Teólogo Adventista Prega Abertamente contra o Anticristo no México e Ensina sobre o Santuário aos Pastores O QUE APRENDI DE TUXTLA Dr. Alberto R. Treiyer Tuxtla é a capital de Chiapas, México. O nome significa “coelho”, e seu nome completo é Tuxtla Gutiérrez. Eu pensava que iria me encontrar ali com os indígenas mais fanáticos e fechados do México, mas me encontrei com irmãos brancos e indígenas não só civilizados, mas também transformados em profissionais e ricos. À medida que entrava na cidade via Mc Donald’s, Burger Kings, SAM’s Clubs, etc. “Onde estou?,” perguntei. “No México ou nos Estados Unidos?” Explicaram-me que a cidade mudou radicalmente há uns cinco anos atrás. As novas estradas, todas asfaltadas que a ligam ao resto do México sem grandes dificuldades, mais a globalização, acabaram permitindo o seu progresso para uma cidade moderna que pouco terá que invejar à maioria das demais cidades do México. Fiquei também surpreso ao ver que atualmente, talvez como um dos passos que a ALCA irá requerer, tudo ali está tão ou mais caro que no grande país do norte. O salário dos pastores adventistas é equivalente ao que tinham os pastores argentinos antes de a Argentina sair da sua boa situação. Não é á toa que muitos argentinos do mundo estão se mudando para o México com suas empresas. Fiquei também impressionado ao ver a quantidade de europeus e norte-americanos que vão fazer turismo nesta cidade e em cidades próximas ou vizinhas. Alguns são sociólogos que procuram os Zapatistas guerrilheiros e os apóiam economicamente para reivindicar suas reclamações sociais. Embora em anos recentes, os zapatistas deixaram de ser uma ameaça real, pois foram encerrados para o sul a uma zona reduzida, nem por isso as suas aspirações morreram. Inclusive nossa igreja tem boas relações com os Zapatistas. Um dia depois de passarmos por São Cristóvão, uma cidade de muito turismo por sua representação indígena e a 60 kms de Tuxtla, católicos e evangélicos se agarraram a tiros com um saldo de seis ou sete pessoas mortas, entre eles quatro policiais. A igreja Católica, por seu meio eletrônico Zenit do Vaticano, desmentiu que o enfrentamento tivesse que ver com motivos religiosos, e quis reduzí-lo a um enfrentamento puramente econômico e civil, ligado aos Zapatistas, mas isto não parece ser verdade. O problema é que o governador de Chiapas é evangélico, e os levantes católicos de indígenas fanáticos contra evangélicos e principalmente adventistas tiveram que ser refreados pelo exército. Não convém a Roma esta imagem que deixam, já que atrapalha suas projeções ecumênicas los lugares onde não possui pleno poder.
O "Sumidero" da Encosta. Um dos lugares mais visitados de Tuxtla é o "sumidero", uma encosta por cujo meio passa o rio Grijalba que logo se converte na marca divisória de dois países, México e Guatemala, até cair no Oceano Pacífico É um lugar muito pitoresco. Percorremo-lo por acima e por abaixo. Se tornava mais difícil filmá-lo porque é uma passagem muito elevada e estreita. Em determinado lugar a montanha cai a pique por um quilômetro, em um espaço em relação à montanha de uns 30 ou 40 metros se muito. Enquanto olhava de baixo para cima, sabendo que de profundidade havia 200 metros de água, imaginava o que seria atirar-se lá de cima para mergulhar em meio a este rio. Mas media também esta hipótese, sobre o problema de não dar o salto exato nem encontrar-se livre de alguma rajada de vento que arraste uma pessoa contra qualquer dos dois enormes penhascos. Este rio foi explorado em anos recentes através de várias represas (que chamam de “presas”), e que por sua vez alargaram um pouco o seu canal. Por Chiapas ser um estado infestado de montanhas, se torna muito pitoresca, e o "sumidero" é um dos atrativos mais notáveis. Mais longe, visitado por nós já fazia alguns anos, está o Palanque e perto dele umas cascatas muito bonitas. Que pena que então não tinha a filmadora que agora tenho, e que esta vez ia ser mais difícil me dirigir até ali. Em especial, as cascatas de Água Azul e do Tzimol são preciosas, assim como o Chorradero, a cascata do Misol e outras quedas mais, já que toda Chiapas é zona de montanhas e riachos.
Pode-se pregar do Anticristo com liberdade? Há vários anos, enquanto dava uma campanha evangelística na cidade de Riverside, Califórnia, baseada em Daniel e Apocalipse, me ocorreu perguntar ao pastor: “Posso falar aqui com liberdade sobre o papado e seu papel na profecia?” Respondeu-me então que sim, mas que se fosse até o México podia ter problemas. No ano seguinte me convidaram a dar conferências em Monterrey, no norte do México, e perguntei o mesmo. Responderam-me: “Aqui não vai haver problemas. Mas se for ao sul do México pode ser que tenha.” Dois anos depois me convidaram a dar conferências em Coatzacoalcos, no estado de Veracruz, ao sul do México. “Posso falar aqui com liberdade sobre o Anticristo e sua identificação com o papado?”, tornei a perguntar. A mesma resposta: “Aqui sim. Mas se for a Chiapas, pode se meter em problemas.” Providencialmente este dia chegou. Quando? Em janeiro de 2003. Contei ao presidente da Associação Central de Chiapas (há três Associações neste estado), as perguntas que fiz nos diferentes lugares e as respostas que me tinham dado. Isto o levou a expressar-se em público contando o que me respondeu : “Se quer ter problemas ao pregar com liberdade nossa mensagem profética, terá que ir para fora do México,” concluiu. Não obstante, durante a semana, alguns líderes da Associação e outros pastores me disseram que o presidente que tinham era correto, já que apoiava aos irmãos em situações críticas. Também me disseram que estavam admirados com a liberdade com que me expressava acerca das blasfêmias e enganos do papado, o que me mostra que o enfoque que dava não era comum para eles. Eles gostavam disto porque, conforme me diziam, com toda a documentação que você dá, quem vai poder contradizê-lo? Também pude perceber algum temor não exagerado, mas de precaução, que o mesmo presidente teve ao me aconselhar que não deixasse que o meu filho Roy de 16 anos saísse com outros jovens da igreja. Duas vezes o consultei, e sua resposta foi a mesma. “Até aqui tudo saiu bem. Mas não há por que se arriscar. Quero que possam voltar felizes sem surpresas desagradáveis.” Deu a reluzir seu temor a um uma expressão de preocupação ou parecido...
Uma semana muito cheia Junto conosco (meu filho e eu), viajou o Pr. Efraín Poloche, a quem atribuíram um lugar mais alto mais para os subúrbios da cidade. Deu conferências em um Domo com uma assistência de 2.200 a 2.500 pessoas (se lembro bem). Seus temas se apoiaram nos dez mandamentos, e Deus o abençoou grandemente. Segundo os irmãos que nos buscavam e levavam ao hotel, esta zona era a mais perigosa. Mas até onde soube, não teve nenhum problema. No primeiro sábado inauguraram o templo-auditório no mesmo centro com capacidade para 1.200 pessoas. Alguns diziam 1.500, mas me pareceu que não era para tanto, inclusive 1.200 o diria com generosidade (exceto pelo fato de que esteve abarrotado com pessoas que escutavas pelos flancos e paradas no corredor do fundo). Sendo que não nem todos entraram em um turno, tive que dar todas as noites as conferências em dois turnos. Era impossível poder tomar nota de todas as visitas, já que entravam em massa e saíam em massa, ainda pelas várias portas laterais. Mas das que puderam anotar, tiraram uma média de 150 visitas por noite. Novamente apoiado no que me diziam os pastores e irmãos, 80% dos irmãos e visitas que assistiam a este templo-auditório eram profissionais e universitários. Fiquei impressionado vendo irmãos leigos, engenheiros construtores, leigos e médicos, alguns deles comentando com estusiasmo o meu maior e mais pesado livro inclusive: O Dia da Expiação... O meu maior problema era agora que pude lhes trazer só dois de meus livros, já que todos os outros se esgotaram e um destes dois se esgotou pela terceira vez ali. Tenho que reproduzi-los quando quero justamente publicar em inglês, muito mais ampliado e documentado, o livro Os Selos e as Trombetas, e todas as economias se foram com o investimento nas equipes de TV e nos estudos dos meu filhos... Creio que Deus fará algo, já que sua reimpressão não pode ser atrasada. Todos me pediam os CDs de minhas conferências, já que desde o começo até o final os dava em Power Point. Mas lhes disse que devia melhorar artisticamente vários deles, no uso das letras e sua combinação com as imagens, etc. Alguns me argumentavam que isto o podiam fazer eles com a cópia que lhes vendesse, e o que lhes interessava era a documentação que ali apresentava tanto em quadros como por escrito. Também compartilhei com os pastores dois de meus temas para TV que levei comigo em video-cassete. Foi para mim uma das semanas mais intensas que tive até agora. Pelas manhãs dava seminários sobre o santuário aos pastores das 8:00 da manhã às 2 da tarde. E de noite dois turnos de mais de uma hora cada turno, faziam que estivesse pregando cada dia por 7 ou 8 horas. Se a isto somamos o fato de que não podia me esconder nos intervalos porque me assediavam por todos lados com perguntas, é admirável que a voz me tenha durado até o final. Mas não pude cantar no meio das minhas conferências como estou acostumado a fazê-lo em algumas delas, porque minha voz não dava para tanto. E se não tivesse tido microfone, não teria podido chegar ao final. Na sexta-feira que teria ficado livre porque o seminário concluiu, pediram para dar uma conferência das 8 às 10 da manhã aos administradores mais vários professores, secretárias, etc., em uma universidade com 6.000 alunos. Embora exaustivo, quão prazenteiro me era compartilhar tantas coisas com os pastores e irmãos e tanta pessoas educadas de fora que assistiam às conferências. Lhes agradava (me diziam isto), ver com quanto entusiasmo e entrega compartilhava o que Deus me deu para repartir. Sentiam que ao ensinar e pregar desta maneira os valorizava realmente. Percebendo o esgotamento mental que esta atividade tão intensa poderia me produzir, o presidente da Associação teve a feliz idéia de nos levar em algumas escapadas a jogar "frontón" em um centro de esportes que não estava longe do hotel. Meu filho e o Pr. Poloche desfrutaram também. “Nós necessitamos disto,” dizia-me, “para tirar as tensões.” E de fato, jogavam muito bem. Isto nos revigorou as forças, aproximando-se deles para jogar. Que pena que aqui devo esperar que os meus filhos cheguem para lançar alguns tiros ao arco em frente à minha casa, o que tão bem me faz, porque sozinho não tem graça. Caminhar pelo bosque sempre foi prazenteiro também, mas há algum tempo que não o faço, porque não há novidade alguma no lugar..., e cada vez terá que regular o tempo para poder fazer mais coisas..., e o problema de me surpreender com os cães que por ali os donos soltam pensando que são mansos mas que, frente a alguém que caminha como louco..., e com um pau na mão por precaução...
Na Praça dos Touros Eu não gosto de fazer chamados à frente todas as noites em minhas conferências. Acredito que devem ser escolhidos momentos especiais para isto. Mas os pastores e irmãos me pediram que o fizesse argumentando que esta podia ser a única ou última oportunidade que alguns tivessem de tomar a decisão. Está claro, o argumento é bastante convincente e tratei de me adequar, embora vi em muitos lugares que várias pessoas que assistem a minhas conferências e que não respondem ao chamado, batizam-se da mesma maneira. Há pessoas, sobretudo se são educadas, que como Nicodemos, a quem Jesus deu mensagens diretas mas sem lhe fazer um chamado a decidir-se no momento, devem revelar os as verdades básicas e lhes dar tempo para que amadureçam. Os organizadores das conferências disseram-me que estavam impressionados pela qualidade da mensagem, e que o impacto espiritual que deixava nas pessoas era mais importante que o número de pessoas presentes. Gostei da filosofia do presidente desta Associação. Eles têm reuniões de avaliação com os pastores em seus enormes distritos de 15 a 20 igrejas para cada pastor, alguns mais. Os pastores atuam como mini-presidentes de Associação para o distrito tão grande que têm. Sua tarefa é equipar e auxiliar aos leigos, anciões líderes de igrejas, etc. “O que avaliamos é a tarefa ser levada a cabo,” diziam-me, “não os resultados.” Oxalá todos os presidentes de campo tivessem a mesma visão, e deixassem de criticar tantos pastores que não podem fazer bem sua tarefa e a consciência pela questão de alcançar ou não alcançar os números segundo a filosofia deixada no livro e ministério de Paulo Perla (ex-presidente de duas uniões, a dominicana e a centro-americana), podem terminar medindo o prêmio como o castigo que Deus dá a Seus filhos, administrado pelos líderes da Igreja tal prêmio e castigo (que não lhes ocorra pensar o contrário). Quando no ano passado fui convidado a ir a Chiapas, me disseram que ia haver um batismo de 3.000 pessoas ao concluir as conferências. Logo me informaram de um batismo de 5.000 pessoas. Para obter isto, é costume atrasar por alguns meses aos que se preparam para o batismo. Mas decidiram ter batismos freqüentes razão, pela qual não houve uma concentração grande de batismos. Este número abrangeu toda a União em torno desta temporada. Cedo pela manhã na Praça dos Touros, um estádio para tourada, tivemos um batismo de mais de 300 pessoas. Por um desajuste na programação de viagens e vôo, tiveram que cancelar no último momento a vinda dos representantes da Divisão. Soldaram tanques de ferro para que estivessem postos no centro da areia do estádio, aos quais encheram de água. Quinze pastores oficiavam ao mesmo tempo, e nós (os presidentes da União e da Associação, mais o Pr. Poloche e um servidor), fazíamos a oração por eles. Isto permitiu que quando o sol começasse a ficar bastante forte já tivéssemos terminado.
O avanço espetacular de nossa igreja em Chiapas e outros estados do sul do México Enquanto íamos almoçar na casa de um irmão localizada a uma hora de Tuxtla, passamos por uma população que podíamos ver em sua quase totalidade do alto de uma montanha. “Ali há 14 igrejas adventistas,” disse-me o Pr. Isaías Espinoza, presidente da Associação. “O que? Não parece uma cidade muito grande,” disse-lhe. “30% da população é adventista,” respondeu-me. Contou-me logo que há populações onde a quase totalidade já é adventista. Em uma cidade, também nos contou, houve dois candidatos para a acusação de prefeito. O católico era rico e acreditava que ia ganhar por esta razão. Quando perdeu disse: “Aprendi a lição. Se alguma vez quero ser prefeito desta cidade devo me tornar adventista.” O avanço de nossa igreja é tão expectacular que a Igreja Católica decidiu recentemente nomear a três bispos para ver como refreá-lo. Até o mesmo governador de Chiapas já é evangélico. É obvio, de entre as igrejas evangélicas, a adventista é a melhor representada. Ao viajar de volta de Cancún na semana seguinte com meu filho, passei por Vila Formosa, uma cidade realmente grande no estado de Tabasco. Me disseram que 50% era adventista. Não sei quão bom será, mas quando chamei dali ao presidente da Associação enquanto esperava o ônibus para Cancún, procurando registrar o meu endereço aos irmãos que também quiserem ir até lá, me disse que havia duas Associações em Tabasco, um pequeno estado ao sudoeste do México. Faz uns dois ou três anos, em uma população indígena (não imaginem com choças, mas com o tipo de casas que se fazem em todos lugares, embora singelas e pobres muitas delas), as pessoas eram instigadas pela igreja católica se enfureceu contra o grupo de 20 ou 30 irmãos adventistas, que com muita dificuldade conseguiram escapar quando vieram para matá-los e destruir suas casas. Do alto de uma colina viram como queimavam e destruíam tudo o que tinham. Foram pedir socorro a Tuxtla e o Pr. Isaías Espinoza falou com o governador por eles (não o atual evangélico). Depois de consultar, o governador lhe disse que segundo as leis (inspiradas nos direitos humanos), deviam protegê-los. Mas que se enviassem um exército, estas pessoas eras tão fechadas e duras que iriam ter que matar a um bom número deles e o ódio ia aumentar. Por conseguinte, tinham decidido lhes dar outras terras até onde podiam estender postes de luz, água potável, etc, e onde poderiam viver sozinhos e tranqüilos. O presidente da Associação levou a notícia a nossos irmãos indígenas e eles lhe pediram libertar antes de decidir se aceitar ou não. Viu como discutiam em sua língua nativa, mas não entendia nada. Finalmente chegaram a um acordo e lhe disseram o seguinte. “Pastor, não podemos aceitar a proposta do governo porque isso significaria que nosso povo, de nosso mesmo sangue, vai ficar sem poder conhecer o evangelho. Por conseguinte, decidimos voltar, e se o governo não nos defender e nosso povo nos matar, que nos matem. Mas nós irmos, seria como trair ao Senhor e a nossa gente.” “Isto é o que decidiram?” “Sim, pastor. Isto é o que decidimos.” Quando nosso presidente foi ao governador e contou a resposta destes indígenas nossos irmãos, o governador ficou mudo, e logo depois de refletir por alguns momentos, assombrado e sério, disse-lhe: “Quantas igrejas queriam poder contar com membros como estes que vocês têm!” Por ser capaz de respaldar a seus irmãos em tais decisões, o Pr. Espinoza ganhou respeito e admiração que outros pastores comentaram sobre a sua sensatez ao confrontar situações difíceis. “Se a gente não apoiar aos irmãos em tais provas,” disse-me ele ao contar esta história, “os irmãos se desanimam e dizem que os pastores não têm fé.” Logo depois de consultar, o governador decidiu enviar uma tropa do exército para defendê-los e ajudá-los a reconstruir suas casas e seu lugar de reunião. As pessoas furiosas gritavam e nossos irmãos foram até a praça convocando às pessoas a ir até lá, porque queriam lhes falar. Foram mas furiosos ameaçavam matá-los. Nossos irmãos lhes disseram que eles queriam ser seus amigos, que não foram causar-lhes nenhum dano, que pedissem o que quisessem e eles iriam ajudá-los. Como a fúria não cessava terminaram lhes dizendo: “Vocês são nosso povo e nós jamais os deixaremos. Se querem nos matar, logo os militares irão embora e poderão matar. Mas somos daqui e se tivermos que morrer por querer viver com vocês, nos matem.” Quando o diálogo chegou a este ponto eles se calaram. O exército foi embora um pouco depois e ninguém os tocou. Hoje, apenas dois ou quase três anos depois, em lugar de 20 ou 30 irmãos, temos uma igreja neste local com 140 membros. Quanta emoção me dão testemunhos assim! É com os humildes da terra que ficam do Seu lado a quem o Senhor agrada de forma especial repartir Seu Santo Espírito, e lhes conceder as petições do seu coração!
Nossas instituições educativas Por inspiração divina, nossos colégios secundários e superiores têm sido estabelecidos no campo. Entretanto, com o avanço tão grande de nossa igreja em tantas cidades da América Latina, estiveram-se levantando colégios secundários em todas as cidades principais. Isto eu pude ver em todos os países em que fui. É virtualmente impossível mandar tantas pessoas para o campo, e teremos que fazer algo pelos jovens adventistas neste sentido. Por esta razão, ninguém mais se opõe ao levantamento de colégios secundários nas cidades. Seria pior deixá-los sem nenhuma educação adventista. O problema que se está enfrentando no México, especialmente no sul, é a atenção a tantos estudantes universitários. É impossível e sai muito caro enviar todos a Montemorelos ou a Linda Vista (a universidade adventista do sul que está a duas horas e meia de Tuxtla). Por esta razão, começou a se levantar universidades em algumas cidades importantes do México. Visitei a Universidade de Linda Vista em Chiapas. Está em plena selva. Como paragem é do melhor, e todos concordam que é muito mais espiritual que Montemorelos. Possui um novo e belo edifício de biblioteca, mas infelizmente com muito poucos livros ainda. Os Zapatistas anos atrás, apenas poucos meses depois que me foi solicitado a ensinar ali, fizeram incursão em nossa universidade. As pessoas tomaram conhecimento dos numerosos hectares que nossos líderes ainda estão pedindo. Já não há ameaças guerrilheiras porque estão encerrados muito mais ao sul. Mas por estar na montanha, o clima é bastante fresco. Contam com 600 alunos. Encontrei-me com um chileno, Cáceres, que ensina teologia neste lugar há seis anos. Têm 100 estudantes de teologia. A Universidade Adventista de Tuxtla está na mesma cidade, e conta também com 600 estudantes. É relativamente recente. Está em muito boas relações com Linda Vista, e oferecem carreiras diferentes ou em mútua conexão. Tem certa competência com outra universidade fundada por um contador adventista na mesma Tuxtla. Este contador ensinou em Montemorelos, e junto com o presidente atual de Montemorelos, Castelo, apareceram há quinze anos atrás como candidatos para dirigir a Universidade Adventista do Montemorelos. A Divisão optou por Castelo, e nosso contador foi para Tuxtla. Em Tuxtla iniciou uma universidade por sua conta. Nossa igreja lhe facilitou no início as dependências de um colégio secundário. Cresceu e se buscou outro lugar. Hoje conta com uma Universidade em Tuxtla a todo vapor, com mais de 6.000 alunos, e 6 sucursais com 4.000 alunos mais. É uma universidade realmente rica, e o escritório do diretor é de luxo. Acredito que nenhum escritório de nenhuma universidade adventista nem sequer nos USA é de tão bom gosto como a dele. Montemorelos acredito que não chega aos 1.000 alunos. Apesar de contar com o apoio das Associações e Uniões que queriam formar outras universidades adventistas na América Latina, e que lhe permitem colocar tapetes em algumas salas de aula e os trocar a cada ano (testemunho de um tesoureiro de Associação anos atrás em Monterrey), não pôde avançar mais. Qual será a razão? Seria muito bom um estudo objetivo a respeito do que levou este irmão contador ao lugar que tem com sua universidade própria, e seus contrastes com Montemorelos. Às vezes penso que muitos não assumem seu papel com as instituições da organização como o fariam se estas instituições fossem delas. Isto não digo do presidente de Montemorelos, mas sim de todos os que trabalham ali e em todas as instituições adventistas, sem poder oferecer, infelizmente, estatísticas ou elementos absolutos para prová-lo. É simplesmente uma reflexão, ou se preferir, uma pergunta. A relação de nossa igreja com esta instituição privada conduzida pelo contador adventista na Tuxtla é atualmente boa, embora tiveram certas tensões por um tempo, já que pretendiam que sua universidade é adventista porque fecha os sábados, ensinam o livro Educação e as doutrinas adventistas nas aulas de moral, etc. Os 10% dos empregados e os 10% dos estudantes são adventistas, conforme me disseram. Em um contexto assim, o assumir e proclamar ser uma universidade adventista não é um testemunho positivo, e nossa igreja sentiu a necessidade de alertar aos estudantes fazendo a diferença. Estão pedindo para mim que ocupe uma semana inteira só para dar uma série de conferências ali. Pessoalmente acredito que irmãos que se lançam a projetos tais devem ser apoiados, embora com certa cautela e sabedoria que esta situação nova exigem de nossos líderes. Acredito que devemos aprender com a realidade, sem perder os princípios de nossa fé nem a honestidade em todos os âmbitos da vida. Ninguém nega o que diz Ellen White quanto à conveniência de ter instituições secundárias no campo. Mas quando há avalanches de pessoas que ficam desatendidas algo terá que ser feito, e de todos os recursos, terá que se procurar as melhores coisas possíveis e ao mesmo tempo menos prejudiciais. É óbvio que como organização eclesiástica jamais poderemos controlar tudo e dirigir tudo, e o mesmo Espírito de Profecia nos advertiu contra esta tendência. Uma sábia atitude para leigos que também querem fazer a obra de Deus e que conseguem recursos que às vezes não nós conseguiríamos, poderia redundar em benefício para toda a igreja a fim de terminar da obra que Deus nos deu. -- Recolhido da Internet. Leia do mesmo autor: |
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