IASD Persegue Leigos que Pregam Contra Roma e Une-se ao Papa em Campanha pela Paz


IASD Rejeita Anúncios Contra a Unidade Ecumênica
(No original, "Igreja Afasta-se de Anúncios Divisionistas")

21 de Maio de 2002 Wahroonga, New South Wales, Austrália .... [Brenton Stacey/ANN]

A Igreja Adventista do Sétimo Dia distanciou-se de anúncios anti-Católicos Romanos que apareceram em jornais da Nova Zelândia e Papua Nova Guiné.

Os anúncios que atacam o papa e os Estados Unidos foram publicados por membros leigos da igreja e prontamente causaram diversas reações negativas. Os anúncios apareceram em jornais das comunidades de Auckland e Waikato e no “Papua New Guinea's Post-Courier”.

Esses ministérios independentes “não possuem [nosso] apoio ou aprovação”, diz a declaração da igreja em Papua Nova Guiné. O comunicado apareceu no Post-Courier após aquele jornal publicar os anúncios, desculpando-se de “todos nossos irmãos e irmãs em Cristo” por qualquer desconforto que eles tenham sentido.

"Nós reconhecemos que Protestantes incitaram o fanatismo e preconceito por vezes, mas culpar atos não-Cristãos passados ou uma denominação não é uma representação adequada da história na profecia bíblica. Ninguém pode se intitular como autêntico Cristão se falhar em expressar amor, que é ensinado pela Bíblia.”

“Infelizmente, os anúncios enganaram” os leitores, escreveu Gavin Howie, secretário-tesoureiro associado para a igreja no norte da Nova Zelândia, em uma carta ao editor dos jornais de Auckland. "[A igreja] não endossa a ação deles [grupos leigos]...  [Nosso] foco é possibilitar à comunidade o entendimento, aceitação e o gosto pela mensagem Cristã, que é oferecida gratuitamente a cada indivíduo por Cristo Jesus". O ministério da igreja em Waikato escreveu uma carta similar aos seus jornais.

Bob Howarth, gerente supervisor da empresa “South Pacific Post”, que publica o jornal “Post-Courier”, disse que não mais aceitará anúncios dos grupos leigos no futuro. "Desculpo-o e também seus amigos Cristãos pelos transtornos causados, e agradeço-lhe pela sua tolerância e compreensão,” ele escreveu em uma carta endereçada à igreja de Papua Nova Guiné.

"Os adventistas consideram todos homens e mulheres iguais sob os olhos de Deus," consta da declaração dirigida à igreja mundial em 1997. “Nós rejeitamos o fanatismo contra qualquer pessoa, raça, nacionalidade ou credo religioso... Nosso objetivo primordial é pregar o evangelho de Jesus Cristo no contexto de Seu breve retorno, sem apontar os defeitos das outras denominações." - Copyright © 2002 Adventist News Network.

Fonte: http://www.adventist.org/news/data/2002/04/1022002371/index.html.en


Ainda nesse clima de intimidade e amizade com Roma, a DSA aprovou e publicou na semana passada uma mensagem de reforço às campanhas do Papa pela Paz, dedicadas à Virgem Maria:

Igreja divulga declaração pela paz

Brasília, DF ... [ASN] Entre os vários documentos e planos aprovados no encontro sul-americano realizado em Brasília, de 20 a 22 de maio, a liderança da Igreja Adventista na América do Sul aprovou o documento: Declaração Pela Paz. Esse documento foi proposto pela Associação Geral de Igreja que reuniu seus líderes no mês de abril em Washington, Estados Unidos.

A Declaração Pela Paz deverá ser distribuída para a imprensa de todos os países sul-americanos, autoridades nos níveis federal, estadual e municipal. Os líderes da Igreja decidiram entregar também o documento para as embaixadas e os consulados. Esse trabalho vai ser feito pelos vários órgãos administrativos da Igreja, também conhecidos como Associações, Missões e Uniões. [Siloé de Almeida]

Veja o documento na íntegra, mas não deixe de compará-lo com o Decálogo de Assis para a Paz proposto pelo Papa e aceito por representantes de todas as religiões do mundo, inclusive a Igreja Adventista do Sétimo Dia, no último dia 24 de janeiro, que foi chamado Dia Mundial de Oração pela Paz.

ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA APELAM PELA PAZ

VOTADO: aprovar a declaração Adventistas do Sétimo Dia Apelam pela Paz, como segue:

ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA APELAM PELA PAZ

Vivemos em um mundo cada vez mais instável e perigoso. Os eventos recentes resultaram na elevação do sentimento de vulnerabilidade e de temor individual ou coletivo diante da violência. No mundo, incontáveis milhões de pessoas são perseguidas pela guerra e apreensão e são oprimidas pelo ódio e pela intimidação.

Guerra Total

Desde a metade do século passado a humanidade tem vivido uma era de guerra total. Isso implica na possibilidade teórica de que, salvo pela providência divina, os habitantes da terra podem eliminar toda a sua civilização. Armas químicas e nucleares de destruição em massa estão apontadas para os centros populacionais. Nações e sociedades estão mobilizadas para a guerra ou são o alvo dela, e quando irrompe o conflito ele é travado com grande violência e destruição. A justificativa para a guerra tem-se tornado mais complexa, embora os avanços tecnológicos tornem possível maior precisão nos alvos de destruição com o mínimo de mortes entre a população civil.

Uma Nova Dimensão

Enquanto as Nações Unidas e vários organismos religiosos têm proclamado a primeira década do século XXI como a década da promoção da paz e segurança em vez da violência em suas várias formas, tem emergido uma nova e insidiosa dimensão da violência: terrorismo internacional organizado. O terrorismo em si não é algo novo, mas a rede mundial de terrorismo sim. Outro fator novo é o apelo aos assim chamados mandados divinos como base lógica para a atividade terrorista sob a guisa da guerra cultural ou mesmo guerra religiosa.

A escalada do terrorismo internacional deixa claro que não se trata de apenas uma nação ou estado fazendo guerra, mas dos seres humanos em várias combinações. Como salientou uma proeminente fundadora da Igreja Adventista do Sétimo Dia, cem anos atrás, A desumanidade do homem para com o homem, eis nosso maior pecado (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, pág. 163). Deveras a natureza humana tende para a violência. A partir da perspectiva cristã, todas essas ações desumanas são de fato parte da guerra cósmica, do grande conflito entre o bem e o mal.

O Terrorismo Explora o Conceito de Deus

Os terroristas, especialmente aqueles cujas motivações estão fundamentadas na religião, reivindicam que sua causa é absoluta e que o tirar vidas indiscriminadamente é plenamente justificável. Enquanto reivindicam ser representantes da justiça de Deus, deixam totalmente de representar o grande amor de Deus. Ainda, esse tipo de terrorismo internacional é totalmente estranho ao conceito da liberdade religiosa. Ele se fundamenta em extremismo político e/ou religioso e fanatismo fundamentalista que arroga o direito de impor determinada convicção religiosa ou visão mundial e de destruir aqueles que se opõem a suas convicções. Impor o ponto de vista religioso pessoal a outra pessoa, por meio de inquisição e terror, envolve o empenho de explorar e manipular a Deus ao torná-Lo na imagem do mal e da violência. O resultado é a desconsideração pela dignidade dos seres humanos criados à imagem de Deus.

Embora seja inevitável que as nações e povos tentem defender-se por meio da resposta militar à violência e ao terror  que algumas vezes resulta em sucesso de curto prazo a resposta duradoura aos problemas profundos de divisões na sociedade não pode ser alcançada pelo uso de meios violentos.

Os Pilares da Paz

Quer da perspectiva cristã como da prática, toda paz duradoura envolve, pelo menos, quatro ingredientes: diálogo, justiça, perdão e reconciliação.

Diálogo – Há a necessidade de diálogo e de discussão em vez de discursos violentos e gritos de guerra. A paz duradoura não resulta de medidas violentas, antes é alcançada pela negociação, pelo diálogo e, inevitavelmente, pelo compromisso político. Em última análise, o discurso racional tem autoridade superior à força militar. Em particular, os cristãos devem estar prontos ao diálogo, conforme ensina Bíblia.

Justiça – Infelizmente, o mundo está cheio de injustiça e a conseqüência disso é a contenda. A justiça e a paz vão de mãos dadas, assim como a injustiça e a guerra. A pobreza e exploração geram o descontentamento e a desesperança, que conduzem ao desespero e à violência.

Por outro lado, “A Palavra de Deus não sanciona nenhum plano que enriqueça uma classe pela opressão e o sofrimento de outra” (Idem, pág. 187).

A justiça requer respeito pelos direitos humanos, em especial pela liberdade religiosa que trata das aspirações humanas mais profundas e que é o fundamento de todos os direitos humanos. A justiça requer a ausência de descriminação, o respeito pela dignidade e igualdade humanas, e a distribuição mais eqüitativa no atendimento das necessidades da vida. As políticas sociais e econômicas ou produzirão a paz ou o descontentamento. A preocupação dos adventistas do sétimo dia para com a justiça social manifesta-se no apoio e promoção da liberdade religiosa, e por meio de organizações e departamentos da Igreja que trabalham para mitigar a pobreza e as condições de marginalização. Tais esforços por parte da Igreja podem, ao longo do tempo, reduzir o ressentimento e o terrorismo.

Perdão – O perdão normalmente é julgado como algo necessário para restabelecer relacionamentos interpessoais rompidos. Ele é enaltecido na oração que Jesus pediu a Seus seguidores proferirem (Mateus 6:12). Contudo, não nos devemos esquecer das dimensões corporativas, sociais e mesmo internacionais. Para que haja a paz é vital deixar os fardos do passado, transpor o solo devastado pela guerra, e empenhar-se pela reconciliação. No mínimo, requer o esquecimento das injustiças e violências do passado; e, no melhor, envolve o perdão que absorve a dor sem retaliação.

Devido à natureza pecaminosa dos seres humanos e à violência resultante, algum tipo de perdão se faz necessário a fim de romper o círculo vicioso do ressentimento, ódio e desejo de vingança em todos os níveis. O perdão é contra a natureza humana. Para os seres humanos é natural agir em termos de vingança e no pagar o mal com o mal.

Portanto, em primeiro lugar há a necessidade de promover a cultura do perdão na Igreja. Como cristãos e líderes da igreja, é nosso dever ajudar indivíduos e nações a se libertarem dos grilhões do passado e a se recusarem, ano após ano, e mesmo geração após geração, a gerar ódio e violência em função das experiências passadas.

Reconciliação

O perdão provê o fundamento para a reconciliação que é acompanhada da restauração dos relacionamentos rompidos e hostis. A reconciliação é a única via para o sucesso na estrada da cooperação, harmonia e paz.

Concitamos as igrejas e os líderes cristãos a exercerem ministério de reconciliação e a agirem como embaixadores da boa vontade, da sinceridade e do perdão. (Ver II Coríntios 5:17-19). Esta sempre será tarefa difícil e sensível. Enquanto tentamos evitar as muitas armadilhas ao longo do caminho, devemos, não obstante, proclamar a liberdade na terra dizer não à perseguição, discriminação, pobreza abjeta e outras formas de injustiça. É de responsabilidade cristã empenhar-se por prover proteção àqueles que estão em perigo de sofrerem violência, exploração e de serem aterrorizados.

Apoio à Qualidade de Vida

Esforços silenciosos de organismos religiosos e individuais por trás da cena são valiosos, porém não bastam. “Não somos apenas criaturas de um ambiente espiritual. Estamos ativamente interessados em tudo o que molda o caminho no qual vivemos e estamos preocupados com o bem-estar de nosso planeta. O ministério cristão da reconciliação deve e contribuirá para a restauração da dignidade, igualdade e unidade humana por meio da qual os seres humanos vêem uns aos outros como membros da família de Deus” (Citado pelo presidente mundial da Igreja Adventista, pastor Jan Paulsen).

As igrejas não devem apenas ser conhecidas pelas contribuições espirituais embora essas sejam fundamentais, mas, também por seu apoio à qualidade de vida, e nessa conexão o promover a paz é essencial. Necessitamos nos arrepender das expressões ou atos de violência nos quais os cristãos e igrejas, ao longo da história e mesmo mais recentemente, estiveram envolvidos como atores, ou mostrando tolerância ou mesmo tentando justificá-los. Apelamos aos cristãos e às pessoas de boa vontade ao redor do mundo a se envolverem ativamente na promoção e sustentação da paz, sendo assim parte da solução e não do problema.

Pacificadores

A Igreja Adventista do Sétimo Dia deseja posicionar-se a favor da harmonia não coerciva do reino vindouro de Deus. Isso requer a construção de pontes que promovam a reconciliação entre os vários lados do conflito. Nas palavras do profeta Isaías: “e serás chamado reparador de brechas, e restaurador de veredas para que o país se torne habitável” (58:12). Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, deseja que Seus seguidores sejam pacificadores na sociedade e por isso os chama de bem-aventurados (Mateus 5:9).

Cultura da Paz Por Meio da Educação

A Igreja Adventista do Sétimo Dia opera o que pode ser chamado de o segundo maior sistema educacional paroquial mundial. Cada uma de suas mais de seis mil instituições de ensino, dos cursos fundamental ao superior, está sendo instada a dedicar uma semana do ano letivo para enfatizar e enaltecer, por meio de vários programas, o respeito, a conscientização cultural, a não violência, o ser pacificador, a resolução do conflito e a reconciliação como meio de oferecer a contribuição adventista especifica à cultura da harmonia e da paz social. Com isso em mente, o Departamento de Educação da Igreja está preparando currículo e outros materiais que visam ajudar na implementação desse programa referente à paz.

A instrução do membro da igreja com vistas à não violência, à paz e à reconciliação necessita ser processo contínuo. Os pastores são concitados a utilizarem o púlpito para proclamar o evangelho da paz, do perdão e da reconciliação que rompe as barreiras criadas pelas diferenças raciais, étnicas, de nacionalidade, de sexo e religiosas, e a promover relacionamentos humanos pacíficos entre indivíduos, grupos e nações.

A Esperança Cristã

Embora a promoção da paz possa parecer tarefa proibitiva, há a promessa e a possibilidade de transformação por meio da renovação. Toda violência e terrorismo são, na verdade, um aspecto da contínua controvérsia, em termos teológicos, entre Cristo e Satanás. O cristão tem esperança devido à certeza de que o mal -- o mistério da iniqüidade -- seguirá seu curso e será vencido pelo Príncipe da Paz, quando o mundo será feito novo. Essa é nossa esperança.

O Antigo Testamento, a despeito do registro de guerras e violência, anseia pela nova criação e suas promessas, que assim como o Novo Testamento, põe fim ao círculo vicioso da guerra e do terror, quando as armas desaparecerão e se tornarão implementos agrícolas, e a paz e o conhecimento de Deus e de Seu amor cobrirão a Terra assim como as águas dos oceanos. (Ver Isaías 2:4; 11:9.)

Entrementes, necessitamos, em todos os relacionamentos, seguir a regra áurea que nos pede que façamos aos outros aquilo que gostaríamos que fizessem conosco (ver Mateus 7:12), e não apenas amar a Deus, mas a amar como Ele ama. (Ver I João 3:14, 15; 4:11, 20, 21.)

Fonte: http://www.igrejaadventista.org.br/asn/XcNewsPlus.asp?cmd=view&articleid=311

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