A emoção foi muito grande; Não sei se nesta vida verei de novo o
que testemunhei hoje, aqui no Lar
de Maria, em Macaé, RJ. Estamos em pleno CIPE (I Curso Intensivo
de Preparação de Evangelizadores).
O auditório estava lotado de gente, pois à noite, além dos alunos,
muitos espíritas de Macaé e das cidades vizinhas vêm participar.
Especialmente conosco hoje estava o médium Peixotinho. Após as
efusivas manifestações de alegria pelo reencontro com os irmãos e
amigos, as tarefas programadas para a noite começaram com uma aula prática.
Eram 20 horas e tudo corria bem. Tive que ir ao dormitório pegar
algo para a próxima aula e, quando estava voltando, as luzes se
apagaram. De fora do prédio, percebi que toda a cidade estava no escuro
e apressei-me para entrar no auditório, pois poderiam precisar de mim.
Encontrei com o prefeito da cidade, que saía apressado para verificar o
que se passava. Vi clarões
dentro do auditório e pensei em fogo. Entrei no escuro e vi também
luzes estranhas espocarem acima de nossas cabeças. Eram pequenas bolas
luminosas, azuis, amarelas, douradas, que iam
aumentando e explodiam como fogos de artifício silenciosos.
Era um lindo espetáculo mediúnico, com luzes materializadas. Pitágoras
Vallory, de Alegre, ES, teve sua
camisa molhada com perfumes de rosa, enquanto pedras brancas e roliças
(seixos) caíram nas pessoas que estavam sentadas adiante. O espírito
Zé Grosso e, depois, Scheilla manifestaram-se pelo médium Júlio César
G. Ribeiro e conversaram com as pessoas.
A médium Maria de Lourdes Cordeiro Silva (Lulu) também estava
presente e, segundo os próprios espíritos, houve uma combinação dos
recursos mediúnicos desses três médiuns para que pudessem produzir
todos aqueles efeitos, tendo em vista que a saúde do Peixotinho, que
também estava presente, não vai lá muito bem.
Peixotinho permaneceu sentado e quieto, mais ou menos no meio do salão,
e, de vez em quando, avisava o que os espíritos pretendiam fazer. As
luzes continuavam a espocar acima de nossas cabeças. Lulu Silva, com
sua vidência, percebeu quando os espíritos chegavam, trazendo recursos
espirituais para esse ou aquele companheiro.
Foi uma festa verdadeiramente pentecostal, com luzes vindas do céu e
tudo (Atos 2,3). A festa durou quase uma hora, quando tudo voltou ao
normal. Uns choraram de emoção, outros mostravam-se pasmos e alegres,
os médiuns saíram do transe e a energia elétrica voltou. Depois
soubemos que, na usina, não se descobriu causa para o blackout que
cobriu toda a cidade de Macaé.
É claro que não pude acompanhar todas as manifestações ocorridas
aqui hoje. Amanhã conversarei com outras pessoas para obter mais dados
sobre o ocorrido. Mas é certo que os espíritos informaram ser ocasião
oportuna para que pudessem, com essa manifestação, injetar
ânimo novo e reforço espiritual em muitos daqueles professores e
alunos, que iriam ter pela frente tarefas assumidas quando estavam ainda
no mundo espiritual, principalmente no campo da evangelização espírita
infanto-juvenil. A espiritualidade, que age em nome de Deus,
nunca deixa de
atender aos objetivos úteis, mesmo em momentos aparentemente festivos.
- L. Palhano Jr.
Fonte: http://www.lachatre.com.br/diario1.htm |