Pastor da Ativa Escreve para o Adventistas.Com e Ajuda a Esclarecer Dúvidas Sobre Vestuário

 

Hoje pela manhã (07/10/03), estive lendo a matéria sobre vestuário "Mulheres com Aparência Masculina e Homens com Aparência Feminina Desagradam a Deus" publicada neste site, gostei muito e também quero contribuir com o assunto. Pode ser que meu ponto de vista e conhecimento teológico seja um pouco diferente do que já está publicado, mas quero reforçar a mensagem de que precisamos manter o equilíbrio sobre este assunto.

Faço isto, devido a crescentes dúvidas de bons cristãos, que estão sempre questionando: Como entender o texto bíblico de Deuteronômio 22:5, que descreve como abominação para Deus a mulher vestir roupas de homem e vice-versa? O que significa vestir-se de acordo com I Tim. 2:9? E muitas outras questões, tais como: o comprimento da roupa, as cores, etc.

Para responder a estas perguntas convém considerarmos o contexto histórico, cultural e bíblico. Gostaria, porém, de destacar que é mais fácil ser legalista ou liberal, isto é, pender só para um lado. O difícil é ser correto e equilibrado. E acredito que equilibrado é aquele que veste a roupa certa no momento certo e no lugar certo. E não somente isso, está preocupado em refletir o propósito de Deus ao criar o homem e a mulher.

Portanto, o estudo a seguir tem como objetivo desmitificar o assunto do vestuário entre o povo cristão. Para isso, entre algumas importantes ferramentas de pesquisa que iremos utilizar para melhor compreensão, menciono a Encyclopaedia Britannica do Brasil:

 

O conceito cultural sobre vestuário

Num grupo social, é sempre a classe dominante que dita a moda, logo copiada ou imitada pelos estratos inferiores. Para manter as distinções, as elites procuram introduzir novas modificações na maneira de vestir, o que estabelece a dinâmica da moda. Contemporaneamente, com a industrialização e a comunicação de massas, os novos estilos são popularizados e ultrapassados com rapidez inusitada.

Vestuário é o conjunto de peças de roupa e acessórios usados sobre o corpo. A necessidade de proteger-se do frio e das adversidades atmosféricas, o pudor, o desejo de estabelecer distinções sociais e a vaidade são alguns dos motivos que determinam seu uso. A roupa cumpre também a função de diferenciar os sexos à primeira vista. Na maior partes das culturas, existem peças exclusivamente masculinas ou femininas, que não guardam relação necessária com a configuração física de um ou outro sexo.

As variações dos conceitos de beleza, pudor e imponência condicionam diferentemente o vestuário: entre os maometanos, o respeito ao pudor está garantido se a mulher não desvelar o rosto; tribos de Sumatra e Sulawesi consideram imoral a exposição dos joelhos; em Samoa é impróprio exibir o umbigo; e a mulher chinesa de costumes tradicionais não deve mostrar os pés. Os japoneses banham-se nus em grupos que incluem homens, mulheres e crianças, mas censuram o nu artístico, apreciado no Ocidente.

Numa mesma cultura, existem oscilações quanto à conotação do vestuário: roupas curtas, transparentes ou com amplos decotes podem ser consideradas adequadas a mulheres ocidentais em eventos noturnos e festivos; enquanto diminutos trajes de banho, impróprios para ambientes fechados, são ostentados sem restrições a pleno sol, nas praias e piscinas.

A modificação do aspecto natural por meio da vestimenta se complementa com outros procedimentos, entre os quais a modelagem do corpo, conseguida por meio de exercícios físicos, substâncias químicas ou métodos de constrição ou distensão óssea ou muscular. São exemplos disso a constrição dos pés, praticada na China para as mulheres; e o uso de peças de madeira com o fim de aumentar os lábios, comum entre os índios botocudos brasileiros.

Outras práticas são a tatuagem; a execução de cicatrizes ornamentais; a depilação; o corte, tingimento, alisamento e outras modificações dos cabelos, assim como penteados. Por último, complementam o vestuário diversos objetos presos ao corpo, de efeito ornamental, social ou religioso: brincos, colares, braceletes, anéis, ornamentos de nariz, testa e cabelos etc.

À semelhança do que ocorreu na esfera econômica, ideológica, social e política, os estilos europeus de vestir se estenderam ao resto do mundo, sobretudo nos séculos XIX e XX. Mesmo assim, as vestes tradicionais não foram totalmente abandonadas em seus países de origem e muitas delas tiveram seu corte e desenho exportado e copiado, para servir de inspiração a estilistas europeus e americanos. Formas não ocidentais de vestuário ainda são muito importantes em países como a Índia e o Japão. A roupa tradicional japonesa, o quimono, deriva do robe chinês. Na Índia, o sari feminino e o dhoti masculino, ambos constituídos de grandes peças de tecido enroladas no corpo de maneira característica, ainda são usados. Originalmente, a parte de cima do tronco era deixada nua mas, depois da conquista dos muçulmanos, no século XII, foram adotados novos estilos, entre os quais calças e jaquetas

Revolução francesa e o século XIX

Os complicados penteados, as perucas empoadas e os chapéus da época de Luís XVI e de Maria Antonieta foram abolidos com a revolução francesa. A burguesia impôs sua moda. Os homens adotaram o estilo dos trajes de campo ingleses -- com chapéu alto, lenço no pescoço, jaqueta com lapelas, colete, calções e botas -- e eliminaram as casacas bordadas, as rendas e as meias, a partir de então restritas aos chamados incroyables franceses da década de 1790, iniciadores do estilo romântico. As mulheres buscaram a leveza em vestidos de cintura muito alta, que caíam retos até os pés. Esse estilo foi chamado "império".

Nos primeiros anos do século XIX, surgiram publicações impressas ilustradas com vestuário. A expedição de Napoleão ao Egito trouxe nova moda orientalista para a França, enquanto o Reino Unido, principal adversário dos franceses, procurava a máxima diferenciação de costumes. Ao restabelecerem-se as relações amistosas entre os dois países, as mulheres britânicas adotaram a moda francesa e, por sua vez, os homens franceses se decidiram pelo estilo britânico, em geral muito bem acabado, devido à alta qualidade do trabalho dos alfaiates do Reino Unido. Os dândis ingleses inspiraram a moda européia, com um vestuário bem cortado, ajustado ao corpo. O traje feminino exigia o uso de espartilho para afinar a cintura, com saia e mangas muito largas. As mulheres cobriam a cabeça com toucas ou capotas amarradas com laços, e levavam uma pequena bolsa e um guarda-sol como complementos do conjunto romântico.

A partir de 1837, as rodas exageradas das saias se reduziram e o traje masculino eliminou os excessos a que havia chegado o modelo dândi. O fraque tornou-se muito usado, assim como o redingote ou o casaco, mais curto. As camisas tornaram-se mais lisas, e as gravatas, mais finas. Popularizou-se a calça, o chapéu de copa e grande variedade de casacos (chesterfield, paletó). A roupa masculina, mais sóbria e menos colorida, começava a tomar a forma que conserva até a atualidade.

Em meados do século, o traje feminino aumentou de volume graças a inúmeras anáguas que, por seu peso, dificultava a movimentação. Data dessa época a invenção da crinolina, armação à base de anéis metálicos flexíveis que substituía com vantagem as anáguas. A crinolina logo se deslocou para trás e se tornou mais leve, o que deu origem a um levantamento na parte traseira da roupa por meio das anquinhas, que mais tarde desapareceriam, substituídas por um simples pregueado de tecido e uma cauda longa.

Os esportes também exerceram influência sobre o desenho das roupas, que se adaptaram às necessidades de cada modalidade. Assim, os trajes para andar de bicicleta, para o tênis ou para o banho inspiraram a moda quotidiana para homens e mulheres...

Que Deus possa te ajudar a compreender que o cristão é a luz do mundo sem utilizar vestimenta imposta por algum estilo mundano ou religioso. O cristão deve ser equilibrado e vestir-se com modéstia e decência para honra e glória de Deus.

 

Análise do texto de Deuteronômio

Deut. 22:5 “Não haverá traje de homem na mulher, e não vestirá o homem vestido de mulher, porque qualquer que faz isto é abominação ao Senhor teu Deus”.

Antes de estudar o texto acima, convém-noa atentar o chhaado contexto bíblico e analisar alguns versos:

 

Versos cinco e seis: “Não haverá traje de homem na mulher, e não vestirá o homem vestido de mulher, porque qualquer que faz isto é abominação ao Senhor teu Deus. 6 Se encontrares pelo caminho, numa árvore ou no chão, um ninho de ave com passarinhos ou ovos, e a mãe posta sobre os passarinhos, ou sobre os ovos, não temerás a mãe com os filhotes; 7 sem falta deixarás ir a mãe, porém os filhotes poderás tomar; para que te vá bem, e para que prolongues os teus dias.”

Comentário dos versos 6 e 7: Talvez você não tenha coragem ou necessidade de fazer isso hoje, espantar a mãe do ninho e tomar-lhe os filhotes para matar ou comer. Mas a Bíblia o autoriza, isto é, dá permissão para fazê-lo. Por que não o faz?

 

Verso 8: “Quando edificares uma casa nova, farás no terraço um parapeito, para que não tragas sangue sobre a tua casa, se alguém dali cair.”

Comentário do verso 8: Como as casas de hoje não possuem terraço, esta é uma ordem que poucos obedecem, a menos que construam um sobrado ou prédio com um terraço na cobertura, então haverá necessidade de grades ou parapeito para a proteção dos moradores e visitantes. Essa não é, porém, uma ordem válida e obrigatória para todos em nossos dias, ou é?

 

Versos 9 e 10 :“Não semearás a tua vinha de duas espécies de semente, para que não fique sagrado todo o produto, tanto da semente que semeares como do fruto da vinha. Não lavrarás com boi e jumento juntamente.”

Comentário dos versos 9 e 10: Parece-nos tratar-se de outro conselho bem específico, para uma comunidade rural e pouco avançada tecnologicamente, não é?

 

Verso 11: “Não te vestirá de estofo misturado, de lã e linho juntamente.”

Comentário do verso 11: Num país tropical como o Brasil, raras são as ocasiões em que uma roupa dessa natureza poderia ser adeqüada, você não concorda? Ou acha que a ordem é válida ainda para nossos dias e localização geográfica?

 

Verso 12: “Porás franjas nos quatro cantos da tua manta, com que te cobrires.”

Comentário do verso 12: Você utiliza bordas, franjas ou pingentes nos quatro cantos da colcha ou lençol com que se cobre? Não, por quê?

 

Comentário dos textos citados acima:

Depois dessa leitura comentada brevemente, consegue o leitor perceber que, neste caso, boa parte dos conselhos e orientações dados por Deus tiveram seu significado e validade dentro de um contexto cultural e social de uma época?

No entanto, pensamos que o verso cinco ainda está em vigor até os dias de hoje, e até dizemos que as pessoas que desobedecem à ordem cometem abominação ao Senhor.

Pergunto: Que tipo de roupa utilizavam as mulheres na época em que Moisés escreveu essas palavras? Vestido longo, tipo túnica, e uma espécie de véu ou lenço longo sobre a cabeça... E os homens, que roupas usavam? Ora, vestidos longos e panos sobre a cabeça... Mas então, o que Deus abominava quando o homem usava a roupa da mulher e vice-versa?

Vejamos a seguir o que diz um conceituado comentário bíblico

“É provável que esta passagem se refira aos costumes mundanos, bastante comum até hoje, com o propósito de mudança de sexo para atos imorais. Ou seja, homens vestindo roupas de mulher, querendo ser mulher e oferecendo seu corpo a práticas imorais de homossexualismo  e vice versa. Deus criou homem e mulher distintamente diferentes e esta lei deve ser obedecida. O desejo de mudar esta diferença de comportamento sexual contribui para imoralidade e aos olhos de Deus é abominação.”

Veja bem, o texto está falando de travestismo para a prática de homossexualismo e lesbianismo, que são abominações ao Senhor e não, de calça, bermuda ou vestido e etc...

 

Qual a maneira que a Bíblia recomenda que o cristão se vista?

Quero, do mesmo modo, que as mulheres se ataviem com traje decoroso, com modéstia e sobriedade, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos custosos (I Tim. 2:9)

A regra bíblica é modéstia e sobriedade, ou decência. O texto não define o comprimento, a cor, o modelo, a griffe, etc. Portanto não podemos formular regras rígidas quanto ao tipo de vestimenta ideal para os cristãos. O importante é estarem dentro dos padrões de modéstia e decência.

Uma mulher dependendo da circunstância poderá estar mais bem vestida e mais decente com uma calça comprida do que com uma saia. Isso não significa que as mulheres devem sempre estar de calça comprida, lembrem-se dependendo da circunstância e mais envolve também a saúde. Também, dependendo da circunstancia, se a mulher estiver usando uma saia será um escândalo. Portanto, a regra bíblica é universal: Modéstia e decência. Não declara o tipo de roupa.

Imagine uma mulher entrando na igreja com uma linda saia até o tornozelo, mas com uma abertura lateral que vem até as coxas, ou que seja comprida, porém transparente de tal forma que se vê toda a silhueta de seu corpo...

O que quero dizer é que não é porque uma mulher está vestindo saia que ela está dentro dos padrões cristãos. Nos exemplos que citei acima, não há modéstia nem decência. O problema não é, portanto, estar de saia, calça comprida ou bermuda, mas, sim, a modéstia e decência.

Outro exemplo. Imagine uma mulher andando de bicicleta, subindo em uma condução coletiva, fazendo a faxina doméstica com uma saia, que, por qualquer mínimo deslize, mostra seu corpo. Não estaria ela melhor vestida com uma calça comprida?

Não quero dizer as mulheres devam andar com uma calça comprida ou uma bermuda colada no corpo mostrando também suas formas, porque isso também é indecência, principalmente se forem a igreja dessa maneira...

Volto a repetir é muito fácil ficar de um dos lados extremos: “Nada pode” ou Tudo pode” legalista ou liberal. Ser assim é fácil, não precisa se esforçar. O difícil é ser equilibrado. o que a maioria não quer ser.

Lembro mais uma vez. O texto de Deuteronômio não está falando primariamente de vestuário e, sim, de comportamento sexual abominável a Deus. A regra bíblica é o equilíbrio com modéstia e decência. Observe a seguir alguns textos inspirados, os quais recomendam equilíbrio e a decência na maneira de se vestir.

 

Conselhos inspirados sobre vestuário

Vestuário próprio e decoroso

“No vestuário, bem como em todas as outras coisas, é nosso privilégio honrar a nosso Criador. Ele deseja que não somente seja nosso vestuário limpo e saudável, mas próprio e decoroso.”

Vestir-se com simplicidade

“Pelas coisas da natureza [as flores, os lírios], Cristo ilustra a beleza apreciada pelo Céu, a graça modesta, a simplicidade, a pureza, a propriedade que Lhe tornariam aprazível nossa maneira de vestir.”

A Reforma do Vestuário

O "vestuário da reforma" defendido e adotado na década de 1860 foi projetado por um grupo de senhoras adventistas do sétimo dia, na tentativa de prover um traje saudável, modesto, confortável e asseado, em harmonia com a luz dada a Ellen White, e era muito necessário

“Havia algumas coisas que faziam do vestuário da reforma decidida bênção. Com ele, os ridículos arcos que estavam então na moda, não podiam ser usados. As longas saias que se arrastavam pelo chão e varriam a sujeira das ruas não podiam ser patrocinadas. Agora, porém, adotou-se um estilo de vestuário mais cuidadoso, o qual não contém esses aspectos censuráveis. O estilo de vestuário de acordo com a moda atual pode e deve ser abandonado por todos os que lêem a Palavra de Deus. O tempo gasto em defender o vestuário da reforma deve ser dedicado ao estudo da Palavra de Deus. As roupas de nosso povo devem ser confeccionadas de maneira bem simples. A saia e a bata que mencionei podem ser usadas - não que deva ser estabelecido exatamente esse modelo, e nada mais, mas um estilo simples como o que foi representado nesse traje. Alguns têm suposto que o próprio modelo dado era o modelo que todas deviam usar. Não é assim. Mas algo tão simples como isso seria o melhor que poderíamos adotar nas circunstâncias atuais. Não me foi dado nenhum estilo definido como regra exata para orientar a todos em seu vestuário. ..”.

Entre essas modas perniciosas estavam as grandes saias-balão, que freqüentemente causavam exposição indecente da pessoa. Em contraste com estas foi apresentada uma vestimenta simples, modesta e decente, a qual deveria dispensar as saias-balão e os vestidos de cauda, e proveria a devida proteção dos membros. Mas a reforma do vestuário compreendia mais do que encurtar o vestido e proteger os membros. Incluía toda peça de vestuário que está sobre a pessoa. Aliviava o peso de sobre os quadris, fazendo penderem as saias dos ombros. Removia os apertados espartilhos, que comprimem os pulmões, o estômago e outros órgãos internos, e induz à curvatura da espinha e a quase um incontável cortejo de enfermidades. A devida reforma do vestuário provia a proteção e o desenvolvi mento de cada parte do corpo....

“Cremos não estar de conformidade com a nossa fé vestir-se de acordo com o costume americano, usar saias-balão, ou ir ao extremo de vestir compridos vestidos que varrem as calçadas e ruas. Caso as senhoras usassem seus vestidos deixando um espaço de uma ou duas polegadas entre a sujeira das ruas, seus vestidos seriam mais modestos, e elas poderiam conservar se limpas muito mais facilmente e durante mais tempo. Esses vestidos estariam de conformidade com a nossa fé.”

 

Jovens Sujeitadas à Moda

Mas o mal maior é a influência que se exerce sobre as crianças e os jovens. Ao virem ao mundo, por assim dizer, já se acham sujeitas às exigências da moda. As crianças ouvem mais de vestidos do que da salvação. Vêem as mãos mais diligentes em consultar os figurinos do que a Bíblia. Fazem-se mais visitas à loja e à modista do que à igreja. A exibição do vestuário se torna de mais importância do que o adorno do caráter. Há rigorosas reprimendas por sujar os finos trajes, e o espírito se torna impertinente, irritável sob as contínuas restrições.

Um caráter deformado não preocupa tanto a mãe como um vestido sujo. A criança ouve mais acerca de roupas do que da virtude; pois a mãe se acha mais familiarizada com a moda do que com seu Salvador. O exemplo dela rodeia muitas vezes os jovens com uma atmosfera envenenada. O vício, disfarçado sob as roupagens da moda, introduz-se entre os filhos.

Um vestuário simples fará com que uma mulher judiciosa se apresente sob o melhor aspecto. Ajuizamos do caráter de uma pessoa pelo estilo do seu traje. O vestuário pomposo trai um espírito fraco e vaidoso. A mulher modesta e piedosa trajar-se-á modestamente. O fino gosto, o espírito culto, revelar-se-á na escolha do traje simples e apropriado.

 

Vestuário e apostasia

“Minhas irmãs, não brinqueis por mais tempo com a vossa própria alma e com Deus. Foi-me mostrado que a principal causa de vossa apostasia é o vosso amor ao vestuário. Isto leva à negligência de importantes responsabilidades, e vos sentireis apenas com uma centelha do amor de Deus em vosso coração. Sem demora renunciai a causa de vossa apostasia, pois ela é pecado contra vossa própria alma e contra Deus. Não vos endureçais pelo engano do pecado.”

Equilíbrio no Vestuário

“Como um povo, não cremos que nosso dever de sair do mundo seja estarmos fora da moda. Se temos um tipo de vestuário simples, natural, modesto e confortável, e jovens descrentes escolhem vestir-se como o fazemos, devemos mudar essa maneira de vestir-nos a fim de ser diferentes do mundo? Não, não devemos ser excêntricos ou esquisitos em nosso vestuário para diferir do mundo, temendo que nos desprezem por assim fazermos. Os cristãos são a luz do mundo e o sal da Terra. Seu vestuário deve ser simples e modesto, sua conversação pura e celestial, intocável o seu comportamento. Existe uma posição intermediária nestas coisas. Oh! possamos todos encontrar sabiamente essa posição e conservá-la! Que todos examinemos nosso coração e neste tempo solene, arrependamo-nos dos nossos pecados e nos humilhemos diante de Deus. A obra está entre Deus e vossa própria alma. É uma obra individual, e todos têm muito o que fazer sem ser criticar o vestuário, os atos e os motivos de seus irmãos e irmãs. "Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da Terra, que pondes por obra o Seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura sereis escondidos no dia da ira do Senhor." Sof. 2:3. Eis nossa obra. Não é aos pecadores que se dirige esta mensagem, mas a todos os mansos da Terra, que põem por obra o Seu juízo, ou que guardam os Seus mandamentos.”.

 

O Vestuário cristão

Como cristãos fomos apartados do mundo. Somos reformadores. A verdadeira religião que entra em cada aspecto da vida, tem de Ter uma influência modeladora em todas nossas atividades. Nossos hábitos de vida devem alicerçar-se em princípios , e não no exemplo do mundo que nos rodeia. Podem os costumes e as modas variar com os anos, mas os princípios atinentes ao devido procedimento são sempre os mesmos. O vestuário é um fator importante no caráter cristão. Nos primitivos tempos de nossa história, recebemos instrução no tocante à maneira em que devem vestir-se os cristãos, afim de “proteger o povo de Deus contra a influência corruptora do mundo, bem como promover a saúde física e moral”

“Os cristãos devem evitar a afetada ostentação, e o “adorno profuso”. Deve o vestuário ser, quanto possível, “de boa qualidade, de cores próprias, e adequado ao uso. Deve ser escolhido com mais vistas á durabilidade do que a aparência . Nossas vestes devem caracterizar-se pela beleza, graça modesta e a conveniência da simplicidade natural”

“A adoção de novidades e extremismos da moda, no vestuário de homens e mulheres, denota falta de atenção a assuntos sérios. Independentemente de quão sensatamente se vista o povo em geral, há sempre extremos no vestir que violam as normas da modéstia, e assim exercem influência direta na predominância das condições imorais

Muitos dos que seguem cegamente as modas, são pelo menos parcialmente inconscientes desses efeitos, mas os resultados não são menos desastrosos. O povo de deus deve situar-se sempre entre os conservadores em matéria de vestuário, “ e não lhes preocupe a mente o problema do vestuário” (Evangelismo, 32) Não serão os primeiros a adotar as novas modas, nem os últimos a abandonar as antigas.“Trajar-se com simplicidade, e abster-se de ostentação de jóias e ornamentos de toda espécie, está em harmonia com a nossa fé” .

 

Resumo/Crença Fundamental

Embora reconheçamos diferenças culturais, nosso vestuário deve ser simples, modesto e de bom gosto, apropriado àqueles cuja verdadeira beleza não consiste no adorno exterior, mas no ornamento imperecível de um espírito manso e tranqüilo. -- Pastor Roberto Nayde, MT. (Edição: Robson Ramos.)


Bibliografia

Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda
SDABC Volume 1 página 1042
Educação, 248
A Ciência do Bom Viver
, pág. 289.
Mensagens Escolhidas, Vol. 3, pág. 254
Testimonies, vol. 1, pág. 424
Conselhos Sobre Saúde, 596...
Testimonies, vol. 1, págs. 424-426
Testemonies Vol. 4, pág, 634
Mensagem aos Jovens, 352.
Testemunhos Seletos, Vol. 1, pág. 350

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