Plágio Teológico (Parte 1) Pensei em fazer um comentário dividido em cinco partes: introdução. A segunda: “trindade pagã”. A terceira: “Proposição Teológica: Espírito Santo é o Anjo Gabriel? Uma Análise à Luz da Bíblia e do Espírito de Profecia”. A quarta: “a carta particular de Ellen G. White para o irmão Chapman, de 11 de junho de 1891”. A última parte, sobre os: “neutrinos”. Contudo, decidi começar pela terceira. Talvez, nada comente sobre os neutrinos. “Proposição Teológica: Espírito Santo é o Anjo Gabriel? Uma Análise à Luz da Bíblia e do Espírito de Profecia”. Não gostaria de comentá-la, mas infelizmente, terei que fazê-la. Por que eu não gostaria de comentá-la? Vou expor os motivos. Embora ela tenha surgido por esses dias, na internet, já era de meu conhecimento desde agosto de 1998. O verdadeiro autor, é um pastor bem conhecido na IASD, em toda a América do Sul. Ele foi convidado para realizar um “Seminário Teológico”. Pela manhã, fez a pregação na igreja em que fui batizado e freqüentava – Asa Norte, BSB-DF. No horário da tarde ele apresentou o “Seminário”. Cujo objetivo, principal, era combater ensinos que o pastor da igreja e os seus oficiais, tinham como heréticos. Durante o referido Seminário, nada argumentei. Apenas fiz uma pergunta sobre algo que não havia entendido uma explicação sobre as palavras: “achid” e “yachid”, segundo consta na Apostila (referente ao Seminário), que foi distribuída aos participantes. Na época, a SHEMÁ (Deut. 6:4), preocupava-me. O Texto diz: “Yahweh Eloheynu, Yahweh é um”. Então, pensava, como se pode dizer que são três ou dois. Preocupava-me, porque o Texto Sagrado declara que o Filho, também, é chamado de Elohym e Theós, bem como Yahweh (Isaías 6:3; Jer. 23:6 e 33:16). Em função da explicação dada por esse pastor, que a palavra “achid” evoca uma unidade, enquanto a outra “yachid”, trata da unicidade. Por isso, fiquei bem tranqüilo, o restante do seminário, e consciente, que realmente, só o Pai e o Filho podem formar essa unidade perfeita. Então, pude continuar estudando os Textos Sagrados e desenvolver minhas pesquisas (nos livros: Daniel e Apocalipse). Agradeço a esse pastor, pela exposição do Seminário, pois foi a partir dele que pude expandir os estudos sobre a referida unidade. Então, percebi que a Escritura Sagrada fala de uma unidade entre o Pai e o Filho (João 10:30), bem como, também, descreve uma unidade, entre o Pai, o Filho e os Seus discípulos (João 17). Em Gên. 1:5; 2:24 (unidade); 22:2, 12 e 16 (unicidade). Contudo, podemos encontrar em Deut. 6:4, tanto uma unicidade (se “achid” for interpretado como um numeral) quanto uma unidade (se “achid” for interpretado como adjetivo). Em um outro dia (noite), o pastor da igreja com o referido pastor, visitou-me para que pudéssemos estudar a Bíblia. Primeiro eu apresentei (em determinado tempo) algumas passagens do Espírito de Profecia, depois ele apresentou. Então, concluiu. Não havia mais condições para o estudo. Já era tarde da noite. Por essa época, fique sabendo que havia um grupo grande na Bahia (principalmente, Itabuna e Itacaré e Porto Seguro), que também não cria na “trindade”. Alguns desses irmãos nos visitaram em Brasília. Na apostila do pastor da DAS, que foi distribuída na igreja, consta uma “carta particular” de Ellen G. White, para o irmão Chapman, de 11 de junho, de 1891. Tirei algumas cópias e dei a eles, para que pudessem ficar conhecedores dos argumentos usados por um pastor; mas principalmente por causa da “carta particular”. Alias, só uma parte dela foi apresentada na apostila distribuída. Quem digitou, não teve o cuidado nem de fazer as devidas indicações de cortes, em alguns lugares, com reticências. Tive muita vontade, de escrever uma apostila respondendo (comentando parágrafo por parágrafo), mas não queria vincular o estudo a um debate pessoal. Deixei de lado essa idéia. Quando neste site, foi publicado um artigo: “Uma Pessoa Maravilhosa Chamada Espírito Santo”. Tive vontade de fazer um comentário sobre esse artigo, incluindo alguns fatos ocorrido em 1988, na igreja da Asa Norte, BSB-DF. Contudo, logo após eu ter feito um comentário sobre o artigo, do Pr. Mauro Bueno, eu recebi um e-mail de um Pastor a quem eu considero, pedindo-me que não me expusesse tanto. “Talvez não seja prudente assumir uma postura contrária de forma tão contundente como você tem assumido. O que é pior, você tem também atacado diretamente aqueles que discordam de você, e isso apenas enfraquece ainda mais os seus argumentos.” Portanto, depois desse e-mail, resolvi não fazer o comentário que iria fazer. Agora, terei que fazer um comentário como não gostaria de fazê-lo. Este estudo, que o Pr. X, tem apresentado da seguinte maneira: “Fiz um pequeno estudo sobre quem é Gabriel (anjo) ... É o Espírito Santo o Anjo Gabriel? Uma Análise a luz da Bíblia e do Espírito de Profecia...” Na realidade, esse estudo não é dele (será fácil de perceber as incoerências e contradições), esse referido estudo, é do pastor que apresentou o Seminário, em agosto de 1998. Não sei porque o Pr. X não me enviou uma cópia desse estudo, ele sabe onde eu moro, sabe o meu telefone, e sabe muito bem que estou ensinando de forma diferente, (contrária), este assunto da “trindade”. Segundo ele, eu estou atrapalhando o evangelismo com esta doutrina. Segundo ele, o que tem que ser pregado é a terceira mensagem angélica e não essa mensagem combatendo a trindade. Abaixo, quero que você analise a seguinte citação de Ellen G. White: “... Nem todos os que proclamam a primeira e a segunda mensagens angélicas terão de proclamar a terceira, mesmo depois de a haverem inteiramente abraçado, pois alguns têm estado em tantos erros e enganos que mal podem salvar suas próprias almas, e se tomam a si guiar a outros, serão um meio de desviá-los. Mas eu vi que alguns que antes penetraram fundo no fanatismo seriam os primeiros agora a correr sem que Deus os mandasse, antes de se haverem purificado de seus passados erros. Tendo o erro misturado com a verdade, com isto alimentariam o rebanho de Deus, e se lhes fosse permitido prosseguir, o rebanho ficaria debilitado e confusão e morte se seguiriam. Vi que esses teriam de ser peneirados e peneirados até ficarem livres de todos os seus erros, ou jamais entrariam no reino. Os mensageiros não podiam ter o juízo e discernimento daqueles que tem estado em erros e fanatismo, a confiança que podem depositar nos que têm estado na verdade e não em erros extravagantes. Muitos igualmente são demasiado afoitos em impelir para os campos alguns que apenas acabam de professar a verdade presente, e que teriam muito que aprender e muito que fazer antes que possam eles próprios estar em ordem à vista de Deus, muito menos portanto apontar o caminho a outros.” (Primeiros Escritos. 5ª ed. 1995. pp. 62-63.). Portanto, muitos que se declaram pregadores da “terceira mensagem angélica”, na realidade não são e jamais serão mensageiros da “terceira mensagem angélica”, isso, porque eles desconhecem que o tema central da mensagem é ADORAÇÂO. Você perceberá que o Pr. X, citou, quase literalmente, palavra por palavra, a referida apostila. Infelizmente, não quis colocar o nome do pastor (o autor do estudo). Por isso, eu também, não colocarei, mas enviei para este site, uma cópia da apostila para ser publicada. Eu poderia fazer um comentário de cada parágrafo desse estudo, mas creio que não ser necessário, qualquer estudante da Escritura Sagrada e que seja conhecedor do Espírito de Profecia, será capaz de entender perfeitamente o assunto apresentado. Contudo, farei alguns breves comentários. Primeira observação:
O texto, é quase 100% o original. Mas a idéia é a mesma. Por esse parágrafo, dá para se perceber às incoerências e as contradições do Pr. X.
Conforme a primeira observação, percebemos, que para ele o Espírito Santo é Deus, embora seja um mistério do Altíssimo. Perceba você, outras incoerências e contradições, caso esse estudo fosse dele:
Um outro detalhe, que sem colírio não se percebe, é o seguinte: Tanto o verdadeiro autor, como o Pr. X, querem transmitir a idéia, de que eu estivesse dizendo: que o anjo Gabriel é o Pai do Messias. Eu jamais falei tal aberração. A Escritura Sagrada é explicita ao dizer: “O VERBO SE FEZ CARNE”. Portanto, Ele não precisou de um terceiro para que pudesse tornar-Se Homem. (Fil. 2:5-8 – “tornando-Se semelhante aos homens”). Procurando, combater-me, esqueceram um detalhe importante. Eles dizem:
Por esse período, ou eles não perceberam que Maria é uma criatura, ou então, como os católicos, divinizaram-na. Segunda observação:
Por esse último parágrafo, percebemos outra incoerência. No segundo parágrafo, eles dizem: “o Salvador saiu do sepulcro pela vida que havia em Si mesmo.” Por isso, não pode ter sido ressuscitado pelo anjo Gabriel. Contudo, no último parágrafo, eles dizem: “o Espírito Santo ressuscitou a Cristo.” Portanto, aqui, o Messias já não se ressuscita a Si mesmo. É um outro personagem que o faz ressurgir. Afirmam, utilizando Rom. 8:11, onde diz apenas “Espírito”. Ellen G. White, falando dos anjos diz: “... que desempenhariam uma parte em Sua ressurreição; que o plano da Salvação estava ideado, e Seu Pai aceitaria esse plano.” (História da Redenção. 3ª ed. 1981. p. 44.). Em outro lugar ela escreveu: “... O decreto do Céu libertara o Cativo. Montanhas amontoadas sobre montanhas em cima de seu túmulo, não O poderiam haver impedido de sair. ...” – (O Desejado de Todas as Nações. 20ª ed. 1997. pp. 780-781.) “Ele depôs Sua glória e majestade. Era Deus, no entanto, as glórias da forma divina, Ele, por um pouco, renunciou. RH, 5 de julho, 1887.” A Bíblia diz: “... por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos”. (Gál. 1:1 - AVR). “Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo”. (Rom. 10:9 - AVR). “...Eu sou a ressurreição e a vida ...” (João 11:25 - AVR). Portanto, quanto à ressurreição de Cristo, o Pai enviou o anjo da Guarda de Seu Filho, Gabriel. Assim ela escreveu sobre Gabriel: “‘E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do Céu, chegou.’ Vestido com a armadura de Deus, deixou este anjo as cortes celestiais. Os brilhantes raios da glória divina o precediam, iluminando-lhe o caminho. ‘E o seu aspecto era como relâmpago, e o seu vestido branco como a neve. ...” “... O rosto que contemplam não é o de um guerreiro mortal; é a face do mais poderoso das hostes do Senhor. ...” O anjo Gabriel, foi enviado para devolver-Lhe a “glória” e “a armadura de Deus” que Ele havia deixado com o Pai. “... Jesus poderia haver permanecido ao lado de Seu Pai. Poderia haver retido a glória do Céu, e as homenagens dos anjos. Mas preferiu entregar o cetro nas mãos de Seu Pai, e descer do trono do Universo, a fim de trazer luz aos entenebrecidos, e vida aos que estavam prestes a perecer.” - (O Desejado de Todas as Nações. 20ª ed. 1997. pp. 22-23.). “... Ao ressurgir Ele em majestade e glória ...” – (Ibidem. p. 780.). Ao assumir a natureza humana, o Filho do Eterno, tornou-Se mortal. “... Com pesar e admiração escutaram Suas palavras ao contar-lhes Ele como deveria descer da pureza e paz do Céu, de sua alegria, glória e vida imortal, e vir em contato com a degradação da Terra, para suportar suas tristezas, ignomínia e morte.” – (Patriarcas e Profetas. 12ª ed. 1991. p. 58 [63-64].) Leia 1Pedro 1:17-21. Neste último verso diz: “... por ele [o Messias] credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória...”. Quando Ellen White escreveu:
O verbo “havia” pode muito bem ser traduzido por “tinha”, significando, tanto a vida que Ele possuía junto ao Pai, antes de tornar-Se Homem quanto a vida que Lhe havia sido devolvida. Quando o Messias declarou: “Eu Sou a ressurreição e a vida”. (João 11:25). Ele, também, nessas palavras, estava referindo-Se ao Pai. o Grande Eu Sou. Creio não ser necessário acrescentar mais nada a este Comentário. -- josielteli@hotmail.com Leia também:
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