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1888 Re-Examinado - de Robert Wieland
Este livro on-line conta a verdade sobre a rejeição da mensagem da justificação pela fé pela IASD.


Cartas às Igrejas - de M. L. Andreasen
Relato da luta de um pastor de verdade contra terríveis desvios doutrinários da década de 50.


Alberto - A história inesquecível de um sacerdote jesuíta e de sua conversão a Cristo

Nesta biografia quadrinizada, o padre Alberto Rivera conta também detalhes da infiltração jesuíta na Igreja Adventista e outras.


A Igreja Católica em Apocalipse 17
O mais completo estudo sobre o tema disponível em português. Inclui fotos e dados históricos.


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Entregar para o tesoureiro da igreja não é a única opção. Aliás, estaria o dízimo ainda em vigor?

Janeiro-fevereiro / 2003

Análise: EUA, a Nova Roma
Estados Unidos incorporam de maneira mais ostensiva o papel de império moderno.

Marcos De Benedicto, Editor

George W. Bush completa, em janeiro, dois anos à frente da Casa Branca. O que parecia a princípio um presidente hesitante em busca de legitimidade ganhou o perfil de estadista determinado diante do quadro de insegurança nacional e instabilidade global. Com seu estilo texano, Bush incorporou e tomou mais explícita a vocação imperialista de Washington. Quer que seu país dê as cartas na "nova ordem mundial", conceito defendido por seu pai, George Bush, quando ocupou a Casa Branca há dez anos.

Uma amostra do estilo Bush foi vista em setembro, quando o presidente divulgou a nova "Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos". No documento de 33 páginas, submetido ao Congresso por exigência legal, Bush reafirma sua doutrina militar agressiva.

O centro do documento é que o pais deve abandonar a estratégia anterior de defesa e dissuasão, e adotar uma política preventiva. Ou seja, os Estados Unidos devem identificar e atacar os países e grupos suspeitos, mesmo sem provas. "Não podemos deixar nossos inimigos atacar primeiro", Bush escreveu. Assessorado por republicanos da linha dura, o presidente cultiva a idéia fixa de que novas formas de agressão precisam de novos métodos de combate.

Bush defende que os Estados Unidos mantenham uma superioridade militar incontestável. Ele atribui ao seu país um papel quase messiânico em tomar o mundo "não apenas mais seguro, mas melhor". Reconhecendo o poder e a influência sem paralelos do país, o presidente vê também responsabilidades e oportunidades únicas. Os Estados Unidos devem usar sua força para favorecer a liberdade e proteger os interesses nacionais. Esse papel mundial, diz Bush, ficou ainda mais claro com os atentados. Se o mundo quiser seguir Washington em sua luta contra o "eixo do mal", 0K; se não, a águia americana agirá sozinha. Isso tem gerado questionamentos quanto à política futura da superpotência americana.

Os críticos da política americana, como o escritor Gore Vidal, vêm há décadas acusando o pais de praticar o imperialismo. Agora até mesmo americanófilos passaram a debater sua postura imperial. Recentemente, o colunista conservador Charles Krauthammer disse que as pessoas estão saindo do armário em relação à palavra império". Para ele, os americanos devem reconhecer que a sua nação é a única superpotência da atualidade e que o país deve assumir seu papel de mestre mundial. Tom Wolfe escreveu que os Estados Unidos são hoje um poder "tão onipotente como... Roma sob Júlio César". Segundo Jonathan Freedland, do jomal inglês The Guardian, a idéia de que os Estados Unidos são a "Roma do século 21" está ganhando espaço na consciência americana.

No sentido estrito e tradicional do termo, é claro que os Estados Unidos não são um império. Mas, numa perspectiva mais ampla, é razoável dizer que são. O país exerce um imperialismo militar, econômico e cultural tolerado ou mesmo desejado por outros países. As comparações com o Império Romano estão aumentando.

Paralelos - As semelhanças entre a antiga Roma e a moderna Washington são notáveis. É claro que, ao estabelecer paralelos entre as duas superpotências, o jornalista corre o risco de ser seletivo, procurando o que interessa e esquecendo as diferenças. Mas não dá para evitar a tentação de comparar as duas Romas. Vejamos dez paralelos:

1. Expansão territorial.

O colonialismo de Roma tornou-se colossal. Para construir um império, Roma dominou o Mediterrâneo. Os vastos territórios conquistados representavam vantagens estratégicas, militares e econômicas. As legiões do império chegaram ao Egito, à Grécia, à Espanha, à Britânia, à Gália, à Síria, à Mauritânia e aos confins do mundo. Júlio César gabava-se de ter matado um milhão de gauleses.

Paul Kennedy autor de The Rise and Fall of the Great Powers (Ascensão e Queda das Grandes Potências), diz que os pioneiros americanos também tinham um espírito conquistador. Eles chegaram da Inglaterra à Virgínia e avançaram para o Oeste. Combateram os Cherokee, os Iroquois e os Sioux, entre outros. Apesar de muitos pioneiros estarem fugindo das restrições do imperialismo britânico, o novo pais adotou um programa de expansão imperialista. Mais tarde, após tomar um grande território do México, incluindo o Texas, os americanos abandonaram a conquista territorial. Mas as intervenções em outros paises continuaram.

Hoje, as bases militares americanas estão em cerca de 40 paises do mundo. De algum modo, essas bases exercem o papel das colônias do passado. Segundo o Pentágono, há uma presença militar americana, grande ou pequena, em 132 dos 190 membros das Nações Unidas.

2. Mitologização do destino.

Roma tinha toda uma mitologia a respeito do seu passado e do seu futuro. Sempre cultuando uma história de glórias e heróis, promovendo o patriotismo e a grandeza, os romanos viam-se como um povo especial. Eram, por determinação dos deuses, os guardiões da civilização mundial. Não eram fruto do acaso, mas do destino. Augusto se declarou o filho de um deus e ergueu uma estátua para seu pai adotivo, Júlio Cesar, num pódio junto com Marte e Vênus.

Os americanos também têm a mania de mitologizar seu passado e seu futuro. Talvez inconscientemente, criaram uma galeria especial de heróis nacionais. Os pais fundadores da nação, como Washington e Jefferson, e os grandes presidentes, como Abraham Lincoln, são reverenciados como verdadeiros mitos. Para muitos americanos, os Estados Unidos receberam uma missão divina de proteger a civilização e governar o mundo. A idéia de que o pais é abençoado por Deus está enraizada na psiquê americana. O dólar estampa a mensagem "ln God We Trust" (nós confiamos em Deus), e muitos discursos políticos terminam com a frase: "God bless America!" (Deus abençoe os Estados Unidos).

A política americana é influenciada por idéias religiosas e proféticas. Israel, por exemplo, é apoiado, entre outros motivos, porque muitos líderes evangélicos americanos influentes acreditam no dispensacionalismo, um sistema que interpreta as profecias bíblicas por um prisma futurista e literalista radical, colocando a Terra Santa como o epicentro dos eventos que precederão o retomo do Messias.

3. Força militar.

Roma tinha a máquina da guerra mais poderosa da época, algo que e mundo nunca tinha visto. Seus soldados possuíam os melhores equipamentos e eram os mais bem treinados. Nenhuma outra potência chegava perto. Se a Grécia de Alexandre Magno dominou a Média-Pérsia de Ciro, que havia conquistado a Babilônia de Nabucodonosor, a Roma de Júlio César simplesmente subjugou a Grécia.

Os Estados Unidos também conseguiram uma superioridade militar incontestável no mundo. O presidente americano controla o maior arsenal bélico do planeta, com cerca de mil mísseis nucleares (sendo 500 intercontinentais), 1.600 caças e 1,4 milhão de militares na ativa.

Antes dos atentados terroristas, o governo Bush propôs um orçamento da defesa para 2003 de US$ 396 bilhões, um aumento de US$ 48 bilhões em relação a 2002. Isso é mais do que o orçamento de dezenas de países somados. O exército americano pode mostrar sua força em quase qualquer parte do planeta num curto espaço de tempo.

4. Poder econômico.

Para manter suas legiões e os luxos da corte, Roma precisava de uma montanha de dinheiro. Assim, o império planejou meios de conseguir fundos, especialmente através de impostos e taxas. A riqueza de Roma, em seus melhores momentos, tornou-se gigantesca.

Os Estados Unidos também conseguiram um destaque inigualável na arena econômica. Seu PIB (total de riquezas produzidas), de mais de US$ 10 trilhões (cinco vezes o da América Latina e o equivalente à soma dos PIBs de Japão, Alemanha, Inglaterra e França), representa 32% do PIB mundial. O país produz 30% das patentes mundiais, 25% dos automóveis e 50% dos lançamentos de satélites; e consome 33% da produção do planeta, um terço das importações e 25% da energia gerada no mundo.

5. Desenvolvimento tecnológico.

Com o seu pragmatismo, Roma valorizava as inovações da engenharia. Para manter suas conquistas, um império precisa de tecnologia de ponta. Entre as conquistas mais conhecidas de Roma no campo da engenharia, figuram com destaque as estradas. Na época de Diocleciano (284-305), Roma tinha construído 85 mil quilômetros de estradas. Projetadas para o trânsito rápido do exército, as estradas tiveram um impacto positivo na economia do império. Facilitaram o transporte, o comércio e a comunicação. O sistema postal imperial dependia das estradas para levar notícias e correspondência. Usando diferentes cavalos, um mensageiro podia viajar até 160 quilômetros num dia, se houvesse urgência. As vias principais possuíam estábulos e alojamentos a espaços regulares e constavam nos mapas e guias. As estradas eram símbolos de poder e soberania, mostrando quem controlava o território.

Os Estados Unidos, igualmente, lideram as façanhas científicas e tecnológicas do planeta, detendo um predomínio absoluto no número de patentes mundiais e na conquista de prêmios Nobel. A "superestrada" da informação, a Internet, também idealizada originalmente como ferramenta militar, já figura no centro do comércio americano. As conquistas científicas e tecnológicas americanas também servem de símbolos ideológicos e políticos. São importantes porque afetam a maneira como as pessoas percebem as relações de poder no mundo.

6. Influência cultural.

Todo império, além de conquistar, precisa manter o que conquistou. Isso se consegue pela força ou pela arte de fazer os conquistados quererem o que o conquistador quer. Roma às vezes mantinha suas legiões nas regiões conquistadas, mas também sabia seduzir os povos com a sua ideologia, a sua cultura e os seus luxos. Roma assimilava a cultura dos povos dominados, reciclava-a, mesclava-a com os seus valores e a vendia de volta. Tácito observou na Britânia que os nativos pareciam gostar de togas, banhos aquecimento central, nunca percebendo que esses eram os símbolos de sua "escravização". Os historiadores calculam que, por volta do ano 170 d.C., a população do império chegava a 65 milhões. Havia uma mistura de nacionalidades, sendo os cidadãos romanos os mais valorizados. Ainda hoje admirado, o direito romano regulava a vida do império.

De modo parecido, os Estados Unidos exercem uma influencia cultural avassaladora. O imperialismo cultural americano ocorre através de Hollywood, da Disney dos jogos, da mídia da música e de produtos como McDonald e Coca-Cola. O politeísmo de ontem virou o multiculturalismo de hoje. O inglês de hoje, falado por mais de um quinto da população do planeta, é o latim de ontem. O dólar, como as moedas romanas, é a moeda mundial. A população americana também é uma mistura de etnias, sendo os cidadãos americanos os mais privilegiados.

Não por acaso, o governo dos Estados Unidos pressionou o Tribunal Penal Internacional, que começou a funcionar em julho na Europa, para conceder imunidade aos cidadãos americanos. A sociedade americana também valoriza um elaborado sistema jurídico, o que pode ser comprovado pela fixação de Hollywood em filmes envolvendo tribunais e advogados.

7. Hostilidade no Oriente Médio.

O Império Romano teve sérios problemas com a Palestina, especialmente com os "zelotes", grupo extremista judeu. Espécie de precursores dos extremistas islâmicos de hoje, os zelotes rejeitavam qualquer afinidade com a Pax Romana. Para eles, o sincretismo religioso promovido por Roma era abominável. Na vanguarda da resistência judaica, mas sem ostentar uma unidade político-militar, os zelotes incluíam facções ultra-radicais e cruéis, como a dos sicários. Eles banharam o solo da Palestina com o sangue de quase meio milhão de vidas, incluindo romanos e judeus colaboradores de Roma. Inspirados no movimento de Judas Macabeu, que, dois séculos antes, libertara os judeus do domínio sírio de Antíoco Epifânio, os zelotes lideraram uma revolta contra Roma, que terminou com a destruição e a profanação de Jerusalém pelas legiões romanas, no ano 70 d.C. Refugiados na fortaleza de Masada, num platô às margens do Mar Morto, os quase 900 zelotes/sicários remanescentes, liderados por Eliezer Ben Yair, desafiaram o cerco romano, até decidirem pelo suicídio coletivo, no ano 73, para não caírem nas mãos de Roma.

De modo semelhante, o Oriente Médio representa um problema hoje para a Pax Americana. Há mesmo quem acredite que a política externa dos Estados Unidos só irá funcionar quando for resolvida a crise do Oriente Médio. A crise atual envolvendo o Iraque é apenas mais um capítulo na tumultuada relação do país com a região. O interessante é que, assim como ex-protegidos de Roma se voltavam contra o império, ou por ódio ideológico ou por quererem suas regalias, também ex-protegidos de Washington (como Saddam Hussein) têm se rebelado contra o império americano.

8. Decadência interna.

Antes de sua queda, Roma sofreu um processo de declínio moral. Durante séculos, seu alvo era helenizar ou romanizar as outras populações, ou seja, transmitir a cultura e os ideais da civilização greco-romana para o mundo. Mas, com o tempo, voltou-se para o luxo, a artificialidade, o misticismo, a superstição e a militarização. O grande historiador de Roma Michael Rostovtzeff (1870-1952) observou que, com a implantação da cultura de massa no Império Romano, houve uma simplificação dos conceitos e dos processos da vida política, social, econômica e intelectual. Roma sofreu uma "barbarização" interna.

Hoje, vem-se falando também da decadência interna americana. Morris Berman, autor de The Twilight of American Culture (O Crepúsculo da Cultura Americana), compara a situação atual dos Estados Unidos à de Roma no seu período de declínio. Pintando um quadro do "barbarismo interno" americano, Berman cita, entre outras coisas, um abismo crescente entre ricos e pobres, gastos astronômicos com segurança, queda no nível cultural e "morte espiritual" (apatia, cinismo, corrupção, perda do espírito público).

Um indício de que os Estados Unidos são movidos hoje mais por interesses políticos, econômicos e militares do que por ideais culturais e espirituais, diz Berman, é o fato de os terroristas terem escolhido como alvos de seus ataques símbolos como o World Trade Center e o Pentágono. Seria notável, até bizarro, ele observa, se os terroristas tivessem alvejado o Memorial Jefferson ou a Universidade de Colúmbia.

9. Ameaça externa.

Os bárbaros representaram o desafio final para o Império Romano. O termo "bárbaro" tem origem grega. Segundo uma versão anedótica, os gregos deram esse nome aos antigos povos da Europa (como vândalos, alamanos, suevos, anglos e saxões, entre outros) porque eles não falavam grego e a sua fala soava como "bar-bar-bar", ou seja, um blá-blá-blá inintelígivel. O nome veio a significar "estrangeiro, nômade", "iletrado", "incivilizado" e "violento". Embora poucos bárbaros pudessem ler e escrever, a história mostra que esse estereótipo negativo era injusto. Roma ignorou a civilização dos bárbaros, desafiou-a e pagou caro. Durante quatro séculos, os bárbaros pressionaram as fronteiras do Império Romano. Em 378, os godos conseguiram uma vitória decisiva, em Adrianópolis. Essa batalha expôs a fragilidade do império e encorajou novos ataques. Roma não era invencível.

Finalmente, em 476, os bárbaros depuseram o último imperador romano e colocaram o líder germânico Odoacro no trono, tornando-o rei do Império Ocidental. Os Estados Unidos têm os seus próprios bárbaros. O império americano ignora a cultura e o mundo dos "bárbaros" modernos. Para os americanos, o terrorismo islâmico é completamente irracional.

Em sua mentalidade, a única civilização que conta é a ocidental, representada pelos Estados Unidos. Os valores corretos são os valores americanos; o estilo de vida americano é o único jeito "razoável" de viver. Talvez os americanos nunca tenham levado a sério a ameaça e o poder dos novos bárbaros, até 11 de setembro de 2001. A queda do World Trade Center expôs a vulnerabilidade do império. Isso mostra que, do ponto de vista estratégico imediato, Bush não esta errado em querer atirar primeiro. A questão é se essa é uma opção aceitável para uma democracia.

10. Papel profético. Roma entrou na profecia bíblica através da figura de um "animal terrível e espantoso" (para saber mais, acompanhe as colunas do Dr. José Carlos Ramos na Sinais). O profeta Daniel (2, 7, 8) indica que o Império Romano teria uma fase política, seguida por uma fase mais religiosa, até ser fragmentado e prosseguir como uma mistura de força (ferro) e fragilidade (barro). Em seus piores momentos, seria um império brutal e perseguidor. Sob esse império pragmático, Jesus seria crucificado e milhares de cristãos perseguidos. Mais tarde, por interesse político, o império iria adquirir características religiosas cristas e assumir papéis ou prerrogativas de Deus. Se nornalmente Roma era tolerante em matéria de religião, assimilando os deuses locais e usando a religião como um meio de integrar os conquistados à sociedade romana, ela se tomava intolerante e opressiva sempre que alguma expressão religiosa era percebida como uma ameaça à segurança do império.

Os Estados Unidos também parecem estar retratados na profecia bíblica. Em Apocalipse 13, João fala de um poder político-religioso ditatorial que imitaria a "besta ou monstro" do Império Romano. Na verdade, João primeiro descreve o próprio Império Romano em sua fase dominada pela política papal; depois, começa a descrever o poder que imitaria e tentaria reviver o Império Romano.

Na perspectiva de João, são duas "bestas" e uma mesma agenda. A ideologia, os métodos e os alvos são semelhantes. Exercendo um poder global, ambas as bestas misturam política com religião, impõem um tipo de adoração e perseguem o povo de Deus. A Roma moderna pareceria cordeiro, mas falaria e agiria como dragão. Seu objetivo, numa fase dominada pela religião, é dar uma nova vida para a antiga Roma, que foi ferida de morte, mas esta recuperando seu prestígio.

A nova Roma implantará um dia obrigatório de adoração (o domingo), assim como a Roma de Constantino fez no 4º século, e o usará como teste de lealdade ao sistema global defendido por ela. Quem não se submeter à política dominante sofrerá sanções econômicas e punições (i)legais. Em algum momento, a política de atacar preventivamente grupos suspeitos será posta em prática contra minorias inocentes.

Segundo a interpretação adventista, essa segunda "besta" ditatorial, surgida da 'terra" (símbolo de lugar deserto ou pouco habitado, como a América na época do "descobrimento", em contraste com a primeira "besta", que surgiu do mar, símbolo de lugar povoado, como o Mediterrâneo e a Europa da época), é a nação americana. Desde o século 19, quando os Estados Unidos eram vistos positivamente no imaginário protestante e estavam longe de ser uma potência mundial, os adventistas vêm defendendo essa interpretação. Em 1851, John N. Andrews (1829-1883) foi o primeiro adventista a identificar, por escrito, a América protestante com o poder ditatorial da segunda besta de Apocalipse 13.

Em 1888, no livro O Grande Conflito, Ellen White (1827-1915) frisou: "A aplicação do símbolo não admite dúvidas. Uma nação, e apenas uma, satisfaz às especificações desta profecia; esta aponta insofismavelmente para os Estados Unidos da América do Norte." Até agora, a história tem mostrado que os pioneiros adventistas estavam certos.

América invencível? - Ninguém pode negar que os Estados Unidos alcançaram uma posição sem rival à altura. Ou que têm sido os campões históricos da democracia e da liberdade. Os líderes americanos sabem disso. Por esse motivo, são tentados a agir sozinhos. Mas é bom lembrar que mesmo Roma, com todo o seu poderio, finalmente caiu. Joseph Nye, de Harvard, alertou num artigo em The Economist que, se é errado prever um colapso a curto prazo dos Estados Unidos, como era quase consenso na década de 1980, é igualmente perigoso imaginar que a potência americana seja invencível, como diz a sabedoria convencional atual, especialmente se isso levar a uma política exterior que combine unilateralismo, arrogância e paroquialismo.

O poder em uma era de comunicação global, compara Nye, é distribuído entre os países em um padrão que lembra um complexo jogo de xadrez tridimensional. No topo do tabuleiro, o poder militar é amplamente unipolar (só dá os Estados Unidos). No meio do tabuleiro, o poder econômico é multipolar (além dos Estados Unidos, há, por exemplo, a Europa, o Japão e a emergente China). Na base do tabuleiro, o poder na esfera das relações transnacionais que fogem ao controle do governo é amplamente disperso (não há como manter a hegemonia).

Isso significa que os Estados Unidos podem ser tentados a exercer seu poder hegemônico para reforçar as áreas onde não têm tanto poder. Hoje, a revolução na informação permite a criação rápida de comunidades virtuais que cruzam as barreiras nacionais. "O problema para os americanos no século 21", observa Nye, e que cada vez mais as coisas fogem ao controle mesmo do mais poderoso Estado." Agir unilateralmente, na tentativa de querer controlar as ameaças reais ou imaginárias, pode enfraquecer a nova Roma.

Se o Apocalipse realmente estiver descrevendo os Estados Unidos como a nova Roma, então o fim dessa super­potência ocorrerá quando uma potência ainda mais poderosa aparecer e dominar o planeta. Essa potência futura é o reino do próprio Deus, que será estabelecido quando Jesus retornar à Terra. Diante desse reino de justiça e paz, nenhuma Roma pode subsistir.

 Extraído da revista Sinais, edição de janeiro-fevereiro de 2003, págs. 11-14.


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