Ex-Pastor Abre o Jogo - Parte 4:
Você Sabe o que se Conversa Durante os Concílios Pastorais?

Opinião do leitor:

Caro amigo e irmão,

Apesar de ser adventista de berço, e acreditar plenamente que esta é a igreja verdadeira, também sou contra o modo como a Organização age.

Nossos irmãos do Brasil inteiro e até do Mundo, deviam abrir os olhos, e enxergarem que o fato desta igreja ser a verdadeira, isso não que dizer que a Organização  também o é, pois não agem conforme a verdade e só fazem aquilo que os traz benefício próprio. Eles só querem saber do dinheiro e de mais nada.

Vamos deixar de lado este conformismo e vamos partir para a luta, vamos defender esta Igreja Verdadeira, e exigir que os nossos "líderes" ajam como verdadeiros cristãos. - DMM


É interessante observar a maneira servil e, até certo ponto, bajulatória com que alguns pastores tratam os administradores. Existem uns que adoram chamá-los de "chefes", como um meio de mostrar pseudo-humildade. No fundo, tudo não passa de uma maneira de ser "lembrado" na hora das transferências para os melhores distritos, ou até uma possível "promoção" para algum departamento.
 
Por falar nisso, é patente o esforço que alguns fazem durante os concílos para chamarem a atenção para o trabalho que estão realizando em seus distritos. Vocês podem observar as matérias que são colocadas na Revista Adventista, por exemplo, que sempre trazem o nome de algum pastor que faz questão de "aparecer" na mídia denominacional. Tem outros que vivem convidando os administradores (até da União) para eventos em seus distritos, com o claro objetivo de mostrarem "serviço".
 
Porém, dificilmente você vê algum falando que seu distrito está indo bem devido ao esforço dos valorosos e dedicados obreiros "voluntários" (não gosto do rótulo "leigos", que foi criado na Idade Média para caracterizar os que não fazem parte do clero, porque eram considerados ignorantes e culturalmente inferiores - o que não é o caso dos obreiros voluntários que temos em nossas Igrejas locais). É comum vermos nos programas de Ordenação de pastores a quantidade de batismos que o ordenando já realizou. Mas NUNCA se menciona os muitos obreiros anônimos que, NA VERDADE, foram os que conduziram as pessoas ao batismo, pois o pastor, na maioria da vezes, não sabe nem o nome dos novos conversos, tendo que perguntar-lhes já dentro do tanque - e ainda os esquece na hora da oração.
 
Conheço alguns pastores que são tidos por MODELOS pela administração em matéria de crescimento em seus distritos, mas que "esquecem" de informar que quem faz o trabalho duro mesmo são obreiros bíblicos mal remunerados e explorados. Isso quando não entram em jogo os teologandos, considerados os "burros de carga" por alguns distritais, que se aproveitam dos alunos do 3º ano para colocarem em prática suas aspirações ditatoriais e despóticas.
 
O momento mais aguardado nos concílios é a fala do Tesoureiro, que traz notícias de ordem econômica para a pastorada. Sempre tem um "incentivozinho" para aqueles que aumentam as entradas de dízimos, ou para os que ficam no pé dos tesoureiros das igrejas para que enviem em dia as remessas. O incentivo do momento são os Notebooks, considerados um objeto de desejo por muitos pastores. Há até aqueles que economizam no auxílio combustível (fazendo menos visitas às igrejas) só para pagarem a prestação de algum equipamento novo.
 
Às vezes, são convidados para os concílios alguns representantes da União, que sempre trazem nova "pressão" em algum departamento da Obra. Na União Nordeste, um dos que mais gosta de fazer isso é o Pr. Ivanaudo Oliveira, o atual Secretário. Trata-se de um homem arrogante, autoritário e que trata os demais pastores (especialmente os aspirantes) com uma petulância própria dos coronéis políticos do século XIX. Aqueles que já tiveram o desprazer de terem o Pr. Ivanaudo em suas congregações (normalmente para "apagar" alguma dissidência doutrinária) sabem do que estou falando. Ele trata a todos como se fosse o papa, o sumo-representante de Deus na Terra, sem qualquer consideração para com os sentimentos dos "irmãos".
 
Uma grande parte dos pastores continuam na Obra por mera conveniência profissional. Nos concílios isso pode ser visto claramente. Um ou outro é que procura realmente "vestir a camisa" de pastor, e cuidar do rebanho como Jesus ensinou que devia ser feito. Muitos estão lá só em busca das vantagens que a Obra oferece, dentre elas o de um emprego estável, seguro e sem necessidade de bater ponto - além de um bom salário no final do mês. E se tiver um bom QI (quem lê, entenda) ai é que não sai mesmo, sendo no máximo transferido para outro campo em caso de algum problema. Conheço alguns que são odiados por seus distritos, mas que não são removidos porque são parentes ou "queridinhos" de algum outro "poderoso" da Obra.
 
Como esse assunto é muito amplo, vou ficando por aqui. Mas o retomarei em algum artigo posteriormente.
 
Em nosso próximo artigo, vamos falar sobre os concílios da família pastoral, e sobre os das mulheres de pastores (AFAM). Você sabia que rolam até desfiles de moda?

Estou esperando seu e-mail.

Até a próxima!

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