Carta Aberta aos Pastores e Irmãos do Paraná e da USB

Prezados irmãos da USB, mais especificamente do distrito de Arapoti/PR e, em especial, aos membros de Wenceslau Brás/PR. Infelizmente, tenho que lhes comunicar que seu "pastor" é disso para pior.

O "ministro" mencionado na matéria Distritais da USB Começam a Agir como Seus Colegas da UCB, teve como seu primeiro distrito pastoral, a cidade de Irati/PR, região sul do Paraná. A radiografia de sua personalidade é exatamente a descrita no artigo.

"Pastor" Carlos, como a cigarra da fábula, adora mesmo é cantar. Pouco se preocupa com o balido de suas ovelhas. Está sempre carregado de alto grau de amor e louvor próprio e facilmente se ressente com qualquer ovelha que se aventure a objetar seus procedimentos. Quando isso acontece, essa ovelha passa a ser sua inimiga e assim ele se mantém, com seu espírito de sarcasmo para com as ovelhas e sobretudo com as pessoas mais idosas e da velha guarda, em especial quando se trata do ministério da música.

Vale lembrar um fato ocorrido com um jovem que pediu que Sócrates lhe ensinasse oratória. Como o rapaz falava demais, ele exigiu o dobro do preço normal. "Por que o Sr. está me cobrando o dobro?" Perguntou o jovem. "Porque terei de ensinar-lhe duas ciências: como refrear a língua e como falar  em público."

O Carlos ainda não apreendeu a primeira e mais difícil lição e, por isso, tem colecionado graves conseqüências e provocado perturbações em seu ministério. É como diz Jeremias 10:21, versão da Bíblia  de Jerusalém: “Porque os pastores foram estúpidos, eles não procuram Iahweh, e todo rebanho foi disperso.”

Que o pastor Carlos e outros que visitam esta página leiam e meditem nesses textos da irmã White, com grifos nossos:

“Há decidida falta de amor, compaixão, e compassiva ternura entre os irmãos. Os ministros de Cristo são demasiados frios e sem coração. O coração dele não se acha inflamado de terna compaixão e fervoroso amor.

“A razão porque os ministros que pregam a verdade presente não são mais bem sucedidos, é que eles são deficientes, grandemente deficientes, em fé, esperança, amor. Precisam chegar ao  coração de seus irmão, e ajuda-los onde eles são fracos e mais necessitados de auxílio.

As censuras brandas, as respostas suaves e palavras agradáveis, são muito mais apropriadas para reformar e salvar, do que a severidade e as aspereza.

“Um pouco mais de falta de bondade poderá colocar as pessoas além de vosso alcance, ao passo que um espírito conciliatório, seria o meio de prender as pessoas a vós, sendo-vos então possível confirma-las no bom caminho.” Testemunhos Seletos, vol 01, págs 322 a 324.

Alguém disse, caro pastor Carlos: "Palavras frias gelam as pessoas, palavras quentes as causticam. Amargas as tornam amarguradas e as iradas fazem com que fiquem iradas; contudo; Palavras bondosas também produzem reflexos na alma dos homens; e que belo reflexo; elas acalmam, tranqüilizam e se confortam."

Mas o Sr é jovem, quem sabe um dia possa apreender a mudar essa sua atitude para com os que pensam diferente de seus conceitos. Isso, se o Bom Deus permitir, e sua pessoa desejar. Algum dia, quem sabe?, o Sr. terá um espírito manso e calmo, virtudes preciosas em especial em alguém que se intitula pastor. Mas para isso é mister a crucificação do eu. Será que o Sr tem capacidade para apreender a paciência e a moderar suas paixões?

Seria de bom alvitre, o Sr. relembrar que a mansidão é considerada no Livro Santificação de EGW, pág. 16: "o mais precisos fruto da santificação é a graça da mansidão". Assim, o Sr. vai poder obter melhor autocontrole e domínio sobre seu temperamento irascível e impetuoso.

O Sr. poderia ser um verdadeiro pacificador, que não é aferrado a sua próprias opiniões, mas sempre irá buscar uma postura conciliatória de restaurador de relacionamentos rompidos, prejudicados ou destruídos, e só assim, irás alegra e surpreender suas ovelhas, pois terás um comportamento exterior gracioso, cortês, bondoso e amigável.

Suas ovelhas sentirão de Sua parte uma relação fraterna e não um sentimento de que existe apenas um relacionamento de fachada. Não, elas sentirão que são pessoas amadas, como elas são, com suas opiniões. Assim, certamente, os conflitos em vosso ministério, se suavizarão.

Lembre-se: suas palavras têm vida própria e podem ser positivas e fonte de encorajamento, indicadoras de seu coração e caráter. A estrutura básica de confiança de suas ovelhas e o Sr., são as palavras verbalizada e trocadas.

Contudo, infelizmente, esse "pastor", constantemente se envolve em intrincadas teias de relacionamentos verbais e pessoais, de conteúdos ofensivos e agressivos, contra suas ovelhas. E essas atitudes provocam reações de uma retenção emocional e mental das afeições para com seu pastor e, em conseqüência, provocam interações tensas e difíceis, provocando essas situações conflitantes e confusas.

Lembre-se: "Certo é, porém, que os errantes só podem ser encaminhados com um espírito de mansidão, bondade e terna simpatia.” 2Testemunhos Selectos, pág. 256.

Caro "pastor", palavras egoístas e rudes, não nascem de um coração que de fato esta  plenamente perdoado. O amor é um principio, não emoção. O amor verdadeiro não depende de terno afeto e carinho pela outra pessoa. Pode ser que o Sr .nunca se sinta desta maneira pela pessoa que a feriu, mas pode-se amã-la assim mesma, pode-se reconhecer seu valor e mérito como um filho de Deus.

Caro “pastor”, respeitar a opinião dos contrários, depende apenas de sua vontade e independente afabilidade emocional. Basta apenas que o Sr. esteja ciente do grande preço que o Céu pagou por aquele que é seu contrário nas opiniões e certamente isso fará brotar de sua personalidade, ternura e afabilidade, que lhe irãp conferir bondade e delicadeza em todas as suas palavras e atitudes.

Lembre-se: “Com nossos pensamentos nunca expressos podemos matar, todavia, depois de ditos porém, nem Deus os pode anular.” Will Carleton.

O barômetro de nossa "clima" interno é revelado com mais facilidade, pelo aspecto de nosso semblante, pelo tom e volume de nossa voz e pela intenção das palavras que saem fluentemente de nossa boca. Elas indicam o nível de nosso contentamento ou descontentamento interno com nossa vida.

Seria muito útil se os Srs. pastores utilizassem o cérebro antes de abrir a boca. É um conselho prático e valioso, principalmente se o cérebro estiver em contato com o Céu. Digo isso, corroborado por Provérbios 17:28, e pelo ditado popular; “É melhor calar-se e ser considerado tolo, do que desabafar-se e... remover as dúvidas!”

Lembre-se, pastor: “Num momento, pôr palavras precipitadas, apaixonadas, descuidosas, pode ser operado um mal que o arrependimento de uma vida inteira não pode desfazer” Mensagens aos Jovens, pág. 135. E pode ter certeza que muitas de suas palavras deixaram e vão deixar machucadas em seu caminho pastoral, muitas das suas ovelhas. Muitas das palavras de seus lábios destruíram esperanças, coragem e fé.

Se lhe agradar aos ouvidos, fique de incentivo o modelo do Mestre: “As palavras de Jesus erram sábias, edificantes, animadoras, inteligentes e cautelosas. Mesmo quando fazia repreensões, Ele as efetuava com espírito de amor e com intenções de salvar a pessoa culpada. Compreendia o poder da eloqüência e também do silencio.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 335.

Ainda mais: “Os servos de Deus não devem agir segundo os ditames naturais do coração. Precisam da íntima comunhão com Deus a fim de que, sob provocações, o próprio eu não assuma, e despejem uma torrente de palavras inconvenientes..É isto que Satanás quer que façam, pois esse são seus métodos.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 336.

Isto vale para todos os pastores Carlos do Brasil; “Muitos há para quem a vida é uma penosa luta, sentem suas deficiências, e são infelizes e incrédulos; pensam nada terem, para ser agradecidos. Palavras bondosas, olhares de simpatia, expressões de apreciaoção, seriam para muitas almas lutadoras e solitárias como um copo de água fria a uma alma sedenta. Uma palavra compassiva, um ato de bondade, ergueria fardos que pesam duramente sobre fatigados ombros. E toda palavras e atos abnegados de bondade, são a expressão do Amor de Cristo pela humanidade perdida.” O Maior Discurso de Cristo, pág. 23.

As palavras são um indício do que se acha no coração. Mas as palavras são mais que um indício do caráter, têm poder de reagir sobre o caráter. Os homens são influenciados por suas próprias palavras.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 306.

Sobre Ezequiel 34:4-6, EGW comenta: “Um dos maiores pecados dos pastores de Israel, é assim apontado pelo profeta: “A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, a quebrantada não ligastes, e desgarrada não tornas trazer, e as perdidas não buscastes. Mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim espalharam, pôr  não haver pastor.”  Testemunhos Seletos, Vol. 2, págs. 113-115.

Seja este o ideal de seu ministério: “Estarás seguindo o exemplo de Cristo, Ele jamais murmurou, jamais manifestou descontentamento, desagrado ou ressentimento. Nunca ficou desanimado, desalentado, irritado. Era paciente, calmo e senhor de Si sob circunstâncias mais excitantes e probantes.Todas as Suas obras eram realizadas com serena dignidade e desembaraço, pôr maior que fosse a agitação ao Seu redor. Os aplausos não O ensoberbeciam , não temia as ameaças de Seus inimigos. Movia-se no mundo de excitações, de violência e crimes, como o sol se move acima das nuvens.

Contudo não era indiferente a pessoa humana. Seu coração sempre se comovia com os sofrimentos e necessidades de Seus irmãos, como se Ele mesmo fosse a pessoa afligida.” Meditações Matinais de 1980, pág. 261.

Tente imitar a Cristo e, com certeza, seu ministério terá mais êxito no relacionamento com suas ovelhas.

Atalaia do Sul

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