Lei Dominical: Deverá mesmo a Europa guardar o Domingo?
Aparentemente está sendo coordenada a formação de um ambiente global para a
emissão, pelos Estados Unidos, do decreto dominical. Há articulações bem
organizadas e negociadas em vários lugares do mundo. Os principais são a
Argentina, Israel, União Européia e outros países da América Latina, além da
América do Norte. Isso faz parte de uma estratégia para que sejam criadas as
condições mais favoráveis a esse decreto por parte dos Estados Unidos, seguido
imediatamente, em sucessão, pelos demais países do mundo. É uma estratégia pela
qual, esse decreto, quando se fizer necessário, seja acatado pela população,
como algo que já não é mais novidade, e sim, uma necessidade vital de
sobrevivência no planeta. Está diretamente relacionado a reestruturação da
família, mas também na oposição a todos os grandes problemas do planeta, como o
terrorismo, a criminalidade, drogas, corrupção, imoralidade, desastres
ecológicos, e tudo o mais. Vem contando com o apoio de muitas organizações,
principalmente políticos famosos e poderosos, igrejas, sindicados, universidades
e ONGs em geral. Difícil é dizer quem esteja fora desse projeto que deve ser
global, são poucos. Vem ganhando força após a visita do papa aos EUA e à ONU, em
abril desse ano.
É bem possível que haja decretos anteriores em outros lugares no mundo, antes
dos EUA. Serão decretos, ou leis, que favorecem a santificação do domingo, mas
ainda não provocam perseguição a quem santifica outro dia. São dispositivos
legais preparatórios para algo mais radical. Esse algo mais radical virá dos
EUA, com a determinação de impedimento de realização de negócios por parte de
quem não santifique o domingo. Não poderão comprar ou vender, ou seja, negociar,
a característica principal de sobrevivência no mundo de agora em diante, que se
chama Globalização, ou seja, negócios nacionais e internacionais. Tudo em nome
do enriquecimento. Assim, quem estiver sob bloqueio comercial, seja pessoa
física, seja jurídica, estará, na prática, banida do planeta. Para sobreviver,
só mesmo pela fé, se tiver. Esse decreto se desencadeará na medida em que, seja
quem for, se pregue com determinação a obediência aos Dez Mandamentos da Bíblia,
contrapondo aos do Catecismo.
Portanto, a articulação política em favor do domingo que desde os últimos anos
da década de noventa vinha sendo bastante discreta com o papa João Paulo II,
agora, com Bento XVI deixa as salas de encontros e corredores e alcança projeção
na mídia. A devida aliança para isto foi entabulada no encontro entre ONU, EUA e
santa Sé. Não restam dúvidas que pouco tempo ainda existe para este mundo. Na
medida em que for pregado o evangelho puro da Bíblia, e em paralelo, as
condições no mundo forem piorando em razão da crescente onda de ganância por
parte de muitos, formam-se dois grupos distintos de pessoas. As que desejam a
simplicidade do Salvador e as que preferem a pompa das riquezas passageiras.
Estas últimas, mesmo estando dentro da igreja de CRISTO, apoiarão um decreto
dominical que se expandirá pelo mundo todo. Tal decreto, quando vier, será um
sinal de que então sim, restará pouquíssimo tempo para todos decidirem a quem
servir, se ao Criador, ou se a satanás.
Estamos vendo e participando os eventos que antecedem imediatamente os eventos
finais. JESUS certamente está providenciando o desfecho para Sua gloriosa vinda.
A demora agora vai se esgotando. -- Prof. Sikberto R. Marks
Opinião:
Pelo que sei, a profecia adventista do decreto dominical baseada nos escritos de
EGW associa o decreto à superpotência americana (besta que veio da terra) e não
como resultado de uma relação entre o papa e a União Européia.
Aliás, estamos atentos para saber o que vai acontecer com a potência americana
após esta crise. Com o aumento da importância da China e da Índia no cenário
mundial e também com o fortalecimento da comunidade européia, começo a
questionar o poder hegemônico da "besta que veio da terra" para, supostamente
junto com o papado, estabelecer um decreto dominical de caráter universal.
Nesse aspecto, não contesto só a IASD. Eu contesto todas as igrejas que
tentam incutir medo de eventos futuros nas pessoas no intuito de dominar a
mente. A Igreja Católica durante muitos anos ganhou muito dinheiro e "prendeu"
as pessoas usando o medo do inferno. A IASD tentou incutir a sindrome de
perseguição nos seus membros usando a profecia de EGW que fala do tal do decreto
dominical. Apesar de eu contestar este tipo de abordagem, eu não a estranho,
pois este alarmismo falso já está no DNA da IASD, basta ver a grande decepção no
início de sua história.
Acho que ganharíamos mais se parássemos de incutir medo do futuro nas pessoas e
passássemos a sentir medo do presente. Quem sabe desta forma alguns poderiam
usar seus recursos (tempo, dinheiro, esforço pessoal) para minimizar a dor de
pessoas que vivem HOJE em situação deplorável.
Um abração, Ricardo
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