Quem Disse Que Ir ao Cinema é Pecado?

Por João Ferreira Marques

Todas as coisas me são lícitas! Assim pensam os progressistas no início do século vinte e um. Trouxeram para dentro de casa, via satélite, o megashow de rock, a tela do cinema, o estádio de futebol, o palco do teatro etc. Ao vivo e a cores, são doutrinados diariamente com a pregação de uma nova ordem moral (sexual). Os sacerdotes ou formadores de opinião – atores, cantores, jogadores de futebol - esperam pelo ibope de um auditório impotente.

Do meu batismo (24/07/1977) para cá, percebi que as dúvidas da juventude acerca da música popular, das idas e vindas aos estádios, cinemas e teatros têm diminuído progressivamente. Esses questionamentos surgem à medida em que novos membros vão se filiando ao corpo de Cristo e não encontram um verso bíblico com uma orientação definitiva sobre o assunto. Ademais, os membros veteranos são simpáticos às doutrinas da igreja, mas defendem com unhas e dentes seu time, seu cantor  ou ator favorito e assim por diante.

Pensando em quem já concluiu que é inútil servir a Deus (Mal. 3:14 e 15), pois as pessoas sem religião parecem mais felizes, faço as seguintes indagações: Onde se situam as fronteiras da liberdade cristã? Onde ficam os limites precisos entre a adrenalina advinda dos prazeres transitórios do pecado e a alegria oriunda do Espírito Santo? Se somos livres em Cristo, por que não podemos satisfazer a todos os desejos dos nossos corações? Como agir diante de um situação para a qual não encontramos uma clara regra bíblica? Façamos uma visita à igreja de Corinto onde Paulo participou de um debate semelhante e nos legou as diretrizes que norteiam a liberdade (conduta) cristã.

A CIDADE E A IGREJA EM CORINTO

Corinto era uma metrópole grega, com mais ou menos quinhentos mil habitantes, que se destacava como um famoso porto comercial; entretanto, a marca registrada da cidade era mesmo a impiedade dos seus moradores. A cidade encontrava no templo de Afrodite – a deusa do amor – o grande promotor da bacanal diária que animava a cidade.

O templo foi erigido fora do perímetro urbano, no cume do monte Acrocorinto (560 metros de altura), e abrigava mais de mil sacerdotisas ou prostitutas sagradas que, diariamente, ao cair da tarde, desciam em procissão pelas ruas da cidade arrastando numerosos foliões dispostos a subir ao templo para cultuar aquela deusa. Naquele motel, as prostitutas entregavam-se aos visitantes conquistados e todo dinheiro angariado era usado na manutenção daquele “santuário”.

No centro de Corinto, podia der visto o templo de Apolo – o deus da música e da poesia – onde os admiradores da beleza masculina encontravam homens esculpidos pelos exercícios colocando os seus corpos a serviço da divindade. O templo era um ambiente adequado à prática de atividades homossexuais.

Em contraste com os libertinos, havia também uma minoria de coríntios adeptos das filosofias gregas com normas ascéticas rigorosas: não comiam carne ou ovos, jejuavam freqüentemente, defendiam a castidade até o casamento e outros ficavam castos por toda vida.

Naquele lugar pouco promissor, Paulo pregou a Cristo crucificado por dezoito meses (Atos 18:11). Ele até fundou uma igreja na cidade; contudo, foi muito difícil tirar Corinto de dentro da igreja. Aqueles irmãos aceitaram o evangelho, mas trouxeram para dentro do cristianismo os hábitos e costumes dos pagãos.

Na igreja de Deus em Corinto podiam ser encontrados membros libertinos e imorais, que não respeitavam o leito do próprio pai (I Cor.5:1), muito menos as prostitutas de Afrodite. Ali também congregavam membros conservadores que rejeitavam qualquer atividade sexual, inclusive dentro do casamento. A estes, Paulo exortava dizendo: “Não vos priveis uns aos outros... É melhor casar do que viver abrasado” ( I Cor. 7:5 e 9); aqueles, eram admoestados a fugir da impureza ( I Cor. 6: 15-18). Certamente  os liberais eram os mais numerosos e também os mais problemáticos.  “Todas as coisas me são lícitas”, bradavam em resposta aos líderes da igreja.

· Por que não posso ir ao templo de Apolo ou de Afrodite?

· Por que não posso assistir às festas pagãs?

· Por que não posso comer carnes sacrificadas aos ídolos?

· Por que não posso ir, ver, comer?

· Por que não posso curtir a vida como um coríntio?

Em resposta a esta série de indagações e para acalmar as tensões existentes entre os liberais e os conservadores de hoje, Paulo deixou registrados princípios que devem reger a conduta cristã.

 

I. O PRINCÍPIO DA CONVENIÊNCIA.

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convém” (I Cor. 6:12). Todas as coisas me são permitidas, mas nem todas são vantajosas ou convenientes.

Aprendi este princípio quando vivi uma lua-de-mel com o recém-adquirido computador. Minha esposa enciumada perguntou: “você não acha que está dedicando muito tempo a essa máquina?” Desde então, entendi que mesmo sendo um homem livre não posso atender a todos os  anseios do meu coração.

Exemplo de um vizinho inconveniente: aquele que liga o som em volume suficiente para todo o prédio ouvir. Não dá para evangelizar o edifício com música sacra quando a predileção dos outros é o pagode ou a música sertaneja. O mesmo pode ser dito daqueles indivíduos que possuem um som mais potente e até mais caro que o próprio carro. Quando o porta-malas é aberto, o chão treme e os decibéis a mais incomodam e agridem os direitos dos outros.

Esta é a primeira fronteira da liberdade cristã. Aquilo que estou fazendo sempre me trará resultados positivos ou negativos ( Gál.6:7 e 8); essas conseqüências podem ser imediatas ou tardias ( I Tim.5:24).

 

II. O PRINCÍPIO DA ESCRAVIDÃO.

“Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (I Cor.6:12). Todas as coisas me são permitidas , mas eu não permitirei que nenhum delas me escravize.

O homem pode continuar livre ou tornar-se escravo de suas ações. É a prática constante de atos inconvenientes que acaba formando homens dominados pela carne. Por exemplo, os alcoólatras de hoje já foram bebedores sociais no passado.

Outras vezes, a escravidão à qual o indivíduo está  acorrentado principia com uma ação autorizada pela Palavra de Deus. Um exemplo disso são os obesos: A maioria deles tem a tendência para comer demais e afirma que tem tendência para engordar. Comer não é pecado, porém os glutões não entrarão no reino de Deus (Gál. 5:21). Além de beliscar demais, o obeso ronca muito mais, tem maior propensão a desenvolver doenças como hipertensão, diabetes, infarto, câncer, apnéia do sono e mesmo assim o vício de comer os tortura.

Trabalhar, estudar, descansar, recrear quando levados ao extremo acabam gerando workaholics, ... e atletas que após um dia de competições chegam em casa e ligam a televisão nos canais esportivos (ESPN, SPORTV) para assistir a reprise de uma partida de golfe. Quando o horário do culto coincide com o horário do futebol, prefere-se cultuar a bola e adorar um artilheiro em boa fase.

O princípio é claro: se a coisa lícita que estou fazendo está prejudicando o meu relacionamento com Deus, está atrapalhando o trabalho, o estudo e a convivência familiar (jogos de computador, internet, etc.) ou está deteriorando a minha saúde, tornei-me um escravo de ações inconvenientes.

Alguém disse inspiradamente que “um homem livre tem o poder de escolher a escravidão, mas depois de escolhê-la não tem mais o poder de escolher a liberdade”. Quem é o senhor de tua vida? Algo a que não consegues renunciar ou o Espírito de Deus? Todas as coisas me são lícitas, mas eu não posso me tornar escravo de nenhuma delas.

 

III. O PRINCÍPIO DA EDIFICAÇÃO.

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas edificam” ( I Cor.10:23). Todas as coisas me são permitidas, mas nem todas promovem o crescimento da igreja de Deus.

Chegamos à terceira fronteira que delimita a liberdade cristã. A igreja é constituída por diferentes membros que devem brigar pela unidade e crescimento do corpo de Cristo. Na prática, porém, estas diferenças podem também promover divisões dentro da casa de Deus. Em Corinto, por exemplo, coexistiam os grupos de Paulo, de Pedro, de Apolo e o de Cristo (I Cor.1:12). Conviviam as panelinhas dos membros liberais e conservadores. Alguns membros (os irmãos fracos) daquela igreja achavam que era um grande pecado comer carnes sacrificadas aos ídolos; outros (os irmãos fortes) não viam nenhuma transgressão em fazê-lo. Como devem os cristãos agir diante das diferenças de opinião?

O capítulo oitavo desta epístola nos alerta para o fato de que só o amor constrói, edifica; o saber – nossa experiência e conhecimento – ensoberbece (I Cor.8:1). Alguns membros recém-batizados  estavam habituados a comer das carnes sacrificadas nas festas pagãs como se realmente os ídolos fossem entidades divinas que pudessem vir a atuar na vida daqueles que comessem do banquete. Assim, a consciência dos fracos ficava contaminada (I Cor.8:7). Paulo esclarece que, do ponto de vista cristão, os fracos estavam enganados:

1. PRIMEIRO ERRO = Há um só Deus e o ídolo não é nada (I Cor.8:4-6).

2. SEGUNDO ERRO = Não são os alimentos que nos recomendam a Deus, pois se deixarmos de comer nada perderemos, e nada ganharemos se comermos ( Cor. 8:8).

No resto do capítulo, Paulo aborda o erro dos fortes, os que se julgavam senhores do saber. O argumento paulino gira em torno de um irmão fraco que vê um irmão forte (dotado de saber) sentado à mesa no templo do ídolo ( I Cor.8:9-11). O que passa pela mente do irmão fraco naquele momento?

ü Se ele pode freqüentar o templo, eu também posso.

ü  Se ele pode comer das carnes sacrificadas aos ídolos, eu também posso. O irmão fraco é tentado a imitar o irmão forte, embora a sua consciência fraca o acuse.

“Quer a sua consciência diante de Deus aprove ou desaprove na questão de comer carne oferecida aos ídolos, este não é o único fator a ser considerado. O que o comer fará ao irmão cristão que o vê comendo a carne? Um homem que não é motivado pelo amor a Deus e ao próximo ficará indiferente quanto ao mal que pode causar aos outros... O exercício da liberdade cristã sem o amor cristão pode constituir-se uma pedra de tropeço”1. O que você tem levado em conta ao decidir sobre questões moralmente neutras?

¨ Você consulta apenas o seu menu de coisas sempre certas ou sempre erradas? Tira cara ou coroa? Faz a sua escolha baseado no ganho ou perda imediatos? Ou segue o pensamento da maioria?

¨ Você já parou para avaliar os efeitos de sua ação na vida espiritual do irmão mais fraco?

¨ Você toma tempo para analisar as dúvidas que colocamos na mente de irmãos que nos vêem na fila de um cinema, naquele estádio...?

¨ Você já pensou nas interrogações que colocamos nas cabeças de irmãos que saem de nossas casas sem saber que tipo de música podemos ouvir ou que programa de televisão é recomendável?

Muitos de nossos ex-irmãos iniciaram a caminhada para longe de Cristo quando começaram a imitar os atos de irmãos mais maduros. Passaram a freqüentar ambientes onde os constantes acenos de satanás os levaram a dar o segundo , terceiro e um último passo em direção à morte espiritual. Analise a minha experiência com o cinema e você entenderá o que estou tentando elucidar:

a)  A primeira e única vez que fui a um cinema foi em 25/12/1970 (aos seis anos de vida).

b)  Particularmente, o cinema nunca me trouxe problemas porque os filmes são bons soníferos.

c)  Se porventura algum irmão, que é atraído e fisgado para o pecado pelo escurinho do cinema, me encontrasse na fila para ver um bom filme, passaria a usar o meu exemplo como um passaporte referendando suas práticas pecaminosas. Lembremo-nos de que o irmão fraco não assiste apenas ao bom filme; ele assiste a todos os filmes, dá uma assistência anormal à namorada e pouco a pouco assistiremos a um atleta cristão pendurando as chuteiras espirituais.

d) Resultado final: Por causa do teu saber perecerá o irmão fraco pelo qual Cristo morreu (I Cor.8:11). Com sua morte substitutiva Jesus tornou-se a causa da salvação do irmão fraco, ao passo que o crente forte com a sua liberdade egoísta é  o motivo da perdição do débil na fé.

Muitos irmãos fortes estão sendo observados e o exemplo deles pode roubar a comunhão com Deus e a paz espiritual dos irmãos mais fracos. A este erro dos fortes Paulo denomina de pecado contra cristo ( I Cor. 8:12). A conclusão é que todo cristão deve ser um altruísta, isto é; deve colocar o interesse do próximo acima dos desejos pessoais. “Pelo que, se a comida fizer tropeçar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para não servir de tropeço...” (I Cor 8:13). Este veredito ele deixou claro também aos romanos: “Ora, nós os que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para a edificação” ( Rom. 15:1 e 2).

Diz-nos o pastor Morris Venden que “há certas coisas que seria correto efetuar se estivéssemos sozinhos numa ilha deserta, mas não numa comunidade”2. Graças a Deus, porém, fomos criados como seres sociáveis e dependentes da família, da escola, do trabalho, da igreja, dos amigos. Portanto, como altruístas que somos, devemos evitar qualquer ação que venha interferir no crescimento e na edificação espiritual dos filhos de Deus. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas são construtivas.

 

IV. O PRINCÍPIO DA GLORIFICAÇÃO.

“Portanto, quer comais quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (I Cor. 10:31). Todas as coisas me são permitidas, desde que sirvam para engrandecer o nome de Deus.

Estas são as regras divinas para quem deseja obedecer a vontade de Deus:

·  Nossas decisões devem visar o nosso bem-estar individual; devem ser convenientes e não podem nos escravizar. Isto é amar a nós mesmos.

·  Nossas decisões devem visar o bem estar da igreja; devem promover o crescimento do corpo de Cristo. Isto é amar ao próximo.

·  E, finalmente, Paulo nos exorta a glorificar a Deus em todas as decisões de nossa vida. Isto é amar a Deus sobre todas as coisas.

No sermão da montanha, Jesus abordou com sabedoria divina a problemática em discussão. (Mat. 5:28-30). Medite no comentário a seguir:

Se o seu olho o faz pecar porque a tentação o assola através dos seus olhos (os objetos que você vê), então arranque os seus olhos. Isto é, não olhe! ... Repito, se a sua mão ou o seu pé o fazem pecar, porque a tentação o assola através de suas mãos (coisas que você faz) ou de seus pés (lugares que você visita), então corte-os fora. Isto é, não faça! Não vá!

Se temos um problema de falta de controle sexual e se, apesar disso, nossos pés nos levam a ver tais filmes, nossas mãos manejam tal literatura e nossos olhos deleitam-se com as figuras que nos oferecem, não só estamos pecando, como também abrindo as portas à tragédia...

A regra que Jesus estabeleceu é hipotética, não universal. Não exigiu que todos os seus discípulos (metaforicamente falando) arrancassem os olhos ou se mutilassem, mas só aqueles cujos olhos, mãos e pés eram a causa do pecado. São eles que devem agir; outros podem manter os dois olhos, as duas mãos e ambos os pés impunemente. É claro que até estes devem refrear-se de certas liberdades por causa do amor por aqueles que têm a consciência ou a vontade mais fraca.

O que se torna necessário a todos aqueles que têm forte tentação sexual e, na verdade, a todos nós, em princípio, é a disciplina na vigilância contra o pecado. A colocação de sentinelas é comum nas táticas militares; colocar sentinelas morais é igualmente indispensável...

Obedecer a este mandamento de Jesus envolverá para muitos de nós, um certo mutilamento. Teremos de eliminar de nossas vidas determinadas coisas que (embora algumas possam ser inocentes em si mesmas) são, ou poderia facilmente tornar-se fontes de tentação...

Deliberadamente declinaremos da leitura de determinada literatura, de assistir a certos filmes, e visitar certas exposições. Se o fizermos, seremos considerados por alguns dos nossos contemporâneos como pessoas de mentalidade estreita, como bárbaros filisteus. ‘O quê?’ dirão com incredulidade, ‘você não leu esse livro? Não viu aquele filme? Você está por fora cara!’ Talvez estejam certos. Talvez tenhamos de nos tornar culturalmente mutilados afim de preservar a nossa pureza de mente...

É melhor perder um membro e entrar na vida mutilado, disse ele, do que conservar todo o nosso corpo e ir para o inferno... É melhor perder algumas das experiências que esta vida oferece, a fim de entrar na vida que é vida realmente; é melhor aceitar alguma amputação cultural neste mundo que arriscar-se à destruição no outro.

É claro que este ensinamento vai totalmente contra os padrões modernos de permissividade. Baseia-se no princípio de a eternidade é mais importante do que o tempo, que a pureza é mais do que a cultura, e que qualquer sacrifício é válido nesta vida se for necessário para assegurar a entrada na outra. Temos simplesmente de decidir se queremos viver para este mundo ou para o outro, se queremos seguir a multidão ou a Jesus Cristo3.

“O mundo tentará nos convencer de que estamos perdendo alguma coisa, mas precisamos entender que as únicas coisas que Deus nos negará são as que não têm valor. Na verdade, quando nos limitamos a prazeres saudáveis, ficamos livres para fazer as coisas que realmente trazem alegria, em vez daquelas que trazem culpa ou remorso”4.

Não fiquemos enfeitiçados pela multidão que pratica atos inconvenientes e nem mais sejamos  arrastados pela enxurrada dos malfeitores. Estes escravos da carne não edificam a igreja e nem entrarão no reino de Deus (Gál. 5:21).

BIBLIOGRAFIA:

1. Comportamento adequado aos santos, volume I, página 107 – W. Wilbert Welch – IBR, São Paulo-SP, 2a edição, 1985.

2. Fé que opera, página 301 – Morris Venden – CPB, São Paulo-SP, Meditações Matinais 1981.

3. A mensagem do sermão do monte, páginas 84-87 – John R. W. Stott – ABU editora, São Paulo-SP, 2a edição, 1989.

4. Tempo para todo propósito, página 151 – Bob Ricker e Ron Pitkin – Editora Vida, Miami/Flórida-EUA, 1987.

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