Lição 3 da Escola Sabatina à Luz da Mensagem de 1888
Pensamentos sobre “Para todas as gerações futuras”
O arco-íris simboliza o amor de Cristo que envolve a Terra Depois da terrível demonstração do poder castigador de Deus, manifestado na destruição do mundo antigo mediante o dilúvio, Deus sabia que nos que se salvaram da destruição haveriam temores cada vez que se acumulassem nuvens, redobrasse o soar dos trovões e fulgurassem os relâmpagos; e que o som da tempestade e o derramar-se das águas dos céus provocaria terror em seus corações, por temor de que viesse outro dilúvio sobre eles. Mas eis aqui o amor de Deus na promessa: “Este é o sinal da aliança que ponho entre Mim e vós, e entre toda alma vivente, que está convosco, por gerações eternas. O Meu arco tenho posto nas nuvens; este será por sinal da aliança entre Mim e a Terra. E acontecerá que, quando Eu trouxer nuvens sobre a Terra, aparecerá o arco nas nuvens. Então Me lembrarei da Minha aliança, que está entre Mim e vós, e entre toda a alma vivente de toda a carne; e as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda a carne” (Gên 9:12-15). A família de Noé observou com admiração e temor reverente, mesclados com alegria, este sinal da misericórdia de Deus que atravessava os céus. O arco representa o amor de Cristo que rodeia a Terra e chega até os Céus mais elevados, pondo em comunicação aos homens com Deus e vinculando a Terra com o Céu. Quando contemplarmos o belo espetáculo, poderemos nos regozijar em Deus, seguros de que Ele mesmo está contemplando este sinal de Seu concerto, e que ao fazê-lo recorda a Seus filhos da Terra, para quem foi dado. Ele não desconhece as aflições deles, seus perigos e provações. Podemos nos regozijar com esperança, pois o arco-íris do concerto de Deus está sobre nós. Nunca esquecerá aos filhos a quem cuida. Quão difícil é que a mente finita do homem entenda o amor peculiar e a ternura de Deus e Sua incomparável condescendência quando disse: “Verei o arco nas nuvens, e Me lembrarei de ti”. - Review and Herald, 26 de fevereiro de 1880, Comentário Bíblico Adventista, pág. 1105. De volta à fé do pai Abraão O livrinho de Escola Sabatina identifica corretamente o “concerto” de Deus com Sua “promessa”. Graças ao Senhor por essa positiva definição no título do livrinho. As treze semanas de estudo serão proveitosas se recordarmos que o novo concerto é a promessa unilateral de completa salvação feita por Deus, quando a vontade humana assim o permite. O velho concerto, em contraste, é a vã promessa de guardar a lei feita pelos homens ao pé do monte Sinai, pretendendo com isso “cumprir sua parte” na salvação [Êxo. 19:8]. A promessa (ou “concerto”) feita pelos homens 430 anos depois de que Deus fizesse Sua promessa a Abraão, não acrescenta nada nem muda nada do concerto original de Deus. A razão é que Ele jurou Sua promessa a Abraão. Tendo posto Sua própria vida e Seu trono como objeto dessa promessa do novo concerto, nada podia acontecer no Sinai que a modificasse. Portanto, todo esforço por acrescentar legalismo ao novo concerto é pior que inútil. É impossível exagerar a importância que tem o compreendermos o que Deus prometeu a Abraão. Se lermos atentamente Gênesis 12, 13, 15 e 17 (a história de Abraão), veremos com toda clareza que Deus não pediu a ele que fizesse nenhuma promessa em troca. Deus não estava tentando chegar a um acordo com Abraão, nem a nenhum transação mútua com ele. Tudo o que exigiu de Abraão é que ACREDITASSE nas promessas que Deus o fazia. Os muitos séculos de retrocessos, derrotas e rebeliões do antigo Israel foram o resultado de aderir-se ao velho concerto que assinaram no monte Sinai. E nós não estamos ainda totalmente libertados desta mentalidade. Temos uma grande necessidade de compreender melhor o tema dos concertos. Deus nunca pediu a Israel que fizesse a Ele essas promessas de obediência; tudo que requeria deles é que exercessem a fé de seu pai Abraão. Paulo foi provavelmente o primeiro a discernir claramente o significado destes milênios de história: “A lei [do Sinai] nos serviu de aio”, algo assim como nosso instrutor ou guia, ou o que nos disciplina, para nos levar de volta até onde esteve nosso pai Abraão, “para que pela fé fôssemos justificados” tal como ele foi (Gál. 3:24). O velho concerto produz “servidão" (Gál. 4:24). Segue o padrão de pensamento simbolizado por “Agar”, em contraste com o de “Sara” (versos 25-31). É uma da grandes razões pelas quais estamos perdendo a tantos jovens (entre os que se vão e os que não vêm). Está à raiz de nossa mornidão (Apocalipse 3:14-17). Nada poderia ser mais importante para a saúde da igreja mundial, que compreender claramente as verdades do novo concerto, verdades que trazem a liberdade em Cristo. Mudou de algum modo o caráter de Deus quando entrou o pecado? Acaso Deus aprendeu algo, ou esteve em necessidade de inventar uma “nova dispensação”? Waggoner faz um valioso comentário a respeito: A obra mediadora de Cristo não está limitada pelo tempo nem pelo alcance. Ser mediador significa mais que ser intercessor. Cristo era mediador antes do pecado entrar no mundo, e será mediador quando o pecado não mais existir no universo, e não haja necessidade alguma de perdão. “Todas as coisas subsistem nEle”. É a mesma “imagem do Deus invisível”. Ele é a vida. Só nEle e por meio dEle flui a vida de Deus a toda criação. Portanto, Ele é o meio, o mediador, o modo pelo qual a luz da vida ilumina o universo. Não Se tornou mediador quando o homem caiu, mas era desde a eternidade. Nada, não somente algum homem, mas nenhum outro ser criado, vem ao Pai se não por Cristo. Nenhum anjo pode estar na presença divina, senão em Cristo. A entrada do pecado no mundo não necessitou o desenvolvimento de qualquer novo poder, ou que se fosse colocado em marcha nenhuma nova maquinaria. O poder que havia criado todas as coisas não fez mais que continuar, pela clemência infinita de Deus, a restauração do que tinha se perdido. Todas as coisas foram criadas em Cristo; portanto, temos redenção em Seu sangue (Col. 1:14-17). O poder que anima e sustém ao universo é o mesmo poder que nos salva. - As Boas Novas: Gálatas, versículo a versículo, pág. 39 [sobre Gál. 3:19] Pensamentos adicionais sobre os dois concertos Nenhum
tema de estudo poderia ser mais proveitoso para a Escola Sabatina em todo o
mundo, que “A promessa: O concerto eterno de Deus”. A verdade central da justiça
pela fé que fez singular a mensagem de 1888, foi a visão apresentada por
Waggoner e Jones sobre o velho e novo concertos, uma verdade que Ellen White
afirmou que “em Sua grande misericórdia enviou o Senhor” a Seu povo. Ela apreciou algo nas suas apresentações sobre os dois concertos, que nunca ouviu em audiência pública em seus 45 anos anteriores. Compreendeu que constituía “o começo” da “luz” que ainda deve “iluminar a Terra com sua glória”. E visto que o alto clamor não pode avançar a menos que vá precedido pelos “aguaceiros da chuva serôdia”, ela concebeu essa bênção como estando igualmente incluída. Infelizmente, nosso novo livrinho da Escola Sabatina não apresenta contribuição alguma de Jones ou Waggoner que ajude a esclarecer a verdade especial dos dois concertos, tal como a respaldou Ellen White. Nesta série de “Pensamentos sobre a Escola Sabatina” tentaremos suprir de alguma forma esta carência. Como introdução, prestaremos atenção às afirmações de Ellen White relativas à postura de Waggoner sobre os dois concertos. Em 16 de março de 1890, o Senhor deu uma visão a Ellen White em que lhe foi mostrado que o Espírito Santo tinha proporcionado a Waggoner a interpretação correta, e que o presidente da Associação Geral e o editor da Review and Herald se estavam opondo à luz que tinha sido enviada do Céu. O primeiro documento é um fragmento de uma carta que Ellen White escreveu ao editor da Review and Herald:
Anteontem à noite
me foi mostrado que a evidência em relação aos [dois] concertos era clara e
convincente. Você mesmo, Dan Jones, o irmão Porter e outros, estão esbanjando
inutilmente suas habilidades de investigação a fim de sustentar uma posição
sobre os concertos que é diferente da que o irmão Waggoner apresentou. Quando
você recebeu a luz verdadeira que brilhou, não deveria imitar, nem seguir o
mesmo tipo de interpretação e distorção das Escrituras que fizeram os judeus...
Estes dirigiram de tal forma essas coisas, que conseguiram convertê-las em um
modo de entrevar e confundir as mentes. Tomara que nesta hora tardia em que estamos o Espírito Santo possa nos dar uma “mente sincera e sem prejuízos”! Reproduzimos a seguir outro escrito de Ellen White: Desde que fiz a declaração na sábado passada de que a compreensão dos concertos tal como a tinha ensinado o irmão Waggoner era verdadeira, parece que muitas mentes se hão sentido aliviadas... Estou feliz porque o Senhor me urgisse a dar o testemunho que dava. - Carta 30, 1890 Mas seu testemunho não foi recebido da forma que ela esperava. De fato, esta foi a primeira vez na história da Igreja Adventista do Sétimo Dia em que os irmãos dirigentes resistiram e inclusive rejeitaram o seu ministério. A antipatia para a compreensão de 1888 dos dois concertos, parecia a Ellen White algo misterioso. Embora nosso livrinho para este trimestre nada apresente sobre a compreensão de 1888 dos dois concertos, milhares de membros de igreja em todo o mundo têm acesso aos escritos originais de Jones e Waggoner publicados muitas oficialmente [Leia estes livros em português no http://www.adventistas.info]. Muitos se alegram na clareza espiritual que esta mensagem lhes trouxe. Comitê de Estudo da Mensagem de 1888. Leia também: |
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