Mordomia em Campo Grande, MS, e na Paulista Oeste

Olá, Robson.

Como você sabe, tivemos uma semana especial de mordomia aqui pela Igreja Central, de Campo Grande, MS. Alguns irmãos se assustaram com o desfecho, porque pensavam que se tratava de uma Semana de Oração e reavivamento. Mas no sábado, o novo pastor deixou claro que a preocupação da Associação e dele é com as entradas de dízimos e ofertas.

Segundo ele, o caixa da igreja estaria praticamente vazio. Verbas de quase todos os departamentos tiveram que ser cortadas. Mas o pior é que dos mais de mil membros apenas cento e setenta e poucos estariam devolvendo o dízimo! Se bem que a média é de 35 mil reais/mês e o salário do pastor, conforme disse, só consome 10% desse total, cerca de R$ 3.500. Ele contou que depois de quitar suas despesas pessoais e familiares, sobram pouco mais de 900 reais. (Fiquei com "santa inveja", porque do meu não sobra nada!)

Detalhe adicional: No sábado, na central de CG, foi distribuído um envelope de dízimo para cada um com comprovantes de doação a serem preenchidos. Os impressos diziam que todos os membros têm o direito de saber como os dízimos estão sendo utilizados e que essa informação estava na capa do talonário. O problema é que todas as capas foram arrancadas antes da distribuição!

Semana de oração e reavivamento mesmo, que sacudiu a igreja, foi a realizada pelo Pastor Marcos Saraiva no bairro do Aero Rancho. Todo o mundo está elogiando. Parabéns ao distrital pela escolha!

Mas já que estamos falando em redução nos dízimos e ofertas, tenho novidades da APO. Não sei se você já sabe, mas é interessante a notícia. Todos os pastores da Paulista Oeste estão nesta semana num concílio na cidade sede do Campo, São José do Rio Preto, e este concílio é exatamente sobre mordomia e como fazer aumentar o valor arrecadado de dízimos e ofertas.

O interessante, segundo amigos que residem lá na cidade, é que o custo total girou em torno de R$ 30.000,00 entre despesas de locomoção, hotel, refeições, etc. A maioria deles está pregando à noite em igrejas da região. Mas já tem irmãos escandalizados porque, hoje (29/05/01) à tarde, em plena terça-feira, boa parte deles foi nadar um pouco num termas perto de S. J. R. Preto. Essa deve ser a semana de "mordomia" deles... Santa Mordomia!!!

Irmão X 

Discordo, Mas Concordo

É lamentável ouvir este tipo de colocação de uma pessoa que, com certeza, deturpou o conteúdo do "tal pastor" em Campo Grande, MS. Não estive presente em tal reunião. Aliás, moro bem longe de lá. Mas é uma pena que este irmão tenha uma atitude aparentemente reprobatória em relação ao que é santo e divino.

O dizimo bem como seu destino foram estipulados por Deus e ninguém tem o direito de refutar aquilo que Deus instituiu. 

Concordo que a igreja precisa de repreensão. As associações precisam de repreensão em diversas circunstâncias. A própria senhora White foi
mandada para a Austrália porque recriminava erros claros da Associação Geral em seu tempo, etc. Mas tudo isso deve ser feito hoje com temor e amor, pelas almas bem como pela santa igreja do Senhor. 

A mesma senhora White que recriminou administradores, morreu fiel a este Deus e a esta igreja. Aliás, morreu e deixou-nos um grande legado escriturístico, em que se nota claramente seu amor pela igreja e por aquilo que o Senhor, e não o homem, edificou!

É preciso repreensão? Que se faça! Contanto que seja no temor de Deus. Eu mesmo aceito correção se for preciso, desde que esta venha e
eu sinta que o seja para o meu próprio bem e jamais como crítica destrutiva, se é que existe alguma que seja construtiva.

Não acredito que o pastor sem nome (porque não foi nominado) tenha dito tais coisas, até porque sabe-se que um pastor não ganha mais que
1.350,00 reais por mês bruto. Uns 1000,00 reais líquido. Esperar que um homem de Deus trabalhe no nível que se espera de um ministro com este salário é um desatino.

Bem, você pode dizer que é um excelente salário. Ah, como seria bom se pudéssemos vestir a carapuça e passar um mês trabalhando e tentando equilibrar as finanças no sentido de viver dentro dos limites acima declarados com as responsabilidades que vêm anexas ao ministério
pastoral.

Alguém que estuda e se dedica de corpo e alma a este ministério, sobreviver com essa "ajuda de custo"? Porque pastor não é empregado, é autônomo. Não é facil, como creio não ser fácil para ninguém hoje em dia lutar pela vida.

Agora, venhamos e convenhamos que sobrar 900 reais após todas as despesas... Bom, ou este pastor foi muito mal, aliás, terrivelmente mal
interpretado, ou suas despesas estão sendo subsidiadas por outra fonte de renda que a bem da verdade não me interessa porque não é da minha conta.

Acho até que se pode tecer comentários acerca da maneira com se investe o dinheiro de Deus, porém jamais acabar com a instituição chamada dízimo, pois este não nos pertence.

A minha parte é entregar o dízimo, ser fiel e leal a Deus, sabendo que em pouco tempo Nosso Senhor há de vir nas nuvens e toda a justiça será
satisfeita.

Nelson Rossi

Nota do editor:

Infelizmente, irmão Nelson, foram citadas palavras textuais do pastor. E ele está correto ao considerar que, além do salário, somando-se as ajudas, o valor é bem diferente do que consta no holerite. O que incomodou alguns dos presentes foi essa falta de sensibilidade expressa também pelo senhor, quanto ao fato de que milhares de brasileiros sustentam sua família com R$ 180,00 mensais, que é o valor do salário mínimo. Quanto à obrigatoriedade atual da devolução do dízimo, sugiro que faça uma pesquisa no sistema de busca do site, utilizando a palavra "dízimo" como chave. Há bons subsídios para fortalecer sua fé, levando-o a uma melhor compreensão do tema.

Leia também:

[Retornar]

Para entrar em contato conosco, utilize este e-mail: adventistas@adventistas.com