Afinal, a Mensagem de
1888 Foi Aceita ou Rejeitada?
(Resposta a um Sermão Ouvido em 08/11/2003)
Para sermos precisos, devemos reconhecer que, apesar de decorridos 115
anos, a mensagem ainda não atingiu a consciência adventista, como um todo.
Se realmente omos hoje 14 milhões, apenas uma reduzidíssima porcentagem conhece algo deste
ensinamento. Mesmo pouquíssimos dos nossos ministros a conhecem.
Nossa pesquisa, junto aos nossos pastores, revelou que, no IAE ou IAENE, os
teologandos nada lêem — nem estudam — de Waggoner e Jones. Como poderiam conhecer a
mensagem deles, sem ter lido nem estudado nada do que eles escreveram? E mesmo nem há
qualquer livro deles disponível em português. Tão somente aprendem uma ‘outra’
‘Justiça de Cristo pela Fé’, mas que nada tem a ver com a mensagem de Minneapolis;
e então saem a campo crendo que ‘está tudo bem com 1888’.
Assim supõe-se que “Há paz e segurança”
quanto ao assunto, quando a realidade é bem outra. --
1a Tess. 5.3. Leia mais a
respeito em 2 Testestemunhos Seletos – Ellen G. White –, págs. 62-71.
No entanto, podemos asseverar que a Mensagem da Justificação Pela Fé de
1888 não foi rejeitada pela maioria da igreja, porque, de fato, a
mensagem ainda nem sequer chegou até ela, a maioria! Não devemos, porém, tentar
esconder uma outra triste e lamentável realidade: A maioria, dos que, até hoje,
tiveram contato com ela, rejeitou-a, combateu-a e impediu que se alastrasse, por
motivos que não compete a nós julgar. Ser sincero e reconhecer um fato real não é nem
pecado nem ofensa a ninguém.
É um fato constrangedor o que nos aconteceu desde 1888, mas não somos nós
seus juizes. Contudo, repetimos: esta ‘maioria,’ que a rejeitou, —
mormente constituída por nossos líderes — sempre foi uma minoria,
considerando a totalidade dos membros da igreja. Entretanto, por ter sido rejeitada pela
maioria da nossa liderança, o Senhor Jesus faz uma avaliação muito preocupante ‘do anjo
da igreja em Laodicéia’. Lembremo-nos que a mensagem de Apoc. 3.14-21 não é dirigida à
igreja e sim, ao ‘anjo da igreja’, isto é: aos dirigentes.
A notícia
alegre, porém, é que a profecia também assegura que a mensagem será aceita pela
maioria adventista! “... mas isso não ocorrerá enquanto a maior parte dos
membros da igreja não forem cooperadores de Deus.” --
Ellen G. White, E Recebereis Poder
– Meditações Matinais –, 1999, pág. 310; Review and Herald, 21 de julho de 1896; Apoc.
18.1; 19.8-9.
O movimento
adventista não foi rejeitado pelo Senhor, nem o será! Está profetizado que daremos certo!
Entretanto, para que correspondamos com os anseios do Senhor, teremos que passar pelo
‘arrepende-te’ de Apoc. 3. Mas ... e como será composta esta maioria que
aceitará o conselho de Jesus [Apoc. 3)?
“Aqueles
que se têm fiado no intelecto, gênio ou talento, não poderão então permanecer à
cabeça do rebanho. Eles não se adequaram à luz. Os que se têm provado infiéis não terão,
então, a responsabilidade das ovelhas sob seus cuidados. Na última e solene obra,
poucos grandes homens estarão engajados." (Ellen G. White, Testimonies,
vol. 5, pág. 80).
Portanto
vamos nos precaver para não confiar “no intelecto, gênio ou talento” e sim, no que
está escrito na Palavra e nos Testemunhos exclusivamente!
Lamentamos ter ouvido do nosso púlpito,
no culto sabático de 08.11.03, algo mais ou menos assim:
“Se vocês ouvirem de alguém que a
mensagem de 1888 foi rejeitada, saibam que isto é uma mentira.”
Bem, poderia uma frase como esta ser caracterizada como uma blasfêmia? Quem seriam os
‘mentirosos’ que afirmam que ‘o anjo da igreja em Laodicéia’ rejeitou
a mensagem de 1888, e por esta razão entrou no estado de ‘mornidão’ que nos
caracteriza? Quem seriam estes ‘mentirosos’ neste caso?
1) Dizemos que aquela
frase é uma blasfêmia porque o primeiro da lista que assegura que a mensagem de 1888 não
foi aceita pela maioria adventista que, até hoje, teve contato com ela, é o próprio Jesus!
Poderia alguém afirmar que Jesus É MENTIROSO, sem estar blasfemando?
Como Jesus
considera esta questão? Considera Ele que o ‘anjo’ – a maioria da liderança
– ‘da Igreja em Laodicéia’, isto é: da Igreja Adventista – , como um
todo, rejeitou a mensagem de 1888? Sim, pois é Ele quem repreende aquele ‘anjo’
assim: “Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: ... porque és mormo, e nem és quente
nem frio, estou a ponto de vomitar-te da Minha boca. ...” (Apoc. 3.14-21).
Como a irmã
White nos explica esta passagem, como ela a aplicou? Qual a relação entre a repreensão de
Cristo ao ‘anjo da igreja em Laodicéia’ e a mensagem de 1888? Há relação
comprovadamente escrita pela irmã White, ou estamos nós inventando coisas? Ei-la:
“A mensagem dada a nós por A. T. Jones e E. J. Waggoner é a
mensagem de Deus à Igreja de Laodicéia, e ai daquele que professa crer na verdade
e ainda não reflete a outros os raios dados por Deus." (Ellen G. White, Carta a
Uriah Smith, em 19.09.1892, MR 1152).
Frisemos mais este testemunho: “A mensagem dada
a nós por A. T. Jones e E. J. Waggoner é a mensagem de Deus à Igreja de Laodicéia”
ou seja: a repreensão de Jesus está relacionada
com a nossa atitude para com a mensagem de 1888. Esta citação do Espírito de
Profecia é, de fato, muito esclarecedora! Jesus nos está dizendo que o nosso problema
está na nossa atitude denominacional relativa à mensagem de Waggoner e Jones. E com toda
a razão, como veremos. Deveríamos ficar nervosos, e classificar de ‘movimento
herege, apóstata’, os que entenderam o ‘porquê’ o Senhor nos está
instruindo onde localiza-se a fonte da nossa dificuldade?
Daremos aqui
mais outros dois exemplos: O seguinte texto está no livro dela - Testemunhos
Seletos, vol.3, pág. 15:
“Para os que são indiferentes
neste tempo [logo
após 1888], a advertência de Cristo é: ‘Porque és morno, e não
és frio nem quente, vomitar-te-ei da Minha boca.’ Apoc. 3:16. A
figura de vomitar da Sua boca significa:
1 - Que Ele não pode oferecer a Deus as
vossas orações ou expressões de amor.
[Queira notar que Ellen White não
escreveu: ‘as nossas orações ...’ e sim ‘as vossas orações’].
2 - Não pode aprovar de forma alguma o
vosso ensino de Sua Palavra ou o vosso trabalho espiritual.
3 - Não pode apresentar os vossos
cultos religiosos com o pedido de que vos seja concedida graça”. (Todas
as ênfases, em todas as citações deste artigo, foram acrescentadas.) A explicação
que você acabou de ler não é nossa. Não, amigo! É de Ellen White! Perceba que ela
não escreveu ‘nossas orações’, ‘nosso ensino’, ‘nosso culto’.
Óbvio: ela nunca fez parte dos rejeitadores da mensagem de 1888!
Considere
também este outro texto, escrito pela irmã White, que consta no seu livro ‘1888
Materials’, vol. 2, págs. 533-535 e no seu livro, Mens. Escolhidas, vol. 1,
págs. 413-414:
“Há entre nós muitos que têm
preconceito contra doutrinas que estão sendo estudadas agora.
[A irmã White está se referindo à
mensagem de 1888, visto que este material está publicado no seu livro ‘1888 Materials].
Não vêm para ouvir, não analisam calmamente, mas apresentam suas objeções no escuro.
Estão perfeitamente satisfeitos com sua atitude. ‘Dizes: Rico sou, e estou enriquecido,
e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e
nu; aconselho-te que de Mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e
vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas
os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo;
sê pois zeloso, e arrepende-te.’ Apoc. 3:17-19.
Esta passagem se aplica aos que vivem
sob o sonido da mensagem, mas não vêm para ouvi-la. Como não sabeis que o Senhor está dando novas evidências de Sua verdade,
colocando-a em nova moldura, para que seja preparado o caminho do Senhor? Que planos
tendes delineado para que nova luz possa ser disseminada através da fileira do povo de
Deus? Que prova tendes de que Deus não enviou luz a Seus filhos? Toda presunção,
egoísmo, e orgulho de opinião têm de ser postos de lado. Temos de ir aos pés de Jesus, e
aprender dAquele que é manso de coração. Jesus não ensinava os Seus discípulos como os
rabis ensinavam os seus. Muitos judeus se chegavam para ouvir a Cristo, quando revelava
os mistérios da salvação, mas não iam para aprender; iam para criticar; para
apanhá-Lo em alguma incoerência, a fim de que tivessem alguma coisa com a qual levar
preconceito ao povo. Contentavam-se com o seu conhecimento, mas os filhos de Deus têm de
conhecer a voz do verdadeiro Pastor. Não é este um tempo em que seria muito apropriado
jejuar e orar perante Deus? Estamos em perigo de haver discórdia, em
perigo de tomar atitudes num ponto controvertido
[a mensagem de 1888]; e não deveríamos buscar ao Senhor em sinceridade, com
humilhação de alma, a fim de que saibamos que é a verdade? Percebeu a
quem se destina a reprovação de Apoc. 3? Ellen escreveu: “Esta passagem se aplica
aos que vivem sob o sonido da mensagem [de 1888],
mas não vêm para ouvi-la.” Destina-se aos “que são
indiferentes” a ela. (Adendos
nossos.)
2)
Dizemos que aquela
frase é uma blasfêmia porque quem afirma que foi rejeitada é o Espírito de Profecia.
Alguém se atreve a afirmar que o Espírito Santo – que inspirou a irmã White – é mentiroso?
Daremos uma
citação apenas, pois como o Espírito Santo não se contradiz, basta uma clara declaração
para dar fim à controvérsia. Está em Mens. Escolhidas, vol. 1, págs. 234-235. Ei-la:
“A indisposição de ceder a
opiniões preconcebidas, e de aceitar esta verdade, estava à base de grande parte
da oposição manifestada em Mineápolis contra a mensagem do Senhor através dos irmãos [E.
J.] Waggoner e [A. T.] Jones.
Promovendo aquela oposição, Satanás
teve êxito em afastar do povo, em grande medida, o poder especial do Espírito
Santo que Deus anelava comunicar-lhes.
[É óbvio, portanto, que o Espírito
Santo vem a nós através da mensagem de 1888! Não há como negar, amigos!] O inimigo
impediu-os de obter a eficiência que poderiam ter tido em levar a verdade ao mundo, como
os apóstolos a proclamaram depois do dia de Pentecoste. Sofreu resistência
a luz que deve iluminar toda a Terra com a sua glória, e pela ação de nossos próprios
irmãos tem sido, em grande medida, conservada afastada do mundo.”
(1888
Materials, vol. 4 pág. 1575). Em que ano
Ellen escreveu este testemunho? Em 1896 – 8 anos após aquela Conferência! Como,
pois, se ousa afirmar que logo nos anos seguintes a 1888 a mensagem foi aceita? Sabe-se
que as confissões de U. Smith, anteriores ao exílio de Ellen na Austrália, foram apenas
aparentes: ao mesmo tempo que pareceu arrepender-se continuou a
publicar seus artigos opondo-se à mensagem de Waggoner e Jones. Leia-se
‘Minneapolis 1888’ de W. Meyer, págs. 45-57.
Considere
quão triste e lacônica a situação do Pr Smith, conforme lhe escreveu Ellen, de Vitória,
Austrália, em 19.09.1892, bem depois de sua aparente confissão, segundo você
poderá ler a seguir:
“A mensagem dada a nós por A. T. Jones
e E. J. Waggoner é a mensagem de Deus à Igreja de Laodicéia, e ai daquele que
professa crer na verdade e ainda não reflete a outros os raios dados por Deus. Pr
Smith, tem você sido sem preconceitos? Não o afetaram os relatórios e não o levaram a
trancar o seu coração contra a entrada do que estes homens apresentam? ... Mas a
primeira posição que você tomou com respeito à mensagem e ao mensageiro, foi uma
armadilha ininterrupta para você e uma pedra de tropeço.
Como um experimentado na verdade por
longo tempo, o seu lugar era para estar entre os primeiros a pregar a mensagem do Deus
do Céus, e anunciá-la ao povo; mas o inimigo apresentou cada assunto numa luz exagerada
de maneira que parecesse repreensível a você, e sua imaginação inibiu-o de perceber a
realidade. O inimigo tinha preparado uma longa cadeia de circunstâncias, como os elos de
uma corrente, a fim de que você não estivesse onde deveria estar. Você desperdiçou uma
rica e poderosa experiência, e aquele desperdício, resultante de rejeitar o precioso
tesouro da verdade apresentada a você, ainda é seu dano [prejuízo].
Você não está no lugar onde Deus
gostaria que estivesse,
e você desperdiçou os providenciais elos da corrente, um após o outro, de forma
que agora é difícil para você ver as misteriosas conexões na infinita cadeia da
providência em Sua obra especial ... As muitas e confusas idéias, com respeito à
Justiça de Cristo e Justificação Pela Fé, são o resultado das posições que você tomou em
relação aos homens e a mensagem enviada por Deus ... Jesus olhou para você com tristeza,
porque você não correspondeu às expectativas dEle.” (1888 Materials, vol. 4, págs. 1052-1054).
É triste,
muito triste. É um alerta a não trabalharmos contra Deus. Que o Senhor o guarde quanto a
seguir o exemplo do Pr. Smith, no tocante à sua atitude para com a mensagem de 1888.
3)
Dizemos que aquela
frase é uma blasfêmia porque quem afirma que foi rejeitada é o Pr Jones, um dos dois
mensageiros de 1888! Há alguém ali que se atreve a afirmar que também ‘mensageiro do
Senhor’ é mentiroso?
Eis a
conclusão que o Pr Jones chegou a respeito do trabalho seu e de seu colega de empreitada,
o Pr. Waggoner, com apoio integral de Ellen White. Está no Boletim da Conferência Geral de
1893, pág. 145:
“Quando veio depois o tempo das
reuniões campais, nós três (Jones, Waggoner e Ellen G. White) visitamos as reuniões com
a mensagem da Justiça pela Fé.... Às vezes, estivemos os três na mesma reunião. Isto
trouxe a conversão do povo e aparentemente da maioria dos homens dirigentes.
Mas o último era somente aparentemente e nunca real. Durante todo o tempo havia
uma resistência secreta da parte da comissão da Conferência Geral e dos outros. Eles
finalmente venceram os que estavam no caminho certo, entregando depois a igreja ao
domínio dos homens e do espírito da contenda de Minneápolis.”
-- W. Meyer,
Minneapolis 1888, pág. 64. É
lamentável, irmãos, que estes fatos tenham acontecido. Entretanto muito mais
lamentável e prejudicial para o momento atual é pretender esconder a
verdade do que nos aconteceu, desejando colocar um amontoado de inverdades sobre a
nossa história para tapá-la.
É um fato
tão triste que a liderança da época – e as subsequentes, com raras excessões – se
posicionassem contra a mensagem de 1888. A liderança de logo após 1888, ao perceber o
sucesso da mensagem odiaram-na ainda mais – há testemunhos específicos no ‘1888
Materials’ a respeito. E o que decidiram fazer? Buscaram desfazer o ‘trio de
Minneapolis’, enviando o Pr Waggoner para a Inglaterra, exilando Ellen
White na Austrália – viúva e com 64 anos! – e mantendo o Pr Jones sob pressão nos EUA. Eis
como Ellen White reclamou ao Presidente da Associação Geral, Pr. O. A. Olsen, em
1896:
"O Senhor não estava dirigindo nossa
saída da América. Ele não revelou que era Sua vontade que eu deixasse Battle
Creek [era onde
ficava a Sede da Conferência Geral na época]. O Senhor não
planejou isso, mas permitiu que agissem segundo vossa própria imaginação. O
Senhor desejava que W. C. White, sua mãe e seus obreiros permanecessem na América. Nós
éramos necessários no centro da Obra ... O Senhor teria trabalhado pela Austrália por
outros meios, e uma forte influência teria sido mantida em Battle Creek, o grande
coração da Obra.
... Não
foi o Senhor quem planejou essa questão. Não pude obter um raio de luz quanto a deixar a
América. ... Quando partimos, alívio foi sentido por muitos ... e o Senhor não Se
agradou disso, pois Ele havia nos colocado junto às rodas do maquinismo de Battle Creek.”
4) Dizemos que aquela
frase é uma blasfêmia porque quem afirma que foi rejeitada é próprio testemunho de toda a
nossa comunidade mundial! Há alguém ali que se atreve a afirmar que também estejamos todos
nós – 14 milhões – mentindo?
A comunidade
adventista mundial está AINDA aguardando a ‘chuva serôdia’, o derramamento
do Espírito Santo, que, obviamente vem através da mensagem de 1888! Se cremos que o
derramamento da ‘chuva serôdia’ está no futuro, isto é prova concreta de
que a aceitação da mensagem, que trará a ‘chuva serôdia’, também está no
futuro! É óbvio! Então por que pretender ‘tapar o sol com uma peneira’ de
informações improcedentes?
Ellen White
afirmou que “O alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação da Justiça de
Cristo, o redentor que perdoa os pecados. Este é o começo da luz do anjo cuja glória
encherá a terra toda.” (1 Mens. Escolhidas Pág. 363, escrito em 1892; Eventos Finais,
pág. 37).
A ‘JUSTIÇA
DE CRISTO PELA FÉ’ é nada mais que ‘COMO DOMINAR O NOSSO EGO PELA FÉ’.
Obviamente o inimigo de Deus não aprecia que se ensine como se pode escapar do domínio
dele. Daí todo o seu nervosismo! Eis o que a irmã White escreveu, a respeito dos
sentimentos do diabo em relação à mensagem de 1888:
"O inimigo de Deus e dos homens está
decididamente contra a clara proclamação desta verdade
[a Justiça pela Fé, isto é: ‘Como vencer os
vícios, os Defeitos de Caráter e as Tentações pela Fé’], porque sabe que, se o povo
aceitar, o seu poder estará desfeito. Se puder, porém, dominar os corações daqueles que
se chamam filhos de Deus, de modo que as suas experiências de fé estejam cheias de
dúvidas e incredulidade, pode vencê-los pelas suas tentações." Ellen G. White, Review & Herald, 3.9.1889. (Adendo
acrescentado por nós.) Você percebe,
então, o ‘por quê’ de toda esta oposição que estamos enfrentando? Quem está
por trás de toda esta intolerância é "O inimigo de Deus e dos
homens está decididamente contra a clara proclamação desta verdade.”
5) Dizemos que aquela
frase é uma blasfêmia porque quem afirmou que foi rejeitada foi o Presidente da
Conferência Geral, o Pr. A. G. Daniels! Há alguém ali que se atreve a afirmar que também o
pastor Daniels é mentiroso?
Eis o que o Pr Daniels escreveu em
1924, 36 anos depois daquela famosa conferência:
“No ano de 1888, a Igreja Adventista do Sétimo Dia recebeu uma
mensagem de reavivamento muito clara. Ela foi, nesta hora, chamada ‘a mensagem da
Justiça pela Fé’. Ela própria, e também a maneira como apareceu, fez uma profunda e
duradoura impressão nos pregadores e nos membros, que o tempo percorrido desde aquela
hora, não pôde apagar da memória. Muitos que naquele tempo a ouviram, honraram-na
firmemente, tendo até, durante estes anos todos, a firme convicção e alegre esperança,
que esta mensagem um dia seria posta à nossa frente, para poder efetuar a obra de
purificação e renovação na igreja, indicada pelo Senhor.” (Christus unsere
Gerechtigkeit, pág. 15).
“Na nossa cegueira e indolência
desviamo-nos muito deste caminho. Durante muitos anos falhamos em nos familiarizar
com esta verdade divina. Mas, durante todo este tempo, o nosso Salvador, sem
interrupção, chamou o Seu povo, para se lembrarem desta parte importante e básica do
evangelho. ...”
(Idem, pág. 15).
“Mais cedo ou mais tarde serão
compreendidos, aceitos e honrados. Por conseguinte, esperemos que a mensagem da Justiça
pela Fé, que tão claramente foi dada à igreja no ano de 1888, possa encontrar,
no fim do grande movimento em que nos encontramos, o papel dominante, que lhe tinha sido
atribuído.”
(Idem, pág. 18).
“Da distância dos nossos dias parece,
que estas mensagens claras e sérias, deveriam ter feito uma profunda impressão sobre
todos os pregadores. Pensamos que tivessem sido suficientemente preparados para aceitar
esta atual e entusiástica mensagem de reavivamento, de reforma e de graça.... Quem
pode dizer que sucesso teria havido para a igreja e a causa do Senhor, se, naquela hora,
a mensagem da Justiça pela Fé tivesse sido aceita em geral e sem restrições? E
quem pode medir o prejuízo que a igreja sofreu, por muitos não terem aceito a mensagem?
Somente a eternidade o mostrará.”
(Idem, pág. 27).
“Que reavivamento enorme, que devoção
verdadeira, que renovação da vida espiritual, que purificação do pecado, que
batismo de Espírito, que revelação do poder divino para a terminação da obra na
nossa vida e no mundo, o povo de Deus podia ter experimentado, se todos os pregadores
tivessem deixado a Conferência Geral de Minneápolis assim como esta fiel e obediente
serva do Senhor”.
(Idem, pág. 32).
“Que triste e profundamente lamentável
é que, no tempo da sua proclamação, esta mensagem da Justiça de Cristo, encontrou
resistência de homens, que viviam seriamente e com boas intenções para a causa de Deus.
Assim a mensagem nunca foi aceita, assim proclamada, nunca recebeu um curso livre,
como era necessário, para transmitir à igreja as bênçãos ilimitadas que tinha em si.
Que séria e perigosa foi a influência destes homens, vê-se nas advertências, dirigidas a
eles. Estas palavras merecem hoje ser cuidadosamente consideradas.”
(Idem, pág. 32). Se em 1924,
36 anos após 1888, o presidente da Associação Geral, Pr. Daniels, nos
escreveu afirmando que a mensagem de 1888 não havia sido aceita, perguntamos: Em que data
posterior foi ela aceita?
6)
O que teria JÁ
acontecido, se a mensagem de 1888 tivesse sido aceita e proclamada?
Amigos, aqui
está-se brincando com coisa séria. Se a mensagem de 1888 tivesse sido aceita, o que JÁ
teria acontecido, segundo nos informa Ellen White? Jesus JÁ teria vindo à Terra!
Ele veio? Não! Então, não se conseguirá ‘tapar o sol com a peneira’ de fatos
irreais, fabricados em mentes humanas imaginativas!
Considere
este testemunho valioso, dado pela irmã White em 15 de outubro de 1898:
“Houvessem os adventistas, depois do
grande desapontamento de 1844, sustido firme sua fé e seguido avante unidos, segundo a
providência de Deus lhes abria o caminho, recebendo a mensagem do terceiro anjo
[que é a mensagem de
1888!!!]*
e no poder do Espírito Santo proclamando-a ao
mundo, haveriam visto a salvação de Deus, o Senhor teria operado poderosamente com os
esforços deles, a obra haveria sido concluída, e Cristo teria vindo antes para
receber Seu povo para dar-lhe o seu galardão. Mas no período de dúvida e incerteza que
se seguiu ao desapontamento, muitos dos crentes no advento renunciaram a sua fé. ...
Assim foi prejudicada a obra, e o mundo foi deixado em trevas. Houvesse todo o corpo de
crentes adventistas se unido nos mandamentos de ... (*Adendo
acrescentado por nós.)
“... concluída, e Cristo teria vindo
antes para receber Seu povo para dar-lhe o seu galardão. ... Não era a vontade de Deus
que a vinda de Cristo houvesse sido assim retardada. ...
“Se todos os que trabalharam unidos na
obra em 1844 tivessem recebido a mensagem do terceiro anjo, proclamando-a no
poder do Espírito Santo, o Senhor teria poderosamente operado por seus esforços. Caudais
de luz ter-se-iam derramado sobre o mundo. Haveria anos que os habitantes da Terra
teriam sido avisados, a obra final estaria consumada, e Cristo teria vindo para a
redenção de Seu povo.
“Tivesse o povo de Deus o amor de Cristo
no coração; fosse todo membro de igreja inteiramente possuído do espírito de abnegação;
manifestassem todos completa sinceridade, e não haveria falta de fundos para as missões
na pátria e no estrangeiro; multiplicar-se-iam nossos recursos; abrir-se-iam milhares de
portas de utilidade, e seríamos convidados a entrar. Caso o desígnio de Deus houvesse
sido executado por Seu povo no anunciar a mensagem de misericórdia ao mundo, Cristo
teria vindo à Terra, e os santos haveriam antes disto recebido as boas-vindas na
cidade de Deus.” (Evangelismo, 695/696; Eventos Finais 37/38; Mensagens
Escolhidas, vol. 1, pág. 82). 7) Dizemos que aquela
frase é uma blasfêmia porque quem afirmou que foi rejeitada foi Pr. Taylor Bunch. Há alguém
ali que se atreve a afirmar que também o pastor Taylor Bunch é mentiroso?
Eis o que ele
pregou, em mais de 30 sermões na capela da Associação Geral, os quais vieram a ser o seu
livro “The Exodus and the Advent Movement in Type and Antitype”, publicado
em 1937, pág. 107:
“Por que é que a chuva serôdia não
continuava a ser derramada? Porque a mensagem que a trouxe,
deixou de ser pregada. Ela foi rejeitada
por muitos, cessando assim na experiência do povo Adventista. Também o alto clamor
terminou com isto. Ele somente pode começar de novo, quando a mensagem trazida
por ele reviver novamente e se for aceita.”
8)
Dizemos que aquela
frase é uma blasfêmia porque quem afirmou que foi rejeitada foi Pr. Ernest Dick, secretário
da Associação Geral. Há alguém ali que se atreve a afirmar que também o pastor Ernest Dick
é mentiroso?
Eis o que ele
escreveu em seu livro “A Flame for God”, pág. 82:
“Isto foi a grande pergunta na
Conferência Geral de Minneápolis, no ano de 1888, quando Deus tentou levar uma mensagem
e uma experiência ao Seu povo que, se tivesse sido aceita e pregada, teria
iniciado o alto clamor da tríplice mensagem angélica, numa medida nova e mais ampla, e
do derramamento do Seu Espírito para a terminação da obra. Isto é o núcleo da
nossa mensagem.”
9) Falou também o
púlpito de que “a natureza humana de Cristo não foi assunto da mensagem de
1888”? Quanto de realidade há nesta afirmação?
Observe sobre
qual assunto os nossos irmãos consultaram Ellen White no seguinte
texto:
“Tenho recebido cartas, afirmando
que Cristo não podia ter tido a mesma natureza que o homem, pois nesse caso, teria
caído sob tentações semelhantes. Se não possuísse natureza humana, não poderia ter sido
exemplo nosso. Se não fosse participante de nossa natureza, não poderia ter sido tentado
como o homem tem sido. Se não Lhe tivesse sido possível ceder à tentação, não poderia
ser nosso Auxiliador. Era uma solene realidade esta de que Cristo veio para ferir as
batalhas como homem, em favor do homem. Sua tentação e vitória nos dizem que a
humanidade deve copiar o Modelo; deve o homem tornar-se participante da natureza
divina.”
Os irmãos
estavam afirmando que Cristo deveria ser pré-lapsariano! Mas Ellen White
afirmou que Jesus foi pós-lapsariano. Quando ela escreveu o texto supra?
Apenas 15 meses após aquela famosa conferência de 1888!
Como diria
novamente o ‘Campeão dos campeões’ – ou se você preferir – o ‘Rei dos reis’:
“por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrar
contra os aguilhões.” (Atos 26.14).
Onde está o
texto supra de Ellen White?! Em Mensagem Escolhidas, vol. 1, pág. 408. Palestra
matinal feita em Battle Creek – sede da Conferência Geral –, Michigan, em 20 de janeiro de
1890 – Apenas 15 meses após a conferência!
Se há apenas 15 meses da conferência de
1888, Ellen White ainda estava recebendo cartas dos nossos irmãos pré-lapsarianos,
indignados contra a posição pós-lapsariana, assumida por ela, está difícil
de alguém acreditar que o assunto não foi tratado em 1888!
Aliás, a
natureza humana de Cristo é o fundamento da mensagem de 1888:
“Ele venceu nas mesmas condições
oferecidas a você: então você não tem desculpas para não vencer!”
Quanta verdade há, pois, no seguinte texto de Ellen White:
“As
provas dos filhos de Israel, e sua atitude justamente antes da vinda de Cristo, foram-me
apresentadas repetidamente para ilustrar a posição do povo de Deus em sua experiência
antes da segunda vinda de Cristo - como o inimigo procurou toda ocasião para assumir o
controle da mente dos judeus, e hoje procura ele cegar a mente dos servos de Deus, a
fim de que não sejam capazes de discernir a preciosa verdade.” (Mensagem
Escolhidas, vol. 1, pág. 406).
10) Falou também o
púlpito de que “Jesus não tinha tendências ao mal hereditárias como nós temos”?
Quanto de realidade há nesta afirmação?
Sempre vemos, no
Espírito de Profecia, que Jesus NÃO teve tendências ao mal em Seu caráter;
teve, entretanto, as tendências ao mal hereditárias, características da nossa
natureza humana que assumiu conforme Rom. 8.3-4.
"Muitos dizem que Jesus não era como nós, que Ele não estava como nós
estamos no mundo, que Ele era divino, e então nós não podemos vencer como Ele venceu.
Mas isto não é verdade; 'verdadeiramente Ele não tomou sobre Si a natureza
dos anjos; mas Ele tomou Sobre Si a semente de Abraão... naquilo que Ele mesmo
suportou sendo tentado, Ele é hábil para socorrer os que são tentados.' Cristo conhece
as provas do pecador; Ele conhece suas tentações. Ele tomou sobre Si nossa natureza ...
Ele teve que batalhar contra as inclinações do coração natural...”
(E. White, Christ Tempted As We Are, 3, 4, 11; 1894).
“Ele deixou as glórias do Céu, e revestiu Sua divindade com humanidade, e
sujeitou-Se ao sofrimento, e vergonha, e opróbrio, ao abuso, rejeição e crucifixão.
Embora Ele sentisse toda a força das paixões da humanidade, nunca cedeu à tentação
de fazer o que não fosse puro e elevado e enobrecedor.”
(E. White, The Signs of the Times, 21 de Novembro de 1892).
“Vindo, como Ele fez, como um homem, para experimentar todas as más
tendências das quais o homem é herdeiro e ser sujeito a elas,
operando de todos os modos concebíveis para destruir-Lhe a fé, Ele tornou possível a Si
mesmo o ser esbofeteado pelos agentes humanos inspirados por Satanás, o rebelde que
havia sido expulso do Céu.”
(E. White, Carta K-303-1903).
11) Não tinha Jesus um
ego a negar como nós temos?
A natureza
humana de Adão, antes de pecar, era inclinada ao bem, ao amor. Todas as suas
tendências hereditárias eram voltadas tão somente ao bem, ao amor. Assim,
para que ele fizesse a vontade de Deus, bastava que apenas seguisse as inclinações de sua
própria natureza humana. O ego humano de Adão, originalmente, era inclinado exclusivamente
ao bem, ao amor. Assim Adão, antes da queda, não
precisava negar seu ego. Jesus tinha um ego divino e um ego humano. A pergunta é:
Jesus, para que fizesse a vontade do Pai, também
precisava negar o seu ego humano, como nós, ou não?
Lucas 9.23:
“Dizia a todos: Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua
cruz e siga-Me.” “Siga-Me” = faça o que eu estou fazendo! Se nós O seguimos em negar o
‘eu’, então Ele também devia estar praticando o ‘negar o eu’.
De fato,
temos que “Sua [de Cristo] vida foi uma de negar o eu, na qual a
verdade, em todas as suas [dela] nobres qualidades, foi expressa.” (Ellen G.
White, Testimonies, vol. 9, pág. 69.
12) Dado que Jesus
tinha, em Sua natureza humana pecaminosa, as mesmas paixões, tendências ao mal
hereditárias com as quais todos nascemos, por um acaso amava Ele Seus impulsos ao
mal ?
Jesus NUNCA teve
nenhuma tendência ao mal CULTIVADA, pois sempre falou NÃO aos Seus impulsos naturais ao
mal, os quais Ele odiou como nenhum outro ser humano jamais o fez:
“Amas a justiça e odeias a iniqüidade; por isso Deus, o Teu Deus, Te ungiu
com o óleo de alegria como a nenhum dos Teus companheiros.”
(Salmo 45.7). "Aqui a provação de
Cristo foi muito maior do que a de Adão e Eva, pois Ele assumiu nossa natureza, decaída
mas não corrompida, e que não se perverteria a menos que Ele aceitasse as
palavras de Satanás em lugar das palavras de Deus."(Ellen G. White, Manuscrito 57,
1890, Zurcher, pág. 186)
Após a conversão,
o crente também detesta seus impulsos e tendências ao mal. Odeia-as: “Então vos
lembrareis dos vossos maus caminhos, e dos vossos feitos que não foram bons; tereis
nojo de vós mesmos por causa das vossas iniqüidades e das vossas abominações.”
(Ezequiel 36.26-31). Se o crente ‘chora’ (Mateus 6.4) também devido a seus
impulsos e tendências ao mal que permanecerão com ele até a morte [ou até o retorno de
Cristo], quanto mais Jesus!
13) Falou também o
púlpito de que “poderemos chegar ao ponto em que não mais teremos nem desejos maus, nem
pensamentos maus”? Quanto de realidade há nesta afirmação?
Ellen G.
White escreveu: Se bem que somos “nascidos com propensões inerentes à
desobediência” [SDABCe, pág. 1102]: “As tendências ao mal, hereditárias e
cultivadas, são eliminadas do caráter à medida que participamos da natureza divina,
e somos convertidos num poder vivente para o bem.” [7 SDABC, pág. 954].
Podemos
esperar que as tendências ao mal sejam eliminadas do nosso caráter, nunca de nossa
natureza humana pecaminosa!
Se nós pudéssemos extirpar, de nossa natureza humana pecaminosa,
as tendências ou impulsos ao mal – que é o equivalente a não se ter mais impulsos,
desejos, pensamentos maus:
(a) O Espírito já não teria mais necessidade de ‘militar contra a
carne’ (Gál 5.17);
(b) Teríamos obtido ‘carne santa’, que é o mesmo fanatismo
de outrora e já condenado por nossa igreja.
14) Conclusão
O Senhor
Jesus, o Espírito Santo, Ellen G. White, o Pr. Jones, a expectativa adventista quanto à
chuva serôdia, o Pr. Daniels, o Pr. Taylor Bunch, o Pr. Ernest Dick, e muitos outros não
mencionados aqui, confirmam que a aceitação, prática e proclamação ‘em alto
clamor’ da “mais preciosa mensagem enviada por Deus, através dos Prs. Waggoner
e Jones” está ainda no futuro!
Poderia ter
acontecido já no passado, mas lamentavelmente o inimigo de Deus obteve sucesso em
desviá-la da Igreja como um todo e, em decorrência, do mundo. E hoje, o mesmo inimigo
esforça-se para que a nossa comunidade não se conscientize daquilo que ele nos fez no
passado.
15) Apelo
Oremos para
que o Senhor derrame AGORA – em nossos dias – a chuva serôdia, que – como vimos –
virá quando a maioria da nossa comunidade mundial aceitar a mensagem de 1888 e não antes!
Não será a maldade que trará Jesus nas nuvens dos Céus. Sua volta dar-se-á TÃO
SOMENTE quando houver, na Terra, um povo preparado para recebê-LO, isto é: que esteja
refletindo perfeitamente Seu caráter. Parábolas de Jesus, pág. 69.
E para tanto, não existe mais que um
método para prepará-lo. E este método – ÚNICO E EXCLUSIVO – é o ensinado por Deus na
mensagem de 1888.
Assim
apelamos a você para que aceite “de todo o teu coração” a mensagem dos Céus, a
pratique e a proclame a todos.
Amém?
Leia mais sobre a
Justificação pela Fé:
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