Sonhei com o Presidente da Conferência Geral...

Foi numa noite, penso que quase ao amanhecer, tomado talvez por uma insônia que me deixou por horas a fio lendo sem prestar bem atenção no conteúdo da leitura, e num dado momento me deparei com uma página da Revista Adventista que me fez perder definitivamente o sono. O resto da noite passei em claro, ou cochilando, ou delirando, não sei bem explicar.

No artigo que acabava de ler, parecia que estava vendo a cena de Moisés no deserto dizendo ao povo que já bastava de ofertas, que havia ouro suficiente para o tabernáculo do Deus verdadeiro.

O autor era o Presidente da Conferência Geral, que dava as razões pelas quais não mais deveríamos enviar fundos para a Organização, e enumerava-as mais ou menos assim:

  1. Já temos o suficiente para custear a administração

  2. Os campos estão bem servidos de pessoal, de imóveis e financeiramente estão equilibrados

  3. Nossa missão é administrar a pregação do evangelho e não devemos dispor de pessoal para se ocupar de finanças extras

  4. Não devemos aplicar excedentes no mercado financeiro sob o risco de alimentar empresas produtoras de bebidas alcoólicas, fumo ou outros artigos nocivos a saúde ou fabricantes de material bélico e até mesmo empresas ligadas ao movimento de Nova Era

  5. As igrejas e os campos locais, além de mais carentes, têm maior facilidade de identificar as necessidades da própria comunidade, impedindo assim que haja desvio de função destes valores

  6. Havendo necessidade emergencial, sabemos que basta fazer um apelo e teremos imediatamente a resposta dos campos mundiais.

Nas palavras do Presidente, era facilmente identificada a doçura e a dedicação de um santo homem. Este ungido do Senhor exortava o povo do advento a pregar com mais dedicação e empenho sobre a breve volta de Jesus e em seu discurso dizia que estava preocupado em salvar o maior número possível de almas.

Também mostrou-se preocupado com os já convertidos ao advento e a estes dirigiu um apelo final solicitando mais consagração e dedicação. Salientou a necessidade de nos entregarmos totalmente para a causa, descartou a fidelidade parcial ou percentual e com autoridade vinda do alto declarou que deveríamos entregar todos os nossos recursos; financeiros inclusive. Falou que Cristo,  representando o sacerdócio de Melquisedeque exigia entrega total e incondicional e como exemplo falou dos discípulos que deixaram tudo e seguiram o Mestre, falou da viúva que deu tudo, falou também do moço rico que se entristeceu por ter que dar tudo.

Concluiu seu artigo falando da alegria de dar tudo para o Mestre.

Fiquei totalmente atordoado com a idéia de não enviar mais recursos para a Organização e ao mesmo tempo pasmo com a cobrança de entregar tudo, não um dízimo, mas a totalidade de meus bens, e meditando na parábola dos talentos e na história de Ananias e Safira, vi-me envolto em uma confusão mental, mas nitidamente sentia-me chamado para uma consagração total de minha vida. Agradeci aos céus por uma mensagem tão simples e ao mesmo tempo tão tocante e cheia do Espírito.

Enquanto pensava em como organizaria minha vida religiosa e como administraria meus bens ao serviço da causa, ouvi uma doce voz, vindo de alguém que parecia estar preocupada comigo:

-- O senhor está se sentindo bem?

Abri os olhos e vejo em pé ao meu lado uma pessoa muito bonita, toda vestida de branco, com um rosto angelical inesquecível, mesmo agora ao escrever estas palavras sinto como se eu a estivesse vendo.  Esta pessoa sorri para mim e diz:

-- O senhor bateu a cabeça na pia, esteve desacordado por algumas horas e por isto está aqui neste hospital. -- OP.

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