Teólogo de Aluguel* Tenta Refutar Livro de Ricardo Nicotra na Revista Adventista

*Nota do Editor Interino: Como confiar na análise de um "teólogo" que recebe seu sustento de uma denominação religiosa específica, cujo credo jamais poderá contestar? Sua opinião é tão isenta quanto à de um médico que pesquise sobre câncer de pulmão com o patrocínio de uma fábrica de cigarros. (Hermano de Jesus)

 

Amados irmãos.

Tive uma surpresa ao receber a Revista Adventista (Maio/2005) e notar que ela citava trechos do livro "Eu e o Pai Somos Um" (última edição, em formato *.pdf, que requer Acrobat Reader).

A matéria, escrita pelo Pastor e Professor José Carlos Ramos, tinha o objetivo de refutar uma suposta afirmação do livro de que Mateus 28:19 teria sido uma adulteração posterior à elaboração do original.

No entanto, em nenhuma parte do livro foi feita esta afirmação. Não é possível provar definitivamente que Mateus 28:19 não fazia parte do original, mas também não podemos provar que este texto estava no original. Essas impossibilidades são devidas a uma razão bem simples: Não temos acesso aos originais da Bíblia.

O que temos (e o que o livro "Eu e o Pai Somos Um" procura mostrar) são evidências de várias naturezas (textual, histórica, contextual, lógica, exegética) que nos conduzem à convicção de que o texto foi, muito provavelmente, adicionado posteriormente.

Após considerar todas estas evidências, fica difícil admitir que o texto em questão tenha sido original. Mas mesmo que estivéssemos enganados e o texto fosse original, isso não significaria que Mat. 28:19 representa uma prova da existência da Trindade ou uma prova de que o Espírito Santo é um ser pessoal como o Pai e como o Filho. Costumo usar o exemplo do ladrão que é preso "em nome do governador, em nome do Estado e em nome da lei". Nem todos as entidades em nome das quais o ladrão é preso são pessoas. E também não é pelo fato destes elementos aparecerem unidos na frase que podemos interpretar que os três são um.

Lamento que a refutação do pastor tenha um escopo muito restrito - preocupou-se apenas em refutar a evidência textual com aspectos históricos, deixando de lado outras evidências que apontamos no livro.

Também convém repetir que não acreditamos numa "Bindade". Quando Cristo afirma que Ele e o Pai são um, refere-se a uma unidade espiritual - ambos são um em espírito, ou seja, ambos têm o mesmo espírito - o Espírito Santo. E é pelo fato de terem o mesmo espírito que são um. Trata-se de uma unidade à qual nós também podemos pertencer (veja João 17:21). O Espírito Santo não é apenas o pneuma de Cristo que Ele soprou sobre os discípulos. O Espírito Santo é, para nós, o próprio Espírito de Deus, o Pai - com isso em mente é possível entender de forma natural a questão de João Batista (exposta no final do artigo).

Tirando o último parágrafo do artigo, a matéria me pareceu ser bem respeitosa e, além disso, trouxe alguns dados históricos interessantes.

Um forte abraço a todos os irmãos trinitarianos e não trinitarianos... -- Ricardo Nicotra

"Bem-aventurados os que observam o direito, que praticam a justiça em todos os tempos" - Salmo 106:3.

Leia também:

Se você lê em inglês, clique neste link -- Matthew 2819 -- para ter acesso a informações confiáveis acerca da possibilidade de que a fórmula batismal trinitariana tenha sido acrescentada já no quarto século ao Evangelho de Mateus.

O teólogo responsável apresenta fortes evidências históricas para a defesa dessa posição, fundamentadas no testemunho de um dos mais importantes historiadores do cristianismo primitivo, Eusébio de Cesaréia.

Veja também estes links:

Retornar

Para entrar em contato conosco, utilize este e-mail: adventistas@adventistas.com