Recomenda a Sra. White que Comemoremos o Natal?

O dom profético não atribui onisciência nem infalibilidade a quem o possui. O profeta, apesar de inspirado, não se transforma num expert sobre qualquer assunto e pode também equivocar-se ao emitir sua opinião pessoal sobre um tema. 

No caso da comemoração ou não do Natal, parece muito provável que a Sra. White desconhecia as origens pagãs da data e de símbolos a ela relacionados. Mesmo assim, como se pode notar no capítulo 77 do livro O Lar Adventista, que reúne tudo que de mais importante foi dito por ela sobre o tema, Ellen G. White em várias ocasiões fez recomendações muito úteis quanto à maneira de se comemorar o Natal.

Esses conselhos da Mensageira do Senhor a seus contemporâneos podem ser resumidos da seguinte forma:

1. Não houve nenhuma ordem ou orientação divina quanto à comemoração do nascimento de Cristo, porque nenhum dia do calendário deveria receber a honra devida unicamente ao Redentor da humanidade.

2. Apesar disso, por força da tradição e do costume, seria difícil ignorar ou mesmo impedir que o dia 25 de dezembro fosse considerado -- especialmente pelas crianças e jovens -- como o aniversário de Jesus Cristo. (Note que a Sra. White diz "será difícil", não impossível.)

3. Por isso, caso não existisse outra saída, conviria transformar esse mal em bem, modificando a maneira como o dia era comemorado. O gráfico abaixo facilita a compreensão do que foi sugerido por ela.

Natal ERRADO Natal CERTO
Dia de diversão e prazer, baixa espiritualidade. Dia de reflexão, gratidão e elevação espiritual.
Dia de dar e receber presentes. Dia de doar para os pobres e para o avanço da Causa de Deus.
Dia de frivolidade, extravagância, glutonaria e ostentação. Dia de abnegação e sacrifício.
Dia de presentes caros, satisfação do apetite, ornamentos desnecessários, artigos de vestuário, guloseimas e brinquedos inúteis. Dia de presentes simples e úteis, especialmente livros que ajudem a entender melhor a Bíblia.
Dia de condescendências desnecessárias, de honra e glorificação humanas. Dia de expressar gratidão e amor a Jesus, através de ofertas e cânticos.
Dia de comemoração em benefício próprio e daqueles com quem nos identificamos. Dia de comemoração em favor dos necessitados, com quem Jesus Se identifica.

4. Uma vez que a permissão para que o Natal fosse comemorado (ou tolerado) fundamentava-se na desinformação das crianças e jovens, a Sra. White sugeriu ainda que os pais de então corrigissem essa falha na educação deles.

"Os pais deviam trazer essas coisas ao conhecimento de seus filhos e instruí-los mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, em suas obrigações para com Deus - não suas obrigações de uns para com os outros, de honrarem-se e glorificarem-se uns aos outros por presentes e dádivas."

"Podeis ensinar uma lição a vossos filhos enquanto lhes explicais a razão por que tendes feito uma mudança no valor de seus presentes, dizendo-lhes que estais convencidos de que tendes até então considerado o prazer deles mais que a glória de Deus."

"Dizei-lhes que tendes pensado mais em vosso próprio prazer e satisfação deles e de manter-vos em harmonia com os costumes e tradições do mundo, em dar presentes aos que deles não necessitam, do que em ajudar ao progresso da causa de Deus."

Conclusão:

Evidentemente, também esses conselhos da Mensageira do Senhor foram desatendidos pela maioria de nós, adventistas do sétimo dia. E hoje, embora dispondo de mais informações sobre o tema, ainda insistimos em comemorar o Natal de maneira idêntica à dos cristãos nominais, sem nos preocupar em corrigir-nos e alertar a nossos filhos para que rompamos com esse questionável costume de inegável origem pagã. - Robson Ramos.

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