Polêmica Sobre Monumento dos Dez Mandamentos Favorece o Testemunho Adventista na Internet

Amigos, imaginem a cena:

O secretário de justiça de São Paulo resolve mandar instalar bem no centro do saguão de entrada do edifício do tribunal de mais elevada instância do Estado uma grande estátua de Iemanjá, por ser ele adepto da Umbanda. Crendo que isso seria uma expressão de fé importante para toda a população paulista, tomou tal iniciativa desconsiderando os termos da Constituição e da legislação ordinária do país.

Logicamente protestos surgem por todos os lados, com evangélicos, ateus, católicos, enfim, a maior parte da população sendo contra tal iniciativa, pois obviamente temos um exemplo de uma arbitrariedade de privilegiar-se uma fé religiosa sobre todas as demais, valendo-se de uma autarquia governamental para tal promoção indevida. Diante dos crescentes protestos e da teimosia de tal Secretário de Justiça em manter sua estátua ilegal, o Supremo Tribunal Federal resolve intervir e determina um prazo para a remoção da mesma, eis que essa iniciativa fere os princípios constitucionais de separação de Estado e Igreja.

Mas o Secretário de Justiça consegue reunir um grupo de adeptos de sua fé, os quais resolvem fazer uma vigília junto à referida estátua para impedir sua remoção. E num belo dia, quando o público que acorre ao edifício em busca de assuntos legais de seu interesse, bem como jornalistas, advogados, juízes, promotores, procuradores, oficiais de justiça e demais funcionários públicos adentram o edifício, deparam com uma cena inusitada: Ali, em pleno saguão de entrada do edifício público mulheres com longas vestes cantam cantigas de sua religião e dançam ao som de atabaques, enquanto outros entram em "transes espirituais" supostamente recebendo mensagens do além de que devem lutar para preservar a estátua de Iemanjá no local onde foi implantada para que não sobrevenham grandes castigos sobre o Estado. Absurdo, ¿verdad?

Algo assim é o que se tem passado na capital do Alabama, Montgomery, no edifício da Suprema Corte do Estado. Só que a estátua não é de Iemanjá, mas dos Dez Mandamentos! A polêmica está fervendo e só no website do Canal de TV NBC-13 mais de 10 mil pessoas discutiam num fórum a questão. Está certo o juiz, que é da Igreja Batista, em seu fervor religioso insistir em que esses Dez Mandamentos representam o fundamento legal da lei nacional e universal?

O juiz, chamado Roy Moore, recusa-se a remover o monumento como determinado por um juiz federal, pois considera-se que tal monumento fere o princípio constitucional de separação de Estado e Igreja. Nenhum símbolo religioso deve ser privilegiado por qualquer autoridade governamental, sobretudo exibido numa autarquia do governo, seja a nível municipal, estadual ou federal.

Consideramos ter sido uma oportunidade de ouro para adventistas participarem em debates na Internet sobre o caso (e houve muitos) e entramos nas discussões explicando três pontos:

a) Somos 100% a favor desses Dez Mandamentos, tanto assim que o acatamos literalmente, observando o seu 4o. mandamento respeitando o sábado do sétimo dia, como expresso na letra do mandamento, não o domingo que não é o sétimo, mas o primeiro dia da semana e que não tem respaldo bíblico como dia de observância.

b) Somos também 100% a favor da remoção desse monumento aos Dez Mandamentos porque não serve aos melhores interesses do princípio de separação Estado-Igreja

c) A interpretação desses mandamentos sofre variações e dá margem a discriminações, como ocorre com o próprio segmento católico-romano da nossa sociedade, pois constam os termos do 2o. mandamento que proíbe a confecção e uso de imagens de esculturas no culto, no que difere do que consta nos catecismos católicos-romanos. Conquanto discordemos dos católicos quanto a isso, pois o texto do mandamento é bem claro, respeitamos o direito de os católicos manterem suas tradições. De qualquer forma, isso ilustra o problema de como esses mandamentos são diferentemente interpretados mesmo entre cristãos, e iniciativas baseadas neles, como o de "leis dominicais", podem causar problemas sérios a minorias que tenham intepretação diferente do mesmo texto.

Cremos que atingimos milhares de pessoas com essas ponderações e ainda publicamos incentivo no VOAF (Voluntary Online-Adventist Forum) para que mais irmãos nossos tirassem vantagem desses vários fórums (como o do AOL News e NBC-13) para expor nosso ponto de vista e divulgar qual dia é o verdadeiro sábado requerido nas Escrituras como dia de observância.

Enfim, amigos, aqui prosseguimos sempre às ordens.

A todos, um grande abraço

Prof. Azenilto G. Brito e Clélia S. Brito
Ministério Sola Scriptura
Bessemer, Ala., EUA.
(Texto distribuído em lista de e-mails.)


CLIPPING - 27/08/2003

Retiram o Monumento dos Dez Mandamentos... Mas Aumenta o Conflito

WASHINGTON DC, 27 Ago 03 (ACI).– Antes das 8h da manhã um grupo de trabalhadores removeu o monumento dos Dez Mandamentos do hall da Suprema Corte do estado do Alabama; mas, tudo indica que a remoção, em vez de diminuir, aumenta a tensão em torno ao símbolo.

O Fiscal geral do Alabama, Bill Pryor, responsável pela retirada do monumento, havia dito na terça-feira, dia 27, em uma emissora norte-americana que, como responsável pela aplicação da lei, estava preparado para retirar o monumento de 2 toneladas e meia do hall da Suprema Corte em Montgomery.

“Acredito que o monumento está exposto apropriadamente, mas tenho o dever de cumprir a ordem da corte federal, e isto ocorrerá antes do fim de semana”, disse Pryor.

Paradoxalmente, Pryor vem sendo vetado pelos democratas do Senado para um posto como juiz de apelações aduzindo que suas convicções católicas pró-vida não lhe permitem agir “objetivamente” para aplicar a lei.

O Dr. James Dobson, mundialmente conhecido como fundador e diretor de “Focus on the Family” (Enfoque na Família), em resposta à remoção do monumento que foi levado a uma sala dentro do recinto da Corte, exortou seus 3 milhões de ouvintes radiais a se dirigirem a Montgomery para expressar seu apoio ao Monumento.

“Há muito jogo aqui. Este é parte de mais um plano para remover todo vestígio de fé ou reverência a Deus no âmbito público. Tudo indica a este fim”, disse o Dr. Dobson.

Por sua vez, o Presidente da Suprema Corte do Alabama, Roy Moore, que colocou o  monumento e que atualmente está suspenso por negar-se a cumprir a ordem da corte federal, disse que continuará lutando judicialmente para manter o monumento e para recuperar seu posto.

“Deveria esconder minha opinião em um momento como este?”, perguntou Moore durante uma manifestação de apoio a seu favor. “Hoje me coloco de pé diante dos senhores não por que realizei algo mal… fico de pé porque mantive meu juramento perante a Constituição do Alabama e dos Estados Unidos, que reconhecem a primazia de deus como fonte inspiradora de nossas leis”, disse Moore.

Uniu-se ao Dr. Dobson o líder afro-americano católico Alan Keyes, pré-candidato republicano à presidência. Keyes, que é condutor de um programa político, anunciou que viajará a Montgomery para continuar apoiando a campanha contra a eliminação do monumento. Espera-se também a chegada de Sandy Rios, Presidenta da poderosa organização de mães de família “Concerned Women for America”, junto com outros milhares de cristãos de todo o país.

Fonte: http://www.acidigital.com/notic2003/agosto/notic335.htm


27/08/2003

Alabama "esconde" monumento aos Dez Mandamentos

O monumento aos Dez Mandamentos, pivô de uma polêmica a respeito da separação entre Igreja e Estado, foi retirado de exibição pública na hoje da sede do Judiciário do Alabama, nos sul dos Estados Unidos. A peça de granito, que pesa duas toneladas, foi instalada há dois anos pelo presidente da Justiça do Alabama, Roy Moore, em frente a uma cascata que fica no prédio. A Justiça Federal ordenou a sua remoção.

O reverendo Robert Schenck porta-voz dos protestantes que se manifestaram contra a retirada, por a considerarem uma afronta a sua fé, disse que os funcionários da Justiça local garantiram a ele que o monumento será instalado em um corredor ao qual só os funcionários têm acesso, e que não ficará coberto. Não se sabe quanto tempo essa solução vai durar.

"É um dia lamentável para o Alabama e os Estados Unidos", disse Schenck, presidente do Conselho Nacional de Clérigos, entidade conservadora com sede em Washington. "É desmoralizante ver as pessoas se comprometerem seus princípios, como fez o governador, o secretário da Justiça e mesmo os gerentes do prédio, que instalaram o monumento com entusiasmo. Em tempos de julgamento e atribulações, as pessoas abandonam facilmente seus princípios."

Mas Larry Darby, diretor estadual da entidade Ateus Americanos, disse que "já era hora". "O que Roy Moore fez foi uma gozação com o sistema judicial. Ele desgraçou o tribunal e constrangeu o Estado do Alabama em todo o mundo. Só lamento que o monumento não saia do prédio e fique às custas do contribuinte."

A retirada do monumento foi decidida por um tribunal federal de Montgomery e ratificada pelo 11º. Tribunal Federal de Recursos, em Atlanta. No ano passado, um juiz federal concluiu que a exibição da obra no tribunal violava a Constituição dos EUA, que proíbe o governo de promover qualquer religião. A menção aos Dez Mandamentos em edifícios públicos dos EUA freqüentemente gera debates sobre a interpretação da cláusula constitucional.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI135618-EI294,00.html


27/08/2003

Monumento aos Dez Mandamentos é retirado de saguão de prédio público do Alabama

Montgomery, 27 (AP) - Um grupo de operários retirou um monumento em homenagem aos Dez Mandamentos do saguão da Secretaria de Justiça do Alabama nesta quarta-feira (27) em cumprimento a uma ordem da Suprema Corte dos Estados Unidos.

Manifestantes revoltados rezavam nas escadas do edifício público enquanto a peça de granito de 2.376kg era retirada da vista do público e levada a uma área reservada do prédio.

Aproximadamente cem manifestantes favoráveis ao monumento fizeram uma vigília de uma semana na praça em frente à Secretaria de Justiça do Alabama.

As autoridades pediram que eles permanecessem calmos e não quebrassem as portas de vidro do local. Alguns gritaram, mas não houve incidentes violentos.

Um juiz federal determinou no ano passado que o monumento - instalado há dois anos a pedido do procurador-geral do Alabama, Roy Moore - viola a Constituição dos Estados Unidos, que proíbe a promoção de qualquer religião por parte do governo, e ordenou sua remoção.

Na semana passada, a Suprema Corte dos EUA recusou-se a atender a um recurso de Moore para que a ordem de remoção fosse suspensa. Moore disse que ainda pretende recorrer à máxima instância da justiça americana para discutir os méritos do caso.

Ele recusou-se a cumprir a ordem de remover o monumento aos Dez Mandamentos. Em 21 de agosto, oito juízes associados votaram pela remoção do monumento. Moore foi suspenso no dia seguinte por violação à ética judicial.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/useg/mundo/artigo/0,,1321285,00.html


27/08/2003

Polêmico monumento religioso é retirado dos tribunais do Alabama

Um monumento aos Dez Mandamentos foi retirado hoje, quarta-feira, dos tribunais do Alabama, em meio a uma polêmica nacional sobre o uso de símbolos religiosos nas instituições públicas nos EUA e sobre a liberdade de credo.

Entre preces de centenas de fiéis reunidos em frente ao tribunal de Montgomery, funcionários de uma empresa de mudanças retiraram do edifício uma escultura com as Tábuas da Lei, que, segundo a bíblia, foram entregues por Deus a Moisés no monte Sinai.

Patrick Mahoney, diretor da Coalizão de Defesa Cristã, disse aos jornalistas que as autoridades estaduais lhe disseram que o monumento seria levado a outra parte do edifício.

Os funcionários encarregados da mudança demoraram mais de duas horas para erguer o monumento em pedra, que pesa 2,4 toneladas, para levá-lo a um local desconhecido.

A obra foi instalada ali há dois anos por ordem do presidente do Supremo Tribunal de Justiça de Alabama, Roy Moore.

A esplanada e as escadas da frente do edifício foram palco nos últimos meses de vigílias de centenas de fiéis, muitos deles provenientes de outros estados do país, que pediram a manutenção do monumento na entrada do órgão judicial.

A instalação da escultura gerou uma polêmica nacional e processos judicias fundamentados em dois princípios da Constituição dos Estados Unidos: o de que o Congresso não aprovará leis que promovam uma determinada crença e o da liberdade religiosa.

Mahoney disse que o administrador do edifício dos tribunais, Graham George, dissera que o monumento não ficaria coberto e que se permitiria que permanecesse dentro do edifício para ser visto pelo público.

Enquanto isso, um juiz federal tem ainda pendente uma audiência para esta tarde para analisar a ação apresentada pelo locutor de um programa de rádio cristão e um pastor protestante, para quem a transferência do monumento viola a liberdade de religião.

Um juiz federal de Montgomery havia opinado há um ano que a instalação da escultura em um lugar de destaque de um edifício público viola o princípio constitucional de promoção de uma religião por parte do Estado.

O Supremo Tribunal de Justiça dos Estados Unidos recusou na semana passada uma apelação apresentada pelo juiz Moore, suspenso de suas funções do Supremo Tribunal de Alabama e multado no último dia 22 por opôr-se à retirada do monumento.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/useg/mundo/artigo/0,,1321170,00.html

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