Meu Pedido de Exclusão da Igreja Adventista do 7º Dia

Prezado Irmão em Cristo,

Gostaria que publicasse em seu site meu pedido de exclusão da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Junto com meu pedido, eu faço um resumo das razões que me levam a tomar esta decisão. Sei que ao fazer isto estarei expondo meu nome ao vitupério. Mas pode ser que pelo meu exemplo ainda se levantem outros fiéis que resolvam levantar o estandarte da verdade nem que isto lhes custe a vida. Prefiro ser alvo de ataques junto com Cristo do que perecer em meio a uma Igreja que se apostatou da verdade presente. Gostaria também que, por favor, publicasse meu email escrito logo abaixo. Obrigado.

Em Cristo, Paulo Alexandre de Oliveira.
engpado@gmail.com

Curitiba, 29 de junho de 2009.

 

A Igreja Adventista do Sétimo Dia do Juvevê - Curitiba,

Escrevo esta carta com a intenção de formalizar meu desejo de me desligar do corpo de membros da organização mundial adventista do sétimo dia atual – IASD. Foram quase 28 anos dentre os quais os primeiros 22 acreditei que a corporação adventista estava sendo guiada nos princípios da Verdade. Nos últimos 6 anos venho acompanhando o debate que vem sido travado sobre questões como a doutrina da trindade e a natureza divino-humana de Jesus e tenho visto a obstinada apostasia da corporação adventista. Das razões apresentadas pela liderança atual da IASD nunca encontrei nenhuma que justificasse uma mudança na doutrina da Divindade defendida pelos pioneiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Ellen White, James White, John Nevins Andrews, Joseph Bates, Uriah Smith entre outros pioneiros da Igreja Adventista escreveram claramente e indubitavelmente que a trindade não é uma doutrina bíblica. E foram além, publicando suas declarações em jornais e revistas de circulação na época apontando o caráter herético da doutrina da trindade. Dentre elas gostaria de apresentar algumas das declarações feitas por John Andrews e James White. Ambos foram presidentes da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia. James White também foi esposo de Ellen White, a mensageira escolhida por Deus para o tempo do juízo:

“A doutrina da Trindade foi estabelecida na igreja pelo concílio de Nicéia 325 AD. Essa doutrina destrói a personalidade de Deus e seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor. A forma infame como foi imposta à igreja, aparece nas páginas da história eclesiástica, que causa aos que acreditam na doutrina corar de vergonha.” J. N. Andrews - The Review and Herald, 06/03/1855.

“O grande equívoco dos trinitarianos, ao argumentarem esse assunto, parece ser esse: Eles não fazem diferença entre negar a Trindade e negar a divindade de Cristo. Eles só vêem os dois extremos em que está a verdade; tomam cada expressão referente à preexistência de Cristo como uma prova da Trindade. As Escrituras ensinam abundantemente a preexistência de Cristo e a sua divindade, mas são inteiramente silenciosas quando à Trindade. A declaração que o divino Filho de Deus não morre, está tão longe dos ensinamentos da Bíblia como as trevas da luz. Eu perguntaria aos trinitarianos: A qual das duas naturezas devemos a redenção? A resposta seria obviamente a natureza que morre e que derramou seu sangue por nós; “pela qual tivemos redenção pelo seu sangue”. Então fica evidente que unicamente a natureza humana morre, e o nosso redentor é unicamente humano. O divino Filho de Deus não teve parte na nossa salvação, pela qual não morreu e nem sofreu. Eu estava certo, quando disse que a doutrina da Trindade degrada a expiação, trazendo o sacrifício, o sangue pelo qual fomos comprados, para baixo num padrão de comprometimento.” James White – The Review and Herald, 10/11/1863.

“Que uma pessoa seja três pessoas, e que três pessoas sejam uma só pessoa, é uma doutrina que nós podemos proclamar ser uma doutrina contrária à razão e ao senso comum.” James White – The Review and Herald, 06/07/1869.

A justificativa dada pelos pastores e líderes da organização atualmente de que a trindade foi uma nova revelação dada depois a Ellen White é sem fundamento pois esta doutrina foi criada pela igreja católica no concílio de Nicéia muito antes em 325 AD e Ellen White nunca escreveu nem sugeriu a existência de uma trindade. Se fosse mostrado a ela algo incorreto nas declarações de seu próprio marido relativo à doutrina da trindade, porque ela nunca escreveu NADA revisando ou corrigindo suas declarações ou as dos outros pioneiros contemporâneos seus?

Muitos poderiam sugerir que estou a negar a existência do Espírito Santo. Enfatizo aqui que creio na existência da Pessoa Divina do Espírito Santo mas não da forma como a doutrina da trindade sugere. Não existe em lugar nenhum da Bíblia e nem nos livros do Espírito de Profecia texto que sugira a idéia de que uma trindade sempre existiu desde a eternidade ou que houve um “concílio” entre Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito para decidir a questão da criação do planeta terra como fui ensinado quando ainda criança na igreja em que cresci. Desafio alguém que mostre algum texto inspirado que ratifique esta idéia.

A bíblia ensina que o Espírito Santo é o Espírito de Jesus:

“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” Rom 8:9

“Atravessaram a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia; e tendo chegado diante da Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu.” Atos 16:6 e 7.

“Disse-lhes, então, Jesus segunda vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. E havendo dito isso, assoprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” João 20:21 e 22.

O Espírito Santo é a alma divina de Jesus Cristo, é a sua vida pré-existente que foi sacrificada em prol da salvação eterna da raça caída. O sacrifício de Jesus não se limita apenas a um sacrifício humano na cruz do calvário. Somente o sacrifício eterno do Seu Divino Ser poderia expiar a nossa condenação eterna conforme a citação de James White. Jesus abdicou de sua existência como um Ser Unicamente Divino para se tornar para sempre um membro da raça humana, gerado a partir da divindade, mas com a nossa mesma natureza e é esta infinita humilhação, o esvaziamento do seu Ser Divino, que compreende o seu sacrifício eterno.

“Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.” Filipenses 2:6,7 e 8.

A alma da sua vida, o Espírito Santo, Ele nos oferece como o maior Dom que o Céu poderia conceder à humanidade. Somente a união do Seu Divino Espírito com a nossa humanidade pode nos habilitar a cumprir a Sua Lei e fazer-nos santos e dignos de participar da sociedade do céu. Glória a Deus por tão infinito sacrifício.

"Christ declared that after his ascension, he would send to his church, as his crowning gift, the Comforter, who was to take his place. This Comforter is the Holy Spirit,--the soul of his life, the efficacy of his church, the light and life of the world. With his Spirit Christ sends a reconciling influence and a power that takes away sin.

In the gift of the Spirit [HIS LIFE--THE SOUL OF HIS LIFE], Jesus gave to man the highest good that heaven could bestow....

The Spirit was given as a regenerating agency, and without this the sacrifice of Christ would have been of no avail....

It is by the Spirit that the heart is made pure. Through the Spirit the believer becomes a partaker of the divine nature. Christ has given his Spirit as a divine power to overcome all hereditary and cultivated tendencies to evil, and to impress his own character upon the church." E.G. White, Review and Herald Articles, May 19, 1904, vol. 5, p. 42.

Tradução:

“Cristo declarou que após sua ascensão, ele enviaria a sua igreja, como sua mais preciosa dádiva, o Consolador, que estava para tomar Seu lugar. Este Consolador é o Espírito Santo, -- a alma de Sua vida, a eficácia de sua igreja, a luz e a vida do mundo. Com seu Espírito Cristo envia uma reconciliadora influência e um poder que afasta o pecado.

Na dádiva do Espírito [SUA VIDA -- A ALMA DE SUA VIDA], Jesus deu ao homem o mais alto dom que o céu poderia conceder...

O Espírito foi dado com uma agência regeneradora, e sem isto o sacrifício de Cristo não teria sido de nenhum proveito...

é pelo Espírito que o coração é feito puro. Através do Espírito o crente se torna um participante da natureza divina. Cristo tem dado seu Espírito como um poder divino para vencer todas as tendências hereditárias e cultivadas para o mal, e para imprimir seu próprio caráter sobre a igreja.” E.G. White, Review and Herald Articles, May 19, 1904, vol. 5, p. 42.

"Cumbered with humanity Christ could not be in every place personally, therefore it was altogether for their advantage that He should leave them to go to His Father and send the Holy Spirit to be His successor on earth. The Holy Spirit is Himself divested of the personality of humanity and independent thereof. He would represent Himself as present in all places by His Holy Spirit." E.G. White, (Manuscript Releases Volume 14 (No's 1081-1135) MR No.1084.

Tradução:

Limitado pela humanidade Cristo não poderia estar em todo lugar pessoalmente, consequentemente foi para a vantagem de todos eles juntos que Ele deveria deixá-los e ir para Seu Pai e enviar o Espírito Santo para ser Seu sucessor na terra. O Espírito Santo é Ele mesmo despido da personalidade da humanidade e independente dela. Ele representaria a Si mesmo como presente em todos os lugares pelo Seu Espírito Santo.” E.G. White, (Manuscript Releases Volume 14 (No's 1081-1135) MR No.1084.

A doutrina da trindade defendida por Roma e suas filhas nega o infinito sacrifício da natureza unicamente divina do Filho em sua Incarnação. Este foi o maior dom, o mais alto sacrifício oferecido pelo Seu Divino Espírito Santo como um testador que realiza um testamento deixando a herança de Sua própria Vida a nós, após a Sua morte, com o propósito de sermos capazes de vencer o pecado.

Pois onde há testamento, necessário é que intervenha a morte do testador. Porque um testamento não tem força senão pela morte, visto que nunca tem valor enquanto o testador vive. Hebreus 9:16 e 17

Sem este importantíssimo sacrifício, nós não seríamos capazes de vencer o pecado e tudo que Cristo poderia fazer neste caso seria perdoar pecados continuamente para sempre. Em outras palavras, conforme disse Ellen White, “... sem isto o sacrifíico de Cristo não teria sido de nenhum proveito...”.

"He (Christ) suffered the death which was ours, that we might receive the life which WAS His." Desire of Ages, p. 25 1 Cor. 11:24-265, cf. John 6:53, 54, Titus 3:5, 6.

Tradução:

“Ele sofreu a morte que era nossa, para que pudéssemos receber a vida que era Sua.”

Ellen White escreveu que há três distintas pessoas na DIVINDADE (não foi escrito a palavra trindade no texto original). Após a incarnação, o Espírito Santo e Cristo passaram a ser distintas e separadas pessoas, e Cristo é o ÚNICO MEDIADOR:

“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,” I Timóteo 2:5

“Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do Espírito: que ele, segundo a vontade de Deus, intercede pelos santos.” Romanos 8:26 e 27

Existe uma íntima e distinta relação entre a vida da pessoa do Espírito Santo e Cristo como uma pessoa. E esta relação é muito maior do que Pai, Filho e Espírito Santo sendo um. O Pai não se esvaziou voluntariamente e deixou Sua “SOMENTE DIVINA” vida PARA SEMPRE. O Filho o fez. Esta é uma distinta diferença entre o Pai e o Filho. A vida “SOMENTE DIVINA” do Filho antes de sua incarnação é o Seu Espírito Santo. A Sua Incarnação é a combinação da Sua Divindade com nossa humanidade.

A história escrita pelos homens hoje é uma repetição da história passada – “O que tem sido, isso é o que há de ser, e o que se tem feito, isso se tornará a fazer; nada há que seja novo debaixo do sol.” Eclesiastes 1:9. A liderança da igreja na época de Cristo rejeitou a verdade de que Jesus era o prometido Messias. Essa igreja não foi poupada por se considerar a depositária da verdade. No ano 70 de nossa era, o Templo foi destruído e muitos do povo foram mortos dentre os quais velhos, jovens, mães e criancinhas. Em nossos dias, a mesma apostasia corporativa vai selar o destino da IASD. O capítulo 9 de Ezequiel é uma adventência para aqueles que insistirem em permanecer na atual IASD:

"Study the 9th chapter of Ezekiel. These words will be literally fulfilled; yet the time is passing, and the people are asleep. They refuse to humble their souls and to be converted. Not a great while longer will the Lord bear with the people who have such great and important truths revealed to them, but who refuse to bring these truths into their individual experience. The time is short. God is calling; will YOU hear? Will YOU receive His message? Will YOU be converted before it is too late? Soon, very soon, every case will be decided for eternity. Letter 106, 1909, pp. 2, 3, 5, 7. (To "The churches in Oakland and Berkeley, September 26, 1909.)" E. G. White Manuscript Releases Volume One, p. 260.

Tradução:

Estudem o capítulo 9 de Ezequiel. Estas palavras serão literalmente cumpridas; ainda o tempo está passando, e o povo está adormecido. Eles se recusam a humilhar suas almas e serem convertidos. Não por muito mais tempo o Senhor irá tolerar o povo a quem tem sido reveladas tão grandes e importantes verdades, mas recusam trazer estas verdades para sua experiência individual. O tempo é curto. Deus está chamando; VOCÊ ouvirá? VOCÊ receberá Sua mensagem? VOCÊ estará convertido antes que seja muito tarde? Cedo, muito cedo, todo caso será decidido para a eternidade. Carta 106, 1909, p. 2, 3, 5, 7, (Para “As igrejas in Oakland e Berkeley, 26 de setembro de 1909) E. G. White Manuscript Releases Volume One, p. 260.

Diante dos motivos apresentados acima, passarei a me reunir com minha família e prestar meu culto e adoração a Deus no meu Lar. Foi assim que começou a Igreja Apostólica e assim também deverá a Igreja funcionar na conclusão da Sua obra.

“Deus possui uma igreja, não é uma grande catedral, nem uma igreja oficialmente estabelecida, nem as diversas denominações, mas sim o povo que ama a Deus e guarda os seus mandamentos. Porque onde estão dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles (Mat 18:20). Ainda que Cristo esteja entre poucos humildes, esta é sua igreja, pois somente a presença de Cristo, do alto e sublime que habita a eternidade pode constituir uma igreja.” – E.G.W. - Upward Look, 315·

Solicito, por favor, meu desligamento do rol de membros da atual organização da Igreja Adventista do Sétimo Dia. E espero que meu testemunho sirva de exemplo para outros que prezam mais a Verdade do que as tradições dos homens.

Atenciosamente,


Paulo Alexandre de Oliveira.

Para entrar em contato conosco, utilize este e-mail: adventistas@adventistas.com