Irmã Mônica, Parabéns! Mas Discordo de Você Sobre Música

Achei interessante os comentários da adventista de berço, filha de médico, nora de pastor, esposa de obreiro, cunhada de cantora e  musicista  que trabalha para vários cantores e grupos, sobre o amplo debate musical no Adventistas.com. Sua família é quase uma Associação! Seu trabalho musical parece atingir multidões e ela merece nosso respeito por ter manifestado sua opinião nesse site.

Mônica considera um absurdo pessoas entrarem em um site e de maneira “vil e inconseqüente”, segundo suas palavras, exporem sem pena alguém que nem conhecem, fazendo comentários maldosos e preconcebidos de suas intenções.

Conheci uma pessoa que vivia no mundo da música popular e converteu-se e quando ouvia música na igreja com os mesmos elementos da música do mundo, retirava-se da igreja afirmando que havia abandonado o mundo e que aquela música era a mesma que ouvia lá fora... (Escrevi isto antes de ler a carta intitulada “A liberdade de sair do recinto”, que deveria ser intitulada como: “Sai dela, povo meu”. Afinal, não é preciso dizer que um dos maiores conhecedores de música é o ex-regente do coral celestial, Satanás.)

Existe uma relação entre música e cinema; o cinema, de forma visual e a música, de forma sonora, desviam a mente das coisas de Deus e ambos caminham juntos. Se não nos é permitido entrar num cinema, também não deveríamos permitir a entrada de qualquer tipo de música em nossos ouvidos.

Muitos compositores e intérpretes adventistas ou são ingênuos e enganados pelo inimigo, ou buscam dentro da igreja glória humana a qualquer preço.

Foram feitas experiências com músicas e doentes nervosos e percebeu-se que com som ambiente tranqüilo os pacientes ficavam calmos e com música com ritmo acelerado os mesmos ficavam irritados, havendo inclusive agressões quando a música era mais forte.

A música pop evangélica, nem toda, mas em sua imensa maioria, promove inconscientemente o mundanismo, encoraja o exibicionismo, apresenta o evangelho como mero entretenimento, torna a mensagem divina secundária e trivial, dilui o evangelho e alarga a barreira entre as gerações, promovendo divisão na igreja.

Vamos submeter a musica pop evangélica às seguintes perguntas:

1 – Ela ajuda a ouvir a Palavra de Deus com clareza? (som, caráter e letra)

2 – Tende a ampliar a visão que temos da glória de Deus?

3- Encoraja uma vida disciplinada e cristã?

4 – Ajuda o ouvinte a separar-se do mundo?

5 – Pode ser utilizada para reavivamento espiritual?

6 – É o tipo de música sob cuja influência  poderíamos imaginar cristãos sendo atraídos para a obra missionária?

7 – Você espera encontrar essa espécie de música no céu?

O Dr. Max Schoen em seu livro The Psycology of Music assim relata: “A música é o estímulo mais poderoso que conhecemos para os sentidos de percepção, as evidências  acerca da não neutralidade da música nos campos médico e psiquiátrico, dentre outros é tão esmagadora que fico boquiaberto quando alguém procura me convencer do contrário.” Pág. 95.

Se a música é neutra, por que o cuidado de selecionar diferentes músicas para diferentes ambientes? A razão óbvia é que a música é escolhida para produzir algum efeito, e a razão óbvia porque ela produz algum efeito, é porque ela não é neutra.

Acredita-se que é vasto o seu efeito sobre as emoções e desejos do homem e os pesquisadores estão apenas começando a suspeitar da extensão de sua influência sobre os processos intelectuais, mentais e espirituais.

Em outras palavras, a música pode representar papel  importante ao determinar o caráter e a direção de uma comunidade mais do que a maioria dos próprios músicos possa imaginar.

Ignoramos o alcance da música para nosso próprio perigo.

Quanto ao verso citado: “Não julgueis para não serdes julgados” a melhor resposta é o texto: “O que a Sra. White diz sobre os pecados da Igreja”.

Os músicos, assim como as lideranças, pastores e obreiros exercem profunda influência em nosso ambiente e devem ser esclarecidos sobre sua responsabilidade perante o céu.

No entanto, a irmã merece ser elogiada por expor seu pensamento neste site, enquanto as demais lideranças escondem o seu.

Irmã Mônica, você deveria ter interesse em um site como esse, já que nele existe um debate imenso sobre sua área de atuação e já que você, como, nós tem interesse em ir para o céu. Não vá sozinha, irmã, vá para lá conosco.

É bom você visitar sempre esse site já que como cantora  exerce influência sobre centenas, talvez milhares de adventistas e não adventistas e pode aprender aqui coisas que seus amigos músicos esqueceram de lhe ensinar.

Na verdade, quando analisamos a música que se ouve em nossa igreja, estamos analisando eventos que influenciam nosso povo, portanto, eventos merecedores de nossa preocupação.

Assim como a  organização está em parte voltada para o ecumenismo, a música tem o poder de unificar multidões e pode ser usada pelo ecumenismo para alcançar seus objetivos. Daí, nos preocuparmos ainda mais com ela, que tem servido de pretexto para freqüentes programações ecumênicas. Já leu o texto: Igreja Católica Admite Usar Música Sacra para Promover União das Igrejas?

Ninguém é perfeito, a não ser Jesus Cristo e é certo que também nós, da “oposição aos enganos satânicos que permeiam nossa igreja” cometemos erros e falhas, mas nossa obrigação é alertarmos uns aos outros sobre o que nos possa influenciar como povo.

A pretensão de querer entrar no pensamento e no coração das pessoas pertence mais ao inimigo do que a nós e ele sabe como ninguém usar a música. Aliás, música é como pensamento, difícil de controlar.

Temos o direito de ter gostos diferentes, desde que não contrariem nossa doutrina, inclusive no aspecto musical.

É a mensagem divina que deve penetrar profundamente nos nossos corações e mentes e não música popular misturada com música sacra.

Mônica, eu não entendi direito o teu sermão: você está defendendo todo tipo de música? Você acha que não deve haver limitações? Você acha que músicas com vasta influência do mundo devem estar presente em nossos cultos?

Você acha que nenhum músico deve ser criticado? Você acha que todos os ritmos devem ser aceitos? Você acha que qualquer roupa pode ser utilizada na plataforma de uma igreja?

Você acha que um pastor pode falar o que quiser?

Você acha que qualquer defeito existente na igreja deve ser escondido ou ignorado?

Você ama mais sua música do que a Cristo?

Seu sogro pastor concorda com sua visão do mundo?

Ou seu sogro concorda com a Revista Adventista de setembro de 1985 ,que assim  publicou um artigo sobre música na igreja:

Hoje parece que muitos, mesmos pastores, se acostumaram a conviver com música popular religiosa no lar, na escola e na igreja. Não querem se indispor com algum compositor ou intérprete; temem tornar-se antipáticos aos jovens, a algum administrador, evangelista ou líder JA. Às vezes não sabem , não conhecem e acabam também desenvolvendo o gosto e esquecem da responsabilidade.

É porém, dever de quem lidera saber que música é aceitável e qual não; jamais diminuir a importância do assunto; entender que o gosto nem sempre é guia seguro; e sobretudo, saber que pais cristãos e líderes da igreja prestam um grande desserviço aos jovens quando obscurecem a distinção entre a música aceitável e a não aceitável, e toleram uma baixa qualidade de música e apresentação dentro do contexto da igreja, afim de manter os jovens na igreja!

A igreja nunca presta um serviço ao pecador comprometendo-se com o mundo. É melhor que os não regenerados permaneçam fora da igreja até que se submetam aos princípios da igreja, do que ela tornar-se semelhante ao mundo, alistando como membros aqueles que desejam trazer suas normas, seus costumes e gostos. -– Pastor Wood, Revista Adventista, setembro 1985.

Mônica, por favor, leia neste site as mensagens da irmã White sobre música. As mensagens dela estão de acordo com o seu pensamento? Seu pensamento é mais importante que as mensagens de Ellen White?

Que Deus possa abrir a sua mente e que você possa estudar os efeitos da música em nosso povo e que você possa direcionar sua música e sua filosofia musical para propósitos divinos.

Lembro que parte deste texto foi baseado na obra “Música na Igreja” de Jesse e Jenise Torres e recomendo a leitura do texto “Filosofia Adventista de Música, da Conferência Geral de 1972, que incluo logo abaixo.

Vamos utilizar o padrão Laodicéia para avaliar a moderna filosofia musical: 

Conheço essa  música, ela não é fria nem quente.
Não é fria porque o ritmo é quente.
E não é quente porque foge dos padrões do céu.
Não sendo fria ,nem quente, é morna.
Sendo morna, não deveria ser cultivada na igreja.

Posso até cantar, compor e tocar música para a igreja  e pensar  que não preciso   dos conselhos de Ellen White, sobre a qualidade da música. Porém, pode ser que a música esteja sendo manipulada pelo inimigo e não agrade ao céu.

Aconselho aos músicos da igreja que leiam os comentários de Ellen White sobre música, a Revista Adventista de setembro de 1985 e a “Filosofia Adventista de Música” da  Conferência Geral de 1972, a fim de que  reflitam e que não seja manifesto o inimigo através da música.

Debatemos sobre a música pop evangélica porque amamos nossa igreja e não queremos sair dela. Queremos apenas que a má música seja discernida por quem a cultiva, por ser uma maneira musical de penetração do ecumenismo em nossa igreja.

Quem cultiva a música popular na igreja deve arrepender-se de seu uso, a música também deve ser conforme os ensinamentos divinos. Eis que algumas vezes estamos na igreja e quando ouvimos nela a música do mundo, fugimos da música. A boa música deixamos entrar em nossos ouvidos e iremos ouvi-la sentados nos bancos da igreja.

Quem tem ouvidos para o inimigo que se deixe encantar pela musica popular.

Cara irmã Mônica, acho que você foi corajosa ao expor-se neste site, eu não a conheço, portanto posso ter excedido em meus comentários, perdoe os meus excessos e medite sobre esse documento aprovado por nossa Conferência Geral:

FILOSOFIA ADVENTISTA DE MÚSICA

VOTADO que se adotem os seguintes princípios para uma filosofia de música da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia veio à existência em cumprimento da profecia para ser instrumento de Deus  na proclamação mundial das boas novas de salvação mediante a fé no sacrifício expiatório do Filho de Deus, e pela obediência aos seus mandamentos no preparo para a volta do Senhor. A vida dos que aceitam esta responsabilidade deve ser tão característica e distinta como a mensagem que proclamam. Isto exige entrega total de cada membro aos ideais e objetivos da Igreja. Esta entrega relacionar-se-á com todas as esferas da vida eclesiástica, e certamente influenciará a música usada pela igreja no cumprimento de sua missão dada por Deus.

A música é um dos grandes dons que Deus concedeu ao homem, e um dos elementos mais importantes num programa espiritual. É uma avenida de comunicação com Deus, e “é um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com verdades espirituais”   (Educação – pág. 167). Relacionando-se, como o faz, com assuntos de conseqüências eterna, é essencial que o extraordinário poder da música deva ser considerado com clareza. Ela tem o poder de exaltar e corromper. Pode ser usada a serviço do bem ou do mal. “Tem poder para subjugar as naturezas rudes e incultas; poder para suscitar pensamentos e despertar simpatia, para promover a harmonia de ação e banir a tristeza e os maus pressentimentos, os quais destroem o ânimo e debilitam o esforço”(Ibidem).

Aqueles, pois, que escolhem música para fins definidos em sua igreja, devem exercer um alto grau de discernimento na escolha e no uso das músicas. No esforço de atingir o ideal, necessita-se mais do que sabedoria humana.

Recorrendo de novo à revelação como guia, nela encontramos os seguintes princípios gerais:

A música deve:

1. Trazer glória a Deus, e ajudar-nos em adoração aceitável a Ele.
“... ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” – I Cor. 10:13

2. Enobrecer, elevar e purificar os pensamentos do cristão.

“Finalmente, irmãos, tudo que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama; se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento.” Filip. 4:8 

“Fazia-se com que a música servisse a um santo propósito, a fim de erguer os pensamentos àquilo que é puro, nobre e edificante, e despertar na alma devoção e gratidão para com Deus.

Que contraste entre o antigo costume e os usos a que muitas vezes é a música hoje dedicada! Quantos empregam este Dom para exaltar o eu em vez de usá-lo para glorificar a Deus”. PP. Pág. 637.

3. Influenciar efetivamente o cristão no desenvolvimento do caráter de Cristo em sua vida e na de outros. (Manuscrito 57, de 1906).

4. Conter letra que esteja em harmonia com  os ensinos escriturísticos da Igreja.

“O canto é um dos meios mais eficazes para gravar a verdade espiritual no coração. Muitas vezes se têm descerrado pelas palavras do canto sagrado, as fontes de arrependimento e da fé.”  Evangelismo, pág. 500 

5. Revelar uma compatibilidade entre a mensagem transmitida por palavras e a música, evitando-se mistura do sagrado com o profano.

6.Fugir às exibições teatrais e com ostentação.

“Nem um jota nem um til de qualquer coisa teatral deve aparecer em nossa obra. A causa de Deus deve ter molde sagrado e celestial...

Não permitais que haja qualquer coisa de natureza teatral, pois isto prejudicaria a santidade da obra.”Evangelismo pág. 137 e 138 e RH 30 nov. 1900.

7. Dar primazia à mensagem da letra, que não deve ser sobrepujada pelos instrumentos musicais que acompanham.

“Como pode o coração (dos cantores do mundo) achar-se em harmonia com as palavras do hino sacro?... Não é o canto forte que é necessário, mas a entoação clara, a pronúncia correta e a perfeita enunciação... Seja o canto acompanhado por instrumentos de música habilmente tocados” (Obreiros Evangélicos, págs. 357 e 358.

8. Manter ponderado o equilíbrio dos elementos emocional, intelectual e espiritual. 

“Exibição não é religião nem santificação. Coisa alguma há mais ofensiva aos olhos de Deus, do que uma exibição de música instrumental, quando os que nela tomam parte não são consagrados, não fazendo em seu coração melodias para o Senhor... Não temos tempo agora para gastar na busca de coisas que agradam unicamente os sentidos. É preciso íntimo esquadrinhar do coração.”  Evangelismo, pág. 510.

9. Jamais comprometer elevados princípios de dignidade  e superioridade  em esforços  para alcançar as pessoas descendo até onde elas estão.

“Quando os seres humanos cantam com espírito e  entendimento os músicos celestiais acompanham a harmonia, e unem-se aos cânticos de ações de graças.” Obreiros Evangélicos, pág. 357.

10. Ser apropriada para a ocasião, para o ambiente e para o auditório a que se destina.

“Os que fazem do cântico uma parte do culto divino, devem escolher música apropriada para a ocasião, não notas de funeral, porém melodias alegres, e todavia solenes.” Evangelismo, pág. 508.

Há muito de espiritualidade enlevante e religiosamente válida na música dos vários grupos culturais e éticos. Entretanto, os gostos e práticas musicais de todos devem conformar-se ao valor universal do caráter semelhante ao de Cristo, e todos devem lutar pela unidade no espírito e propósito do Evangelismo, que exige mais unidade do que uniformidade. Deve-se tomar cuidado em evitar os valores mundanos na música, os que deixam de expressar os altos ideais da fé cristã.

Os princípios acima servirão de orientação eficaz na escolha e uso da música nas necessidades várias da igreja. Certas formas de música como o jazz, o rock, e outras formas  híbridas semelhantes, são consideradas pela igreja como incompatíveis com esses princípios. Pessoas responsáveis envolvidas nas atividades musicais da igreja , quer como dirigentes ou executantes, não encontrarão dificuldades na aplicação desses princípios em algumas áreas. Há outras áreas muito mais complexas, daí apresentarmos uma análise mais pormenorizada dos fatores envolvidos.

I – MÚSICA NA IGREJA

Música no culto de adoração

A adoração deve ser a atividade primordial e eterna da humanidade. O mais elevado fim do homem é glorificar a Deus. Ao vir o adorador à casa de Deus para oferecer um sacrifício de louvor, que faça com a melhor música possível...

O cuidadoso planejamento de cada parte musical no culto é essencial, de modo que a congregação seja elevada a participar e não ser mera espectadora.

Os hinos cantados neste culto devem ser dirigidos a Deus, realçando o louvor e devem ser utilizados os grandes hinos de nossa herança como igreja. Devem conter melodias vigorosas, fáceis de serem cantadas, com letra de valor poéticos. O pastor deve ter vivo interesse na melhoria da qualidade e fervor do canto congregacional. “Raras vezes deve o cântico ser entoado por poucos”. Conselhos sobre Saúde, pág. 481.

A experiência cristã será imensamente enriquecida com a aprendizagem e uso de novos hinos.

Onde houver um coral, hinos escolhidos dos melhores compositores do passado e do presente, entoado por cantores e músicos dedicados e bem preparados, haverá maior realce ao culto, ajudando a elevar a qualidade da adoração.

Música instrumental , incluindo órgão e piano, deve estar em harmonia com os sublimes ideais de adoração, e deve ser cuidadosamente escolhida entre as melhores e  de acordo com a capacidade e adestramento do executante. O instrumentista responsável pelo acompanhamento do canto congregacional tem uma grande e especial responsabilidade  em sua participação seja em prelúdios ou pós-lúdios, ofertórios ou interlúdio para certas partes  do culto, ou acompanhamento de hinos. Ele se acha numa posição ideal para elevar o nível da música no culto em sua igreja. Se no culto há solos vocais ou música especial, deve-se dar preferência aos que se relacionem com textos bíblicos, e a música deve estar de acordo com o alcance da voz do cantor e sua capacidade, e ser apresentada ao Senhor sem exibições de virtuosidade vocal. A comunicação da mensagem deve ser o objetivo supremo.

Música no Evangelismo.

A música empregada no evangelismo pode também incluir a música evangélica, a música de testemunho, porém sem comprometer os altos princípios de dignidade e excelência característicos de nossa mensagem que é preparar o povo para a Segunda vinda de Cristo.

A música escolhida deve:

1 - Dirigir o ouvinte para Jesus como o Caminho, a Verdade e a Vida.

2 - Preparar o caminho para a apresentação da Mensagem da Palavra de Deus, mantendo seu apelo, suscitando uma resposta dos ouvidos.

3 - Ser executada e cantada por pessoas cuja vida seja coerente com a mensagem que apresentam.

4 - Ser um veículo da profunda impressão da verdade bíblica que inspirará uma positiva transformação na vida.

5 - Ser apresentada de maneira cuidadosamente planejada e ordenada.

6 - Ser simples e melódica sem o realce da exibição pessoal.

7 - Dar primazia à pregação da palavra, tanto no vigor da apresentação quanto à distribuição de tempo destinado ao cântico.

8 - Manter um apelo equilibrado à natureza  emocional e intelectual , e não apenas encantar os sentidos.

9 - Ser compreensível e significativa, no conteúdo e no estilo, para a maior parte do grupo típico do auditório.

Música no Evangelismo dos Jovens.

No campo do testemunho da juventude, tem aplicação a maioria das sugestões acima. Há, porém, consideração que se deve fazer a certos aspectos que são peculiares a esta área.

Os jovens tendem a identificar-se intimamente com a música jovem contemporânea.

O desejo de alcançar a juventude com o evangelho de Cristo onde ela se encontra leva, às vezes, ao emprego de estilos musicais questionáveis. Em todos esses estilos o elemento que traz maiores problemas é o ritmo ou batidas.

De todos os elementos musicais é o ritmo que provoca a mais forte reação física. Os maiores êxitos de Satanás são freqüentemente obtidos pelo seu apelo à natureza física. Demonstrando atilado conhecimento dos perigos que há nesse apelo a juventude; Ellen G. White afirmou: “Eles tem um ouvido aguçado para a música, e Satanás sabe qual  órgão excitar; incita, absorve e fascina a mente de modo que Cristo não seja desejado. Desvanecem-se os anseios espirituais da alma por conhecimento divino, por crescimento em  graça”- Testemonies, vol. 1, pág. 497.

Essa é uma maneira pela qual a música pode ser usada em direta oposição ao plano de Deus. Os já mencionados estilos de “jazz, “rock” e formas híbridas semelhantes são notórios em criar reações sensuais nas multidões.

Temos por outro lado, muitos estilos de música folclórica tradicional, acatados como legítimos afluentes do caldal da música. Alguns deles são aceitos como veículos para expressar o testemunho cristão. Outros, ainda, situam-se completamente fora da experiência cristã. Fique claro, portanto, que qualquer forma de expressão musical folclórica deve ser julgada pelos mesmos princípios gerais aplicados aos outros tipos de música nesse documento.

Além do problema do ritmo, há outros fatores que afetam as qualidades espirituais da música:

1 – Tratamento vocal – O estilo estridente comum ao “rock”, o estilo insinuante, sentimental , cheio de sopros ao jeito dos solistas de “boate” e outras distorções da voz humana devem ser terminantemente evitados.

2 – Tratamento de Harmonia – Deve-se evitar música saturada com acordes de 7a, 9a, 11a e 13a, bem como outras sonoridades extravagantes. Estes acordes, quando usados com restrição, produzem beleza, mas usados em excesso desviam a atenção do conteúdo espiritual do texto.

3 – Apresentação pessoal – Não deve ter lugar nas apresentações qualquer coisa que chame indevidamente a atenção para o cantor ou executante, como movimento excessivo e afetado do corpo, ou traje inadequado.

4 – Volume de som – Deve-se ter muito cuidado em evitar excessiva ampliação do som, quer instrumental, quer vocal. O volume do som  deve ser adequado às necessidades espirituais dos que apresentam a mensagem musical, bem como dos que a recebem. Deve-se selecionar cuidadosamente os instrumentos cujo som será amplificado.

5 – Apresentação – Toda a apresentação de música sacra deve ter o objetivo supremo de exaltar a Cristo, em lugar de exaltar o músico ou promover entretenimento.

Música no lar

1 – A educação musical e a apreciação da música devem começar cedo na vida da criança:

a) Pelo relacionamento com os grandes hinos e cânticos espirituais na experiência feliz e informal do culto familiar.

b) Pela formação no lar , do hábito correto de ouvir, através de aparelhos de som, músicas cuidadosamente selecionadas.

c) Por freqüentar, com a família a concertos musicais que estejam de acordo com os padrões delineados neste documento.

d) Pelo aprimorado exemplo e influência dos pais.

2 – Deve-se  encorajar o cântico familiar e a participação  em conjuntos instrumentais da família.

3 – Deve-se incentivar a composição de letras e músicas para cânticos.

4 – Deve-se ter no lar uma biblioteca sobre música com material sabiamente escolhido.

5 – Deve-se reconhecer que Satanás acha-se empenhado numa batalha pela conquista da mente das pessoas, e podem ocorrer mudanças de maneira imperceptível alterando a percepção e avaliação do bem e do mal. Deve-se ter extremo cuidado no tipo de programação ouvida no rádio e na TV,  evitando-se especialmente o vulgar, barato, sedutor, imoral, teatral e identificável das tendências da contracultura.

Música nos Educandários 

1 – No preparo e apresentação de música para fins religiosos, os administradores e professores dos colégios devem trabalhar com os alunos de maneira a exaltar os padrões musicais da igreja.

2 – Conjuntos musicais que vão se apresentar fora da escola devem ter o apoio e orientação de pessoas designadas pela administração , sejam professores de música ou outros.

3- Os responsáveis pela escolha de músicas para os sistemas de som de nossas escolas devem fazê-lo em conformidade com a filosofia de música expressa nesse documento.

4 – Nos conjuntos musicais ou de ensino individual, os professores devem fazer decididos esforços para ensinar músicas que possam ser usadas na igreja e nas atividades de ganhar almas.

5 – Sendo que um dos objetivos básicos dos cursos de análise e apreciação musical nas escolas é ensinar o discernimento à luz da revelação divina, os instrutores dessas classes em todos os níveis educacionais devem incluir informações sobre a arte de julgar o valor e a qualidade na área da música religiosa.

6 – A igreja e Associação local devem esforçar-se para eliminar deficiências culturais. Para esse fim os elementos treinados em música, devem liderar os ensaios e as atividades musicais, de modo a promover os sublimes ideais de adoração.

7 – As apresentações de música nas instituições educacionais adventistas devem estar de acordo com as normas da igreja. Isso se aplica não só aos talentos locais, como também aos artistas e conjuntos visitantes, incluindo a música de filmes.

II – MÚSICA SECULAR

A música “corretamente empregada... é um Dom precioso de Deus, destinados a erguer os pensamentos a coisas altas e nobres , a inspirar e elevar a alma . Educação, pág. 166

O estilo de vida Adventista do Sétimo Dia exige que o cristão individualmente exerça um alto grau de discernimento e responsabilidade pessoal na escolha da música secular para uso próprio, ou apresentação de solos ou conjuntos. Todas essas músicas devem ser avaliadas à luz das instruções dadas em Filipenses 4:8: “Finalmente irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”. Deve-se ter em mente a admoestação dada por Ellen White em Testemonies to the Church, vol 1, pág. 497:

“Foi-me mostrado que a juventude precisa colocar-se em posição mais elevada e fazer da palavra de Deus sua conselheira e guia. Solenes responsabilidades recaem sobre a juventude, que ela considera descuidadamente. A introdução de música em seus lares, em vez de incentivar a santidade e a espiritualidade, tem sido o meio de desviar-lhes a mente da verdade. Canções frívolas e músicas populares da época parecem compatíveis com seu gosto. Os instrumentos de música tem tomado o tempo que devia ser dedicado à oração. A música bem empregada é uma benção; quando mal usada , porém é terrível maldição.”

O cristão não entoará canções incompatíveis  com os ideais da verdade, da honestidade e da pureza. Evitará elementos que dêem a aparência de tornar o mal desejável ou a bondade parecer trivial. Procurará evitar composições que contenham frases banais, poesia pobre, absurdos, sentimentalismos ou frivolidades, que desencaminham a pessoa dos conselhos e ensinos das Escrituras e do Espírito de Profecia.

Considerará músicas como “blues”, “jazz”, o estilo “rock” e formas similares como inimigas do desenvolvimento do caráter cristão, porque abrem a mente a pensamentos impuros e levam ao comportamento não santificado. Tais tipos de músicas têm uma direta relação com o “comportamento permissivo” da  sociedade contemporânea. A distorção do ritmo, da melodia, e da harmonia empregados nesses gêneros de música e sua excessiva amplificação, embotam a sensibilidade e finalmente destroem a apreciação por aquilo que é bom e santo.

Deve-se tomar cuidado ao usar a melodia secular com letra religiosa para que não prevaleça a conotação profana da música sobre a mensagem da letra. Além disso, o cristão esclarecido, ao escolher qualquer música secular, para ouvir ou executar, não incluída nas categorias acima, sujeitará tal música ao teste dos critérios delineados nesta filosofia de música.

O cristão genuíno é capaz de dar testemunho a outros, pela sua escolha de música  para ocasiões sociais. Através da diligente busca e cuidadosa seleção, escolherá o tipo de música compatível com suas necessidades  sociais e seus princípios cristãos.

“Deve haver comunhão com Deus em oração, uma vívida comunhão em cânticos de louvor e ações de graças” Evangelismo , pág. 498 -- CONFERENCIA GERAL IASD, CONCILIO OUTONAL – 1972.

Leigo.com


É hora de mudanças

O leigo.com, em seu artigo, cobriu praticamente tudo que se relaciona ao tipo de música a que devemos dar nossa aprovação como adventistas para o uso em nossos cultos. Mas se nossos lideres não levarem em conta tudo que é dito nesse artigo, é claro que não haverá nenhuma mudança.

Hoje em dia, parece que tudo vale quanto à música. Apesar de termos admoestações como essas apresentadas no artigo, sem a liderança e direção de cima, nossos jovens irão de mal a pior, pois sentem-se livres para trazer ao culto tudo que coletam lá fora em termos de ritmo e popularidade.

Aqui na América, tenho notado muito o uso do saxofone cultos. Gosto do instrumento, mas ao mesmo tempo percebo uma extrema sofisticação na forma em que o mesmo é usado. Notas extras são usadas e floreios, adicionados a melodia de um conhecido hino que só mesmo um ouvido afinado pode reconhecer no final qual foi o número apresentado.

Muitas vezes, sinto que o floreado exagerado traz ao culto divino o sentimento sensual das boates. No final, tais músicas certamente trazem entretenimento, mas nunca a consagração que números especiais devem trazer a alma, da forma como os números de Del Delker e outros traziam por meio da Voz da Profecia, na época de sessenta.

Nossa igreja era admirada pela forma em que um elo era criado entre os cânticos e sermões, o que  influenciavam as pessoas a uma partida do leviano ao espiritual. Eu me lembro da visita ao Brasil dos Arautos do Rei americanos em 1962. O teatro Municipal de São Paulo superlotou com a presença de indivíduos que já eram fãs de nossa música sem saber que a mesma estava conectada a igreja adventista. E a razão foi toda relacionada a espiritualidade que nossa música continha.

O mundo lá fora está ansioso por algo completamente espiritual. Não é necessário copiar os ritmos satânicos para atrair membros à igreja. Podemos atrair um grande numero usando música popular, mas essas pessoas não serão membros que buscam conhecer a Deus e separar-se do mundo ao mesmo tempo.

A mensagem adventista em palavra e música deve ter sempre o intuito de criar uma mudança no espírito dos conversos, e não de acomodá-los naquilo com o que já estão acostumados. -- E.D.V, Loma Linda, USA.

Leia também:

Retornar

Para entrar em contato conosco, utilize este e-mail: adventistas@adventistas.com