. Por causa da pirataria, a estréia
do filme teve que ser antecipada para 25 de março, e não 1º de abril. No Brasil,
o filme estréia na próxima sexta, com censura para menores de 14 anos. No
entanto, no México, a censura é de 18 anos, o que vem causando protestos dos
distribuidores, alegando que esta decisão incentiva a pirataria.
Protestos -
A polêmica em torno de A Paixão de Cristo também já estreou no Brasil.
Ontem, a Confederação Israelita do Brasil e a Federação Israelita do Estado de
São Paulo divulgaram nota oficial protestando contra o filme. Para o presidente
da federação, Jayme Blay, a A Paixão contém "inverdades históricas" e alimenta o
preconceito e a animosidade contra os judeus. "No filme, os romanos, que
representavam um império tirano e sanguinário, são retratados de forma até
simpática. Enquanto isso, os judeus, que aparecem como responsáveis pela
crucificação de Jesus, ostentam um poder que jamais tiveram, o de condená-lo à
crucificação", afirmou Blay.
Fonte:
http://www.estadao.com.br/divirtase/noticias/2004/mar/12/28.htm
Nem «A Paixão» nem o
Evangelho são anti-semitas declara o porta-voz vaticano
Em resposta à comunidade judaica de Roma que pedia um
pronunciamento de condenação
CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 11 de março
de 2004 (ZENIT.org).- O porta-voz da Santa
Sé considera que não se pode dizer que o filme «A Paixão de Cristo», de Mel
Gibson, é anti-semita, pois então o Evangelho também seria.
Joaquín Navarro-Valls fez estas declarações em resposta ao pedido do
rabino-chefe de Roma, Riccardo Di Segni, que após ter assistido na terça-feira
ao filme pediu que o Vaticano condenasse oficialmente a película, pois «nos faz
regressar a uma época anterior ao Concílio Vaticano II».
O diretor do Departamento de Informação da Santa Sé afirma, em declarações
publicadas esta quinta-feira pelo diário romano «Il Messaggero», que «o filme é
uma transcrição cinematográfica dos Evangelhos. Se fosse anti-semita, os
Evangelhos também seriam».
«Não se pode esquecer que o filme está repleto de personagens judaicas
“positivas”: desde Jesus até Maria, de Cirineu a Verônica, incluindo a multidão
comovida, etc…», sublinha.
«Se uma história assim fosse anti-semita, implicaria um problema de diálogo
judaico-cristão, pois equivaleria a afirmar que os Evangelhos não são
históricos. Deve-se dar conta da seriedade destas afirmações», insiste.
O fato de que não tenha havido declarações oficiais, continua esclarecendo
Navarro-Valls, não significa que a Igreja condene o filme, mas sim que «não há
nada de anti-semita. Do contrário, o haveriam denunciado» tanto o Papa, que viu
o filme entre 5 e 6 de dezembro, como seus colaboradores na Santa Sé.
«A declaração “Nossa Aetate” (do Concílio Vaticano II na qual se pronuncia
contra o anti-semitismo, ndr.) foi exposta pela Igreja Católica e, se neste caso
não reagiu, quer dizer que não viu motivos para isso», explica. «Do contrário, a
hierarquia haveria falado: seja o Vaticano, sejam os episcopados locais».
Navarro-Valls revela que já faz algum tempo que Abraham Foxman, da
Anti-Defamation League, veio a Roma para manter contatos com o Vaticano sobre o
tema.
«O arcebispo John P. Foley, presidente do Conselho Pontifício para as
Comunicações Sociais, respondeu-lhe: “não vejo nada neste filme que possa ser
considerado como anti-semita”», revela o porta-voz.
«O secretário da Comissão para as Relações Religiosas com o Judaísmo, o padre
Norbert Hofman, explicou (a Foxman) que a Igreja se pronunciou contrária ao
anti-semitismo com a declaração “Nostra Aetate”, conclui.
Fonte:
http://www.zenit.org/portuguese/visualizza.phtml?sid=50462
Sofrimento de Cristo
transcende efeitos cinematográficos, segundo bispo brasileiro
Dom Orani João Tempesta, O.Cist, assistiu ao filme «A
Paixão de Cristo» esta terça-feira
BRASÍLIA, quinta-feira, 11 de março de 2004 (ZENIT.org).-
Para o bispo presidente da Comissão para a Cultura Educação e Comunicação Social
do episcopado brasileiro, o sofrimento de Jesus Cristo ultrapassa as sangrentas
imagens produzidas com efeitos cinematográficos.
Dom Orani João Tempesta deu seu parecer sobre o filme «A Paixão de Cristo», de
Mel Gibson, em artigo publicado pela CNBB
(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) esta quinta-feira. O bispo assistiu
à película em uma sessão especial realizada para religiosos em Brasília, essa
terça-feira, pela distribuidora Fox.
«A paixão de Jesus transcende a duas horas de tela de cinema. Seu sofrimento
ultrapassa as sangrentas imagens produzidas com efeitos cinematográficos. A
imagem busca apenas transportar ao espectador uma leitura facilitada dos textos
bíblicos que narram a vida do Mestre, Caminho, Verdade e Vida», afirma o
prelado.
Segundo Dom Orani, «o novo filme de Gibson se aproxima bastante das perícopes
bíblicas que relatam sua morte e ressurreição. Como todo artista, Gibson busca
rechear sua história com sua criatividade própria. O filme é sobrecarregado de
imagens muito fortes, mostrando a dor e violência conseqüentes da tortura,
peculiaridade própria deste grande diretor».
O bispo afirma que as imagens de dor e violência marcam a película do início ao
fim. «Pode ser que haja até um exagero no uso da força para mostrar um Jesus
histórico que na sua divindade mostrou possuir um “coração valente” (“Brave
Heart”) para suportar os açoites dos soldados romanos antes de abraçar a cruz.
Fica difícil acreditar que um homem “normal” teria sobrevivido a tantos golpes,
chicotadas, coroa de espinhos e outras formas de tortura. Mas, é justamente aí
que entra a criatividade cinematográfica, já que a película aceita tudo», diz.
«A trilha sonora e a fotografia hipnotizam o espectador, que atento acompanha o
desenrolar dos fatos bíblicos condensados em apenas duas horas de duração, para
mostrar a eternidade do gesto de amor de Jesus Cristo que doa sua vida pela
humanidade», afirma o bispo.
Fonte:
http://www.zenit.org/portuguese/visualizza.phtml?sid=50467
"A paixão de
Cristo" segundo Mel Gibson
12/03/2004
Dom Orani João Tempesta, O.Cist
Bispo Presidente da Comissão para a Cultura
Educação e Comunicação Social
A humanidade inteira já teve a oportunidade de ver muitos filmes de cineastas
consagrados interpretando a vida, paixão, morte de Jesus Cristo. Agora, mais uma
vez, nos deparamos com uma nova produção, sobre Jesus Cristo, feita pelo cinema.
Desta vez, é o famoso diretor australiano Mel Gibson que busca interpretar com
suas lentes as últimas doze horas de Jesus Cristo, antes de sua crucifixão e
morte, com seu filme “A Paixão de Cristo”.
A paixão de Jesus transcende a duas horas de tela de cinema. Seu sofrimento
ultrapassa as sangrentas imagens produzidas com efeitos cinematográficos. A
imagem busca apenas transportar ao espectador uma leitura facilitada dos textos
bíblicos que narram a vida do Mestre, Caminho, Verdade e Vida.
De fato, o novo filme de Gibson se aproxima bastante das perícopes bíblicas que
relatam sua morte e ressurreição. Como todo artista, Gibson busca rechear sua
história com sua criatividade própria. O filme é sobrecarregado de imagens muito
fortes, mostrando a dor e violência conseqüentes da tortura, peculiaridade
própria deste grande diretor.
As imagens de dor e violência marcam a película do início ao fim. Pode ser que
haja até um exagero no uso da força para mostrar um Jesus histórico que na sua
divindade mostrou possuir um “coração valente” (“Brave Heart”) para suportar os
açoites dos soldados romanos antes de abraçar a cruz. Fica difícil acreditar que
um homem “normal” teria sobrevivido a tantos golpes, chicotadas, coroa de
espinhos e outras formas de tortura. Mas, é justamente aí que entra a
criatividade cinematográfica, já que a película aceita tudo.
A trilha sonora e a fotografia hipnotizam o espectador, que atento acompanha o
desenrolar dos fatos bíblicos condensados em apenas duas horas de duração, para
mostrar a eternidade do gesto de amor de Jesus Cristo que doa sua vida pela
humanidade.
Importante ressaltar, que no meio de tanta crueldade, coube espaço para mostrar
alguns momentos de ternura, como por exemplo, ver a presença de Maria, sua Mãe,
em muitas cenas, sempre acompanhando a dor de seu Filho, mostrando mais uma vez
seu afeto maternal que também se estende à humanidade, quando o próprio Jesus,
na pessoa do discípulo João – representando ali toda humanidade – afirma já
cravado na cruz: “Mulher, eis ali o teu filho”. E ainda, o discurso de amor,
bondade, misericórdia e perdão ensinados pelo Mestre Galileu, até morrer na
cruz. Não se pode esquecer ainda, que, o filme é gravado em língua aramaica, e
latim, resgatando os idiomas usado por Jesus Cristo.
Com certeza, este filme, apesar de brutal e sangrento, despertará em muitos uma
maior aproximação à leitura dos Evangelhos, para refletir melhor sobre os fatos
que levaram Jesus à morte.
O que não se sabe, são as reais intenções do diretor Mel Gibson, que mesmo
fazendo com que Jesus Cristo seja novamente personagem central das atenções nos
cinemas de todo o mundo, investe milhões de dólares para mostrar, com requintes
de tortura, os últimos momentos daquele que só ensinou o Amor e a Verdade a
todos.
Brasília, 10 de março de 2004.
Fonte:
http://www.cnbb.org.br/ddview.php?notid=3557&dataid=2004-03-12
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