Cuidado com a Revista Ministério, Irmão!

Se a Administração optou por mudar a versão digital da Revista Ministério de endereço sem comunicá-lo aos leitores para evitar que os sites considerados "de oposição" continuassem apontando detalhes pouco elogiosos das orientações dadas aos pastores, o resultado obtido durou pouco. E o Adventistas.Com aproveita para informar a todos que a revista pode ser encontrada no endereço: http://www.dsa.org.br/ministerio/.

Há artigos interessantes e úteis não só para pastores, como também para anciãos e demais membros leigos. Cuidado, porém, para não se deixar levar por raciocínios tortuosos, aparentemente fundamentados na Bíblia, mas que visam apenas a justificar práticas equivocadas do ministério adventista.

A questão da remuneração e muitas regalias recebidas pelos pastores pode ser citada como exemplo disto. Nem pense em comentar com qualquer um deles que Jesus teria ordenado aos discípulos que não levassem dinheiro nem bolsa ao saírem para evangelizar o mundo. Porque, segundo o Ministerial -- "pastor dos pastores" -- da Divisão Sul-Americana, Alejandro Bullón, Jesus teria alterado essa recomendação pouco antes de Sua crucifixão.

Está na Seção "De Coração a Coração", da edição de 6 (Novembro/Dezembro) do ano passado (2000). O título é: "Atreva-se a Mudar". Alejandro Bullón diz textualmente que:

"Quando Jesus esteve neste mundo, no início do Seu ministério, reuniu os Seus discípulos e, ao confiar-lhes a comissão evangélica, disse-lhes: 'Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre nos vossos cintos; nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de sandálias, nem de bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento.' (Mat. 10:9 e 10). Três anos depois, antes de deixá-los, Jesus tornou a reunir os discípulos e lhes disse: 'Quando vos mandei sem bolsa, sem alforje e sem sandálias, faltou-vos porventura, alguma coisa? Nada, disseram eles. Então, lhes disse: Agora, porém, quem tem bolsa, tome-a, como também o alforje; e o que não tem espada, venda a sua capa e compre uma.' (Luc. 22:35 e 36)."

E conclui, justificando implicitamente todas as mordomias hoje inerentes à profissão de pastor adventista:

"Jesus teve a capacidade de mudar Sua estratégia e Seus métodos para o cumprimento da missão, num período de três anos. Uma cultura era uma cultura; e outra cultura deveria ser evangelizada de outro modo." Fonte: Revista Ministério (Clique!)

É mais que outro pequeno equívoco de interpretação do texto bíblico, irmão. Você está diante de mais uma tentativa de fazer com que a Bíblia diga o que Deus não pretendeu falar. A recomendação de que o missionário não se preocupe com a questão financeira e confie-se inteiramente aos cuidados do Pai, ainda hoje vigora.

A Sra. White escreveu:

"Quando Cristo chamou os discípulos para O seguirem, não lhes ofereceu nenhuma lisonjeira perspectiva nesta vida. Não lhes prometeu lucros, ou honras terrestres, nem eles estipularam de qualquer modo o que deveriam receber. Achando-se Mateus assentado na alfândega, o Salvador lhe disse: 'Segue-Me. E ele, levantando-se, O seguiu.' Mat. 9:9. Mateus não esperou, antes de prestar qualquer serviço, para ajustar determinado salário, equivalente à importância que recebia em seu emprego anterior. Sem discutir, sem hesitar, seguiu a Jesus. Bastava-lhe o estar com o Salvador, o poder ouvir-Lhe as palavras e unir-se a Ele em Sua obra.

"O mesmo se dera com os discípulos anteriormente chamados. Quando Jesus pediu a Pedro e a seus companheiros que O seguissem, eles deixaram imediatamente o bote e as redes. Alguns desses discípulos tinham amigos que dependiam deles quanto à subsistência; mas, ao receberem o convite do Salvador, não hesitaram, perguntando: De que vou viver e sustentar minha família? Atenderam ao chamado; e quando, posteriormente, Jesus lhes perguntou: "Quando vos mandei sem bolsa, alforje ou sandálias, faltou-vos, porventura, alguma coisa?" puderam responder: "Nada." Luc. 22:35.

Hoje em dia o Salvador nos chama para Sua obra, como o fez a Mateus, João e Pedro. Se nosso coração é tocado por Seu amor, a questão da recompensa não nos ocupará no espírito o primeiro lugar. Regozijar-nos-emos em ser cooperadores de Cristo, e não temeremos confiar em Seu cuidado. -- Obreiros Evangélicos, págs. 113-114.

Portanto, irmão, leia a Revista Ministério e qualquer outra publicação oficial (e mesmo as não-oficiais!) com certo cuidado. Você pode estar sendo induzido ao erro por líderes em quem você muito confia. O sentido da recomendação feita por Cristo pouco antes de Sua prisão é apresentado por Ele próprio:

"Quando vos mandei sem bolsa, sem alforje e sem sandálias, faltou-vos porventura, alguma coisa? Nada, disseram eles. Então, lhes disse: Agora, porém, quem tem bolsa, tome-a, como também o alforje; e o que não tem espada, venda a sua capa e compre uma. Pois vos digo que importa que se cumpra em mim o que está escrito: Ele foi contado com os malfeitores. Porque o que a mim se refere está sendo cumprido." Lucas 22:35-37.

Apegados ao dinheiro (com bolsa e alforje) e em atitude agressiva de auto-defesa (portando espada), os discípulos seriam considerados como "malfeitores" e a profecia de Isaías se cumpriria. Não temos nós, hoje, a mesma impressão de parte dos pastores? Está novamente Jesus Cristo sendo "contado com os malfeitores " por causa deles? -- Robson Ramos

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