T R I N D
A D E |
O debate acerca da impropriedade da inclusão da
doutrina da trindade entre as crenças fundamentais adventistas, iniciado na internet,
em pouco mais de um ano deixou aquele espaço virtual para transformar-se em discussão
real nas igrejas, classes da Escola Sabatina e reuniões de pequenos grupos de estudo
da Bíblia em todo o Brasil. Sempre atenta às demandas do
mercado, a Casa Publicadora Brasileira aproveita o atual momento para lançar a
tradução em português do livro The Trinity, da autoria de doutores adventistas
de teologia e publicado nos Estados Unidos em 2002.
Antes do lançamento oficial, administradores e departamentais de
alguns Campos já haviam se apossado de alguns dos argumentos do tal livro e preparado
folhetos e apostilas para tentar conter o avanço do escândalo do abandono pela
Administração da crença original adventista acerca de Deus, após a morte dos
pioneiros.
A denúncia fechou com impacto uma série de divulgações acerca da
corrupção administrativa denominacional, demonstrando de forma inequívoca que a
liderança distanciou-se irremediavelmente de Deus e de Seu propósito para com a
igreja, a ponto de mudar até o que cria e ensinava anteriormente sobre a Divindade.
Essa é a prova maior da corrupção administrativa da IASD, pois nossa
liderança não viu problema algum em alterar
esta que é principal doutrina de qualquer grupo religioso (sua crença acerca de Deus),
para substituí-la por outra de cunho ecumênico e anti-bíblico. Em troca, deixaria de
ser considerada seita e poderia receber com mais facilidade recursos dos governos.
Houve também vários artigos de teólogos brasileiros sobre o tema da
Divindade, nas últimas edições das revistas Sinais, Adventista,
Ministério e do Ancião. Nas igrejas, pastores da ativa e encostados
levantaram-se em defesa do trinitarianismo, todos eles armados com suas escopetas
filosófico-teológicas, apontadas em vão contra a Rocha da Verdade, que é a Palavra de
Deus.
No texto a seguir, você encontrará alguns dos principais "Chumbinhos
Teológicos" disparados em defesa da Trindade por esses pseudos-teólogos adventistas,
confrontando-se com as potentes e certeiras balas do "Canhão da Verdade Bíblica". |
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Chumbinhos Teológicos X Canhão da Verdade Bíblica |
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1. A doutrina da Trindade é bíblica.
Quando proferem suas palestras ou inflamados discursos à Igreja, os
teólogos adventistas de plantão não apresentam qualquer prova bíblica de que exista
uma Trindade divina, que seria formada por três pessoas co-iguais e co-eternas, as quais,
embora existindo isoladamente, formariam um único Deus.
Eles simplesmente afirmam a existência da Trindade do alto de sua
própria autoridade, eloqüência e erudição. Confiam na passividade e ignorância dos
membros presentes, os quais não ousariam questionar publicamente ao pastor, uma vez
que estão despreparados para defender biblicamente aquilo em que acreditam.
Entre as ferramentas utilizadas por esses supostos "teólogos" para
assegurar credibilidade junto aos membros, conferindo-se status teológico superior para
garantir a não-contestação, figuram freqüentemente as citações a vocábulos das línguas
bíblicas originais. E argumentos inconsistentes como: "A palavra Trindade não
aparece
na Bíblia, mas a palavra 'milênio' também não consta. E isso prova que um termo não
precisa estar na Bíblia para identificar uma doutrina correta."
O pior é que jogos infantis de palavras como esse ainda convencem o
raciocínio pouco desenvolvido de boa parte de nossos irmãos, que estarão sempre
receptivos a qualquer tolice desde que seja dita por seu pastor preferido, em quem
foram treinados para confiar. Ora, a palavra "milênio" não existe na Bíblia, mas há
informações de sobra sobre o período de mil anos em que a Terra permanecerá desolada
entre a segunda e a terceira vinda de Cristo! O mesmo não acontece com a doutrina da
Trindade. |
1. A doutrina da Trindade NÃO é Bíblica.
Centenas de textos bíblicos deixam muito claro que o Deus soberano do
Universo é uma única pessoa, a quem Seu Filho nos ensinou a designar como Pai. Estes
são apenas alguns exemplos:
Deuteronômio 6:4-5:
Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é
o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda
a tua alma e de toda a tua força.
Marcos 12:28-30:
Chegando um dos escribas, tendo ouvido a discussão entre eles, vendo como
Jesus lhes houvera respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o principal de todos os
mandamentos? Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso
Deus, é o único Senhor! Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu
coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.
I Coríntios 8:5-6:
Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre
a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem
são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo,
pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.
I Timóteo 2:3-6:
Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os
homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Porquanto há um só Deus e um só
Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si
mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos
oportunos.
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2. A doutrina da Trindade deve ser aceita pela fé e não questionada.
Primeiro, como dissemos acima, os pseudo-teólogos adventistas tentam
impor sua autoridade teológica e eclesiástica, arrotando vocábulos em hebraico e
argumentos retóricos em lugar de textos bíblicos que representem um claro "Assim diz o
Senhor" sobre o assunto.
Quando percebem, porém, que o discurso não está funcionando, numa
atitude que revela completo desespero de causa, apelam para a substituição da razão
pela fé, impondo a crença cega na Trindade como se entre nós adventistas houvesse
lugar para dogmas, ou doutrinas empurradas goela abaixo pela autoridade do magistério
e da tradição da Igreja.
Assim, transferem para o ouvinte a culpa por sua própria incapacidade e
impossibilidade de apresentar provas bíblicas da existência da Trindade. É como se nos
dissessem: "Não é que eu não saiba explicar. É você que não está entendendo, por causa
de suas limitações culturais, cerebrais e, acima de tudo, espirituais. Você não aceita
a doutrina da Trindade, porque não tem fé!"
É o mesmíssimo argumento daqueles pastores pentecostais que, quando
o milagre prometido não se realiza, atribuem a razão do fracasso à falta de fé do
interessado na graça. Mas a fé de que necessitamos como cristãos não visa a levar-nos
a aceitar o que não está escrito na Bíblia, como uma verdade posteriormente revelada.
Nossa fé se limita a aceitar que aquilo que está escrito na Bíblia é a Palavra de
Deus. |
2. A doutrina da
Trindade não deve ser aceita pela fé sem questionamentos, por não ter origem bíblica. Não
estamos afirmando que o conhecimento do grego e do hebraico não sejam importantes para
uma melhor compreensão da Bíblia. Há lugar, sim, para palavras dos textos originais
bíblicos na defesa de nossas convicções doutrinárias, desde que o significado destas
sejam apresentado para esclarecer pontos obscuros na linguagem que utilizamos e não
para forçar um entendimento contrário ou diferenciado daquilo que, de fato, está
escrito no contexto bíblico.
Por exemplo, é exatamente por conhecer o significado das palavras
ruach em hebraico e pneuma em grego, que afirmamos que a expressão bíblica
"Espírito Santo" significa apenas "vento, brisa, fôlego, hálito" e por extensão "força
vital, poder invisível, energia" de origem divina, isto é, santo.
Observe que a palavra em hebraico é uma onomatopéia, que reproduz
exatamente o som do ar em movimento, enquanto o vocábulo grego é bem conhecido entre
nós por ajudar a identificar o estudo de problemas respiratórios (pneumatologia),
doença do pulmão (pneumonia) e até os pneus cheios de ar de nosso carro (pneumáticos).
Por isso, são raros os teólogos capazes de afirmar
com sinceridade, como fez o Dr. José Carlos Ramos: "O termo Trindade foi usado pela
primeira vez por Teófilo de Antioquia no II século. A doutrina da Trindade é
uma inferência com base bíblica."1 Inferência não é doutrina! |
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3. O homem não pode conhecer nem entender a Deus. Caso contrário, Este deixaria de ser Deus.
Em defesa da doutrina católica da Trindade, são capazes de negar a
própria teologia, cuja proposta é exatamente o "estudo de Deus" (Theos + Logia)! Não
são capazes, porém, de perceber esse lado absurdo e ridículo de suas afirmações.
Depois de verem falhar o argumento da autoridade
intelectual e o da autoridade teológica, na tentativa de acrescentar algum conteúdo
bíblico à sua argumentação pró-trindade, um versículo que os pseudo-teólogos
adventistas costumam citar é Romanos 11:33:
"Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como
do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os
seus caminhos!"
Apresentam essa passagem para tentar provar que é
impossível ao homem conhecer a Deus em Sua plenitude. E acrescentam 1 Timóteo 3:16:
"Evidentemente, grande é o mistério da piedade:
Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por
anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória."
A ênfase, a partir de então, recai sobre os
adjetivos "insondáveis" e "inescrutáveis", além do substantivo "mistério", deixando
completamente de lado outras informações do contexto em que esses versículos estão
inseridos. Pretendem provar que a Trindade seja um mistério insondável e inescrutável,
embora os assuntos de que o apóstolo trata nada tenham a ver com a natureza de Deus. |
3. O homem pode e deve conhecer a Deus porque Este
Se revela à humanidade, através dos ensinos do profetas, apóstolos e de Seu Filho
unigênito. Obviamente, melhor seria adotar um outro termo
em lugar de teologia, "bibliologia" (estudo da Bíblia) talvez. De qualquer modo, se
existem "teólogos" é porque é possível, através das Escrituras Sagradas, estudarmos e
até nos aprofundarmos no estudo da Revelação de Deus, acerca de Si mesmo.
Aliás, isto não é apenas possível, mas
insistentemente sugerido pelo próprio Senhor Jesus, que disse que nossa vida eterna
depende exatamente desse conhecimento correto acerca de Deus: "E a vida eterna é esta:
que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste." João 17:3.
Em relação às passagens citadas ao lado,
Romanos 11:25 esclarece que o mistério a que Paulo se refere nesse capítulo não é a
Trindade:
"Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério
(para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a
Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios." Esse é o mistério!
Entenda melhor Romanos 11:33, através desta versão da
Bíblia na Linguagem de Hoje: "Como são grandes as riquezas de Deus! Como são
profundos o seu conhecimento e a sua sabedoria! Quem pode explicar as suas decisões?
Quem pode entender os seus planos?"
O texto de 1 Timóteo 3:16 refere-se ao mistério da encarnação de Jesus Cristo, sem
qualquer ligação com a Trindade. |
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4. A fé transcende a razão.
Toda vez que você contradisser a um teólogo trinitariano, insurgindo-se
contra sua pretensa autoridade teológica e eclesiástica para mostrar-lhe que está
equivocado e não tem razão por estar citando passagens bíblicas fora do contexto, ele
apelará para frases filosóficas, como: "A fé transcende a razão".
Através desse subterfúgio ou saída estratégica, procuram conduzir o
debate acerca da natureza de Deus para um outro ambiente, o da mera disputa
intelectual, em que toda argumentação é válida, sem que a Bíblia seja considerada como
único critério de avaliação.
Isto é, afirmam que a fé transcende a razão para tentar provar
exatamente o contrário, que a razão transcende a fé, que a mente humana é capaz de
chegar à verdade sobre Deus, sem que esta provenha totalmente da Bíblia ou ainda que
não conste inteiramente dela.
Esse é o momento em que entra em ação o velho estilo satânico de
interpretar convenientemente o que diz a Palavra de Deus, insinuando que sua aplicação
literal não faz sentido. "É assim que Deus disse?" perguntou a serpente no Paraíso. E
no deserto, o Diabo contra-argumentou: "Mas também está escrito..."
Esse é o momento das "inferências com base bíblica", em que o
raciocínio humano contradiz o enunciado bíblico, alterando-lhe o significado. Equivale
a substituir o "está escrito" pelo "está implícito".
A Bíblia diz que Deus é único e está unido plenamente a Seu Filho em
ideais e propósitos, mas a sabedoria e tradição humanas entram em ação para explicar
que a unicidade de Deus é composta por três, que Sua singularidade é plural e que Sua
unidade com o Filho é dividida também com um terceiro elemento, o Espírito... |
4. A fé depende da Revelação e não a pode
ultrapassar. O único parâmetro para a fé cristã é a
Revelação e não, a razão. A fé não se contrapõe à razão, não se compara a ela, nem
procura acompanhar a razão até certo ponto. Portanto, não cabe julgar se a fé é
racional, irracional ou extra-racional.
O foco da fé é sempre e exclusivamente a Revelação. Fundamenta-se
unicamente na Palavra de Deus, que a define e exemplifica em Hebreus 11:
"Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a
convicção de fatos que se não vêem. ...Pela fé, entendemos que foi o universo
formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que
não aparecem."
O cristão entende os assuntos espirituais pela fé, não pela razão. Fé não é a
certeza de coisas que se deduzem, nem a convicção de fatos que se não vêem, mas
parecem
lógicos...
Por isso, quando o teólogo trinitariano honra aparentemente a Bíblia
com a sua citação para em seguida contradizê-la, mencionando o conceito bíblico apenas
como uma das premissas do raciocínio, nós nos desvencilhamos dele com a afirmação de
nossa ignorância e total confiança apenas naquilo que está escrito. Não
seguiremos o seu raciocínio, porque oculta a astúcia da antiga serpente.
Um recente número da Revista do Ancião2 trouxe várias perguntas
capciosas desse estilo: Poderia o Eterno ser chamado de amor se existisse como ser
solitário? Seria possível o amor divino se Deus não fosse múltiplo para exercitá-lo
entre Si? Dependeria Deus dos seres criados para exercitar Seu amor? A todas elas nem
nos atrevemos a considerar. Apenas respondemos: "Não sabemos, mas está escrito que o
Deus Eterno é um só." |
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5. Na matemática divina: 1 + 1+ 1 = 1.
A frase freqüentemente repetida -- "Na matemática divina, 1+1+1=1" -- é
só um exemplo dos princípios casuísticos, criados pelos teólogos adventistas para
interpretar textos bíblicos de modo que favoreçam à doutrina da Trindade.
O triste é que um recurso absurdo como esse funciona, quanto usado
para convencer aqueles que aceitam definir a veracidade da crença trinitariana pela
lógica, aparentemente fundamentada na Bíblia.
E no arsenal dos teólogos, não faltam chumbinhos filosóficos,
compostos de verdade e erro, através dos quais tentam desdizer aquilo que é
explicitamente afirmado nas Escrituras.
Um exemplo é a manipulação que fazem do hebraico para concluir que o
"Santo Shemá", encontrado em Deuteronômio 6:4, onde lemos: "Ouve, ó Israel, o Senhor
nosso Deus é o único Senhor", significa em realidade: "Ouve, ó Israel, o Senhor nosso
Deus é um entre outros em uma unidade conjunta ou partilhada."
Esse é o argumentado apresentado por um dos autores do livro The
Trinity, no artigo "A Trindade" publicado na edição de julho-setembro de 2003, da
Revista do Ancião, pág. 29:
"A leitura
superficial desse texto poderia apontar para o unitarianismo, mas quando o
significado da palavra hebraica traduzida como 'único' ('echad) é explorado
em profundidade e comparado com a palavra yachid, os resultados são
reveladores: 'echad na verdade significa 'um (entre outros)'. ...A
possibilidade de haver outros é inerente em 'echad, mas yachid
impede essa possibilidade.'
"A diferença
entre 'echad e yachid pode ser explicada melhor: 'echad
refere-se à unidade que resulta da união de várias pessoas, enquanto que yachid
é usada, no hebraico, para referir-se a um ser exclusivamente único. Contrastando com
'echad, yachid "significa 'um' no sentido de 'único' ou 'sozinho'."
Contudo, Moisés preferiu empregar a palavra 'echad para expressar a idéia de um
entre outros em uma unidade conjunta ou partilhada."
Não encontrei exemplo melhor da desonestidade e habilidade em
distorcer o sentido das Escrituras dos teólogos adventistas do que esse! Isso deve ser
um dom de origem satânica.
Através de Moisés, Deus está ordenando ao povo de Israel que O sirva
com exclusividade e ame com inteireza de coração: "Ouve,
Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de
todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força..."
Ou seja, porque Deus é único
não aceitará um coração dividido com outro deus ou por mais de um. Mas eis que surge o
teólogo adventista e, assentado na cadeira de Moisés, diz que não é bem assim, que a
unidade divina é composta, que numa leitura superficial o unitarista teria razão, mas
explorado com profundidade, comparado e explicado melhor é inerente que Moisés queria
dizer que Deus não é um, mas três-em-um... |
5. Na linguagem bíblica, vale o que está escrito.
O princípio, segundo o qual "na matemática divina, 1+1+1=1", é apenas
frase de efeito, filosofia barata.
Mesmo assim, o adventista-padrão confia tanto em seus teólogos que não percebe que
está sendo enrolado e desencaminhado por eles.
Alguns chegam a tomar nota de enunciados tolos como esse e
repeti-los por aí, sem sequer atentar para o risco de Deus
modificar as regras matemáticas por Ele criadas e que regem o Universo, para atender a
um caso específico como a formulação de uma doutrina sobre Si mesmo.
Com base na criação de Adão e Eva à imagem e semelhança de Deus, os
quais formaram "uma só carne", embora fossem duas pessoas (Gênesis 2:24); e também com
base na afirmação de Cristo de
que Ele e o Pai (apenas!) são um (João 10:30); poderíamos no máximo dizer que, no relato da
Criação
e na revelação feita por Jesus, a Divindade é dual, composta por duas Pessoas. Mas sem
nos esquecer de que Cristo também disse: "O Pai é maior do que eu." (João 14:28.)
Se Deus fosse trindade composta por três pessoas, por que criaria
uma unidade à Sua imagem e semelhança composta de apenas duas pessoas? E note que do
mesmo modo que Deus é o cabeça de Cristo, Adão foi posto como o cabeça de Eva. (Veja I
Coríntios 11:3.) A unidade de propósito não anula a desigualdade hierárquica.
Felizmente, o mesmo poder que inspirou a redação das Escrituras,
ilumina-nos hoje o entendimento para que encontremos na própria Bíblia as respostas de
que necessitamos, sem que haja necessidade de recorrermos aos sinuosos raciocínios da
Teologia. Aliás, a irmã White ensina que regras de interpretação bíblica inventadas por teólogos, só atrapalham!
"As verdades mais claramente reveladas na Escritura Sagrada têm sido
envoltas em dúvida e trevas pelos homens doutos que, com pretensão de grande
sabedoria, ensinam que as Escrituras têm um sentido místico, secreto, espiritual, que
não transparece na linguagem empregada. Estes homens são falsos ensinadores. Foi a
essa classe que Jesus declarou: 'Errais vós em razão de não saberdes as Escrituras nem
o poder de Deus.' Mar. 12:24. A linguagem da Bíblia deve ser explicada de acordo
com o seu óbvio sentido, a menos que seja empregado um símbolo ou figura." O
Grande Conflito, págs. 598-599.
O próprio contexto de Deuteronômio 6, por exemplo, mostra que o Deus
de Israel tanto é 'echad por ser um só, quanto por ser singular, ou sem igual,
entre os deuses, mas isso não significa que seja uma Trindade.
Veja o que dizem os versos 13-14: "O SENHOR, teu Deus, temerás, a ele servirás, e,
pelo seu nome, jurarás. Não seguirás outros deuses, nenhum dos deuses dos povos que houver à roda de ti, porque o SENHOR, teu Deus, é Deus zeloso no meio de ti, para que a ira do
SENHOR, teu Deus, se não acenda contra ti e te destrua de sobre a face da terra."
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Deuteronômio 6:4-5:
"Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o
único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus,
de todo o teu coração,
de toda a tua alma e
de toda a tua força."
I Coríntios 8:5-6:
Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre
a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, todavia,
para nós há um só Deus, o Pai, de quem
são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo,
pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele. |
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Robson Ramos
Referências:
1. Dr. José Carlos Ramos em: "Santíssima Trindade"
(estudo não duplicado, Instituto Adventista de Ensino - Campus Central, 1996), pág. 1.
2. Woodrow W. Whidden, no artigo "A Trindade", publicado
na Revista do Ancião, edição de julho-setembro de 2003, págs. 28-30.
Colaboração do Leitor
Robson,
Não sei se você é o autor do texto "Chumbinhos
Teológicos X Canhão da Verdade Bíblica", mas encaminho minha sugestão de ajuda
para a parte em preparo: "5. Na matemática divina 1+1+1=1".
A matemática de divina expressa em João 10:30 apresenta
como verdadeira a conta: 1 + 1 = 1; ou seja: 1 (o Pai) + 1 (o Filho) = 1 (unidade na
criação e unidade de natureza caráter e propósito. Patriarcas e Profetas, pág. 34)
Neste sentido, a igreja deve ser unida em si e estar
unida com Cristo, identicamente como Cristo é unido ao Pai - João 17:22-23.
Em Efésios 5:22-33, Paulo fala da união que deve haver
entre a igreja e Cristo, comparando com a união que Deus planejou para o homem e a mulher.
Aqui vemos novamente a matemática divina: Gênesis 2:24; Efésios 5:31.
1 (homem) + 1 (mulher) = 1 (só carne)
Paulo chama isto de grande mistério, mas não é a ligação
entre o homem e a mulher gerando a família. O mistério é a ligação entre Cristo e a igreja
formando o Povo de Deus.
Vemos ainda que ao ser dada a ordem "Façamos o homem a
nossa imagem" (Gênesis 1:26), Deus criou o "homem à sua imagem, ... homem e mulher os
criou" (Gênesis 1:27):
• DOIS foram criados (Gên 1:27) porque DOIS eram os
criadores. A decisão "Façamos" oi tomada entre o Pai e o Filho (ver Primeiros Escritos,
pág. 145)
• A matemática humana foi definida como 1 homem + 1 mulher = 1 carne, porque a matemática
divina era 1 Pai + 1 Filho = 1 Criador (Elohim).
A igreja deve respeitar essa matemática, sendo unida com
Cristo formando um só corpo assim como Cristo é unido ao Pai, rejeitando a doutrina da
trindade que acrescenta mais um termo à equação, caracterizando-se assim como fermento e
deixando a equação defeituosa, incorreta e sem respaldo bíblico. -- Fábio
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