Quarta-Feira, 19 de Fevereiro, 02:17 PM |
Pastor Adventista de Ruanda
e Filho Médico São Condenados por Genocídio |
NAIRÓBI,
Quênia (Reuters) - Um pastor de Ruanda e o filho dele foram condenados na
quarta-feira a 10 e a 25 anos de prisão, respectivamente, por um tribunal da
Organização das Nações Unidas (ONU) que os considerou culpados de terem
contribuído para o massacre de membros da etnia tutsi. Elizaphan Ntakirutimana e o filho Gerard foram acusados de terem reunido um
grande número de homens, mulheres e crianças tutsis em uma igreja e em um
hospital da região de Kibuye (oeste de Ruanda) em 1994 antes de chamarem hutus
para matá-los.
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O
pastor, 78, da igreja Adventista do Sétimo Dia, foi considerado cúmplice no
crime de genocídio, disse um porta-voz do Tribunal Internacional Criminal para
Ruanda (ICTR), um órgão da ONU. Gerard, um médico de 45 anos, foi considerado
culpado do mesmo crime e de genocídio. "O pastor Ntakirutimana distanciou-se de seu rebanho tutsi no momento em que
ele mais precisava dele", disse um dos juízes do caso, o norueguês Eric Mose,
segundo a agência de notícias independente Hirondelle.
"Na qualidade de médico, (Gerard) tirou vidas ao invés de salvá-las."
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Tanto
pai quanto filho permaneceram impassíveis ao ouvirem suas sentenças, disse a
Hirondelle. O advogado de defesa do pastor, Ramsay Clarke, ex-secretário de Justiça dos
EUA, afirmou que os réus apelariam das condenações, classificadas por ele de "um
erro trágico da Justiça".
Estima-se que cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados foram assassinados em
um espaço de 100 dias em Ruanda no ano de 1994. Os crimes foram cometidos por
extremistas hutus.
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Ntakirutimana, que fugiu para o Texas (EUA) depois do genocídio, é o primeiro
pastor julgado pelo ICTR. O acusado foi detido em território norte-americano em
1996 e enviado para o tribunal, instalado em Arusha, norte da Tanzânia, em 2000,
depois de um processo judicial em torno de sua extradição. O filho dele foi detido na Costa do Marfim em 1996.
Segundo grupos de defesa dos direitos humanos, vários líderes religiosos de
várias denominações desempenharam papéis de destaque nos assassinatos, usando
sua autoridade para encorajar o massacre de tutsis que tentaram se abrigar nos
locais de culto.
Em Ruanda, hoje, várias igrejas transformaram-se em memoriais para os mortos.
Ossos acumulam-se no chão hoje empoeirado dessas construções. Crânios, pernas e
braços formam grandes pilhas para lembrar os horrores do ódio racial.
Fontes:
http://br.news.yahoo.com/030219/16/aorc.html e
http://www.cnn.com/2003/WORLD/africa/02/19/rwanda.genocide.reut/index.html
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Tribunal da ONU sentencia
pastor por genocídio
Arusha, Tanzânia - Um tribunal da ONU sentenciou um pastor ruandês e seu
filho médico por genocídio, por eles terem chamado gangues de hutus para
assassinar várias pessoas da minoria tutsi que pediram abrigo em uma igreja
durante a carnificina de 1994, em Ruanda.
Elizaphan Ntakirutimana, com 78 anos, e Gerald Ntakirutimana, 45, foram
sentenciados por genocídio, cumplicidade em genocídio e crimes contra a
humanidade por sua participação nos assassinatos de tutsis na igreja Adventista
do Sétimo Dia em Kibuye, Ruanda, em 16 de abril de 1994.
O julgamento foi realizado no Tribunal Criminal Internacional da ONU para
Ruanda, que vem analisando casos envolvendo os principais suspeitos no
genocídio. Elizaphan, o pastor da igreja de Kibuye, foi sentenciado a 10 anos de
prisão. Gerald, que trabalhou em um hospital associado à igreja, foi sentenciado
a 25 anos.
Fonte:
http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2003/fev/19/195.htm |
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