Desafio aos Fordistas, que Lançam Dúvida Sobre 22/10/1844

 

Meu nome é Henderson H. L. Velten e sou o editor do site http://www.concertoeterno.com.

Desde os primórdios do Adventismo, e especialmente desde que Desmond Ford manifestou publicamente sua descrença na doutrina de 1.844, tem havido muita discussão sobre a validade da interpretação adventista de Daniel 8:14.

Qual é a tradução correta de nitsdaq: “purificado” ou “justificado”? Há relação entre essa passagem e o Dia da Expiação? As 70 semanas foram realmente “cortadas” das 2.300 tardes e manhãs? É verdadeiro o princípio profético do dia-ano? O decreto a que alude Daniel 9:25 é o de Esdras 7 ou o de Neemias 2? Quem faria cessar o sacrifício e a oferta de manjares (Daniel 9:27): Cristo, Antíoco Epifânio ou o Anticristo? O Dia da Expiação em 1.844 foi 22 de outubro ou 23 de setembro?

Embora todas essas questões sejam pertinentes e mereçam análise mais criteriosa, a mera discussão filológica (estudo das palavras envolvidas), histórica (estudo dos fatos envolvidos), escatológica (estudo da doutrina dos últimos acontecimentos) ou mesmo contextual não é suficiente para condenar ou apoiar a teologia de 1.844, devido ao elevado grau de subjetivismo dos critérios mencionados.

Hoje, porém, a doutrina adventista sobre 1.844 não depende tanto desses fatores ou mesmo de Ellen G. White. A consistência matemática, cronológica e astronômica da profecia de Daniel 8 e 9 responde às questões levantadas e põe em xeque os argumentos de teólogos como Desmond Ford.

É fácil debater em cima daquilo que pode ser moldado ao gosto do intérprete, tal como a amplitude do significado de certos termos ou o sentido de determinadas passagens. Muito mais difícil é derrubar um sistema firmado pela Matemática e pela Astronomia.

Por isso, DESAFIO todos os fordistas e cépticos na doutrina de 1.844 a que revelem a falha do esquema matemático que conduz a 22/23 de outubro. Chamo a atenção dos leitores particularmente para os estudos 6, 7, 8 e 9 da Série “A Plenitude dos Tempos”, no site http://www.concertoeterno.com. Aos que aceitarem o desafio, peço tão somente que se atenham ao raciocínio matemático, tipológico e astronômico que é desenvolvido ali. Se não puderem contestá-lo à altura, sejam humildes também para reconhecer sua impotência em derrubar um sistema erigido por Deus e comprovado pelos modernos recursos da Astronomia.

De antemão, advirto aos que se dispuserem a contestar as datas defendidas nos estudos que a mera citação de livros ou enciclopédias com informações divergentes de nada adiantará, eis que não passam de fontes de qualidade inferior. A Série de Estudos “A Plenitude dos Tempos” vai diretamente à base da informação (dados astronômicos, papiros judaicos e tabletes babilônicos). Aos que fizerem referências a sites judaicos para defender o 23 de setembro, também quero lembrar que o Calendário Rabínico atual não corresponde ao do tempo de Cristo, não possuindo, portanto, nenhuma autoridade para estabelecer a data do Dia da Expiação em 1.844. [Esse assunto ainda será discutido num Estudo Especial no site http://www.concertoeterno.com.]

Portanto, se alguém tem entendimento, CALCULE... [adaptado de Apocalipse 13:18].

Que Deus abençoe a todos!

Henderson H. L. Velten.

Editor do site http://www.concertoeterno.com.


Reação do Leitor 1:

Pensamento extraído do site http://www.concertoeterno.com:

''Uma leitura atenciosa de Daniel 8 revela a carência de qualquer indicação exata para o início dos 2.300 anos.''

11 Sim, ele se engrandeceu até o príncipe do exército; e lhe tirou o holocausto contínuo, e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo.
12 E o exército lhe foi entregue, juntamente com o holocausto contínuo, por causa da transgressão; lançou a verdade por terra; e fez o que era do seu agrado, e prosperou.
13 Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão relativamente ao holocausto contínuo e à transgressão assoladora, e à entrega do santuário e do exército, para serem pisados?
14 Ele me respondeu: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado.

Será que esse Sr. Henderson não sabe ler?

O início é quando o exercito é entregue ao Rei que o próprio anjo diz a Daniel quem é.

Esse Sr Henderson arrota arrogância, muito semelhante aos teólogos adventistas, que pensam ser os únicos seres em toda a face da terra, com inteligência suficiente para interpretar a Bíblia, ignorando completamente os demais seres humanos.

Isso é trágico sem ser cômico, e não vale a pena encarar um desafio com um sábio desse porte.

Wiliam Dangel


Prezado Wiliam,

Infelizmente, de sua análise apressada e superficial derivou-se um novo equívoco. Ao indicar Daniel 8:11-14 para provar que as 2.300 tardes e manhãs se iniciam no momento em que o exército é entregue à ponta pequena, você se esqueceu de apontar o versículo EXATO que afirma tal idéia. Lembre-se de que estou lidando com o assunto de um ponto de vista científico. Sendo assim, não valem inferências, idéias subentendidas ou coisa parecida.

Daniel 8:11-14 só alude a um evento no final das 2.300 tardes e manhãs, a saber, a purificação do Santuário. Não há um versículo em Daniel 8 semelhante ao de Daniel 9:25 (“Desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém...”) ou de Daniel 12:11 (“Desde o tempo em que o costumado sacrifício for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda mil duzentos e noventa dias.”). Repito: não aceito idéias supostamente implícitas.

Veja o exemplo de 2 Crônicas 36:21 : “... todos os dias da desolação [a terra] repousou, até que os setenta nos se cumpriram”. Isso quer dizer que a terra ficou desolada os 70 anos? Não. Ou que os 70 anos começaram quando a terra foi desolada? Também não. Quem está a par da cronologia desse período sabe que a desolação propriamente dita durou cerca de 50 anos. Ocorre que o foco de 2 Crônicas 36:21 não é o início do período dos 70 anos, mas o seu fim. Primeiramente começaram os 70 anos; depois veio a desolação; e tanto os 70 anos quanto a desolação terminaram juntos, ao mesmo tempo.

Da mesma sorte, ao dizer “até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado”, o anjo não explicitou o início do período, mas apenas o seu término. Todavia, pela harmoniosa combinação das 2.300 tardes e manhãs com as 70 semanas, detecta-se com precisão esse início. Tanto um período quanto o outro começaram à hora do sacrifício da tarde do dia 29 de outubro de 457 A.C., o Dia da Expiação naquele ano, logo após o regresso de Esdras da Babilônia a Jerusalém em virtude do Decreto de Artaxerxes I. Deseja saber mais? Consulte o estudo 9 da Série “A Plenitude dos Tempos”, no site http://www.concertoeterno.com.

Fique na paz e que Deus o abençoe! E lembre-se: “os sábios entenderão.” (Daniel 12:10).

Henderson H. L. Velten.

Editor do site http://www.concertoeterno.com.


Leitor 2:
Em defesa dos fordistas (apesar de não ser um)

A doutrina de 1844 é tão herética quanto o intento de Miller de marcar a data da volta de Jesus coisa que o próprio Jesus proibiu. Depois da decepção inventaram uma mentira de que Jesus estava passando do compartimento Santo para o Santíssimo  dando inicio a outra heresia a heresia do Juízo investigativo, sendo que a bíblia é clara em afirmar que Jesus entrou no Santo dos Santos por ocasião de sua ascensão ao céus. Vocês que lutam contra a trindade deveriam rever esta assunto pois ele é muito mais claro do que a trindade na bíblia.

Bom estudo, só lembrando que a questão aqui não é invalidar os cálculos adventistas mas elimina a possibilidade de Jesus ter entrado no Santíssimo somente de 1844. Em  1844 pelos cálculos adventista pode ter ocorrido qualquer coisa menos a entrada de Jesus no Santo dos Santos pela primeira vez.

Wilian Rodrigues de Faria

[Obs. Havia um texto longo a partir daqui, atacando a doutrina do juízo investigativo. Foi retirado porque, abusando de nossa confiança, o leitor Willian R. de Faria apresentou como se fosse seu um artigo de um pastor protestante, que obviamente discorda das doutrinas adventistas. Lamentamos tal publicação neste espaço destinado à opinião pessoal e não a textos de terceiros não-identificados. Para nós, o leitor agiu com extrema má fé. -- Robson Ramos.]


Prezado amigo Wilian,

Agradeço por ter respondido ao DESAFIO. É importante participar do debate, apesar de você não ter sido bem sucedido em sua resposta.

Ao afirmar que “a questão aqui não é invalidar os cálculos adventistas mas elimina a possibilidade de Jesus ter entrado no Santíssimo somente de 1844. Em 1844 pelos cálculos adventista pode ter ocorrido qualquer coisa menos a entrada de Jesus no Santo dos Santos pela primeira vez” (sic.), você acaba por destruir sua própria tese e confirmar o entendimento adventista. Se é assim, então o cálculo adventista está correto!!! Você foi INCAPAZ  de detectar erro em nosso cálculo profético.

Praticamente todos os debates sobre o assunto do Santuário e do Juízo Investigativo entre adventistas e evangélicos ou entre os próprios adventistas têm girado em torno de questões que admitem um sim ou um não como resposta, dependendo da ótica do intérprete.

Por exemplo: unicamente de acordo com Hebreus, Cristo poderia ter ido ao Santíssimo por ocasião de Sua ascensão? Resposta: sim e não. A epístola aos Hebreus admite as 2 respostas.

Outro exemplo: Hebreus 6:19 e 20 diz que Jesus entrou “além do véu”. Isso quer dizer que Ele entrou para dentro do Santo ou para dentro do Santíssimo? Pode ser que tenha entrado para o Santo, mas também pode ser que tenha entrado para o Santíssimo.

Mais um exemplo: Deus precisa julgar o Seu povo? Resposta: não. Mas, Ele os julgará? Resposta: sim. Haverá então um Juízo nos moldes adventistas? Resposta: sim e não. Pode ser que sim, pode ser que não.

Os adventistas tradicionais, os fordistas e os evangélicos precisam abandonar a imbecilidade e admitir que os argumentos que têm sido apresentados até hoje não são absolutos, do ponto de vista científico.

Pelo método científico, uma tese mantém sua validade até que se detecte uma falha irremediável na base de seu raciocínio. Existindo 2 teses conflitantes, mas não sendo possível localizar equívoco real em nenhuma delas, ambas permanecem como explicações viáveis. Nenhuma deve ser descartada.

Desperdiçar tempo e esforço na tentativa de demonstrar que a expressão “além do véu” também pode ser aplicada ao Lugar Santo é inócuo, já que o tabernáculo terrestre, que era cópia do Celestial, possui um véu à porta do Santo e outro, à porta do Santíssimo. O mesmo se diz para os que insistem que a expressão se restringe ao segundo compartimento.

Discutir se Deus precisa ou não de um processo investigativo de julgamento ou se Ele precisa manter os pecados registrados ou não também é perda de tempo. Os dados bíblicos admitem tanto um sim quanto um não.

Mas, há um certo conjunto de informações que não pode ser moldado ou camuflado. Trata-se da análise matemática e astronômica das 2.300 tardes e manhãs e das 70 semanas.

Conjugando dados históricos e astronômicos, firma-se a primavera do ano 31 como o meio da septuagésima semana de Daniel 9:27; retrocedendo 486,5 anos (referentes às 69,5 semanas de Daniel 9:25 e 27), chega-se ao outono de 457 A.C., que passa a ser o início do período; e avançando 2.300 anos a partir dessa data, atinge-se o outono de 1.844. Fantástico, não?!

Mas, a coisa não pára por aí: retrocedendo 486,5 anos desde o dia 15 de Nisan, dada judaica da morte de Jesus, chega-se ao décimo dia do sétimo mês, o Dia da Expiação; avançando 2.300 anos a partir dessa data, atinge-se também um Dia da Expiação no final do período. Essa constatação matemática exige que no final dos 2.300 dias proféticos ocorra um evento de purificação do Santuário. Portanto, queiram ou não os opositores da teologia adventista, a Matemática e a Astronomia impõem que o evento predito para o final das 2.300 tardes e manhãs seja o do Dia da Expiação.

Levando em consideração que Jesus entrou em Jerusalém no dia em que o cordeiro era separado; que Ele morreu no mesmo dia em que a Páscoa era comida; que Ele ressuscitou no dia em que as Primícias eram apresentadas; que houve grande colheita de almas no exato dia da Festa da Colheita, o Dia de Pentecoste; a conclusão matemática de que o evento a se realizar no final das 2.300 tardes e manhãs seja o do Dia da Expiação confirma a doutrina adventista de que Jesus entrou no segundo compartimento do Santuário Celestial em 22/23 de outubro de 1.844, pois era apenas no Dia de Expiação que o Sumo Sacerdote israelita entrava no Santíssimo do Santuário para purificá-lo (Hebreus 9:6 e 7).

Como se vê, a Matemática e a Astronomia desempatam DE UMA VEZ POR TODAS o debate entre adventistas e evangélicos, entre adventistas e fordistas e revelam a solidez da mensagem do Santuário e do Juízo de Investigação.

Assim, querido Wilian, eu o aconselho a agir como um bereano. Visite o site http://www.concertoeterno.com, examine a Série de Estudos “A Plenitude dos Tempos” (especialmente as lições 6, 8 e 9), observe a consistência do esquema profético, veja como ele confirma a messianidade de nosso Senhor e a veracidade das Escrituras e reconheça a glória da mensagem adventista.

Matematicamente, a mesma profecia que dá respaldo para a missão de Cristo e para a natureza sobrenatural das Escrituras também garante a correção da interpretação adventista do sétimo dia.

Que Deus o ilumine e o abençoe, dando-lhe discernimento espiritual para entender as Escrituras. E lembre-se: a Bíblia promete que “os sábios entenderão” (Daniel 12:10).

Henderson H. L. Velten.

Editor do site http://www.concertoeterno.com.


Leitor 3

Caro irmão Henderson,

Antes de mais nada, gostaria de dizer que creio no ocorrido em 1844, tal qual expressou nossa irmã White, e ainda, conforme publicado no livro "O Grande Conflito".

Respondo esta, não no desejo de aceitar seu desafio, mas apenas para que considere o que lhe escrevo, se bem lhe parecer.

Repito. Embora possa parecer que não, creio no ocorrido em 1844, tal qual está relatado no Grande Conflito, e creio não porque li, mas porque desgraçada ou felizmente, li os artigos de Desmond Ford, e fui à Bíblia para saber por mim mesmo se a profecia era sustentável pelas escrituras somente ou não.

No entanto, e não tome como desafio, gostaria apenas que me respondesse o que segue abaixo:

1) Fato: A palavra sacrifício ou holocausto não pertence ao texto original. Gostaria de ver sua aplicação (interpretação) à base desta luz.

2) Fato: A única base segura para se afirmar que os dias da criação são literais e que não admitem interpretação simbólica, (como fazem os inimigos do sábado) está na afirmação Divina de que houve "tarde e manhã", obviamente que o texto tarde e manhã denota dia literal, não sendo portanto aceito princípio simbólico no relato.

Ocorre que Deus em sua infinita misericórdia, não inspirou Daniel a que escrevesse, Dias, Meses, Tempo, ou Ano, pois todos estes estão vinculados ao processo interpretativo simbólico dia/ano, como se vê em outras passagens, no entanto, a palavra "tardes e manhãs", na escritura é específica para dias literais. Repito: Não nego o cumprimento passado, há uma explicação simples e bíblica para o caso acima, mas, gostaria de ver sua explicação para o mesmo, lembrando-lhe que somos o povo da bíblia e não o povo da ciência. Neste caso, (interpretação bíblica) a ciência é impotente, pois ela mesmo já ensinou que a terra era plana, que o sol e a lua tinham o mesmo tamanho e que a terra era sustentada por duas enormes colunas. Lembro-lhe ainda que não somos o povo a quem foi dada a... revelação que Deus lhe deu para mostrar aos Seus servos as coisas que ACONTECERAM, e sim, as coisas que breve DEVEM ACONTECER... e que, não havendo profecia, o povo se corrompe.

3) Até 2300 tardes e manhãs e o santuário SERÁ purificado...

O texto não diz: Até 2300 tardes e manhãs e o santuário COMEÇARÁ a ser purificado, e, sim, SERÁ purificado...

Sejamos simples, pois aos simples foi dada a Escritura:

Se o irmão me pergunta: Até quando durará o conserto do meu carro? E eu lhe respondo: Até 15 dias e o carro será consertado..., que entende você? Ao final dos 15 dias eu comecarei a consertar o carro ou eu finalizarei o conserto?

A pergunta é simples e requer uma resposta simples, mas ao mesmo tempo corajosa.

Repito, creio como o irmão no que diz respeito ao acontecimento profético assinalado, mas, estas perguntas me parece que serão feitas, mais dia ou menos dia, e teremos que ter respostas simples e ao mesmo tempo embasadas na palavra de Deus.

Que a graça de Jesus e o amor de Deus o Pai sejam convosco...

Vosso irmão em Cristo, Rogério Buzzi


Prezado irmão Rogério Buzzi,

Fico feliz porque tenha se manifestado mais uma vez.

Já discutimos no passado sobre a interpretação correta de Colossenses 2:16 e 17. Naquela ocasião, assim como agora, você insistiu que devemos ter explicações mais simples, para os humildes. Eu lhe respondi tecnicamente, refutando cada um de seus argumentos. Esperei que você fosse replicar, mas isso não ocorreu. Acredito que tenha preferido evitar a seqüência do debate, pois pode ter sido constrangido a reconhecer que “nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade.” 2 Coríntios 13:8.

Essa sua exigência de que nossas explicações devam ser simples, por causa das pessoas humildes, NÃO consta nas Escrituras!!! Se discorda, indique-me a passagem. Mas, lembre-se: não aceito nada implícito. FORA com as inferências! Uma explicação não deve ser nem simples, nem complicada, mas à altura do assunto. Por exemplo, sua explicação de Colossenses 2:16 e 17 pode ter parecido mais simples que a minha na ocasião, mas é completamente FALSA, pois não resiste a uma investigação mais exigente. De que adianta isso?!

A exposição da verdade deve ser, antes de mais nada, CONSISTENTE. Se isso faltar, o restante (didática, retórica, elegância etc.) de nada valerá.

Se você realmente acredita na inspiração de Ellen G. White, preste atenção às suas palavras: 

“Os jovens não devem ocupar-se na obra de explicar as Escrituras e fazer preleções sobre as profecias, quando não conhecem a fundo as importantes verdades bíblicas que procuram explicar a outros. Podem ser deficientes nos ramos comuns de educação e deixar, portanto, de realizar o bem que conseguiriam fazer se houvessem desfrutado as vantagens de uma boa escola. A ignorância não aumenta a humildade ou a espiritualidade de qualquer professo seguidor de Cristo. As verdades da Palavra divina podem ser melhor apreciadas pelo CRISTÃO INTELECTUAL. Cristo pode ser melhor glorificado por aqueles que O servem inteligentemente. O grande objetivo da educação é habilitar-nos a usar as faculdades que Deus nos deu, de tal maneira que exponha melhor a religião da Bíblia e promova a glória de Deus.

“Somos devedores Àquele que nos deu a existência, de todos os talentos que nos foram confiados; e temos o dever para com nosso Criador de cultivar e aperfeiçoar os talentos que Ele confiou a nosso cuidado. A educação disciplinará a mente, desenvolverá suas faculdades e as dirigirá de modo inteligente, para que sejamos úteis em promover a glória de Deus. Necessitamos de uma escola na qual aqueles que entram no ministério possam pelo menos receber instrução nos ramos comuns de educação, e onde aprendam também com mais perfeição as verdades da Palavra de Deus para este tempo. Em conexão com estas escolas deve haver preleções sobre as profecias. Os que realmente possuem boas aptidões que Deus aceitará para o trabalho em Sua vinha, receberiam grande benefício de uma instrução de apenas alguns meses em tais escolas.

“Julgavas da mais alta importância obter uma educação científica. NÃO HÁ VIRTUDE NA IGNORÂNCIA, e não é certo que necessariamente os conhecimentos atrofiem o crescimento cristão; se, porém, tu os buscares dirigido por princípios, tendo em vista o objetivo certo e sentindo tua obrigação para com Deus, de usares tuas faculdades para bem dos outros e para promoveres a Sua glória, os conhecimentos te ajudarão a alcançar esse fim; isso te ajudará a pores em exercício as faculdades que Deus te concedeu e
empregá-las em Seu serviço.” Conselhos sobre Educação, pp. 30 e 31.

A Bíblia diz que “os sábios entenderão” (Daniel 12:10). Se alguém não entende é porque não é sábio! Falta-lhe discernimento. Do contrário, a promessa seria falsa!

Deus, o nosso Deus, Aquele que nos mantêm com vida e que dela dispõe como bem Lhe apraz determinou que o Sol, a Lua e as estrelas devam reger o tempo (Gênesis 1:14-18). Dizem as Escrituras que Jeová “fez a Lua para marcar o tempo; o Sol conhece a hora do seu ocaso” (Salmos 104:19). Quem sou eu ou quem é você para Lhe contradizer a Palavra?

O Sol e a Lua são os instrumentos empregados por Deus para marcar o tempo. Logo, são os valores indicados pelo seu movimento que devem servir de parâmetro para os cálculos proféticos.

Feitas essas considerações, responderei aos seus questionamentos:

1. De fato, a palavra “sacrifícios” não ocorre no texto de Daniel 8. E daí? A exposição adventista não depende de que ela apareça ali.

2. Dizer que a expressão “tardes e manhãs” se restrinja a dias literais é uma tremenda arbitrariedade! Fere frontalmente o método científico! Se a única ocorrência da expressão “tardes e manhãs” além de Daniel 8:14 é Gênesis 1, onde está claro o sentido literal, isso só permite dizer que nesse estágio da pesquisa apenas o sentido literal da expressão está comprovado; mas tal constatação não exclui que em outros contextos “tardes e manhãs” possa adquirir um sentido simbólico.

3. Em 2 Crônicas 36:21 se diz: “para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram.” Será que a desolação de Judá e Jerusalém terminou de uma hora para outra? Entre 537 A.C. e 444 A.C., quando o muro de Jerusalém terminou de ser reconstruído, transcorreram muitos anos. Mas, quer dizer que a profecia falhou, já que Jeremias só havia indicado um prazo de 70 anos para o fim da desolação? Não, absolutamente. Em 537 A.C., houve de fato uma medida concreta para o fim da desolação e início da restauração do país: a PRIMEIRA expedição de judeus a Jerusalém, sob a liderança de Zorobabel, com a qual COMEÇOU a restauração do Templo e da cidade (Esdras 1-3). O caso das 2.300 tardes e manhãs é semelhante. Em 22/23 de outubro, COMEÇOU a purificação do Santuário.

Bem, isso é o que diz a Palavra de Deus.

Interessante! Tanto você quanto os outros 2 irmãos que já escreveram em resposta ao DESAFIO não se atreveram a afrontar o cálculo profético indicado no site “Concerto Eterno”. A fixação do meio da septuagésima semana no dia 15 de Nisan do ano 31 determina que o fim do período seja um Dia da Expiação em 1.844. Contra esse esquema, não há contestação!!!

Ainda estou aguardando que alguém apareça com um argumento de peso, alguém que não tangencie o assunto, mas que se disponha a debater o mérito da questão.

Fique na paz e que Deus o abençoe!

Henderson H. L. Velten

Editor do site http://www.concertoeterno.com.


Leitor 4

Varões irmãos:

Rompo o silêncio a que me impus e, após rodar por todos os cantos do adventismo (IASD, IASD-MR, MA, Sites independentes, etc), concluí que devo voltar a luta e colocar a cara de fora. Tudo isso por causa do desafio de Henderson Velten.

Primeiramente, necessito me escusar com algumas pessoas:

  1. Azenilto de Brito: Subestimei você!
  2. Rogério Buzzi: Lamento ter perdido nosso contato!
  3. Robson Ramos: Desconfiei de você!
  4. Ennis Meyer: Magoei-me com você!
  5. Jaime Bezerra: Fui duro com você!
  6. Reformistas: Tenho pena de vocês!
  7. Adventistas: Tenho me revoltado com vocês!

Perdoem-me, por fineza!

Irmão William Dangel

O irmão Henderson Velten é, de fato, arrogante. Porém, deve se lembrar que a raiz da palavra em tela é “arrogare”, ou seja, “tomar para si o direito e o dever de defender suas posições, com ousadia”. Já “arrotar” é uma expressão chula, que você devia evitar.

De plano, deveria aprender a conviver com a boa arrogância de irmãos sinceros, sensíveis e inteligentes, sob pena de nunca vir a compreender a verdade.

O que está em jogo não é interpretar a Bíblia, mas, sim, dar ouvidos do Espírito (nada contra ou a favor da trindade e nada que ver com o subjetivismo pentecostal).

Quando o Espírito Santo usa Robson, Ennis, Jaime, Rogério, Azenilto, Henderson, ou qualquer outra, é necessário humildade para ouvir-Lhe.

O ponto central do desafio é: 

Vocês podem provar que, no dia 22 para 23 de outubro de 1844, as “2300 tardes e manhãs” não terminaram? Se não podem, admitam isso!

Eu posso provar o contrário, e mais, posso provar 457 aC; 27 dC; 31dC; etc. Posso provar que Jesus morreu em 15 de Nissan de 31; tudo isso com base científica, teológica, histórica e/ou crítico-contextual.

Sugiro um Concílio urgente entre nós, em qualquer lugar do mundo, de preferência no Brasil, para esse e outros temas.

Parabéns, Henderson Velten: Ninguém pôde ainda contestar-lhe! Deveriam ir ao seu site, o qual testifico, humildemente, como sendo de Deus.

E, irmão William: Não me leve a mal. Apenas seja arrogante, também!

Saudações cristãs a todos. E viva o adventismo!

fernandopretti@bol.com.br


Estimados irmãos e amigos,

Pelo que vejo, não houve uma alma sequer que tenha se atrevido a demonstrar qualquer equívoco na análise matemática e astronômica das 2.300 tardes e manhãs. Louvado seja Deus! Isso quer dizer que a doutrina adventista não é mera fantasia, engenhosamente formulada: ela é divina!

Muitos ainda não perceberam (e por isso ficam falando asneiras!!!) que a perfeição do cálculo profético desfaz todas as dúvidas. Por exemplo: há relação entre Daniel 8 e Daniel 9? As 70 semanas fazem parte das 2.300 tardes e manhãs? Uns dirão sim; outros, não. No Apêndice ao Estudo 2 da Série de Estudos “A Plenitude dos Tempos”, há uma matéria sobre isso (resposta à pergunta 2). Mas, o que estabelece DEFINITIVAMENTE a inter-relação entre os 2 períodos não são os detalhes do texto ou a análise das palavras mareh e chazon, embora tudo isso seja extremamente importante, mas, sim, a harmoniosa engrenagem do cálculo.

Do esquema matemático apresentado nos estudos 6, 8 e 9, devem chamar a atenção as seguintes constatações: 

1)    Os 2.300 anos envolvem uma composição de 121 ciclos metônicos e 12 lunações que se complementam. Essa composição possibilita que os 2.300 anos comecem e terminem num dia 10 do sétimo mês, o Dia da Expiação. Num calendário lunissolar, não é todo período que admite essa composição [por exemplo: se o período fosse de 2.299 anos e fixássemos seu início no Dia da Expiação, não seria possível terminá-lo num Dia da Expiação].

2)   Contando-se as 69,5 semanas proféticas a partir de um Dia da Expiação, o meio da septuagésima semana cairá justamente no dia da celebração da Páscoa, o que também é uma relação bastante singular.

3)   Tomando por base dados históricos e astronômicos disponíveis, fixa-se o dia, o mês e o ano da morte de Jesus (26/27 de abril de 31). Retrocedendo 486,5 anos, chega-se ao Dia da Expiação no ano em que Esdras retornou de Babilônia (28/29 de outubro de 457 A.C.), eliminando a dúvida entre 458 A.C. e 457 A.C.. Avançando 2.300 anos, chega-se ao Dia da Expiação em 1.844 (22/23 de outubro).

4)   Fixando o começo do período na hora do sacrifício da tarde, o meio da septuagésima semana cairá naquela noite de Quinta-feira, quando Jesus disse “Pai, é chegada a HORA” (João 17:1), e o final das 2.300 tardes e manhãs cairá na hora do sacrifício da tarde em Jerusalém. Levando em consideração a diferença de fusos horários, isso corresponde ao horário em que Hiram Edson teve sua visão do milharal. Tudo em PERFEITA SINCRONIA!!!

5)   Por mais “avançada” que fosse a Astronomia na época de Daniel, não havia informações e métodos que permitissem ao homem construir a complexa arquitetura desse modelo. A própria compreensão do modelo pelo ser humano somente se tornou possível, na extensão e profundidade apresentadas no site “Concerto Eterno”, utilizando recursos desenvolvidos recentemente pela Ciência Moderna. Louvado seja Deus!!!

Portanto, o sistema cronológico desfaz as dúvidas remanescentes e confirma DE UMA VEZ POR TODAS a mensagem adventista. O esquema matemático também confirma a inter-relação de Daniel 8 e 9. Se não admitirmos isso, estaremos diante das MAIORES COINCIDÊNCIAS DA HISTÓRIA!!!

Fiquem na paz e lembrem-se: os verdadeiramente “sábios entenderão” (Daniel 12:10)!

Henderson H. L. Velten

Editor do site http://www.concertoeterno.com.


Retorno do Leitor 1

Vou entrar no mérito do assunto.

Do dia 29/10/457 a.C até 22/10/1844 d.C são 840.056 dias.

840.056 dias divididos por um ano (365,24221643) temos = 2.299,99699435 (2299 anos 23 horas 55 minutos e 40 segundos e alguns centésimos).

É isso?

Wiliam Dangel


Estimado amigo Wiliam,

Não é bem isso!

O término EXATO das 2.300 tardes e manhãs é o dia 23 de outubro de 1.844. Assim, do dia 29/10/457 A.C. até o dia 23/10/1.844 A.D. há 840.057 dias. Multiplicando 2.300 anos por 365,242190 dias, temos 840.057,037 dias. Portanto, o cálculo está certo!!!

Mas, por que Ellen G. White se refere ao dia 22 de outubro em O Grande Conflito? Porque o dia bíblico começa e termina ao pôr-do-sol. O Dia da Expiação em 1.844 começou ao pôr-do-sol do dia 22 e se estendeu até o pôr-do-sol dia 23.

Tudo isso está detalhado no estudo 8 da Série “A Plenitude dos Tempos”. Certo?

Contrariando a documentação millerita, que faz alusão a 22/23 de outubro como o décimo dia do sétimo mês, Leroy Froom – teólogo adventista – sincroniza o Dia da Expiação com 21/22 de outubro em sua obra The Prophetic Faith of Our Fathers. Mas, a Astronomia NÃO admite tal situação, como ainda se demonstrará num futuro estudo da Série “A Plenitude dos Tempos”.

Bem, é isso! Que Deus o abençoe e o ilumine! Amém!

Henderson H. L. Velten

Editor do site http://www.concertoeterno.com.


Leitor 5

Gostaria de perguntar ao irmão Henderson sobre o verso 25 de Daniel 09. Ali diz: "Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém..."

Prezado irmão, quem realmente edificou a cidade e o templo de Jerusalém? Ciro ou Artaxerxes? Em Is. 44:28 é dito que Ciro iria edificar a cidade e fundar o templo e em Is. 45:13 diz que ele "edificará a minha cidade".

Obs.: Estou tendo dificuldades para acessar o vosso site.

Continue com Deus.

Wellington, RJ.


Querido irmão Wellington,

O que estou me esforçando por demonstrar através do Desafio que fiz aos fordistas é que discutir generalidades não resolve nada; apenas o cálculo profético pode eliminar as dúvidas sobre o assunto e firmá-lo em bases sólidas.

Veja bem: a Bíblia fala sobre 3 decretos em prol da reconstrução de Jerusalém e do Templo (Esdras 1, 6 e 7), além de algumas cartas que Neemias recebeu para restaurar os muros de Jerusalém. Com qual dos 3 decretos começou a contagem dos períodos proféticos? Alguns dirão que foi com o primeiro; outros dirão que foi com o segundo; outros dirão ainda que foi com o terceiro; e outros discordarão enfaticamente dos demais, afirmando que foi com as cartas de Artaxerxes. Gastar tempo discutindo essas generalidades não vai levar a lugar algum.

Venhamos e convenhamos... apenas a data do decreto de Artaxerxes se harmoniza com o tempo do batismo e da morte de Jesus. Isso descarta definitivamente as datas dos decretos de Ciro e de Dario. Como tenho dito, é o aspecto cronológico que resolve o assunto e o estabelece definitivamente.

Mas, é bom lembrar que o mandado de Deus, o decreto de Ciro, o decreto de Dario e o decreto de Artaxerxes formam um só decreto para os fins da profecia de Daniel 9:25. Isso está claramente demonstrado em Esdras 6:14. Portanto, apenas quando essa ordem composta se completou é que o cálculo pôde começar.

Para maiores esclarecimentos, veja a resposta à pergunta 5 do Apêndice ao Estudo 2 e a seção 13 do Estudo 8 da Série “A Plenitude dos Tempos”.

Bem, é isso. Fique com Deus e que Ele o ajude na compreensão dessas importantes e fascinantes verdades.

Henderson H. L. Velten

Editor do site http://www.concertoeterno.com.

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