De Olho na Revista Adventista

Equipe da Revista Adventista economiza tempo, papel, telefonemas, fotos, etc, em entrevistas... O segredo é entrevistar todo mês a mesma pessoa: Wilson Sarli

Minha Revista Adventista deste mês veio faltando folha. Só pode ter sido isto! Não encontrei nenhuma linha sobre a prisão do pastor-tarado em Brasília no sábado em que o Jan Paulsen esteve no Brasil. Nada sobre a extradição do Elizaphan, nada sobre o julgamento do pastor Perez... Vai ver precisaram do espaço para mais uma entrevista econômica com o pastor Wilson Sarli! Porque não dá para acreditar que uma revista com 14 editores-associados, 44 colaboradores-oficiais e tantas páginas de propaganda, leve um mês para ser feita e chegue aqui em casa tão fininha e defasada...

Outra surpresa foi a ameaça de rodapé no expediente, com letrinha mais que miúda (pág.2). Não tinha reparado nas edições anteriores. Proíbem até a memorização de qualquer partezinha do conteúdo da revista! Talvez, você não tenha observado, mas o risco de processo vale também para a Lição da Escola Sabatina. Tirar fotocópia para aquele irmão que não pôde comprar? É pecado grave! Decorou o "verso áureo"? Teje preso! 

Na "Mensagem do Presidente" (pág. 4), uma parábola moderna de um homem muito rico que perguntou a seu servo, lavrador, se havia terminado de arar o campo. E este respondeu: "Não, mas amanhã a terra há de estar no mesmo lugar." A história termina aí. O homem não foi demitido, ninguém lhe pediu a alma durante a madrugada... "Para que tanta pressa?" pergunta o presidente da DSA, que se sente como o próprio Adão no Paraíso, com tempo de sobra para meditação e contemplação... Se dependesse unicamente dele, os tataranetos de Los Hermanos Sarli já poderiam começar os preparativos para a festa "Casa 500 Anos" em 2.400!

No "Mosaico", uma boa notícia. A narração do documentário sobre os Cem Anos da Publicadora "é do competente Elon Garcia". Esse é gente nossa, merece ser valorizado e, com certeza, ganhar até mais que o Cid Quevedo Moreira.

Páginas 6 a 8, Meio Século de História Mal Contada! Você começa a ler o artigo e descobre que os 50 anos dos desbravadores são na verdade 40, quer dizer, 39, porque tudo teria começado em março de 1961. (E aquele clube fundado pelo pastor Cláudio Belz em Santa Catarina, como fica?) Já o box da matéria informa que "a semente foi plantada em 1919", com os Escoteiros Missionários. 81 anos! Não, foi só em 1930, que o nome desbravador foi usado pela primeira vez. 70 anos! Não, 50 porque a Associação Geral só reconheceu o Clube como departamento em 1950. Mas no Brasil não surgiu só em 1961? Foi, mas aí não justificaria a Revista fazer mais uma entrevista com o pastor Wilson Sarli! De novo? De novo! O homem faz questão de estar em todas, nem que para isso o calendário festivo da igreja tenha que ser manipulado...

Nas "Entrelinhas" (pág. 17), Márcio Dias Guarda revela mais uma razão para que os cem anos não fossem comemorados com festa. Uma pesquisa feita pelo Ibope, em agosto de 1997, revelou que menos de 3% dos brasileiros conhecem as revistas publicadas pela Casa!

"Celebração 2000" no encarte? Sem comentários. Foto do "monumento ao capeta" (pág. 11 e capa)? Sem comentários. 

Foto dos "cardeais adventistas"? Sem comentários. 

E o projeto missionário "Sinais dos Tempos" (pág. 30)? Aquele de pagar assinaturas da revista para dar de presente para pessoas que não precisam e têm dinheiro de sobra para gastar? Sem comentários também... (Mas em compensação se eles se convertem, quanto dízimo não entraria?) 

Pior que tudo isso só mesmo a propaganda grátis, anti-livros da Casa, feita pelo presidente da UCB e irmão do diretor-geral:

Bem, agora vocês me dão licença, que eu preciso trabalhar bastante porque tenho uma porção de pastores-contemplativos para sustentar! - Robson

Para entrar em contato conosco, utilize este e-mail: adventistas@adventistas.com