
Marcos De Benedicto
No dia 20 de janeiro, quando George W. Bush, 54 anos,
for empossado como o 43o presidente dos Estados Unidos e proferir o
tradicional discurso "State of the Union", é provável que algumas coisas comecem a
mudar em relação à política interna norte-americana. Porém, será que a posição
internacional do país mudará? Será que a prosperidade econômica da era Clinton é
passageira? Qual é a verdadeira vocação de Tio Sam? Que papel esta nação exercerá no
contexto religioso deste século?
O primeiro fato (óbvio) a ser ressaltado é que,
após vencer a Guerra Fria com a então União Soviética, os Estados Unidos chegaram ao
século 21 como a única superpotência global. Nem a China nem a União Européia
ameaçam a sua hegemonia. No final dos anos 80, alguns observadores políticos, como
Paul Kennedy, apostaram na decadência americana, duvidando de sua capacidade de
competir no mercado internacional, especialmente diante da ascensão do Japão e da
Alemanha. Mas hoje não há dúvida de que o país é o incontestável número 1 e continua
dando as cartas. Em entrevista a Josélia Aguiar, da Folha de S. Paulo, o escritor
Gore Vidal, autor de uma série de sete romances históricos sobre os Estados Unidos,
reconhece que não "há sinal de outro poder que rivalize com o norte-americano".
Os números apontam para a supremacia americana em
várias áreas importantes. Com 275,8 milhões de habitantes (5% da população mundial),
os Estados Unidos têm um PIB (total de riquezas produzidas) de cerca de US$ 10
trilhões (cinco vezes o da América Latina e mais do que a soma dos PIBs da Alemanha,
França e Japão). As receitas do governo previstas para 2001 ultrapassam US$ 2
trilhões, o que significa quase 20 vezes a receita prevista pelo governo brasileiro.
A renda per capita anual é de US$ 36.258. No total, há quase 5 milhões de
milionários (1,81% da população). De cada 3 dólares da riqueza em circulação no
planeta, 1 tem origem na economia americana. O país ocupa a 3a posição no
Índice de Desenvolvimento Humano da ONU, no qual o Canadá lidera a lista e o Brasil
está em 74o lugar.
"Militarmente", opinou Charles Krauthammer na
revista Time, "nunca houve nos últimos mil anos um abismo tão grande entre o poder
número 1 e o número 2". O presidente americano controla o maior arsenal bélico do
planeta, com cerca de mil mísseis nucleares (sendo 500 intercontinentais), 1.600
caças e 1,4 milhão de militares na ativa. A previsão do orçamento da Defesa para
2001 é de US$ 300 bilhões, valor 12 vezes maior que o de todos os orçamentos
militares do mundo somados.
Em termos de conquistas, produção e consumo, as
estatísticas também são reveladoras. Os Estados Unidos produzem 30% das patentes
mundiais, 25% dos automóveis e 50% dos lançamentos de satélites; e consomem 33% de
tudo o que se produz no planeta, um terço das importações e 25% da energia gerada no
mundo. O país tem as dez marcas mais valiosas, 50% dos usuários de Internet, o maior
número de medalhas de ouro em Olimpíadas (852, contra 12 do Brasil), mais de 80
prêmios Nobel; e controla 25% do mercado de filmes e um terço do mercado
fonográfico.
As companhias americanas representam 46% das 500
maiores empresas do mundo, e estão aumentando sua porcentagem nos lucros globais. Os
americanos têm 244 entre as 500 maiores corporações, contra 46 dos japoneses e 23
dos alemães. Considerando-se o universo das 100 maiores companhias, eles controlam
61%. A Microsoft, de Bill Gates, e a General Motors estão no topo da lista.
Praticamente todas as áreas que encabeçam o processo de globalização têm as digitais
americanas: finanças (negócios bancários), alta tecnologia (como softwares para
computador), setor aeroespacial, indústria farmacêutica, comunicação e
entretenimento.
Outro aspecto relevante, embora mais sutil, é o
fato de que os Estados Unidos exercem uma influência dominadora em alguns dos
principais organismos do planeta: ONU, na área política; OTAN, na área militar; e
FMI, Banco Mundial e G-7, na área financeira.
Imperialismo cultural
Não é preciso continuar
apresentando dados para constatar que os
EUA são uma
potência. Mas que tipo de potência? Pouco antes de sua complexa vitória sobre Al
Gore, o presidente eleito George W. Bush escreveu que seu país nunca foi um império.
"Talvez sejamos a única grande potência na história que teve a oportunidade de sê-lo
e rechaçou, preferindo a grandeza ao poder e a justiça à glória." De fato, os
Estados Unidos não são um império no sentido tradicional; mas não deixam de cultivar
e exercer um neo-imperialismo sofisticado, legalizado, consentido e quase desejado,
adaptado ao espírito democrático dos tempos modernos.
O "imperialismo" americano, hoje, é basicamente
cultural/ideológico e econômico. Não é mão de ferro, mas sim de celulose e silício.
Se há uma cultura global, é a cultura dos Estados Unidos. O inglês é a língua mais
influente do planeta, sendo falada por mais de um quinto da população mundial.
Coca-Cola e McDonald’s são encontrados em todos os cantos. Os filmes e programas de
TV americanos dominam as telas do mundo inteiro, com os artistas de Hollywood
tentando convencer o povo de que seu estilo de vida é o mais sensacional que existe.
Em especial, eles influenciam a massa crítica de 800 milhões de adolescentes no
mundo. Para escrever este texto, estou usando programa de computador americano. A
cultura americana está logrando tal ascendência que países como o Canadá e o Japão
já incorporaram muito dela, enquanto a França vê a sua própria essência em perigo e
tenta resistir. Mas quem poderá vencer a globalização americana?
Há 100 anos, a vocação imperialista americana era
muito mais visível, tanto é que a campanha presidencial de 1900 foi marcada por
discursos anti-imperialismo. Na época, era disseminada a idéia de que a exploração
de recursos de colônias distantes constituía uma das melhores maneiras de acumular
riquezas. Porém, os anti-imperialistas argumentavam que, se os Estados Unidos eram
uma república formada por uma revolução contra o imperialismo britânico, como
ignorar seus ideais de liberdade e oprimir outros povos? Protestando contra a guerra
filipino-americana, o escritor Mark Twain, vice-presidente da Liga
Anti-Imperialista, afirmou: "Eu sou anti-imperialista. Sou contra a águia colocar
suas garras em qualquer outra terra." Finalmente, na década de 1920, o país
abandonou a ambição territorial – isso muito depois de tomar a metade do México,
incluindo a Califórnia e o Texas.
Assim, ancorada em uma sólida democracia (apesar
do sistema arcaico de escolha do presidente), a mentalidade coletiva americana é
voltada para ideais de liberdade e justiça, patriotismo e livre comércio. Essa
tríplice bandeira é vislumbrada em vários documentos e discursos famosos. O "Credo
do Americano", resultado de um concurso nacional vencido por William Tyler Page em
1918, diz: "Eu acredito nos Estados Unidos da América como um Governo do povo pelo
povo, para o povo [...]; estabelecido sobre os princípios de liberdade, igualdade,
justiça e humanidade pelos quais os patriotas sacrificaram suas vidas e fortunas."
Em seu discurso de posse como 35o presidente americano, John Kennedy
proferiu a frase inesquecível: "Não pergunte o que seu país pode fazer por você.
Pergunte o que você pode fazer por seu país." Martin Luther King Jr., herói dos
direitos humanos, sonhou com a liberdade e a harmonia social em seu celebrado
discurso "I Have a Dream" (Eu tenho um sonho), proferido em 28 de agosto de 1963. E
o então presidente Calvin Coolidge dizia que os negócios dos
EUA são os
negócios.
Em nome de seus valores e ideais, os americanos
estão dispostos a tudo – ou pelo menos a tudo o que lhes interesse. A "guerra
justa", em defesa da virtude, faz parte de seu ideário. Talvez por considerar a
América Latina uma espécie de quintal (ou "esfera de influência", como
eufemisticamente declarou a Doutrina Monroe em 1823) de seu país, eles têm uma
extensa ficha de intervenções militares na região. Entre a Guerra Espano-Americana
(em 1898) e a Grande Depressão (na década de 1930), os
EUA enviaram
tropas aos países latino-americanos 32 vezes. Isso sem falar em dezenas de outras
interferências menores posteriores, incluindo a ação da CIA no Golpe de 1964 no
Brasil.
Não é nenhuma novidade que, na defesa de seus
interesses, os Estados Unidos são duríssimos com outros países. Isso até os
americanos e seus aliados reconhecem. Gore Vidal comenta: "Os
EUA sempre agem de
má-fé com outros países. Sejam sempre cautelosos ao lidar conosco. Interferir nos
outros países é um hábito que não devemos perder." Para o escritor, o Estado
americano é um império brutal, que aumenta a cada dia a vigilância policialesca
sobre todos e mantém 3% de sua população adulta (6,6 milhões de pessoas) em prisões.
Um dos aspectos criticados pelo professor James
Petras, no livro Hegemonia dos Estados Unidos no Novo Milênio (Vozes, 2000), é a
mania americana de ajudar a derrubar governos e esfacelar sistemas que não se
alinham com a sua filosofia e depois abandoná-los à própria sorte. "A vontade de
destruir não é correspondida pela vontade de criar", comenta Petras. Ele vê um
"descaso maligno" dos Estados Unidos no caso dos russos, por exemplo, que hoje têm
um nível de vida pior do que no falido regime comunista. Não há apoio efetivo para a
reconstrução de um novo modelo de desenvolvimento.
Apesar de alguns detratores convictos, os
EUA
têm seus defensores ardorosos. Muitos líderes estrangeiros aceitam com prazer a
preeminência de Washington. Afinal, com uma Rússia, China ou mesmo Japão dominando o
mundo, a situação poderia ser mais instável e pior. Porém, não gostam do seu estilo
arrogante. A maioria dos americanos não se interessa pelo que acontece fora de seu
país. Para muitos deles, a América é o centro do cosmos. Às vezes, os líderes
americanos falam e agem como se tivessem um mandato divino para governar o mundo.
Não foi por acaso que a autora Margaret Atwood reclamou que a única posição que os
americanos têm adotado em relação a seu país, o Canadá, é a posição missionária – "e
nós não estávamos no topo", acrescentou.
Essa postura tem raízes sócio-político-econômicas.
Como observou Moisés Naím, editor do periódico Foreign Policy, "o conceito de
triunfalismo tem mais a ver com economia do que com qualquer outra coisa". Os
americanos são pragmáticos e gostam de eficiência. Em geral, quando decidem fazer
alguma coisa, há boas chances de obterem sucesso. Tendo saído vitoriosos nas duas
guerras mundiais e tendo triunfado economicamente no contexto global, eles se vêem
no direito de liderar o mundo.
Protagonista do mal?
Como será o império
americano no século 21? A rigor, ninguém sabe se a expansão econômica dos últimos
dez anos vai se sustentar. A longo prazo, Gore Vidal prevê uma queda: "Aos poucos,
nós nos tornaremos menores e menos agressivos. Provavelmente vamos nos tornar alguma
coisa entre o Brasil e a Argentina, quem sabe um poder médio." Porém, fora a
tendência natural de alternância no ápice da pirâmide das nações, nada parece
ameaçar a posição americana. Não há vislumbre de um mundo bipolar, tripolar ou
multipolar, como até o Vaticano gostaria.
Se depender da interpretação que os americanos
John N. Andrews (1829-1883) e Ellen White (1827-1915) deram à profecia do Apocalipse
13, os Estados Unidos vão ser protagonistas até o fim da história. Andrews foi o
primeiro adventista a identificar, por escrito, a América protestante com o poder
ditatorial da segunda besta de Apocalipse 13. Seu artigo foi publicado em 1851,
quando os EUA
ainda não tinham expressão militar (veja o quadro "A evolução de uma potência"). Em
1884, Ellen White também associou os Estados Unidos com esse poder, o qual fala como
cordeiro, mas age como dragão (verso 11). Em 1888, no livro O Grande Conflito, ela
voltou a frisar: "A aplicação do símbolo não admite dúvidas. Uma nação, e apenas
uma, satisfaz às especificações desta profecia; esta aponta insofismavelmente para
os Estados Unidos da América do Norte."
Apocalipse 13 descreve dois poderes, aos quais seu
autor chama de "bestas" ou "monstros", que vão dominar o cenário mundial no fim dos
tempos e perseguir as minorias que discordarem de sua política global. O primeiro
desses poderes seria o Vaticano (que tomou o lugar da antiga Roma), e o segundo os
Estados Unidos (a nova Roma). Um poder é religioso-político e o outro
político-religioso. Como o Vaticano tem influência moral, mas não poder militar, os
Estados Unidos emprestariam a sua autoridade para a cúpula da Santa Sé levar seus
planos adiante.
Devagar, a liderança política dos Estados Unidos,
especialmente a Nova Direita Cristã, iria abrindo espaço para a influência católica
em seu país e no mundo. Entre os itens da agenda desses poderes, estaria a
instituição legal de um dia sagrado, o domingo, que servirá de teste de lealdade ao
novo sistema. Quem desobedecer será perseguido e punido.
Uma das armas dos Estados Unidos para essa batalha
global, a qual vem sendo testada há tempo, seria a sanção econômica. Em linguagem
simbólica, o Apocalipse prevê que o "monstro" (figura profética) tomará medidas
concretas: "Ele obrigou todas as pessoas, importantes e humildes, ricas e pobres,
escravas e livres, a ter um sinal na mão direita e na testa. Ninguém podia comprar
ou vender, a não ser que tivesse esse sinal, isto é, o nome do monstro ou o número
do seu nome" (Apoc. 13:16 e 17). Se antes a sanção era aplicada a países, parece que
então será dirigida a indivíduos. As novas tecnologias facilitarão o processo de
controle.
Entre os que defendem essa interpretação, há quem
pense que os Estados Unidos só apoiarão a política do Vaticano devido a uma suposta
falência econômica do país. Porém, esse raciocínio não faz muito sentido, pois os
Estados Unidos só poderão conferir poder se continuarem detendo o poder econômico e
militar. Um país quebrado não teria força. Provavelmente, crises morais (e talvez
financeiras), vulnerabilidade a terrorismo, problemas ecológicos e o desejo de
voltar a ter um mundo mais previsível e sob controle desencadearão o apoio a um
projeto de governo mundial, qualquer que seja a sua face.
Obviamente, para apoiar uma versão cristianizada e
ditatorial da globalização, os Estados Unidos teriam que mudar a sua Constituição,
ou pelo menos a maneira de interpretá-la. A separação entre Igreja e Estado é
prevista em lei. O Congresso não deve legislar em matéria de religião. No momento,
parece difícil visualizar uma mudança no comportamento político americano, tão
amante da liberdade de expressão e de culto. Mas, em seu livro One Nation Under God?
(Pacific Press, 1996), ainda sem tradução no Brasil, Clifford Goldstein não só
mostra que isso é possível, como também descreve as fissuras que vêm sendo feitas no
sólido granito da Constituição americana.
No mínimo, a interpretação adventista tem
resistido ao teste do tempo e caminha na direção da história. Ao contrário, as
interpretações dispensacionalistas de alguns anos atrás que colocavam a União
Soviética no papel central de império perseguidor de Israel perderam o sentido. A
interpretação de Hal Lindsey, Pat Robertson e cia. virou sucata, ao passo que o
enfoque adventista ganha relevância.
Se o mundo tem muito a agradecer ao senso de
liberdade e justiça da águia americana, poderá chegar o dia em que terá de lamentar
o poder de suas garras. Afinal, nem tudo o que é bom para os Estados Unidos é bom
para as minorias. Enquanto não chega esse dia, viva a liberdade americana!
Imperialismo X globalização |
O imperialismo vem sendo praticado
há séculos no planeta. Ele consiste em dominar outros povos ou territórios
(geralmente chamados de colônias) para benefício econômico, político ou militar.
É a disposição irrefreável que um país tem de expandir seu território ou seu
poder, sem respeitar limites.
A Grã-Bretanha, por exemplo, já
controlou a Austrália, Nova Zelândia, Ilhas Salomão e Índia, que era sua "jóia
da coroa". A França colonizou Tunísia e Marrocos, entre outros povos. Os Estados
Unidos, além de transformar o Havaí em Estado americano, guerrearam com a
Espanha para libertar as Filipinas, Porto Rico e Cuba do domínio espanhol, mas
acabaram usando a intervenção para praticar seu próprio imperialismo. África e
América Latina foram alvos importantes do imperialismo europeu.
A globalização existe desde o
final do século 15, mas em sua versão moderna é um fenômeno recente. Trata-se do
intercâmbio de dinheiro, produtos e idéias em escala ampla e rápida.
Teoricamente, a globalização é global; mas, na prática, não é bem assim.
Os
EUA, com a sua defesa do livre
mercado, lideram informalmente o processo de globalização. A globalização não é
ruim em si. O problema é que, enquanto os mais fortes tiram vantagens, os mais
fracos são explorados e às vezes morrem no caminho. Seja como for, a
globalização é uma realidade, e não uma alternativa. |
A evolução de uma potência |
No século 19, ao identificar a
besta de Apocalipse 13:11 como os Estados Unidos, os pioneiros adventistas
previram que este país conquistaria o status de superpotência sem rival, no
ápice do sistema internacional.
Clifford Goldstein, autor
judeu-americano, comenta que a interpretação adventista foi notável por duas
razões. Primeiro, ela foi feita quando os outros expositores viam de maneira
positiva a função da América. Em 1850, Herman Melville escreveu: "Nós os
americanos somos o povo peculiar, escolhido de Deus – o Israel de nossos dias;
nós carregamos a arca das liberdades do mundo."
Em segundo lugar, os
adventistas fizeram suas interpretações quando os Estados Unidos dificilmente
poderiam ser considerados uma superpotência. Se essa interpretação parecia
implausível alguns anos atrás, como ela pareceria na segunda metade do século
19, quando as grandes potências ainda eram as do velho mundo – Prússia, França,
Áustria-Hungria e Inglaterra? Na época, os EUA
ainda estavam enfrentando os índios, e nem sempre os venciam!
Veja a seguir a evolução do
poder militar americano:
1814 –
O exército americano era tão frágil que os ingleses incendiaram Washington D.C.
1851 –
Os
EUA tinham um
exército de cerca de 20 mil homens em tempo de paz, apenas um décimo do número
de combatentes na batalha de Waterloo.
1867 –
Os bravos de Touro Sentado liquidaram o Sétimo Regimento de Cavalaria do General
Custer.
1933 –
Quando Hitler passou a ser o
Führer, os Estados Unidos tinham apenas o 16o maior exército do mundo
– menor que o da Espanha, Turquia e até que o da Polônia.
1945 –
Os
EUA jogam
bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, levando o Japão a uma rendição
incondicional.
Pós-1945 –
Depois de
emergir vitoriosamente da Segunda Guerra Mundial, os
EUA gozaram de
uma hegemonia sem rival, mas não por muito tempo, pois a União Soviética os
desafiava em todas as áreas, inclusive no espaço.
1991 –
Na Guerra do Golfo, os
EUA
lideram as forças coligadas de cerca de 30 países na Operação Tempestade no
Deserto, que obrigou o Iraque a se retirar do Kweit.
1991 –
A União Soviética se
desintegra e os EUA
vencem a Guerra Fria, tornando-se a única superpotência do mundo.
1992 –
Um documento
confidencial da Direção do Plano de Defesa, contendo a política militar da
América para a nova ordem mundial, é entregue ao jornal The New York Times e
revela que o primeiro objetivo dos EUA
é prevenir o aparecimento de um rival (como a União Soviética) que represente
uma ameaça para o mundo.
2000 –
Os
EUA possuem o
maior arsenal bélico do planeta, com cerca de mil mísseis nucleares (sendo 500
intercontinentais), 1.600 caças e 1,4 milhão de militares na ativa. A previsão
do orçamento da Defesa para 2001 é de US$ 300 bilhões, cifra 12 vezes maior que
a de todos os outros orçamentos mundiais.
Fonte:
adaptado de O Dia do Dragão (Casa, 1997), de Clifford Goldstein |
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