Saiba Mais Sobre as Ofertas Depositadas na "Arca do Tesouro" Sei que o objetivo de muitas matérias aqui publicadas é levar às pessoas a fazer uma investigação, sobre o destino dos dízimos e das ofertas que são devolvidos, para levar adiante, a grande obra do nosso Senhor e Salvador, a salvação de pessoas. Respeito igualmente a posição daqueles que entendem que a obrigatoriedade do pagamento do dízimo ao sacerdócio levítico cessou com a morte do Messias na cruz. Convém também saber que a “arca do tesouro”, mencionada pelo Messias, não era o local em que os fiéis colocavam o dinheiro referente aos seus dízimos, bem como o dinheiro referente às ofertas pelo pecado. As ofertas que eram depositadas, na “arca do tesouro”, eram ofertas que podiam ser utilizadas na restauração, na manutenção do Templo. Portanto, elas nada tinham a ver com os dízimos e às ofertas pelo pecado, que os sacerdotes e levitas tinham parte, segundo o que foi ordenado por Yahweh, no Antigo Testamento.
O TEMPLO ABANDONADO Nos livros de 2Reis 12 e Crônicas 24, temos os relatos, que nos apresentam à origem da “arca do tesouro”, no Templo de Salomão, e, quem sabe, seguindo a tradição (embora possa não ter sido a mesma arca), tenha sido utilizada, também, até àquela época, conforme mencionado pelo Messias. No início do reinado de Joás, ele deu algumas ordens, no que diz respeito à restauração do Templo. Abaixo, serão apresentados os relatos de 2Reis e de 2Crônicas, pois um complementa o outro. “Disse Joás aos sacerdotes: Todo o dinheiro das coisas consagradas que se trouxer à casa do Senhor, o dinheiro daquele que passa o arrolamento, o dinheiro de cada uma das pessoas, segundo a sua avaliação, e todo o dinheiro que cada um trouxer voluntariamente para a casa do Senhor, recebam-no os sacerdotes, cada um dos seus conhecidos, e reparem os estragos da casa, todo estrago que se achar nela. Sucedeu porém que, no vigésimo terceiro ano do rei Joás, os sacerdotes ainda não tinham reparado os estragos da casa”. (2Reis 12:4-6 – AVR). “Depois disso Joás resolveu renovar a casa do Senhor. Reuniu, pois, os sacerdotes e os levitas e lhes disse: Saí pelas cidades de Judá, e levantai dinheiro de todo a Israel, anualmente, para reparar a casa do vosso Deus; e vede que apresseis este negócio: contudo os levitas não o apressaram”. (2Crôn. 24:4-5 – AVR). Como você percebe, de acordo com 2Reis 12:1; 2Crôn. 24:1, e os outros versos, durante muito tempo, o Templo, ficou abandonado e precisando de reparos. Porém, passado 23 (vinte três) anos de reinado, Joás tomou outras decisões e, também resolveu agir, e saber qual era o motivo de não se ter cumprido a ordem, que ele havia dado. “Então o rei Joás chamou o sacerdote Jeoiada e os demais sacerdotes, e lhes disse: Por que não reparais os estragos da casa? Agora, pois, não tomeis mais dinheiro de vossos conhecidos, mas entregai-o para o reparo dos estragos da casa. E consentiram os sacerdotes em não tomarem mais dinheiro do povo, e em não mais serem os encarregados de reparar os estragos da casa”. (2Reis 12:7-8 - AVR). “Pelo que o rei chamou Jeoiada, o chefe, e lhe perguntou: Por que não tens obrigado os levitas a trazerem de Judá e de Jerusalém o imposto ordenado por Moisés, servo do Senhor, à congregação de Israel, para a tenda do testemunho?”. (2Crôn. 24:6 – AVR). Possivelmente, o verso sete, tenha sido apresentado como um dos motivos do não recolhimento dos impostos, por parte dos sacerdotes e levitas. Esses impostos estão especificados, em Êxodo 22:29-30; 30:12-16; 36:3; mas, também, pode, ser uma referência a alguns tipos de ofertas que eram devolvidos, aos sacerdotes (ofertas que eles tinham parte), no Templo (29:26-28; 36:3; Lev. 2:3, 10; 6:14-18; 7:13-14 e 31-36; 10:12-15), não apenas, àquelas que eram devolvidas, após as colheitas (Deut. 16:22-26). Em função do abandono do Templo, percebe-se que, as ofertas que os sacerdotes e levitas tinham participação, também, estavam sendo negligenciadas. Tudo isso, devido às profanações que foram realizadas no Templo. “Pois os filhos de Atalia, aquela mulher ímpia, tinham arruinado a casa de Deus; e até empregaram todas as coisas sagradas da casa do Senhor no serviço dos baalins”. (2Crôn. 24:7 – AVR). Após mais de 23 anos de abandono do Templo e possivelmente, 23 anos, após a primeira ordem do rei, o sacerdote Jeoiada resolveu agir, juntamente com o rei, no que diz respeito às reformas do Templo. “Mas o sacerdote Jeoiada tomou uma arca, fez um buraco na tampa, e a pôs ao pé do altar, à mão direita de quem entrava na casa do Senhor. E os sacerdotes que guardavam a entrada metiam ali todo o dinheiro que se trazia à casa do Senhor. Sucedeu pois que, vendo eles que já havia muito dinheiro na arca, o escrivão do rei e o sumo sacerdote vinham, e ensacavam e contavam o dinheiro que se achava na casa do Senhor. E entregavam o dinheiro, depois de pesado, nas mãos dos que faziam a obra e que tinham a seu cargo a casa do Senhor; e eles o distribuíam aos carpinteiros, e aos edificadores que reparavam a casa do Senhor; como também aos pedreiros e aos cabouqueiros; e para se comprar madeira e pedras de cantaria a fim de repararem os estragos da casa do Senhor, e para tudo quanto exigia despesa para se reparar a casa”. (2Reis 12:9-12 – AVR). “O rei, pois, deu ordem; e fizeram uma arca, e a puseram do lado de fora, à porta da casa do Senhor. E publicou-se em Judá e em Jerusalém que trouxessem ao Senhor o imposto que Moisés, o servo de Deus, havia ordenado a Israel no deserto. Então todos os príncipes e todo o povo se alegraram, e trouxeram o imposto e o lançaram na arca, até que ficou cheia. E quando era trazida a arca pelas mãos dos levitas ao recinto do rei, na ocasião em que viam que havia muito dinheiro, vinham o escrivão do rei e o deputado do sumo sacerdote, esvaziavam a arca e, tomando-a, tornavam a levá-la ao seu lugar. Assim faziam dia após dia, e ajuntaram dinheiro em abundância. E o rei e Jeoiada davam-no aos encarregados da obra da casa do Senhor; e assalariaram pedreiros e carpinteiros para renovarem a casa do Senhor, como também os que trabalhavam em ferro e em bronze para repararem a casa do Senhor. Assim os encarregados da obra faziam com que o serviço da reparação progredisse nas suas mãos; e restituíram a casa de Deus a seu estado anterior, e a consolidaram”. (2Crôn. 24:8-13 – AVR).
A ARCA DO TESOURO Aqui, segundo esses versos, é que a “arca do tesouro”, teve origem. Contudo, com objetivos específicos, conforme relatados acima, e nos versos seguintes. Agora, destacarei algumas observações (quanto à finalidade das ofertas) importantes, que dizem respeito às ofertas depositadas na “arca do tesouro”.
CONCLUSÃO Atualmente, as ofertas que são devolvidas nas igrejas adventistas, são desviadas do seu real objetivo. Por outro lado, percebemos que os fiéis são mal orientados, no que diz respeito à devolução das ofertas. Aqui, não irei entrar em detalhes quanto à má utilização do dízimo; contudo, sei que deve haver uma fiscalização. A IASD, também sabe disso. Se não, qual a necessidade de haver auditoria? No entanto, aqui, quero chamar a atenção para: o chamado segundo dízimo ou outros que se denominem; para os pactos; os fundos de inversões; etc. resumindo, tudo o que não for dízimo, o legalmente estipulado na Escritura Sagrada, deve ficar na igreja local, para que seja utilizado pelos seus vários departamentos, mas principalmente, devem ser utilizados na construção, manutenção e restauração das igrejas. Hoje, muitas cabanas, casas, barracões, etc. são obrigados a devolver parte de suas ofertas, segundo dízimo, pactos etc. para alimentar quem não precisa, enquanto ficam despojadas de seus recursos e, a maioria das vezes não tem ajuda financeira. Alem de quase não receber uma visita de um pastor distrital; e jamais de um departamental e muito menos de um presidente de campo. Abaixo, destacarei alguns textos, escritos pelo apóstolo Paulo: “Recebei-nos em vossos corações; a ninguém fizemos injustiça, a ninguém corrompemos, a ninguém exploramos”. (2Cor. 7:2 – AVR). “Mas, graças a Deus, que pôs no coração de Tito a mesma solicitude por vós; pois, com efeito, aceitou a nossa exortação; mas sendo sobremodo zeloso, foi por sua própria vontade que partiu para vós. E juntamente com ele enviamos o irmão cujo louvor no evangelho se tem espalhado por todas as igrejas; e não só isto, mas também foi escolhido pelas igrejas para ser nosso companheiro de viagem no tocante a esta graça que por nós é ministrada para glória do Senhor e para provar a nossa boa vontade; assim evitando que alguém nos censure com referência a esta abundância, que por nós é ministrada; pois zelamos o que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens. Com eles enviamos também outro nosso irmão, o qual muitas vezes e em muitas coisas já experimentamos ser zeloso, mas agora muito mais zeloso ainda pela muita confiança que vós tem”. (2Cor. 8:16-22 – AVR). Onde há indícios de desvio de verbas, deve-se fiscalizar o seu real destino. O apóstolo Paulo, em 1Tim 5:17-18, depois de falar do direito ao salário, que os presbíteros (anciãos) tem, deixou-nos o seguinte conselho: “Não aceites acusação contra um ancião, senão com duas ou três testemunhas. Aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor”. (1Tim. 5:19-20 – AVR). Então, de acordo com esses versos, devemos não apenas investigar, mas denunciar e repreender os faltosos na presença de todos. Portanto, volto a dizer: tudo o que não for dízimo, o legalmente estipulado na Escritura Sagrada, deve ficar na igreja local, para financiar os seus próprios projetos, sendo, então, utilizado pelos seus vários departamentos, mas principalmente, devem ser utilizados em construção, manutenção e restauração das igrejas, conforme 2Reis 12 e 2Crôn. 24. Pois, o que deve ser utilizado, para manutenção dos verdadeiros mensageiros, na Seara do Senhor, que estão pregando o evangelho, são os dízimos. – josielteli@hotmail.com Leia também: |
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