Se Não Houvesse o Pecado, Não Existiria a Esperança?

Estudando a Lição da Escola Sabatina deste sábado último, tive o imenso desgosto de observar que as pessoas que escrevem as lições, muitas vezes, não são assim tão criteriosas em suas colocações. Acabam inventando muitas coisas e os professores as seguem como se fosse uma verdade 100% enviada por Deus.

Discordei principalmente deste erro apresentado na lição: "Mas nesta semana vamos estudar um tempo em que não havia esperança, porque não havia necessidade dela." Pág. 3.

1) É colocado que a esperança surgiu apenas com o pecado. Creio que, para nós, a esperança de um salvador nos foi apenas revelada após o pecado. Mas o fato de ter sido revelado somente então não significa que ela não existia. Cristo é nossa esperança desde que o plano emergencial da redenção foi traçado!

2) Imagino que não seja errado pensar também que Deus, quando criou Satanás, sabia que ele poderia se rebelar futuramente, mas tinha "esperança" de que isso não aconteceria. Ou seria Deus refém de Sua onisciência?

3) Deus também tinha esperança de que apesar da rebelião, Satanás não levaria a cabo sua idéia de estabelecer uma "trindade" no governo do Universo.

4) Quando Deus criou o Homem, colocou-o à uma prova em uma espécie de "período de experiência", antes da eternidade. Vejamos o que diz o livro História da Redenção no último parágrafo do primeiro capítulo:

"O Pai consultou Seu Filho com respeito à imediata execução de Seu Propósito de fazer o homem para habitar a Terra. Colocaria o homem sob a prova a fim de testar sua lealdade antes que ele pudesse ser posto eternamente fora de perigo. Se ele suportasse ao teste com o qual Deus considerava conveniente prová-lo, seria finalmente igual aos anjos. Teria o favor de Deus, podendo finalmente conversar com os anjos, e estes com ele. Deus não achou conveniente colocar os homens fora do poder da desobediência".

Deste parágrafo, creio que podemos concluir que Deus tinha esperança de que o homem vencesse a prova sob a qual tinha sido colocado. E o homem tinha também esperança de que venceria a prova que lhe foi imposta por Deus, a fim de que pudesse estar eternamente fora do perigo da desobediência.

Como podemos, então, afirmar que houve uma época em que não havia esperança? Fiz esta colocação na Escola Sabatina que freqüento e quase fui rechaçado. O professor ficou atônito e transfigurou-se. Parece que a lição que passava parou de ter sentido e acabou falando de tudo menos da lição.

Com isso, apenas confirmamos que algumas pessoas não têm a capacidade de conviver com idéias diferentes daquelas a eles passadas pelas lições. O "povo de Deus", pelo menos os que assim se julgam ser, por estarem no rol de membros da IASD, deveria estar melhor preparado para enfrentar opiniões e posições contrárias ao seu entendimento e deixar que a Bíblia seja a única regra de fé infalível!

O fato de o autor da lição fazer uma colocação dessas, não significa que ele esteja correto. Ocorre igualmente com a trindade, que não consta na Bíblia. Mas algumas pessoas especializam-se em introduzir "verdades", sem qualquer embasamento bíblico e os incautos as seguem fervorosamente.

Deixemos que a Bíblia seja a verdadeira palavra de Deus e não vamos nos deixar enredar por opiniões de "teólogos". Deus não confiou Suas mensagens aos teólogos e, sim, às pessoas simples e humildes que desejam servir ao Nosso Deus Pai, e a Nosso Senhor Jesus Cristo. -- Jonas.


ADÃO E EVA TINHAM OU NÃO ESPERANÇA?

Para o autor e para o Departamento da Escola Sabatina da Associação geral, Adão e Eva não tinham esperança de nada.

Segundo o autor da Lição da Escola Sabatina - Vivendo a esperança do advento -, deste trimestre (Jonathan Gallagher), na Lição nº 01: “A necessidade de esperança”, em um dos parágrafos, referente ao dia de sábado, ele afirma o seguinte:

Mas nesta semana vamos estudar um tempo em que não havia esperança, porque não havia necessidade dela. ...”.

No comentário da pergunta nº 01 (no terceiro parágrafo), lição de domingo – “A criação”, ele afirma:

A esperança aponta para alguma coisa futura, algo que antecipamos, esperamos, alguma coisa que, finalmente, nos fará estar em melhor situação do que agora. Adão e Eva, em contraste, tendo uma existência em que todas as suas necessidades eram atendidas, não precisavam de esperança de nada, porque tinham tudo. Assim, viviam sem esperança, porque não precisavam dela”.

É claro que em alguns aspectos Adão e Eva não tinham necessidade de esperança. Por exemplo: eles não tinham esperança de viver uma vida santa, pois eram santos. Eles não tinham esperança de viver no Jardim do Éden, pois já estavam nele. Eles, também, não tinham esperança de ter comunhão face a face com o Pai, com o Filho e os santos anjos, porque isto já era uma realidade. Adão e Eva não tinham esperança de vencer algum pecado acariciado na vida deles. Etc;

Em outro lugar (no comentário da primeira pergunta), o autor da lição diz:

“... Eles não precisavam sentir medo, preocupação, incerteza - e, portanto, não tinham esperança, porque não tinham necessidade de esperança”.

No entanto, abaixo, serão apresentadas algumas citações de Ellen G. White:

O Pai consultou Seu Filho com respeito à imediata execução de Seu propósito de fazer o homem para habitar a Terra. Colocaria o homem sob prova a fim de testar sua lealdade antes que ele pudesse ser posto eternamente fora de perigo. Se ele suportasse ao teste com o qual Deus considerava conveniente prová-lo, seria finalmente igual aos anjos. Teria o favor de Deus, podendo conversar com os anjos, e estes com ele. Deus não achou conveniente colocar os homens fora do poder da desobediência”. (3ª ed. 1981. p. 19.).

“... Se resistissem Às tentações haveriam de estar no perpétuo favor de Deus e dois anjos celestiais”. (Ibidem. p. 24.).

Deus reuniu a hoste angélica para tomar medida e impedir o perigo ameaçador. Ficou decidido no concílio celestial que anjos deviam visitar o Éden e advertir Adão de que ele estava em perigo pela presença de um adversário. Dois anjos apressaram-se a visitar nossos primeiros pais. ... e o que estimavam acima de todas as outras bênçãos, era a associação com o Filho de Deus e com os anjos celestiais, pois tinham muito a relatar-lhes a cada visita, sobre suas novas descobertas das belezas naturais de seu lar edênico, e tinham muitas perguntas a fazer relativas a muita coisa que só podiam compreender indistintamente”. (Ibidem. p. 29.).

Os anjos benévola e amorosamente davam a informação que desejavam. Também contaram a triste história da rebelião e queda de Satanás. Então, claramente informaram-nos de que a árvore do conhecimento fora colocada no jardim para ser um penhor de sua obediência e amor a Deus; que a elevada e feliz condição de santos anjos seria conservada sob a condição de obediência; que eles estavam numa situação similar; que podiam obedecer à lei de Deus e ser inexprimivelmente felizes, ou desobedecer e perder sua elevada condição e serem mergulhados num desespero irremediável”. (Ibidem. pp. 29-30.).

“... Se permanecessem resolutos contra as primeiras insinuações de Satanás, estariam tão seguros quanto os anjos celestiais. Mas, se cedessem ao tentador, Aquele que não poupou os exaltados anjos, não os pouparia. Deviam sofrer o castigo da sua transgressão, pois a lei de Deus é tão sagrada como Ele próprio, e Deus requer implícita obediência de todos no Céu e na Terra”.

Adão e Eva asseguraram aos anjos que nunca transgrediriam o expresso mandamento de Deus, pois era seu mais elevado prazer fazer a Sua vontade. ...”. (Ibidem. pp. 30-31.).

Nossos primeiros pais... Deviam gozar comunhão com Deus e com os santos anjos; antes, porém, que pudessem tornar-se eternamente livres de perigo, devia ser provada sua fidelidade. ... Deviam também estar expostos às tentações de Satanás; mas, se resistissem à prova, seriam finalmente colocados fora de seu poder, para gozarem o favor perpétuo de Deus”. (Patriarcas e Profetas. 12ª ed. 1991. p. 32 [48-49].).

Portanto, de acordo com essas citações, percebemos que Adão e Eva tinham esperança; não como nós temos atualmente.

Eles tinham esperança de não desobedecer ao Criador, comendo da árvore da ciência do bem e do mal;

Adão e Eva tinham esperança de não ser enganados por Satanás;

Eles tinham a esperança de ter comunhão a cada sábado com o seu Criador;

Eles tinham esperança de ter comunhão com o Filho e com os anjos a cada visita que recebiam;

Adão e Eva tinham esperança de ter “o favor perpétuo de Deus”;

Eles tinham esperança de ser finalmente igual aos anjos”;

Adão e Eva, também, tinham esperança de “nunca transgrediriam o expresso mandamento de Deus”. – josielteli@hotmail.com


Discordo de Vocês

Queridos irmãos:

Acabei de ler sobre este assunto referente ao tema da lição da Escola Sabatina e gostaria muito de expor a minha opinião.

Eu concordo com o que o autor (ou autores) da lição escreveu, pois, irmãos, Adão e Eva (antes de pecarem) não tinham a esperança. No dicionário, esperança significa: "Ato de esperar; expectativa na aquisição de um bem que se deseja; e aquilo que se espera, desejando."

Todas as citações do Espírito de Profecia apresentadas pelo irmão se forem bem analisadas, elas falam sobre o plano de Deus para Adão e Eva. Aquele era o propósito de Deus para a vida do casal, como hoje o propósito de Deus para nós é um caráter puro e santo, depende de nós apropriarmos e permitir que Deus cumpra o seu propósito em nós.

No caso de Adão e Eva, eles não conheciam o pecado. Eles não tinham noção da astúcia do inimigo, não sentiam o desejo de comer do fruto da árvore do bem e do mal, eles tinham a comunhão com Deus a cada sábado, eles tinham o favor perpétuo de Deus, tinham comunhão com o filho e com os anjos... Não passava pela cabeça do casal transgredir os mandamentos de Deus. Portanto, eles não esperavam por essas dádivas, não era uma aquisição de algo que eles desejavam, pois eles já tinham, eles não esperavam, desejando esses privilégios. Eles foram agraciados com tudo o que nós hoje temos a esperança de ter.

Sem mais, Irmã em Cristo.


Réplica Josiel

Shalôm, irmã!

Em primeiro lugar, quero deixar claro que a irmã tem todo o direito de discordar.

Em segundo lugar, quero dizer a irmã que antes de escrever, também, consultei o dicionário. Usando a própria definição que a irmã apresentou: "ATO DE ESPERAR; expectativa na aquisição de um bem que se deseja; e AQUILO QUE SE ESPERA, desejando."

Em função dos destaques que foram dadosà sua definição, não podemos entender que na semana existia apenas o sábado. Então, sendo assim, Adão e Eva, esperavam semanalmente o sábado para ter um momento especial de louvor e adoração ao Criador.

Apresentei, também, o seguinte texto:

Adão e Eva asseguraram aos anjos que nunca transgrediriam o expresso mandamento de Deus, pois era seu mais elevado prazer fazer a Sua vontade. ...”. (Ibidem. pp. 30-31.).

De acordo com esse texto, percebemos que em função da promessa que foi feita, Adão e Eva tinham esperança de cumprir o que prometeram.

Para finalizar, vou apresentar um texto que que recebi de um irmão, por e-mail (ele enviou o texto em espanhol, mas transcreverei em português):

"Criados para serem a 'imagem e glória de Deus,' Adão e Eva tinham obtido prerrogativas que os faziam bem dignos de seu alto destino. Dotados de formas airosas e simétricas, de aspecto regular e belo, o rosto resplandecendo com o rubor da saúde e a luz da alegria e ESPERANÇA, apresentavam eles em sua aparência exterior a semelhança dAquele que os criara. ...". (Educação. 5ª ed. 1977. p. 20.).

Então, agora, eu pergunto a irmã: Que ESPERANÇA é essa, relatada por Ellen G. White? -- Josiel Teixeira Lima.

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