Menos Dízimo e Mais Bênção$! Como? Siga o Exemplo de Seu Pastor... Como usar o exemplo de quem nos cobra o dízimo para calcular a nossa parcela. Em todos os Sábados, em todas as Igrejas Adventistas, é nos colocado que a devolução do dízimo é uma questão de fidelidade, e assim devemos contribuir com 10% de tudo o que ganhamos. Mas será que o cálculo está realmente sendo feito corretamente? Nos quadros abaixo, vamos considerar duas pessoas, uma um pastor e outra um trabalhador comum, onde o padrão de vida dos dois é bastante semelhante, por exemplo:
Pela maneira de proceder do pastor e do membro, vamos verificar como é calculado o dízimo de um e do outro. Membro Comum da Igreja
Pastor ou Obreiro da IASD
*Este é o valor que sobra na carteira do pastor, pois os descontos são feitos sobre o salário. Os demais valores obviamente foram repassados ao locador, faculdade, escola, previdência, posto de gasolina, etc, mas representam "ganho" pela ótica adotada para a taxação dos membros. Pela comparação acima, fica mais claro que o pastor de sua Igreja não é um dizimista fiel, nos modelos a nós apresentados. Enquanto um membro comum, para que possa proporcionar os mesmos benefícios a sua família, deverá ganhar pelo menos R$ 4.000,00 e para que seja considerado fiel deve dar a Igreja R$ 400,00. O pastor contribui para a Igreja a título de dízimo (que não devolve, pois vem descontado), com somente R$ 125,00. Isto sem contar com outras vantagens que uma pessoa comum não teria, como auxílio para tratamento dentário e para despesas farmacêuticas entre outras. Os pastores podem alegar que devemos pagar sobre salário e não sobre "benefícios", como já escutei, o que deixa mais complicado ainda. Existem muitos pastores de mordomia, que dizem o seguinte: Se você receber um presente de alguém, deve ver quanto custa este presente e dar o Dizimo do mesmo. Por esse ponto de vista cai todo tipo de desculpas proveniente dos "benefícios". O que fazer? De posse desses dados, o que eu como membro deveria fazer? Revoltar-me? Claro que não, devemos apenas aprender com os pastores como calcular os nossos dízimos. Vão aqui umas dicas: Quando receber o seu salário, coloque na ponta da caneta o quanto você gastou para consegui-lo. Deduza e contribua somente com o que realmente foi ganho. Abaixo daremos uma breve explicação, tendo como base um salário inferior ao dos exemplos acima. Neste caso, o valor é de três mil reais mensais:
Agora, se quiser dar o dízimo dos R$ 300,00, tem toda a liberdade. Mas sabendo que se assim o proceder estará dando seis vezes mais do que realmente deveria dar, seria mais prudente usar este dinheiro para caridade e aplicação direta no evangelismo. Explicação dos itens:
(Obs. O autor deste artigo é membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, conhece de perto como é calculado o dízimo que se desconta dos pastores, prefere porém manter-se anônimo, o que temos permitido neste site a fim de evitar retaliações seja na igreja ou no trabalho.) Opinião do leitor: "Concordei, mas discordei. É o seguinte: O pastor não devolve 400 reais de dízimo, mas também não dizima apenas em cima do que sobra. Veja bem: Descontam dele R$ 125 reais de dízimo, quando o correto, por essa conta de vocês, seria devolver apenas R$ 58,12. Ou não?" -- Souza. Respondendo a dúvida do Sr. Souza, o valor de R$ 53,53, surgiu após um cálculo de um empregado normal, que não estaria ganhando a mesma coisa da comparação feita entre o pastor e um trabalhador comum. Você pode ver pelo salário bruto. Na comparação os dois ganhavam aproximadamente R$ 4.000,00. No exemplo exposto, o salário básico foi de R$ 3.000,00, se o mesmo fosse aumentado para R$ 4.000,00 ficaria da seguinte forma
* Esses valores dependem de tabelas oficiais ** No exemplo anterior, não foram colocadas algumas despesas que fizeram parte do calculo de comparação, como aluguel, faculdade e escola dos filhos, na mesma proporção do salário. Esses valores são variáveis de acordo com as despesas de cada pessoa. O que apresentamos é apenas uma formula de cálculo e uma crítica. Não é que o leigo esteja levando vantagem nessa proposta. É que o cálculo do pastor está errado. Mesmo dizimando sobre o "salário" de 1.250,00, não deveria ser correto, pois existe também o desconto do INSS, que pressupõe que, após aposentado, dizimará o valor da aposentadoria, valor esse que quando da contribuição não deduziu para o cálculo do dízimo, conseqüentemente não deveria dizimar da aposentadoria. A comparação não é perfeita e, talvez até devêssemos refazer o cálculo, porque, como já foi demonstrado aqui mesmo no site a média dos pastores recebe aproximadamente R$ 6.000,00, considerando-se todos os benefícios. Como a lista dos beneficios é longa, não tive a intenção de colocar todos, pois seria quase impraticável. Tentei colocar apenas os valores que normalmente conhecemos e que todos nós, de uma forma ou outra, temos em comum. Já o segundo exemplo não foi feito sobre os R$ 4.000,00 porque achei muito difícil no meio em que moro ter pessoas com rendimentos nesse valor. O que realmente tentamos deixar bem claro, é que como foi nos dias de Cristo, o qual condenou veementemente a hipocrisia, ainda a encontramos em nosso meio, apesar de muitas vezes ouvirmos pastores falarem sobre fidelidade na questão do "Dinheiro de Deus", quando realmente não praticam o que pregam. Agora, respondendo exatamente a sua pergunta, a instituição apenas considera como salário aquilo que vem no contra cheque com esse nome. Os "benefícios" estariam excluídos desse cálculo e dentre esses benefícios estão os aluguéis, planos de saúde, devolução do Imposto de Renda além de muitos outros não relacionados, porque a lista ficaria muito grande. Só vou dar um outro exemplo: Se um pastor compra um computador para a sua casa, a instituição o reembolsa, mas isso não é considerado salário, porque se entende que será utilizado para o desenvolvimento da sua profissão. Será? Porém, o trabalhador adventista comum dizima todo o seu salário e, quando compra o referido computador, usa um dinheiro já dizimado e não será reembolsado por ninguém. Se seguíssemos o mesmo raciocínio praticado pelos pastores, iríamos retirar de nosso salário tudo o que é despesa de manutenção de nossa família e o que sobrar disso é que seria dizimado. O mais irônico é que o pastor iria até a sua casa e lhe diria que estaria sendo um mordomo infiel. É mole? Um outro ponto é que não sou contra o pastor ter um bom salário, ser bem remunerado pelo que faz, mas o fato de dizer que ganha pouco é inverídico. O pior é que muitos (não 100%), trabalham na mesma proporção que acreditam receber.
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