4 Passos para Parar de Reclamar e Mudar a Igreja

Lembro-me bem da minha avó quando eu ainda menino brincava na sala, enquanto ela recebia suas visitas pastorais e dizia: “Meu filho, venha aqui, falar com o pastor!”

Eu, muito envergonhado, corria até a sala e soltava aquele "tudo bem?", entre os dentes. Mas aquele falar com o pastor da minha avó, era mais que um cumprimento, tinha um significado de prestar reverência, tomar a bênção, quase beijar a mão. Acredito que tenha acontecido assim com muito mais gente nesses anos todos.

Batizei-me depois de adulto e casado na Igreja Adventista do Sétimo Dia e foi o maior orgulho para minha querida avó. Não precisou muito para entender aqueles irmãos na fé e perceber algo estranho. Uma reverência e uma deferência quase divina àquele homem intitulado "pastor". Pensei comigo: "Na igreja católica é assim mesmo e aqui é um pouco diferente."

Aos poucos, percebi o uso da máquina religiosa em prol de famílias tradicionais da igreja. Pensei comigo novamente: "Lá fora (na política) é assim mesmo e aqui é um pouco diferente."

Notei com o tempo a clareza que tinham a respeito das leis e o conhecimento bíblico, mas notei também o uso da própria lei para defender interesses escusos e a letra da lei para colocar sob o jugo e a exclusão religiosa os irmãos menos esclarecidos, os simples e humildes de coração, aqueles que compõem a massa de manobra. Pensei: "Lá fora é assim também!"

Quero chamar a atenção dos irmãos e desculpem se os ofendo, mas esse descontrole exagerado, essa corrupção avassaladora tomou proporção devido a falta de organização do próprio povo adventista!

Alguns ENDEUSARAM os pastores, outros ENGESSARAM a própria mente e dizem: “Eles terão que dar contas a Deus.” E esquecem que as tomadas de decisões quer sejam certas ou erradas irão afetar a vida de todos nós. Então, por que se excluir das decisões?

Agora, sugiro que refaçamos de uma vez a nossa visão quanto a igreja.

1. Pastor não é Deus!

2. Igreja não é curral!

As instituições não são mantidas pelas divisões, uniões e associações. Os mantenedores somos nós que dizimamos e ofertamos. Portanto, o fechamento ou a venda de qualquer propriedade ou órgão da igreja deveria ser muito mais complexa e o gestor deveria ser responsável pelos rombos apresentados.

É engraçado. Deportam políticos, todos aplaudem! Cassam juízes, mais palmas! Exoneram presidente, o país faz festa! Mas quando aparecem os rombos, roubos, assédios sexuais e toda forma de nepotismo, corporativismo dentro da obra, os irmãos ficam perplexos, amedrontados e no máximo tagarelantes-omissos, mas não agem.

O que os irmãos ainda não perceberam é que precisamos agir. 

3. Agir é o verbo!

Graças a Deus, este site disponibilizou o espaço, agora é preciso mobilizar, agir.

A instituição é regida por estatutos e manuais de regulamento. Chegou a hora de agir e rever esse protecionismo tendencioso.

4. Convoquem Israel!

Agrupem-se homens e mulheres, façamos uma grande reunião e clamemos pela presença de Deus. Peçamos a Ele que nos ajude a realizar um grande congresso para expurgar os espinhos que os homens cheios de vaidade colocaram no corpo de Cristo, a IGREJA.

É necessário percebermos que ou nos unimos a eles em erros e mentiras ou mobilizamos o povo. Reunamos dinheiro de um e de outro para promovermos um congresso a fim de reorganizar a igreja. É preciso pedir auditoria externa de irmãos capazes de levantar as contas das associações, escolas e rádios até chegarmos no topo. É preciso trabalhar a consciência dos irmãos a fim de entender que a medida não é sair, mas limpar a casa.

Caso contrário, ficar só tagarelando não vai resolver nada.

Para se ter uma idéia, a Associação Rio de Janeiro já vendeu duas emissoras de rádio e agora a loja do SELS (depois de completa reforma) com um terreno à Rua do Matoso, em véspera de eleições e dê-lhe construir uma nova associação, a chamada Norte-Fluminense. Adivinha por quê?

Está feliz da vida o Supermercado Mundial, que arrematou o Sels e o terreno, e sabe mais quem? Adivinhe: Xuxa, Didi ou Schumman? O que os irmãos ainda não perceberam é que falar e gritar ajudam, mas não resolvem. Chega de sofrimento. -- Paes e Vieira.

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