Qualquer Pessoa Pode Ter Dom para Pastor, Não Precisa Ser Teólogo DA CONSAGRAÇÃO À ORDENAÇÃO COM OU SEM ORDENADO (Última Parte) Nesta última parte, iremos abordar dois elementos fundamentais para a realização da verdadeira cerimônia de ordenação. O primeiro diz respeito aos instrumentos utilizados (quem ordena e quem recebe à ordenação). O segundo diz respeito à missão da pessoa que recebe a ordenação (imposição de mãos). Antes, porém, analisaremos conceitos sobre alguns dons.
1. CONCEITOS SOBRE ALGUNS DONS Abaixo, abordaremos sobre: apóstolo, profeta, bispo e diácono. Na matéria anterior, foi dado destaque ao dom de pastor. Todos sabem que o pastor de ovelhas é um guia. Por isso, este é o dom da liderança. O problema é que muitos não conseguem harmonizar esse dom com as afirmações do Messias. “Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi; porque um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos. E a ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem queirais ser chamados guias; porque um só é o vosso Guia, que é o Cristo. Mas o maior dentre vós há de ser vosso servo. Qualquer, pois, que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar, será exaltado”. (Mat. 23:8-12 – AVR). Todas essas advertências do Messias devem ser analisadas dentro do contexto de Mateus 23. Qual era o objetivo das “obras” praticadas pelos escribas e fariseus? (Resposta no verso 5). Eles gostavam dos primeiros lugares e das saudações; gostavam, também, de ser chamado de Mestre (versos 6-7). Portanto, é fácil perceber o objetivo que os escribas e fariseus buscavam. Exaltação (egoísmo). Colocavam-se no lugar do Senhor e Salvador. Pois o Messias disse: “Na cadeira de Moisés se assentam os escribas e fariseus”. (verso 2 - AVR). Moisés foi um Mediador humano. Um tipo do Messias. (João 1:17). Moisés conduzia as ovelhas ao verdadeiro Pastor - ao Senhor e Salvador, mas os escribas e fariseus atraiam as pessoas a si (cf. a parábola – Luc. 18:9-14). Não reconheciam o poder do Pai e do Filho, o Messias. Eles não precisavam do Messias para salvação. Não se consideravam pecadores – faziam “boas obras”; mas destituídas do sangue do “Cordeiro de Deus”, de nada vale. A profecia, também, diz: “E suscitarei sobre elas um só pastor para as apascentar, o meu servo Davi. Ele as apascentará, e lhes servirá de pastor”. (Eze. 34:23 – AVR). Esta profecia diz respeito a todos aqueles que reconhecem Yahweh como o seu Pastor. “E eu, o Senhor, serei o seu Deus, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu, o Senhor, o disse”. (verso 24 – AVR – cf. 38:24-25). Em primeiro lugar, a pessoa que recebe o dom de pastor, ela reconhece o Messias como: “o Capitão ou a Cabeça”, “Líder”, “Rabi ou Mestre”. Por isso, ela conduz às pessoas ao Messias – ao Salvador. Porque Ele é o Único “Guia”, “Caminho” que conduz ao Pai. Ele é o Único “Mestre” que revela a Verdade sobre o Pai. (Mat. 11:17; Luc. 10:22; 1Cor. 2:10 e Apoc. 1:1). “Na cadeira de Moisés se assentam os escribas e fariseus”. Às pessoas, no Deserto, buscavam as palavras de Yahweh, por meio de Moisés. “Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, perguntou: Que é isto que tu fazes ao povo? por que te assentas só, permanecendo todo o povo junto de ti desde a manhã até a tarde? Respondeu Moisés a seu sogro: É por que o povo vem a mim para consultar a Deus. Quando eles têm alguma questão, vêm a mim; e eu julgo entre um e outro e lhes declaro os estatutos de Deus e as suas leis”. (Êxodo 18:14-16 – AVR). Quem já sabe qual é o Caminho, não precisa recorrer aos pastores para saber o que é certo e o que é errado. Nós temos a Escritura Sagrada (João 5:39). Não podemos correr o risco de sermos guiados por um cego (Mat. 15:14 e Luc. 6:39 – cf. Mat. 23:13). Todas as criaturas aprendem do Pai, por meio do Messias, o único Mediador entre o Eterno e todas as criaturas. Por isso, Ele é o único Guia e Mestre em quem devemos confiar plenamente. Ele além de nos libertar, é a nossa Liberdade. É certo que nos muitos conselhos há sabedoria, contudo, humanamente falando, a maioria sempre esteve errada. Com isso, não estou dizendo que a minoria sempre esteve certa. Mas por causa do sacrifício do Messias, na cruz do Calvário, temos a liberdade de aprender dEle e acerca dEle (Mat. 28:20 e João 5:39). Então, porque ficar dependendo da palavra de “pastores” para aceitar ou rejeitar o que é “verdade”, quando eles escondem-se por trás de um mistério que defendem a unhas e dentes. Lembrem-se! O Messias disse: “Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; a essas também me importa conduzir, e elas ouvirão a minha voz; e haverá um rebanho e um pastor”. (João 10:16 – AVR).
O primeiro significa: “Enviado. Alguém que tem uma missão. É um mensageiro”. Por isso, após serem escolhidos os doze, o Messias deu-lhes uma missão enviando-os. “A estes doze enviou Jesus...” (Mat. 10:5 – AVR). Eles foram “às ovelhas perdidas da casa de Israel”. (verso 6 – AVR). No verso 16 diz: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos”. (AVR). Portanto, percebemos que eles eram ao mesmo tempo: pastores e ovelhas. Ovelhas, porque o Messias é o Pastor. Pastores, porque foram enviados para pastorear (apascentar) as ovelhas da Casa de Israel. O apóstolo (enviado) necessariamente não é um líder no sentido pleno da palavra. Ele é enviado por um líder. Eles eram sempre enviados dois a dois. Dentre os dois, um era o líder. Os apóstolos foram enviados novamente, dois a dois, conforme relatado em Lucas 10. Na conhecida “missão dos setenta”. Os apóstolos Paulo e Barnabé, também foram enviados. “Estes, pois, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre”. (Atos 13:4 – AVR – cf. versos 1-4). Em outro lugar diz: “Quando, porém, os apóstolos Barnabé e Paulo ouviram isto...”. (Atos 14:14 – AVR). O apóstolo Paulo declarou: “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos...”. (1Cor. 12:28 – AVR). Ele disse isso, porque o Messias escolheu, primeiramente, doze apóstolos.
O segundo significa: É um porta-voz. É alguém que fala (declara) às palavras do Senhor. Um exemplo claro do que significa ser profeta, encontramos em Êxodo na missão de Moisés. “Então disse o Senhor a Moisés: Eis que te tenho posto como Deus a Faraó, e Arão, teu irmão, será o teu profeta. Tu falarás tudo o que eu te mandar; e Arão, teu irmão, falará a Faraó, que deixe ir os filhos de Israel da sua terra”. (Êxodo 7:1-2 – AVR). Em comparação aos profetas e sacerdotes, o rei Davi era o líder. “E o fizeram saber ao rei, dizendo: Eis aí está o profeta Natã. Entrou Natã à presença do rei, inclinou-se perante ele com o rosto em terra”. (1Reis 1:23 – AVR). “Depois disse o rei Davi: Chamai-me a Zadoque, o sacerdote, e a Natã, o profeta, e a Benaías, filho de Jeoiada. E estes entraram à presença do rei. E o rei lhes disse: Tomai convosco os servos de vosso senhor, fazei montar meu filho Salomão na minha mula, e levai-o a Giom”. (1Reis 1:32-33 – AVR). “Ao que Benaías, filho de Jeoiada, respondeu ao rei, dizendo: Amém; assim o diga também o Senhor Deus do rei meu senhor. Como o Senhor foi com o rei meu senhor, assim seja ele com Salomão, e faça que o seu trono seja maior do que o trono do rei Davi meu senhor. Pelo que desceram Zadoque, o sacerdote, e Natã, o profeta, e Benaías, filho de Jeoiada, e os quereteus, e os peleteus, e fizeram montar Salomão na mula que era do rei Davi, e o levaram a Giom. Então Zadoque, o sacerdote, tomou do tabernáculo o vaso do azeite e ungiu a Salomão. Então tocaram a trombeta, e todo o povo disse: Viva o rei Salomão!”. (1Reis 1:36-39 - AVR). No Novo Testamento, encontramos profetas sendo enviado pelos apóstolos. “Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos com toda a igreja escolher homens dentre eles e enviá-los a Antioquia com Paulo e Barnabé, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens influentes entre os irmãos”. “Enviamos, portanto Judas e Silas, os quais também por palavra vos anunciarão as mesmas coisas”. “Depois Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram os irmãos com muitas palavras e os fortaleceram”. (Atos 15:22, 27 e 32). Em todo o Novo Testamento, não há registro dos profetas tomando a frente nas decisões da Igreja. A não ser um profeta que também era apóstolo. Contudo, o apóstolo Paulo declarou: “E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres”. (1Cor. 12:28 – AVR). Os apóstolos foram escolhidos e enviados pessoalmente pelo Messias ou como está escrito em Atos 9:1-5, 15-16 e 13:2 e 4. Os profetas têm o seu ministério voltado para dentro da Igreja. Pois assim está escrito: “Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. O que fala em língua edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja”. (1Cor. 14:3-4 – AVR). Dentro do ministério dos profetas, temos um profeta que foi enviado a profetizar na cidade de Nínive, para os habitantes daquela cidade. Encontramos, também, o profeta Daniel, a partir de uma nação pagã, profetizando ao povo de Elohym, bem como a todos os povos. Em especial, o profeta Daniel representa àquelas pessoas que conseguem harmonizar o trabalho espiritual com o secular. Ele é o exemplo perfeito de que uma pessoa pode servir ao Altíssimo “em qualquer lugar” e “exercendo qualquer profissão”. Por isso, claramente, podemos interpretar e/ou aplicar as palavras do Messias às igrejas de hoje. “... Porque não convém que morra um profeta fora de Jerusalém. Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que a ti são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta a sua ninhada debaixo das asas, e não quiseste!”. (Luc. 13:33-34 – AVR).
O bispo, também, pode ser um pastor (líder). Sobre o bispo ou presbítero, assim está escrito: “Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual” o Espírito, o Santo “vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue”. (Atos 20:28 – cf. versos 29-35). “Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra deseja. É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar... não neófito, para que não se ensoberbeça e venha a cair na condenação do Diabo”. (1Tim. 3:1-2 – AVR – cf. versos 3-7). “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. Pois a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário”. (1Tim. 5:17-18 – ARA). “E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros, depois de orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em que haviam crido”. (Atos 14:23 – ARA). O diácono, também, pode ser um pastor (líder). Ele é escolhido dentre os membros da igreja ou do grupo pelos próprios membros. Assim está escrito: “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarreguemos deste serviço”. “O parecer agradou a todos, e elegeram a Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas, e Nicolau, prosélito de Antioquia, e os apresentaram perante os apóstolos; estes, tendo orado, lhes impuseram as mãos”. (Atos 6:3, 5-6 – AVR). “E também estes sejam primeiro provados, depois exercitem o diaconato, se forem irrepreensíveis”. (1Tim. 3:10 – AVR – cf. versos 8-13). Como vimos, nada impede que um diácono, também, tenha os seguintes dons: palavra, evangelista, pastor, etc; porque o Texto Sagrado diz: “Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência”. (1Cor. 12:8 – AVR). E no relato de Atos 6 e 7, encontramos um diácono cheio do Espírito Santo (Atos 7:56). “Ora, Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Levantaram-se, porém, alguns que eram da sinagoga chamada dos libertos, dos cireneus, dos alexandrinos, dos da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão; e não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava”. (Atos 6:8-10 – AVR). Encontramos, também, Filipe, outro diácono, com pelo menos dois dons. “E ele [o Messias] deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres”. (Efésios 4:11 – AVR). “... A outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; a outro a operação de milagres...”. (1Cor. 12:9-10 – AVR). “E descendo Filipe à cidade de Samária, pregava-lhes a Cristo. As multidões escutavam, unânimes, as coisas que Filipe dizia, ouvindo-o e vendo os sinais que operava; pois saíam de muitos possessos os espíritos imundos, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados”. (Atos 8:5-6 – AVR). “Mas Filipe achou-se em Azoto e, indo passando, evangelizava todas as cidades, até que chegou a Cesaréia”. (Atos 8:40 – AVR – cf. todo capítulo 8). Em outro lugar, no livro de Atos diz: “Partindo no dia seguinte, fomos a Cesaréia; e entrando em casa de Felipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele”. (Atos 21:8 – AVR). Um diácono ou bispo pode ser: pastor e/ou profeta e/ou evangelista etc. Porque como diácono e/ou bispos, eles são escolhidos pela igreja ou grupo. Mas, quanto aos dons, eles recebem do Senhor, o nosso Sumo Sacerdote. “Porque todo sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; pelo que era necessário que esse sumo sacerdote também tivesse alguma coisa que oferecer”. (Heb. 8:3 – AVR). No Antigo e no Novo Testamento, muitos profetas e profetisas, apareceram e deram apenas uma mensagem ou apenas foram citados. Isso nos indica que um profeta, também, pode não receber o dom de pastor. Portanto, não devemos confundir o profissional de hoje, o teólogo que é chamado de pastor, com a pessoa que recebe o dom para ser um pastor; mas não é reconhecido como pastor. Contudo, o teólogo, também, pode ser pastor. Neste caso, ele estará bem melhor preparado que um pastor, que não seja teólogo. Então, podemos concluir dizendo que a pessoa possuidora do dom para ser pastor, conduz às ovelhas ao Messias, que é: “O Caminho, e a Verdade e a Vida”. “Ao pão da Vida” “O Pão que desceu do Céu”. (João 14:6 e capítulo 6). Na verdade, o pastor é um auxiliar do “Grande Pastor das ovelhas” (Heb. 13:20). O auxiliar do Pastor, hoje, deve ser como Filipe. “Felipe achou a Natanael, e disse-lhe: Acabamos de achar aquele de quem escreveram Moisés na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José. Perguntou-lhe Natanael: Pode haver coisa bem vinda de Nazaré? Disse-lhe Felipe: Vem e vê”. (João 1:45-46 – AVR). Esse auxiliar, também, deve comportar-se como João Batista, em palavras e Atos. “É necessário que ele cresça e que eu diminua”. (João 3:30 – AVR). Não é isso que presenciamos hoje. Infelizmente, muitos gostam de “aplausos”, poder, posição (cargo), “holofotes”; etc.
2. INSTRUMENTOS UTILIZADOS Quanto aos instrumentos, como já foi dito, são dois. A igreja ou grupo, na pessoa daquele (este é escolhido pela igreja ou grupo) que ministra a ordenação. O outro é a pessoa que recebe a ordenação (esta, também, é escolhida pela igreja ou grupo).
A Escritura Sagrada confere autoridade a uma pessoa (profeta, apóstolo e bispo; etc.) ou a uma comunidade (igreja ou grupo), para ministrar a imposição de mãos – a unção. No Antigo Testamento, nós temos vários exemplos de profetas sendo comissionados por Yahweh para ungir rei ou profeta. A seguir, apresentaremos a ordem dada a Elias. “Então o Senhor lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco; quando lá chegares, ungirás a Hazael para ser rei sobre a Síria. E a Jeú, filho de Ninsi, ungirás para ser rei sobre Israel; bem como a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás para ser profeta em teu lugar”. (1Reis 19:15-16 – AVR). No Novo Testamento, encontramos João Batista declarando: “Eu não o conhecia; mas o que me enviou a batizar em água, esse me disse: Aquele sobre quem vires descer o Espírito, e sobre ele permanecer, esse é o que batiza no Espírito Santo”. (João 1:33 – AVR). Encontramos, também, o discípulo Ananias: “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome perante os gentios, e os reis, e os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe cumpre padecer pelo meu nome. Partiu Ananias e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-me para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo. Logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista: então, levantando-se, foi batizado”. (Atos 9:15-18 – AVR – cf. 1-25).
O Messias declarou o seguinte: “Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”. (Mat. 18:19-20 – ARA). No livro de Atos, no capítulo oito, fala a respeito de Filipe, o diácono e o eunuco que foi batizado (Atos 8:26-40 – os dois concordaram: um em ser batizado e o outro em batizar). No capítulo 13, fala da ordenação de Barnabé e Saulo. “Ora, na igreja em Antioquia havia profetas e mestres, a saber: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo. Enquanto eles ministravam perante o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: Separai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, depois que jejuaram, oraram e lhes impuseram as mãos, os despediram. Estes, pois, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre”. (Atos 13:1-4 – AVR). Nessa ordenação, destes dois apóstolos Barnabé e Paulo, a igreja em Antioquia não precisou pedi permissão à igreja em Jerusalém para realizar a ordenação de ambos. Porque a promessa do Messias foi – Mat. 18:19-20. Esses dois apóstolos estavam em plena comunhão coma igreja em Antioquia (Atos 11:26), há pelo menos um ano. Além do mais, eles eram pessoas de confiança (Atos 11:30).
3. MISSÃO Toda pessoa que é ordenada, que recebe à ordenação por ordem direta do Senhor ou por meio da igreja ou grupo, recebe também uma missão a ser desempenhada com amor e fidelidade. O discípulo que recebe à ordenação (a imposição de mãos), não pode agir como Aimaás agiu. Correr por correr. Tornando-se um mensageiro sem mensagem (2Sam. 18:19-33). Os apóstolos receberam a missão do próprio Senhor. Por isso, após o Pentecostes, os apóstolos eram sempre vistos nos seguintes locais: “E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração”. (Atos 2:46 – AVR). “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo”. (Atos 5:42 – AVR). “De casa em casa”, também, diz respeito, é claro, principalmente, ao trabalho pelos que ainda não haviam crido no Messias. Portanto, esse trabalho deve ser continuo, não apenas por alguns, mas por parte de todos os pastores que vivem do dízimo.
Com o aumento do número dos discípulos, os apóstolos não abandonaram a missão a eles confiada – salvar almas através do ensino da Palavra e da oração. “E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. ... Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra”. (Atos 6:2 e 4 – AVR). “O parecer agradou a todos, e elegeram a Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas, e Nicolau, prosélito de Antioquia, e os apresentaram perante os apóstolos; estes, tendo orado, lhes impuseram as mãos”. (versos 5 e 6). Os apóstolos Barnabé e Paulo, também receberam uma missão: “Estes, pois, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. Chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus, e tinham a João como auxiliar”. “E dali navegaram para Antioquia, donde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra que acabavam de cumprir. Quando chegaram e reuniram a igreja, relataram tudo quanto Deus fizera por meio deles, e como abrira aos gentios a porta da fé”. (Atos 13:4-5 e 14:26-27 – AVR - cf. 19-28). Infelizmente, não podemos dizer a mesma coisa em nossos dias. Os líderes (pastores), dificilmente são encontrados, nas igrejas em que se dizem titulares, e é quase impossível, eles estarem trabalhando pelos inconversos. Por outro lado, podemos localizá-los das seguintes maneiras: de avião em avião, de hotel em hotel (cinco estrelas), de Divisão em Divisão, de União em União, de Associação em Associação, de Missão em Missão, em fim, de uma reunião administrativa a outra reunião administrativa, sempre cuidando das Mesas burocráticas. Por isso, eles não têm tempo para o estudo da Palavra, para oração e às visitas de casa em casa (casa, casebres, palafitas, nas favelas, etc. das pessoas humildes) porque aos luxuosos apartamentos e às mansões, eles sempre encontram um tempo. Por outro lado, os pastores distritais possuem tantas igrejas nos respectivos distritos que, alguns passam meses sem visitar uma igreja ou grupo do distrito. O pior, é que eles ficam tão envolvidos com a máquina burocrática da igreja que, a maioria das vezes, não fazem visita aos membros das igrejas e muito menos os inconversos. A grande desculpa utilizada é: “É ovelha que gera ovelha”. Para estes pastores (guias) cegos e de mente curta, podemos afirmar: das ovelhas, só interessa aos mercenários, a gordura e a lã. Porque para os mercenários, a fidelidade da igreja e/ou grupo (conseqüentemente dos membros) é baseada nos dízimos e ofertas das igrejas.
4. CONCLUSÃO Qualquer pessoa pode ter o dom para ser pastor (líder), não precisa ser um teólogo. No entanto, se o pastor, também, for teólogo, com certeza, poderá ser bem mais útil na seara do Mestre. Um diácono pode ser, além de diácono, um pastor. Porque pastor, acima de tudo é um dom concedido pelo nosso Sumo Sacerdote. Portanto, não devemos confundir o teólogo com um pastor. Aquele, atualmente, está mais para mercenário (deixou de ser vocação e, tornou-se uma profissão); contudo, este continua tendo e sendo um grande desafio, porque ele tem vocação (aptidão) – recebeu o dom para trabalhar na seara do Senhor. Por isso, podemos aplicar as palavras do Messias a eles: “... As ovelhas ouvem a sua voz; e ele chama pelo nome as suas ovelhas, e as conduz para fora. Depois de conduzir para fora todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz”. “... conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem”. (João 10:3-4 e 14 - AVR). Quantos pastores (teólogos) não conhecem os membros de sua igreja! Vários são os motivos; mas destacarei alguns: falta de interesse pelas ovelhas; por ser muito grande o rebanho, as ovelhas quase ou não recebem visitas; são muitos apriscos para um mesmo pastor; é mais importante seguir às orientações da máquina burocrática; etc. Quanto à ordenação, podemos afirmar, segundo o Texto Sagrado que uma igreja ou grupo têm autonomia para consagrar (ordenar) um ou mais membros para determinada missão. Não depende de um pastor para que tal aconteça (Mat. 18:19-20), mas depende da autoridade da igreja ou grupo reunidos, em assembléia. Além do mais, uma pessoa que foi ordenada, tem autoridade, caso seja reconhecida pela igreja ou grupo, e pode ordenar outra, para que o trabalho possa ter continuidade. Embora não esteja escrito, presume-se que Filipe, além de batizar o eunuco, fez a imposição de mãos (Atos 8:26-40). Certamente, o eunuco saiu habilitado para continuar o trabalho de pregação do evangelho, segundo a grande comissão. O apóstolo Paulo, após receber a imposição de mãos, por Ananias (Atos 9:10-19) e pela igreja em Antioquia (Atos 13:1-4), também, ficou habilitado a ordenar outras pessoas para o ministério (Atos 14:23; 19:5-6 e 1Tim. 4:14).
Dentre essas bênçãos, sem dúvida, podemos encontrar os dons e a capacitação por meio da ordenação de algum (alguns) discípulo (discípulos) para realizar a principal missão, principalmente a missão de salvar pecadores, por meio do ensino da Palavra e da oração. – josielteli@hotmail.com Leia artigos anteriores:
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