Proposta de Formulação de Declaração de Consenso Sobre a Doutrina da Divindade
Introdução Caros amigos, A questão da TRINDADE é facilmente inteligível para quem tem desejo de aceitar a verdade dos fatos como eles são e não como a denominação “a” ou “b” deseja que cada um de nós creia. Os fatos em ordem cronológica evidenciam por si a questão toda e parece-me haver uma grande falta de entendimento em ficarmos discutindo questões periféricas sobre as afirmativas que tal e tal denominação tem feito ou tal e tal pessoa tem feito. Inclusive, peço que os que lerão este trabalho não se atenham ao autor, mas que sejam inteligentes o suficiente para examinar as Escrituras e não as fofocas que se aludem ao homem que o escreve. É de fundamental importância para mim deixar claro que sou um pecador necessitado de permanente vigilância na oração e na Palavra de Deus e que não sou profeta, nem qualquer dignitário de nada. Afirmo como o apóstolo Paulo que: "Fiel é esta palavra e digna de toda aceitação, que Jesus Cristo veio ao mundo salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal." (I Timóteo 1:15) Entendo que devemos parar de buscar sempre uma afirmação de uma cúria de poderosos para podermos nos adaptar às condições de fé que nos são propostas por quem só está interessado em nossos “dízimos e ofertas”. Leio em minha Bíblia que a função pastoral é a seguinte: "Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil." (Hebreus 13:17 - Almeida Fiel e Corrigida) Ora, é mais do que claro que os pastores de nosso tempo (salvo raras exceções que precisam se esconder das altas cúpulas organizacionais) não servem para o que está descrito aqui neste verso bíblico supremo. Os pastores de nosso tempo tornaram-se apenas gerentes de um negócio e nada mais. Quantos deles velam por almas? Quantos deles visitam as famílias e ministram a edificação como manda a Escritura? Não é admirar-se que não sejam capazes de entender nada sobre a questão da Doutrina da Trindade e de como essa doutrina é errônea. E se me permitem um comentário mais claro: se você não sabe que o deus que você segue é um falso deus, como pretende ter alguma coisa boa para oferecer que venha do verdadeiro Deus?
Critério bíblico Vejamos como é fácil, usando o critério bíblico de interpretação da verdade espiritual entender a questão da Trindade e conhecer a verdade sobre a Divindade. A Bíblia determina em 1.ª Pedro que devemos seguir o seguinte critério de entendimento das Escrituras:
Os cristãos, durante anos, usaram um discurso profético tendo como fundamento elementar a cronologia profética. Essa era a base de sustentação de toda sua argumentação que, exatamente por esta razão, onde quer que fosse exposta tornava-se esmagadora contra oponentes que, não estando bem preparados para contestar questão alguma, caíam facilmente diante de sua apologética. A própria prova de que o Messias foi quem foi depende do entendimento das profecias de Daniel e Isaías, dentre outros. Pois bem, usarei esse mesmo critério e demonstrarei como é fácil entender a questão da Trindade e a verdade sobre a Divindade. Serão cinco princípios de fácil reflexão que poderão ser devidamente entendidos pelos que estudam estas páginas.
Princípio n.° 01 – Deus, o Pai, é Sempre o Ser Supremo e Maior de Todos. Há quem duvide desta verdade básica? Se houver, não é absolutamente entendido de nada! O Pai, em toda a Escritura e em toda a estrutura do Judaísmo é sempre o Todo-Poderoso, o Supremo, o Maior, o Grande, o Soberano, O Altíssimo, O Deus dos deuses, O Senhor que comanda o Filho e o Espírito, e que detém toda a imortalidade, o Eterno e Grande Deus de Israel. Com base nesta posição temos um marco histórico de tempo e que dá sentido à toda a cronologia que será imediatamente organizada. Qual é este marco histórico de tempo? E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é o meu nome eternamente, e este é o meu memorial de geração em geração. (Êxodo 3:15 - Almeida Revista e Corrigida) O Deus e Pai do Senhor Jesus, que é eternamente bendito, sabe que não minto. (II Coríntios 11:31 - Almeida Revista e Corrigida) Por isso Davi louvou ao SENHOR na presença de toda a congregação; e disse Davi: Bendito és tu, SENHOR Deus de Israel, nosso pai, de eternidade em eternidade. (I Crônicas 29:10 - Almeida Fiel e Corrigida) Para que unânimes, e a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. (Romanos 15:6 - Almeida Revista e Corrigida) Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; (II Coríntios 1:3 - Almeida Fiel e Corrigida) Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; (Efésios 1:3 - Almeida Fiel e Corrigida) ...Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê o espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele; (Efésios 1:17 - Almeida Revista e Corrigida) Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e da do SENHOR Jesus Cristo. (Filipenses 1:2 - Almeida Fiel e Corrigida) Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, (I Pedro 1:3 - Almeida Fiel e Corrigida) Podeis perceber o marco de tempo ao qual me refiro? Nestes versos, bem como em muitos outros, fica claramente demonstrado que o PAI é:
a) Pai de
Abraão, Isaque e Jacó; Este princípio marca um tempo específico quanto a supremacia absoluta de Deus Pai, Ele é desde sempre e sempre será maior que o Filho em tudo e em todas as coisas. Ora, MAIOR NÃO É IGUAL!
Princípio n.° 02 – A expressão “Deus” é claramente utilizada na Bíblia para determinar o nível de autoridade que um ser possui e não para determinar quem deve ser adorado. Este é um fato que deixa muitos confusos no entendimento da verdade sobre a Divindade e absoluta supremacia de Deus o Pai! E por falta desta compreensão, fica sempre claro que quem estuda o assunto sem entender esta questão irá cair em diversos erros de compreensão. Vamos às provas do que estou afirmando? Eu lanço aqui um desafio a todos que me lêem! Quem dentre os que são amantes da Bíblia e do Evangelho se atreveriam adorar Moisés, os judeus do tempo do Messias, ou outros deuses? Creio que ninguém o faria de sã consciência! Mas eis aqui um desafio: existem deuses ou não? Examinemos as Escrituras! Então disse o SENHOR a Moisés: Eis que te tenho posto por deus sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será o teu profeta. (Êxodo 7:1) E ele falará por ti ao povo; assim ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus. (Êxodo 4:16) Tornou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: “Eu disse: Vós sois deuses?” (João 10:34) Eu disse: Vós sois deuses, e filhos do Altíssimo, todos vós. (Salmo 82:6) Deus está na assembléia divina; julga no meio dos deuses. (Salmo 82:1) Graças de dou de todo o meu coração; diante dos deuses a ti canto louvores (Salmo 138:1) Pois, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem toda as coisas, e por ele nós também. (1.° Coríntios 8:5-6) Pois o Senhor vosso Deus, é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem recebe peitas. (Deuteronômio 10:17) Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus e não há outro semelhante a Mim (Isaías 46:9). O problema de admitir que existem outros deuses além do Deus Pai, está na falta de compreensão do significado da palavra “deuses”. Os cristãos se habituaram a seguir a tradição popular neste assunto. Os versos aqui manifestados são esmagadores na clareza da exposição. Há deuses sim! E há deuses no céu e na terra. Os do céu, Deus o Pai os conhece e os da Terra, ao menos conhecemos um que foi devidamente nomeado: Moisés (veja-se os versos acima descritos). No entanto, no verso já enunciado de 1.° Coríntios 8:5-6, o apóstolo deixa claro que ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia para nós há um só Deus, o PAI. E para que ninguém invente qualquer outra exposição, do tipo TRINDADE, ele deixa logo claro qual o papel do Filho é assim descrito: “e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também”. O Pai é Deus, o Filho não é Deus como o Pai, foi nomeado por Este como Senhor de todas as criaturas mas inferior ao Pai; e este assunto está devidamente resolvido cronologicamente! Assim como em um determinado tempo Moisés era Deus entre os homens, assim o Filho é nomeado Deus diante dos homens durante um determinado tempo. E se o que aqui afirmo parece estranho ou errado, lêde toda esta matéria e vereis que não há complicação alguma, nem mistérios. Os ignorantes acham que com esta afirmação, estou dizendo que o Filho foi tornado menor do que o Pai e por esta razão é uma blasfêmia, mas repito: o Filho nunca, jamais, foi igual ao Pai, sempre foi inferior à Ele e sempre sujeitou-se à Sua Soberania total, a menos que alguém possa me mostrar um único verso bíblico em que o Pai receba ordens do Filho ou que o Filho exerça domínio sobre o Pai. E não venham com a conversa sem pé nem cabeça de que quando esteve na Terra o Filho tinha uma função e depois, na condição de Divindade é igual ao Pai, pois esta idéia não poderá ser sustentada à não ser pela teologia dogmática de Roma com seus mestres de satanismo que, não vivem para outra coisa a não ser rebaixar o Pai colocando até mesmo Maria como “mãe de Deus”! Como eu e nem qualquer um dos fiéis do Deus Altíssimo iremos adorar nem Maria, nem qualquer um que seja fora do mandamento bíblico, declaro que para nós há um só Deus, o PAI e, para nós há um só Senhor, o Filho. Duas pessoas, uma maior e a outra menor em autoridade e em condição de dominação. O Pai é quem determina todas as coisas que o Filho pode ou não fazer, quer como Messias, quer como Filho habitando nas alturas dos céus. E esta é a questão de que a palavra deus significa sempre “autoridade” e não necessariamente “aquele que deve ser adorado”, pois se assim fosse Moisés deveria ter sido adorado e todos nós sabemos que jamais Moisés permitiu que alguém o adorasse.
Princípio n.° 03 – O Filho já foi no passado igual ao Pai, mas deixou de ser e não é mais. A grande questão que deve ser entendida no aspecto da relação do Pai e do Filho é que ambos já foram iguais mas deixaram de ser. E nesta questão não estou cometendo nenhuma incoerência com os dois princípios anteriores. Eu não cometo este erro porque sigo a ordem cronológica dos fatos. Onde está esta ordem cronológica? Eu já fui criticado algumas vezes por pessoas que defendem a questão da TRINDADE, dizendo que nos dois primeiros momentos de minha argumentação eu não apresentei datas e, portanto, não estou provando cronologia alguma. Mas, felizmente para a verdade dos fatos, neste terceiro princípio as duas bases anteriores se fundem com datas e o assunto fica mais claro do que em qualquer outra ocasião:
1.° Fato Cronológico: Desde os dias eternos, o Pai e o Filho são iguais em condição de Divindade (o que não tem relação direta com a questão da palavra 'deus' ou 'deuses'). Esta data é, pelo menos num primeiro momento, assim classificável: desde o dia em que o Pai e o Filho criaram juntos o Planeta Terra até o passado infinito, eles eram duas personalidades distintas e claramente definidas e idênticas sob o ponto de vista da essência divinal. Isto se pode verificar claramente nos seguintes versos bíblicos: Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade (Miquéias 5:2) Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (Isaías 9:6) No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. (João 1:1-3) Ainda poder-se-ia verificar outros textos tais como: Colossenses 1:15-17; Hebreus 13:8; 1.° João 1:1; etc. Especialmente os textos em que lemos a palavra Deus, troquemos a leitura pela palavra autoridade e ficará clara a condição de relação que havia entre os dois (Pai e Filho). Note-se por exemplo no texto de João 1:1-3 acima descrito. Trocarei a palavra Deus pela palavra autoridade e ficará claro qual a relação entre as duas personalidades ali descritas: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com a autoridade, e o Verbo era a autoridade. Ele estava no princípio com a autoridade. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. (João 1:1-3) Compreendeis o que aqui vai escrito? O Pai deu-lhe uma autoridade suprema para criar todas as coisas. Neste sentido Ele é Deus, mas não no sentido de que Ele é o próprio Pai ou superior a este. E para que não haja qualquer dúvida neste aspecto, veja-se este exemplo do que estou dizendo: Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias a nós falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo; sendo Ele o resplendor de Sua glória e a expressa imagem do ser Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo Ele mesmo feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas. (Hebreus 1:1-3) Pode haver verso mais claro? Pode haver algo mais claro para declarar-nos que são duas personalidades distintas, que a criação que foi mencionada em João 1:1-3 foi delegada a alguém que tinha condições para exercer tal missão? O Pai foi quem determinou a criação do mundo, não foi uma invenção do Filho! A autoridade suprema e hierárquica é sempre do Pai e o Filho, mesmo sendo o chamado de pai da eternidade, jamais determinou-a de Si mesmo, mas sempre cumpriu a vontade do Pai. O único lugar do Universo em que o Filho é rebaixado é diante do Pai, que está no centro da Majestade. Prova disto é que quem fica na direita do trono não é quem senta no meio dele, ou seja, não é quem governa como principal. Lembrai-vos da condição de José no Egito, Faraó deu-lhe seu trono? É claro que não! Deus o Pai deu seu trono ao Filho? Não! Jamais poderá fazê-lo porque Ele é o Pai! Quem deseja este trono na verdade é Satanás como podemos verificar em Isaías 14 e Ezequiel 28. Atribuir ao Filho o desejo de igualdade com o Pai ou uma condição de quem está em pé de autoridade com Ele é atribuir ao Filho um traço do caráter de Satanás. Isto é absurdo! O primeiro fato cronológico, portanto, é que Deus o Pai e o Filho eram de igual substância e essência antes do Filho esvaziar-se a si mesmo como veremos à seguir.
2.° Novos Fatos Cronológicos: Todas as coisas estavam muito bem sossegadas, até que surge o pecado na pessoa de Satanás (conforme descreve Isaías 14 e Ezequiel 28). A partir desta data (que não podemos precisar exatamente), todas as coisas mudam. Uma solução precisava ser dada ao impasse criado por Lúcifer diante dos deuses/autoridades que compõem a Assembléia Divina sobre a qual preside o Pai (Altíssimo) (Ver Salmo 82:1). Este problema seguiu seu curso celestial e depois alcançou o planeta Terra (Gênesis 3). Seguindo a Cronologia de Usher, poderemos estabelecer um tempo estimado de 4000 anos antes de Cristo + 2000 anos pós Cristo, o que daria cerca de 6000 anos de crise humana com o pecado. À partir desta composição de períodos, poderemos estabelecer uma situação bem clara em relação à cronologia que fundamenta este nosso terceiro princípio. E vamos entrar no âmago da questão. Temos afirmado neste terceiro princípio que O Filho já foi no passado igual ao Pai, mas deixou de ser e não é mais. Para que esta nossa afirmativa possa ter valor real precisamos provar biblicamente, então vamos aos textos: Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens. E achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai. (Filipenses 2:5-11) Então virá o fim quando Ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e todo poder. Pois é necessário que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte. Pois se lê: todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz: todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos. (1.° Coríntios 15:24-28). Passemos aos fatos em ordem: 1) O Filho existia em condição idêntica a de Deus Pai (o qual, subsistindo em forma de Deus,) 2) Em seguida ele abandonou Sua condição aniquilando-se a tal ponto que “deixou de ser alguém com condição idêntica a do Pai” (não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo,) 3) Adota a forma de ser humano e especialmente a condição de servo/escravo, isto é, assume uma condição imensamente degradada (tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens. E achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo) 4) Esta sua degradação é tão plena e absoluta que, não apenas não é mais de condição idêntica à do Pai, mas possui mortalidade (tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.) 5) Após a sua morte, e diante do que ela representou; diante do imenso sacrifício por que passou ao esvaziar-se para todo o sempre; o Pai toma imediatas providências para com Ele. Não lhe pode mais restituir a condição de idêntica igualdade com Ele, mas pode fazer o que há de mais importante e de maior magnitude no Universo. E o que poderia ser? (Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.) Dá-lhe um nome que torna-se soberano em todo o Universo e determina que todas as criaturas ajoelhem-se em adoração plena diante de Sua pessoa. Mas, sua condição de adorável não é determinada em si mesmo, mas é outorgada pelo Pai, Ele não a tem de si mesmo (veja-se Mateus 28:18). 6) Esta autoridade lhe é concedida para fazer o quê? Foi um capricho do Pai? Foi uma atitude premiatória pelo seu ato magno de esvaziar-se a si mesmo em favor da vida e da lei de Deus? Não! Em Mateus 28:18 ele mesmo declara que recebeu toda a autoridade no Reino após a Sua ressurreição para efetuar o seguinte mandado que só termina quando chegar o fim: (Então virá o fim quando Ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e todo poder. Pois é necessário que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte.) Fica claro que a autoridade do Filho é circunstancial pois declara-se aqui que “ATÉ QUE HAJA POSTO TODOS OS INIMIGOS DEBAIXO DE SEUS PÉS” - então ele deverá fazer exatamente o seguinte: DEVOLVER O REINO A DEUS, O PAI. Isto é que está em jogo aqui no nosso entendimento, isto é, em momento algum vemos o Filho independente do Pai. O Pai é sempre o centro das atenções, porque somente Ele “Reina na Assembléia Divina no meio dos deuses” (Salmo 82:1) 7) Finaliza-se então toda a compreensão acerca da divindade quando verificamos porque o Reino deverá ser devolvido ao Pai (Pois se lê: todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz: todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas.) O Pai jamais esteve e jamais estará sujeito ao Filho. O Pai é Deus Altíssimo, o centro de toda a hierarquia divina. Ora, quando este ato definitivo estiver feito, é dito que o Pai será tudo em todos em toda a Criação (E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.)
Princípio n.° 04 – Temos que definir nossa relação com a Divindade. Com esta exposição cronológica e devidamente mapeada devemos harmonizar todos os outros versos da Bíblia que falem sobre a Divindade (ou melhor a Autoridade), para que não vivamos cheios de confusão mental. Há autoridade na Pessoa do Espírito Santo? Sim é claro que existe! Mas ao invés de discutirmos se é uma terceira personalidade ou não, uma coisa já está mais do que clara: adoramos somente ao Pai e nos submetemos ajoelhados ao senhorio do Filho do Deus de Israel. Nada há na Bíblia sobre adoração de quem quer que seja! Não há autoridade no Espírito Santo para reivindicar adoração. Mas, certamente que isto não significa que poderemos ser desrespeitosos com autoridades inferiores ao Pai e ao Filho. Pelo contrário, se devemos ser respeitosos com autoridades (deuses) terrestres que são falhos e injustos muitas vezes: Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade, resisite à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. (Romanos 13:1-2). O homem que se houver soberbamente, não dando ouvidos ao sacerdote, que está ali para servir ao Senhor teu Deus, nem ao juiz, esse homem morrerá; assumirá de Israel o mal (Deuteronômio 17:12). Nossa relação com a adoração deve ser claramente definida assim: 1) Deus o Pai de nosso Senhor, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de Israel, o Deus de Moisés, de Samuel, dos Apóstolos e dos Profetas da Bíblia, é o Único Deus Verdadeiro e adorá-lo de todo nosso coração (emoções), de toda nossa alma (mentalidade), de todo nosso espírito (religiosidade) e de todas as nossas forças (físico) – este é o Grande Mandamento, superior a todos os outros e sobre o qual deve sustentar-se todas as doutrinas, todos os credos e todas as verdades que tiverem que se sustentar. O que fugir desta condição é de origem satânica e os fiéis não devem aceitar sob hipótese alguma. 2) O Filho Unigênito de Deus, o Pai, vindo ao Mundo nas condições explicitadas na Bíblia, foi nomeado por determinação do Pai, o Senhor sobre todos nós e devemos submeter-nos ao Seu Senhorio tanto quanto o faríamos se estivéssemos diante do Pai, não esquecendo jamais que o Pai é superior à Ele e que Ele está nesta condição de autoridade, devido ao que viveu na qualidade de campeão supremo da Lei de nosso Pai. Adoramos o Filho como Senhor, mas nunca adoramos Ele como Deus Altíssimo e a diferença aqui é fundamental, porque a própria missão dEle não é a de ser adorado, mas a de vencer os inimigos do Reino do Pai e restabelecer a ordem universal – por Sua imensa autoridade e dignidade estamos sob ordens de submeter-nos à Ele como declara-se em 1.° Timóteo 2:5. ["3) Assim, o Espírito Santo não é o Deus Altíssimo, mas possui à semelhança do Filho, autoridade delegada, na qualidade de consolador, guia, iluminador e apoiador da causa que estamos vivendo. Jamais deve ser confundido com o Filho e com o Pai." Este trecho deve ser desconsiderado, ao menos temporariamente, por solicitação do autor. Ver justificativa abaixo.]
Princípio n.° 05 – Concluímos que nossa fé deve ser fundada na base desta crença devidamente estabelecida na verdade sobre a Divindade. O que devemos fazer? Viver por esta base e construir todo o restante de todas as nossas doutrinas partindo deste princípio sobre a Divindade. Já exprimi meu desejo de definir com os pesquisadores deste site que seja encontrada uma declaração de fé entre os que se manifestam aqui. Então, na tentativa de iniciar uma definição sobre a primeira doutrina mais elementar, apresento este texto e peço aos colegas que se pronunciem sobre o mesmo, a fim de podermos chegar a um denominador comum e definirmos uma base de crença que seja o início de uma UNIDADE DA FÉ E DA DOUTRINA, requisito elementar para que este site e os que estão reunidos nele possam ter algum sentido. Com votos de paz, saúde e sucesso, Vosso conservo, Dr. Jean Alves Cabral Macedo, PhD. Nota do Editor: A proposta é válida, mas em minha opinião falta fundamentação bíblica para a afirmação nº 3, do Princípio 4: "3) Assim, o Espírito Santo não é o Deus Altíssimo, mas possui à semelhança do Filho, autoridade delegada, na qualidade de consolador, guia, iluminador e apoiador da causa que estamos vivendo. Jamais deve ser confundido com o Filho e com o Pai." A tentativa de conciliar os pontos de vista antagônicos acerca da Divindade parece ter levado o autor a fazer uma certa concessão aos trinitarianos pouco antes de encerrar o artigo, com o objetivo de obter-lhes a simpatia para com sua proposta. Depois de um grande avanço de compreensão, um pequeno retrocesso talvez estratégico, mas totalmente isento de base bíblica. -- Robson Ramos
Esteja bem em Cristo irmão Robson.
Li o artigo do Dr. Jean Alves sobre a trindade (divindade) e chegando ao finalzinho do artigo comecei a perceber que era uma defesa trinitariana de maneira tão sutil que se possível fosse enganaria os mais convictos sobre o tema.
Confesso que gostei muito do artigo, uma bela
exposição de idéias mas que foi se tornando confusa ao final.
Não há dúvidas em relação a sinceridade do irmão Jean, posso até crer que o mesmo está muito bem intencionado e convicto de seus argumentos inclusive com bastante respaldo bíblico e até lógico mas, no final, houve realmente uma recaída. Esta recaída foi devido, talvez, à ânsia de expor suas convicções. Ao estar concluindo seu raciocínio, acabou se precipitando em relação ao Espírito Santo, e não apresentou nenhuma base bíblica convincente para a afirmação que faz. Apóio os comentários da "Nota do Editor", onde expõe aquilo que procurei passar aqui de maneira mais prolixa talvez. Deus seja contigo. -- GC Caros amigos do www.adventistas.com Saudações Cordiais! Em face da exposição que fiz recentemente acerca da Doutrina da Divindade, no que diz respeito à questão da personalidade do Espirito Santo, por sugestão do nobre amigo Robson que vê a necessidade de um maior aprofundamento e até mesmo de uma revisão em minha posição, declaro que pedi ao prezado editor que faça a seguinte correção: "retire-se do texto as expressões acerca do Espírito Santo e, em prazo máximo de 10 dias apresentarei uma exposição mais clara de minha posição quanto à matéria" Não o faço porque seja infalível, mas porque não fui satisfatório na exposição sobre o Espírito Santo neste texto que objetivava concentrar-se mais na relação Pai-Filho e não na personalidade do Espírito Santo. Certo de Vossa cordialidade em atender-me e grato pela compreensão, sigo com todos vocês em busca de uma maior compreensão das grandes verdades que devem estabelecer uma base de fé e doutrina capaz de unificar um povo para estar em pé diante do grande Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Vosso conservo, Dr. Jean Alves Cabral Macedo |
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