Queda de Asteróide Pode Deflagrar Guerra Nuclear por Engano Por Deborah Zabarenko WASHINGTON (Reuters) - Até mesmo pequenos asteróides que raramente se chocam contra a Terra podem trazer consequências catastróficas, pois tal fenômeno, caso ocorra, pode acabar sendo confundido com um ataque nuclear por países que, por falta de tecnologia, não conseguem fazer a distinção, alertaram cientistas na quinta-feira. Um evento dessa natureza aconteceu recentemente, em 6 de junho, quando satélites dos Estados Unidos detectaram um clarão sobre o Mediterrâneo indicando o lançamento de uma grande fonte de energia comparável à bomba atômica lançada sobre a cidade de Hiroshima, disse o general norte-americano Simon Worden durante pronunciamento ao Congresso do país. A explosão aconteceu quando um asteróide de alguns metros de diâmetro colidiu contra a atmosfera terrestre, produzindo uma onda de choque que poderia ter destruído qualquer embarcação que estivesse próxima à área no momento da colisão, causando sérios prejuízos. Pouca atenção foi dada ao caso na época, mas Worden disse que, caso o choque tivesse acontecido poucas horas antes e numa área próxima à Índia e ao Paquistão, o resultado poderia ter alcançado proporções catastróficas, já que as duas nações contam com poderio bélico nuclear. "Até onde sabemos nenhuma dessas nações conta com um sistema sofisticado de detecção capaz de estabelecer a diferença entre um fenômeno natural e uma explosão nuclear", explicou o general. "O pânico resultante de uma ocorrência desse tipo nos meios militares e nas forças de oposição poderia ser o gatilho para o início de um conflito nuclear que conseguimos evitar por mais de meio século", disse em seu pronunciamento à comissão do Congresso dos EUA que estuda os riscos causados por asteróides e outros objetos que possam se chocar contra a Terra. Asteróides de até 4,8 quilômetros de diâmetro, caso dos atribuídos à extinção dos dinossauros, chocam-se contra a Terra a cada 10 milhões de anos com consequências catastróficas, segundo a Nasa, a agência espacial norte-americana. O que deixou um clarão sobre o Mediterrâneo em junho tinha provavelmente o tamanho de um carro e não representava perigo. Tais asteróides chocam-se contra a atmosfera duas vezes por mês, em média. -- Fonte: Yahoo! Notícias, Quinta-Feira, 3 de Outubro, 07:31 PM. |
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