Astronautas Pedem Proteção para a Terra Contra Asteróides

"Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima." Lucas 21:25-28.

 

David Whitehouse

Uma nave não-tripulada deveria testar formas de desviar asteróides em rota de colisão com a Terra, afirmaram dois astronautas a uma comissão do Senado dos Estados Unidos que investiga o risco representado por esses astros celestes.

Russell "Rusty" Schweickart e Edward Lu afirmaram que uma missão com esse intuito poderia ser lançada na direção de um asteróide em 2015.

Em fevereiro, a Terra quase entrou em estado de alerta por causa do possível impacto de um asteróide que parecia estar em rota de colisão.

Schweickart disse à comissão que "a imprensa e o público sabem que os asteróides são mais do que um interesse passageiro".

Apollo

Em seu depoimento, o astronauta, que foi um dos tripulantes no projeto Apollo, fez um apelo a favor da missão para que novas tecnologias sejam desenvolvidas para proteger a Terra.

"Mais e mais gente está sabendo que alguns desses asteróides não só passam silenciosamente pela Terra, mas realmente a atingem, sem que ninguém noticie isso", afirmou o astronauta.

"Nas raras ocasiões em que isso acontece, eles são capazes de causar estragos de magnitude jamais vista na história humana."

Ele ressaltou ainda que mesmo os pequenos eventos, mais freqüentes, são mais potentes do que as mais poderosas explosões de armas nucleares do arsenal americano.

"Uma ameaça conhecida, que pode potencialmente destruir milhões de vidas e pode ser prevista e evitada, não deve responsavelmente ser deixada de lado", completou Schweickart.

Ignorância

Cientistas reconhecem que faltam informações fundamentais caso eles venham, um dia, a contemplar a possibilidade de mudar o curso de um desses astros.

Para resolver o problema, Schweickart afirma que os Estados Unidos devem "ter a meta de alterar a órbita de um asteróide, de forma controlada, até 2015".

Ele acrescentou ainda que, na sua opinião, uma missão dessa natureza não necessitaria o desenvolvimento de novas tecnologias.

"Os principais recursos necessários já estão 'no forno' do atual Programa Prometheus. Não seria necessária nenhuma nova verba para a Nasa, nem qualquer mudança na direção da agência."

Edward Lu, que voltou recentemente da Estação Espacial Internacional, deu o seu apoio ao ambicioso plano.

"A primeira tentativa de desviar um asteróide não deveria ser quando for para valer, porque sem dúvida há muitas surpresas debaixo da manga até nós aprendermos a manipular asteróides", afirmou o astronauta.

Simulação

Ele acrescentou que o asteróide demonstração deveria ser suficientemente grande para representar um risco real, e a tecnologia usada deveria ser adaptável no futuro para astros ainda maiores.

"Estamos sugerindo que se escolha um asteróide de cerca de 200 metros. Com esse tamanho, ele seria capaz de entrar na atmosfera e atingir a superfície com uma energia de 600 megatons. Se ele cair no oceano, o que é provável, ele criaria uma onda gigante capaz de destruir cidades costeiras."

Lu disse também que, com décadas de sobreaviso, para prevenir um impacto seria necessária apenas uma pequena alteração na velocidade orbital do asteróide, de menos de um centímetro por segundo.

"No entanto, essa é uma tarefa muito difícil, porque a massa de um asteróide de 200 metros é da ordem de 10 milhões de toneladas."

O astronauta concorda também que a missão teria que ir muito além dos recursos convencionais de uma espaçonave movida a combustível químico, ou seja, seria necessária a aplicação de uma nave nuclear movida com propulsão de alta eficiência (motores movidos a íons ou plasma).

"Essas formas de propulsão já estão em desenvolvimento no Projeto Prometheus da Nasa. De fato, as exigências de potência e impulsão são muito semelhantes aos da nave orbital das luas de Júpiter, que devem ser lançadas por volta de 2012", disse Lu.

"A melhor forma de aprendermos sobre asteróides é ir até lá", completou o astronauta diante da comissão do Senado americano.

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Australianos identificam três pequenos asteróides em rota da Terra

da Agência Lusa

Astrônomos australianos identificaram três asteróides na trajetória da Terra durante o primeiro mês de observação de um projeto financiado pela Nasa (agência espacial norte-americana).

Entretanto, segundo Rob McNaught, um dos responsáveis pelas observações, os objetos são pequenos e não representam uma ameaça ao planeta.

O trabalho faz parte dos planos da Nasa de identificar 90% dos asteróides próximos da Terra. De acordo com os especialistas, há cerca de mil objetos em rota do planeta, mas apenas 60% foram identificados.

O trabalho dos astrônomos australianos é o primeiro que está monitorando o céu do hemisfério sul em busca de asteróides potencialmente perigosos.

Segundo McNaught, não se pode descartar a ocorrência de uma possível colisão catastrófica no futuro.

"As colisões mais graves demoram milhões de anos, mas não podemos dizer que não possam acontecer durante nossa existência", disse o astrônomo.

Um asteróide atingiu a Terra há 65 milhões de anos, causando a extinção dos dinossauros, segundo algumas teorias.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u11539.shtml

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