Mais do que Anjos (Parte 2)

Existem outras citações do livro Evangelismo, que devem ser bem compreendidas:

“... O Pai é toda a plenitude da Divindade corporalmente, e invisível aos olhos mortais.”

“O Filho é toda a plenitude da Divindade manifestada. ...” 84

Nesses dois parágrafos, temos o verbo “ser”. Modo indicativo, tempo presente.

No modo indicativo, “a atitude do falante é de certeza diante do fato.” (p. 224). “O falante emprega o modo indicativo quanto o fato é encerrado como real, certo, necessário ou com alto grau de probabilidade.” – (FARACO, Carlos Emílio e MOURA, Francisco Marto de. GRAMÁTICA. São Paulo – SP, Editora Ática – S. A. Edição de 1987. pp. 224 e 226.).

“O Consolador que Cristo prometeu enviar depois de ascender ao Céu, é o Espírito em toda a plenitude da Divindade, tornando manifesto o poder da graça divina a todos quando recebem e crêem em Cristo como um Salvador pessoal. Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo...” 85

Para essa citação, a expressão, que traduziram por “trindade celeste”, não traduz a verdade. O correto é “trio celeste”.

Analisando a citação acima, faremos duas observações. A primeira, é em função de um paralelismo com a citação anterior. Naquela, é dito que “o Pai é”. É dito, também, que “o Filho é”. O Pai é toda a “plenitude invisível”. O Filho é a toda a “plenitude manifestada”. E o Consolador?

De acordo com o texto, e o seu contexto, a citação seguinte diz: “O Consolador ... é o Espírito em toda a plenitude da Divindade”. Contudo, em função da expressão “em toda”, percebemos que o Consolador não “é toda”, como é dito, do Pai e do Filho. No entanto, Ele é enviado “em toda a plenitude da Divindade”.

“São estes os nossos temas: Cristo crucificado pelos nossos pecados, Cristo ressuscitado dentre os mortos, Cristo nosso intercessor perante Deus; e intimamente relacionada com estes assuntos acha-se a obra do Espírito Santo, representante de Cristo, enviado com poder divino e com dons para os homens. – 86, 1895.” 86

Percebemos e entendemos, perfeitamente, que o Espírito Santo, é o representante do Filho do Altíssimo. Mais não podemos esquecer que o texto, claramente, afirma: “enviado com poder divino e com dons para os homens”. Portanto, o poder é do Pai e do Filho. Porque ambos, são “toda a plenitude da Divindade”.

“‘Eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do Céu, chegou.’ Vestido com a armadura de Deus, deixou este anjo as cortes celestiais. Os brilhantes raios da glória divina o precediam, iluminando-lhe o caminho. ‘E o seu aspecto era como um relâmpago, e o seu vestido branco como a neve. ...”

“O rosto que contemplam não é o de um guerreiro mortal; é a face do mais poderoso das hostes do Senhor. ...” 87

Ellen G. White , escreveu o seguinte, sobre o anjo Gabriel:

“O anjo mais poderoso do Céu, aquele que ocupara o lugar antes pertencente a Satanás, recebeu ordens do Pai e, revestido da armadura celestial, afastou as trevas de seu caminho. Seu rosto lembrava um relâmpago, e suas vestes eram tão alvas como a neve. – DAS Bible Commentary, vol. 5, pág. 1.110.”

“Um dos anjos que havia testemunhado a humilhação de Jesus e que agora guardava Seu sagrado local de repouso, uniu-se ao anjo vindo do Céu, e juntos vieram ambos ao sepulcro. A terra sacudiu-se e tremeu quando eles se aproximaram, produzindo-se um poderoso terremoto. – Spiritual Gifts, Vol. 1, pág. 66.”

“O comandante angélico tomou a pedra cuja colocação naquele lugar requerera a participação de muitos homens fortes, rolou-a para o lado e sentou-se sobre ela. Seu companheiro entrou no sepulcro e desatou os lençóis que envolviam a face e a cabeça de Jesus.”

“Então o poderoso anjo, com voz que fez a terra tremer, disse: ‘Jesus, Filho de Deus, Teu Pai Te chama!’ Aquele que havia adquirido o poder de vencer a morte e a sepultura, saiu da mesma como Conquistador, em meio às contorções da terra, o clarão dos relâmpagos e o rugido dos trovões. – The Spirit of Prophecy, vol. 3, pág. 192.” 88

Em Romanos 1:4, o Messias “foi declarado Filho de Deus, segundo o Espírito de santidade” – josielteli@hotmail.com

Leia também:

• "Mais do que Anjos" (Parte 1)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

84Ibidem. p. 614.

85Ibidem. p. 615.

86Ibidem. p. 187.

87Idem. O Desejado de Todas as Nações. 20ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1997. pp. 779-780.

88Idem. A Verdade Sobre os Anjos. 3ª ed. Tatuí – SP, CPB, 2001. pp. 208-209.

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