Atentados Reforçam Confiança no Dom Profético da Sra. White


Bolas de Fogo em Nova Iorque

por Rubens Lessa

Quem já não ouviu Frank Sinatra cantar: "New York, New York"? Quantas pessoas já não atenderam ao apelo das palavras: "I want to make it in that city that doesn't sleep"? ("Eu quero fazer sucesso nessa cidade que não dorme"?).

A famosa canção de Fred Ebb John Kander continuará sendo ouvida ou cantada por milhares e milhares de pessoas, mas, por muito tempo, a auto-estima dos habitantes daquela cidade permanecerá no mesmo nível a que foram reduzidos os escombros das torres gêmeas.

Fundada em 1625 por imigrantes holandeses, Nova lorque - originalmente chamada Nova Amsterdam - é um dos mais importantes centros mundiais de negócios, cultura e comércio. A Estátua da Liberdade, presente dos franceses, foi erguida em 1886. O Empire State Building, por muitas décadas o edifício mais alto, foi superado pela imponência do complexo do World Trade Center, formado por sete torres, duas das quais tinham 110 andares cada uma.

Mas, na manhã do dia 11 de setembro, o conjunto arquitetônico que ocupava 64.750 metros quadrados e abrigava escritórios de 400 empresas de 25 países, veio abaixo ante a fúria suicida de terroristas fanáticos. Em poucos minutos, o World Trade Center, cujo destaque no horizonte de arranha-céus de Nova lorque representava a supremacia econômica da superpotência, transformou-se num monte de escombros, que permanecerá na memória de todos os povos como um eloqüente símbolo da vulnerabilidade humana.

Quem podia prever algo tão inusitado? Quem poderia imaginar, fora dos filmes de ficção, ato tão sinistro contra um dos símbolos do orgulho americano? Quem ousaria desafiar a imponência da "cidade que não dorme"?

O mundo em geral não conhecia, nem conhece, mas nós já conhecíamos alguém que se antecipara aos fatos. Em 1909, Ellen G. White escrevia:

"Uma ocasião, achando-me eu na cidade de Nova lorque, fui convidada, à noite, para contemplar os edifícios que se erguiam, andar por andar, para o céu. Garantia-se que esses edifícios seriam à prova de fogo, e haviam sido erigidos para glorificar seus proprietários e construtores....

"A cena que em seguida passou perante mim foi um alarma de fogo. Os homens olhavam aos altos edifícios, supostamente incombustíveis, e diziam: 'Estão perfeitamente seguros.' Mas esses edifícios foram consumidos como se fossem feitos de pez. Os aparelhos contra incêndios nada podiam fazer para deter a destruição. Os bombeiros não podiam fazer funcionar as máquinas. - Eventos Finais, pág. 99.

Seis anos antes, a mensageira do Senhor escrevera:

"Quem dera que o povo de Deus tivesse uma idéia da impendente destruição de milhares de cidades, agora quase dominadas pela idolatria." - Evangelismo, pág. 29.

A idolatria, os prazeres carnais e o orgulho não são as únicas razões pelas quais muitas cidades serão destruídas por terremotos, incêndios e outras calamidades, antes da volta de Jesus a este cansado planeta. Ellen White revela:

"Grande parte do dinheiro que assim empregavam [na construção desses edifícios havia sido alcançado por extorsões, oprimindo os pobres." - Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 281.

Por que os terroristas atacaram o símbolo do orgulho nova-iorquino? Porque desejavam ferir a nação tida por muitos como exploradora, injusta e ambiciosa. Foram os terroristas usados por Deus para causar tão grande tragédia? À luz da Palavra de Deus, a lei da semeadura é perfeitamente aplicável ao caso. Diz o apóstolo Paulo: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará" (Gál. 6:7). Mas continua no ar a pergunta: Foram os terroristas usados por Deus? Antes de tentarmos uma resposta plausível, outra pergunta: Será que Deus Se vale de indivíduos extremistas, que, em nome de uma religião não fundamentada nas Santas Escrituras, sacrificam a própria vida para destruir milhares de pessoas? Ellen White esclarece:

"O Senhor está retirando da Terra Suas restrições e breve haverá morte e destruição, crescente criminalidade, e cruéis e maus intentos contra os ricos, os quais se exaltaram contra os pobres. Os que estão sem a proteção de Deus não encontrarão segurança em lugar nenhum nem em posição alguma. Os agentes humanos estão-se preparando e usando sua faculdade inventiva para fazer funcionar o mais poderoso aparelhamento para ferir e matar." - Testemunhos Seletos, vol. 3, págs. 285 e 286. Estas solenes palavras foram escritas em1904!

Se o Dom de Profecia, na igreja remanescente, já era digno da nossa confiança, muito mais agora. Mas sua credibilidade precisa ser conhecida e reconhecida em todo o mundo.

Voltando aos pavorosos eventos do dia 11 de setembro, tiremos apenas três lições práticas, pois a Revista Adventista, na edição de novembro, focalizará o mesmo tema, com mais profundidade.

1. Vulnerabilidade. Assim como as nações e os poderosos governantes do mundo descobriram, em poucos minutos, que são vulneráveis em face de inimigos que agem à sorrelfa, os seguidores de Cristo acham-se expostos ao terrorismo espiritual de Satanás. Como sabemos, o diabo "anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar" (1 Ped. 5:8).

Enquanto os habitantes do nosso planeta estão perplexos diante da vulnerabilidade dos projetos humanos, precisamos entender, como igreja, que a nossa força reside somente em Cristo Jesus. E assim como os líderes mundiais estão reavaliando seus esquemas de segurança, nós também precisamos rever algumas coisas. Por exemplo, a força da igreja não consiste em prédios vistosos, grandes universidades, títulos doutorais, realizações administrativas, etc., mas numa profunda experiência diária com Jesus. Abandonemos, com urgência, as coisas que agradam aos olhos, para que não sejamos destruídos com as cidades há muito condenadas por Deus. E tempo de muita oração. Do contrário, a cidadela de nosso coração será invadida!

2. Apenas lampejos. Não nos enganemos, pois o que aconteceu no dia 11 de setembro, é apenas uma leve amostra das coisas espantosas que sobrevirão ao mundo. "Está próximo o tempo em que grandes cidades serão destruídas, e todos devem ser advertidos destes juízos vindouros." - Evangelismo, pág. 29. Não podemos prever todos os desdobramentos dessas ações terroristas, mas sabemos que as nações sob ameaça vão, em nome da paz, destruir e destruir...

3. Resta pouco tempo. Um dos indícios do fim da história terrena é a gradativa retirada do Espírito Santo. Milhões e milhões estão rejeitando os apelos do Consolador. Em face disso, o que devemos fazer?

Em primeiro lugar, cumpre-nos reconsagrar inteiramente a nossa vida ao Salvador Jesus. Cada um de nós precisa experimentar o reavivamento que precederá a chuva serôdia, e que aumentará com ela. Muitos falam em reforma, mas não haverá reforma sem reavivamento! A igreja não precisa de enfeites exteriores, e sim, de transformação.

Em segundo lugar, precisamos entender que nos aproximamos da hora em que a porta da graça será fechada para sempre. Vivemos, ainda, num período de misericórdia. Por isso, a pregação da última mensagem de advertência ao mundo deve ser o item prioritário da nossa agenda. Precisamos dizer aos que estão perplexos diante dos últimos acontecimentos, que há um meio de escape. Precisamos dizer-lhes que, mais importante do que segurança política ou econômica, é a preparação para o grande dia de Deus.

Não há motivo para temor e pânico por causa das "bolas de fogo". (Evangelismo, pág. 29.) Há motivo para alegria, pois a nossa salvação se aproxima. -- lessa@cpb.com.br.

Fonte: Revista Adventista, edição de outubro de 2000, págs. 2-3.

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