Caso Soteco (Poá 2!) — Entenda Melhor a
Nova Crise da AES
Senhor editor:
Dando continuidade às nossas tratativas acerca dos
desmandos da AES, não só para comigo e para com o Grupo
do Soteco, mas também em casos antigos, tais como a
vergonhosa transação do antigo Hospital Adventista, por
um valor muito aquém do de mercado, ou o já conhecido
caso do EDESSA, que o irmão Tales cansou de denunciar,
ou, ainda, a covardia empreendida contra o Pr. Alcy
Tarcísio de Almeida, o melhor Presidente que este Campo
e, quiçá, o mundo já viu, gostaria agora de acrescentar mais
alguns detalhes, para ir formando o quadro completo
acerca do assunto.
Pr. Ignácio Kalbermatter tinha e tem muitos defeitos,
porém era um tipo de pessoa que a gente sabia o que
pensava. Por esta razão, não guardo a mínima mágoa dele,
exceto pelo fato de que foi omisso e delegou poderes ao
então Secretário Pr. Maurício, hoje presidente, e ao
então ministerial, Pr. Zirnaldo, hoje meu amigo e
conselheiro (não sei até que ponto ), e, também ao Pr.
José Miranda, Eliseu Lira, Barbosa, dentre outros, os
quais trataram de denegrir minha imagem junto à membresia.
Lidar com Pastor Maurício Lima é muito mais difícil,
pois esconde sua verdadeira face, nunca se sabendo o que
pensa ou o que vai fazer.Daquela turma da minha época, preciso enaltecer o
trabalho amoroso e pastoral do Prs. Marcos Aguiar,
Antônio Dourado e Gildásio Públio, pelos quais
jamais o assunto teria chegado aop onto em que chegou. Aliás, as
manobras para eleger Pr. Maurício para secretário do
Kalbermatter em detrimento do Pr. Marcos Aguiar, (eu estava no Edessa e acompanhei tudo) fizeram-me lembrar
das
grandes manobras do passado, capitaneadas pelos Prs.
Correa e Wandyr. Se permitissem que o Espírito de Deus atuasse, as coisas estariam
muito diferentes hoje!
Também a UEB, a DSA e AG (CG) têm responsabilidade no
caso, uma vez que levei o assunto a eles todos. Ocorre
que os pastores desses níveis têm coisas muito mais importantes do que cuidar
das ovelhas, tais como comer de sua gordura e vestir de
sua lã...
Particularmente, Pr. Allejandro Bullón, o baluarte do
neo-adventismo brasileiro e mundial, também tem
sua parcela de culpa em toda essa crise. Sobre ele, estou preparando um
artigo e em breve o disponibilizarei.
Três anos depois do massacre empreendido à minha pessoa
e após quebrar minha cara no Movimento de Reforma e em outros lugares,
retornei à IASD, disposto a somar, mas vejo que não tem
jeito.
Daí, minha esperança é que essa atual
diretoria da AES renuncie, ou seja disciplinada pela
dissolução irregular do Grupo do Soteco, em Vila Velha,
ES, antes que as coisas piorem, porque tal grupo está se
mexendo, e, quando for o momento propício, conseqüências
virão.
Fraternalmente,
Fernando Pretti
Nota do Editor:
Sobre a dissolução do Grupo Adventista do Conjunto Habitacional Soteco,
com base nas informações de que dispomos até o presente momento, diria que estamos diante
de uma repetição do Caso Poá, ocorrido em São Paulo, em que uma igreja foi dissolvida
porque os pastores foram desfavoráveis à realização de vigílias, estudos bíblicos
especiais para os membros da Igreja, ênfase à tríplice mensagem angélica no trabalho
missionário e, especialmente, por terem decidido orar unicamente ajoelhados.
O número de membros do Grupo da Soteco (30), é inferior, mas a
truculência e os desmandos praticados pela Administração do Campo, são os mesmos. E
pode-se notar a influência de um estranho espírito, o mesmo que agiu em Poá, SP,
procurando impedir que os fiéis se prostrem diante dAquele perante Quem todos os joelhos
devem se dobrar, para a glória de Deus, o Pai.
(No Campo da Associação Planalto Central, além de exigir que os fiéis só
se ajoelhem durante a "oração pastoral", exige-se que essa oração seja feita pela maior
autoridade da Igreja presente. Deste modo, a Igreja, em verdade, está autorizada a se
prostrar de joelhos somente diante do poder eclesiástico, representado pela "autoridade"
que estiver na plataforma.)
Voltando ao território da AES, estou informado de que o pastor Maurício Lima convocou uma reunião com as lideranças das igrejas da região para
informar da decisão da Mesa Diretiva da Associação sobre a dissolução do Grupo do Soteco.
E que o irmão Herbert mais quatro irmãos foram até o local da reunião distribuir uma mensagem escrita
para todos que estavam entrando. O texto dizia:
Prezados irmãos em Cristo Jesus,
Quão bom seria se todos adotassem o mesmo procedimento de alguns judeus de outrora, os
quais, em vez de darem ouvidos a conversas de terceiros, preferiram perguntar diretamente
ao apóstolo Paulo sobre as acusações que eram feitas contra os cristãos: “Contudo,
gostaríamos de ouvir o que pensas; porque, na verdade, é corrente a respeito desta seita
que, por toda parte, é ela impugnada.” Atos 28:22.
Assim como acusaram falsamente os cristãos do primeiro século, também hoje muitas
coisas têm sido ditas sobre o Grupo do Soteco, mas nem todas são verdadeiras; e mesmo as
que são verdadeiras têm sido apresentadas sob uma falsa luz.
E agora surgiu um novo problema: o Presidente da Associação Espírito-Santense resolveu
dissolver o Grupo do Soteco sob a acusação de separatismo. Mas, como ele não se dará ao
trabalho de contar todos os fatos, nós pretendemos dar aqui uma explicação verdadeira da
situação.
Ocorre que o Presidente quis impor uma nova diretoria ao Grupo do Soteco, sem
considerar o que claramente estabelece o Manual de nossa Igreja (p. 39), a saber, que o
diretor e o tesoureiro devem ser escolhidos pelo Pastor, de comum acordo com os membros da
congregação.
Diante da rejeição da nova diretoria pelos membros do Soteco, com o devido respaldo do
Manual, tendo em vista a forma como tudo foi feito e o fato de não estarmos insatisfeitos
com nossa liderança atual, o Presidente da AES decidiu aplicar uma punição, fazendo
aprovar na Comissão Diretiva a dissolução do Grupo. Razão: separatismo. Entretanto, essa
decisão está completamente destituída de fundamento, pelos fatos expostos a seguir:
1) O Grupo do Soteco nunca defendeu conceitos congregacionalistas ou separatistas.
Exemplo disso é que nunca houve ali retenção de dízimos e ofertas, embora a Associação
tenha abandonado o Soteco a sua própria sorte, já que não tem ajudado nas despesas, apesar
de se tratar de uma igreja de limitados recursos.
2) As doutrinas pregadas são as defendidas pelos adventistas do sétimo dia. Se o Grupo
do Soteco tem procurado realçar verdades especiais para os nossos dias, tais como o
Santuário e o Juízo Investigativo, a Reforma do Vestuário, a Reforma de Saúde, a guarda do
Sábado etc., não é tudo isso ensinado em nossos livros? Não está isso claramente delineado
nos livros do Espírito de Profecia?
3) Os cultos realizados no Soteco são os mesmos que se realizam em outras igrejas
adventistas pelo mundo afora. E a liturgia está, sim, em perfeita harmonia com as fórmulas
sugeridas pelo Manual da Igreja (p. 88). O material utilizado é o mesmo que têm sido
empregado em outras de nossas igrejas. A lição da Escola Sabatina também é a mesma!
4) Os membros do Grupo do Soteco nunca se recusaram a aceitar as lideranças
constituídas da Igreja e nunca se indispuseram a acatar suas recomendações, desde que
respaldadas pela Bíblia, pelo Espírito de Profecia e pelo Manual.
Diante disso, consideramos uma verdadeira violência a dissolução do Grupo do Soteco.
Não há qualquer razão que a fundamente! Tampouco prevalece a afirmação de que os membros
do Grupo estariam inventando uma nova doutrina ao fazerem todas as orações de joelhos,
pois ninguém ali é forçado a se ajoelhar, nem mesmo os que são convidados para pregar. Os
que desejam ficar em pé podem fazê-lo sem maiores problemas! Além disso, o próprio
Presidente da AES realçou por diversas vezes que não há nenhum problema em que os membros
de uma determinada igreja façam todas suas orações de joelhos. Isso está no livre-arbítrio
de cada um.
Portanto, queridos amigos, julgamos totalmente injusta a decisão do Presidente da AES,
pelo que decidimos permanecer nos reunindo no mesmo local com o único objetivo de
continuar nosso trabalho evangelístico naquele bairro, pois a obra de Deus não pode ficar
a mercê de vontades humanas e não podemos, por causa de alguns, jogar por terra mais de 6
anos de trabalho missionário. Assim, pedimos a todos que protestem contra essa decisão, já
que o objetivo de todo adventista deve ser o de fundar novas igrejas E NÃO O DE FECHÁ-LAS.
Atenciosamente e com estimas cristãs,
Membros do Grupo do Soteco.
Segundo soube, um dos participantes da distribuição desse documento,
teria conseguido falar por rápidos minutos ao público presente (umas 200 pessoas). dois ou
três dos irmãos que ali estavam manifestaram-se a favor do Grupo, enquanto outros
apegaram-se à versão dos representantes da Associação, que assumiram a condição de "piedosos
servos do Senhor", que não queriam que as coisas tivessem chegado a esse
ponto...
Um dos irmãos descontentes com a dissolução do grupo
(Juarez), que tentou
adentrar ao local da reunião para dizer a verdade acerca do que estava ocorrendo, foi
agarrado por quatro pastores que o contiveram a fim de que não falasse, por temerem sua
influência e autoridade junto aos membros leigos.
Há também um grande problema, de maior magnitude, sobre o qual falaremos
mais à frente, relacionado ao esquema profético de Daniel, cuja complexidade envolve
administradores e teólogos de todos os níveis, desde a Associação, Uniões, Divisão e até a
Associação Geral. -- Robson Ramos
Caso AES - Poá 2: Pastor Citado
Defende-se de Acusações
Sr. Editor:
Após ver meu nome injustamente citado duas vezes pelo Sr.
Fernando Pretti, gostaria de prestar alguns esclarecimentos referentes ao caso.
O Sr. Pretti menciona meu nome entre os daqueles que o
difamaram e que não lhe responderam teologicamente, o que são duas inverdades.
Recebi, sim, a ordem da Associação de proibi-lo de pregar
em meu distrito, e simplesmente repassei esta ordem a meus anciãos, entre outros
assuntos, numa de minhas reuniões distritais. Sinceramente não me recordo se trechos de
sua carta foram lidos ou não, porém gostaria de perguntar: caso tenham sido lidos trechos
de sua carta, desde quando ler o que uma pessoa escreve é difamá-la? Ele assume o que
escreve ou não? Uma coisa é certa: difamação é a propagação de inverdades quanto a uma
pessoa, e nesta reunião não foi pronunciada nenhuma inverdade quanto ao Sr. Pretti. Apesar
disso, sabedor de que ele estava chateado com o ocorrido, procurei-o e tive uma conversa
franca com ele. Segundo suas próprias palavras, fui o único a fazê-lo.
Após isto, eu e minha esposa gastamos várias horas
trocando correspondência com ele a respeito de seus questionamentos teológicos,
correspondência esta que ainda tenho em meu poder, e que constou de cerca de meia dúzia de
cartas onde procuramos, com toda a atenção e carinho, dirimir as suas dúvidas. Ainda
segundo o Sr. Pretti, também fomos os únicos a fazê-lo.
Diante disto, creio ser uma injustiça as acusações que o
Sr. Pretti está levantando contra a minha pessoa. Tentei entrar em contato com ele por
e-mail, mas não obtive resposta, por isso o faço através deste site. Agradeço ao editor
por facultar-me esta oportunidade. Um abraço,
Elizeu C. Lira
Carta enviada ao Sr. Pretti, via e-mail:
Prezado irmão Pretti:
Foi com pesar que li suas duas últimas mensagens no
adventistas.com. Ao ler a primeira mensagem, lamentei que você tivesse tido outra
experiência desagradável com a liderança, justamente agora que estava disposto a
retornar ao seio da igreja adventista. Pensei em escrever-lhe, para expressar minha
solidariedade e dar-lhe uma palavra de apoio, porém estava recepcionando uns amigos de
São Paulo e fiquei alguns dias sem consultar a Internet e sem colocar em dia meus
e-mails. Quando, hoje de manhã, após a partida deles, dei uma olhada novamente no site
do Robson, me deparei com mais uma mensagem sua, e foi com surpresa e tristeza que vi
meu nome citado ali negativamente.
Ali, irmão Pretti, você me cita como alguém que teria
denegrido o seu nome. Na época, não sabendo de detalhes do problema, apenas passei
adiante aos meus anciãos o aviso, recebido da parte da administração, de que o irmão não
estaria autorizado a ocupar o púlpito por motivo de questionamentos teológicos e éticos
para com a igreja. Apesar de não julgar ter denegrido seu nome, pois difamar é dizer
inverdades, e eu não disse nenhuma inverdade sobre você, de fato achei que errei por
não ter ido conversar primeiro com você, antes de ter passado a orientação ao meu
distrito; então fui e lhe pedi perdão, e admiti meu erro. Na época, você até afirmou que
eu teria sido o único, entre os pastores, a procurá-lo (admitindo ter feito tal
advertência, a seu respeito, junto aos membros). Mas onde está o seu perdão?
Desculpe-me a franqueza, mas você parece ter um problema quanto à prática do perdão, que
é a essência do cristianismo. Além disso, você parece não levar em conta a atenção que
eu e minha esposa lhe dedicamos na época, e as várias horas que gastamos para
responder aos seus questionamentos teológicos, pois em seu “dossiê” você diz:
“Em 2000, quando
mandei a primeira carta, o que ocorreu foi que a AES, na pessoa de Ignácio Kalbermatter,
Miranda, Zirnaldo, Lira, dentre outros pastores, exceto Marcos Aguiar, Antônio
Dourado e Gildásio Publio, ao invés de me responderem teologicamente e de assumirem
uma postura pastoral, simplesmente, eles divulgaram a carta em seus distritos e
promoveram uma difamação sem precedentes de meu nome, proibindo-me acesso, não só
aos púlpitos, mas à irmandade.”
E então me responda: será que não é você que está
dizendo inverdades a meu respeito? Cometendo os próprios erros que condena?
Pretti, gostaria, sim, de ver você na igreja, mas de
coração aberto, sem rancores. Existem, sim, erros na igreja, mas os verdadeiros
cristãos, que têm o coração cheio de amor, sentirão tristeza por eles, não revolta.
Creia-me, não há nem pode haver bons frutos numa atitude de revolta (pois, com certeza,
foi esta a atitude de Lúcifer, no Céu).
Fiquei desapontado, sim, mas não deixo de ser seu amigo
por causa disso. Poderia tê-lo advertido em público, através do site, mas resolvi
fazê-lo em particular, como manda a regra bíblica: “Se teu irmão pecar contra ti, vai
argüi-lo entre ti e ele só” (Mat. 18:15). Quando precisar deste seu amigo, estou aqui às
suas ordens. Que Deus o abençoe.
Pr. Lira.
Resposta de Fernando Pretti
Sr. Editor:
É verdade que o Pr. Eliseu Lira se entendeu comigo após ter denegrido
minha imagem.
É verdade que ele me tratou amorosamente, após o ocorrido.
É verdade que
ele, assim como Pr. Zirnaldo o é, é meu amigo (até onde não sei).
É verdade que poderia ter omitido seu nome. É ainda verdade, que prezo
muito a sua família (minha esposa gosta muito da dele).
Por fim, é verdade que eles gastaram tempo dialogando comigo.
Hoje, nada tenho contra eles, mas é igualmente verdade
que, na época ele denegriu minha imagem e isso nunca
mais recuperarei.
Quanto a assumir o que escrevo, Pr. Eliseu Lira se
esquece de que a carta que escrevi, originalmente, era
para as instâncias superiores da IASD, e não para serem
divulgadas à membresia.
Os senhores sabiam que, até hoje, eu mesmo não havia
ainda divulgado tal carta, e que muitos irmãos estão
surpresos com o que está acontecendo?
Pr. Eliseu e Irª Rosângela Lira são umas das maiores e
melhores cabeças da IASD no Brasil, digo teologicamente,
a ponto de, afora o Pr. Marcos Aguiar, eles seriam os
melhores nomes para a administração deste campo. Isso
não elimina o fato de que pertencem a uma organização
corrupta, a qual, aqui, neste sofrido Campo, massacra
aqueles que amam o adventismo pioneiro.
Também, por justiça, não se deve esquecer que Eliseu Lira e Wellington
Will foram os baluartes da defesa anti-oração de joelhos, por isso estão, de certa forma
ligados ao problema.
Com respeito, Fernando Pretti
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