Carne: Alimento Impróprio para Candidatos ao Céu

 

Queridos irmãos em Cristo,

Após ler a resposta que o irmão Rogério Buzzi fez àquele pastor evangélico, e a pergunta do irmão Fábio, algo me preocupou bastante, e isto foi com relação a desinformação que nós, e me incluo, adventistas do sétimo dia, temos com relação reforma de saúde, em especial no tocante a carne. Então, o Senhor me impressionou a escrever este artigo, na tentativa de dirimir algumas dúvidas, ou pelo menos, despertar nos irmãos o interesse pela reforma de saúde. Utilizarei-me, principalmente, das palavras de Cristo, por meio do espírito de profecia.

Adão e Eva, quando no Éden, podiam desfrutar dos frutos que Deus lhes dera. A carne não era um produto de consumo de nossos pais. Mesmo porque, antes de se originar o pecado, não se matava animais, isto só foi incluído com o surgimento do pecado. O espírito de profecia nos relata sobre este assunto com grande exatidão, quando afirma que “Deus deu aos nossos pais o alimento que pretendia que a raça humana comesse. Era contrário ao Seu plano que se tirasse a vida a qualquer criatura. Não devia haver morte no Éden.” C.R.A, p. 374

Com a depravação da raça antediluviana, pois comiam alimentos cárneos e bebiam exageradamente, não conhecendo limites, sem que houvesse a permissão de Deus para aquilo, o Senhor decidiu eliminar este povo pois “ esqueceram-se de Deus, e corromperam seus caminhos diante dEle.” C.R.A p. 374

Em conseqüência ao dilúvio, sobraram somente Noé e sua família. Porém, eles não tinham o que comer, uma vez que tudo se encontrava debaixo de água. Somente naquele momento o Senhor permitiu a inserção de carne como alimento. Porém, isto trouxe conseqüências irreparáveis à raça humana. O homem perdeu em muito a sua capacidade intelectual e física com o regime cárneo, diminuindo sua estatura drasticamente e deixando de viver centenas de anos para que vivesse apenas algumas décadas.

Deus, ainda em Sua inesgotável misericórdia, procurou retirar novamente o regime cárneo de Seu povo escolhido. Levando, desta forma, os israelitas para o deserto, e “proveu-lhes o alimento mais adaptado ao Seu designo; não carne, mas o maná, o pão do céu”. C.R.A, p. 374

Mas este povo de dura cerviz, não quis escutar ao seu Criador, desejando satisfazer suas concupiscências pecaminosas, começaram a murmurar, desejosos por carne, não vendo a benção que o Senhor procurava lhes dar, tirando este artigo de “suas mesas”.

Por fim, Deus acabou por conceder o alimento cárneo àquele povo, mas por pouco tempo, pois junto a este, veio uma doença que exterminou milhares. Contudo, este povo não se converteu ao Senhor, conforme nos relata Ellen White:

“Foi unicamente devido ao seu descontentamento e murmuração em torno das panelas de carne do Egito, que lhes foi concedido alimento cárneo, e isto apenas por pouco tempo. Seu uso trouxe a doença e morte a milhares.” C.R.A, p.374

Com relação a doença que sobreveio a Israel, o espírito de profecia afirma :

“Seu apetite depravado os controlava, e Deus lhes concedeu alimento cárneo, como desejavam, e deixou que sofressem as conseqüências da satisfação de seus apetites concupiscentes...Se se tivessem submetido a deixar que o Senhor lhes selecionasse o alimento, e tivessem sido gratos e estados satisfeitos pelo alimento do qual podiam comer livremente sem se prejudicar, não teriam perdido o favor de Deus, nem sido punidos pelas rebeldes murmurações, mediante a grande mortandade”. C.R.A, p. 377

Houvessem eles estado dispostos a renunciar ao apetite em obediência a Suas restrições, e a fraqueza e a doença haveriam sido desconhecidas entre eles... Eles, porém, eram contrários a se submeterem às reivindicações de Deus, e falharam por atingir a norma por Ele estabelecida, e em receber as bênçãos que poderiam haver possuído. C.R.A, p.378

“Todavia, a restrição de um regime sem carne não foi nunca aceito de coração. Continuou a ser causa de descontentamento e murmuração, franca ou secreta, e não ficou permanente.” C.R.A, p.374

Quando estabelecidos em Canaã, o povo voltou a comer carne, porém com certas restrições, tais como não se ingerir animais considerados impuros ou comer gordura e sangue destes.

Ou seja, o povo continuou a se desviar dos caminhos que o Senhor havia primeiramente proposto, procurando seus próprios caminhos, caminhos de miséria e morte.

“Afastando-se do plano divinamente indicado para seu regime, sofreram os israelitas grande prejuízo. Desejaram um regime cárneo, e colheram-lhe os resultados. Não atingiram ao divino ideal quanto ao seu caráter, nem cumpriram os desígnios de Deus. O Senhor “satisfez-lhes o desejo, mas fez definhar as suas almas”. Estimaram o terreno acima do espiritual, e a sagrada preeminência que Deus tinha o propósito de lhes dar não conseguiram eles obter.” C.R.A, p.375

Queridos irmãos, somente estamos dando este relato bíblico pois temos que ter em mente que somos Israel espiritual, e isto serve para nós tanto quanto serviu para Israel real. O apóstolo Paulo nos declara em I Cor. 10:6 e 11 que “estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.” “Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos, e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.”

A carne foi proibida de ser ingerida pelo povo de Deus pelo próprio Deus, e sabemos muito bem que “ em Deus não variação ou há sombra de mudança” Tiago 1:17. Nós, raça eleita, sacerdócio real, nação santa” I Pedro 2:9, temos que escolher o que queremos para nós, se é adquirirmos as bênçãos de Deus, através da santificação, ou termos a maldição de um povo desobediente que seguem seus próprios desejos pecaminosos, igual fora no passado, com os filhos de Israel.

“Os filhos de Israel queriam carne, e disseram, como dizem muitos hoje em dia: Sem carne, morreremos. Deus deu carne ao rebelde Israel, mas com ela estava Sua maldição. Milhares deles morreram enquanto a carne que haviam desejado estava entre seus dentes. Temos o exemplo do antigo Israel , e a advertência de não fazermos como eles fizeram. Sua história de incredulidade e rebelião está registrada como especial advertência para que não sigamos o exemplo deles em murmurar das reivindicações de Deus...Deus não faz acepção de pessoas; mas aqueles que, em todas as gerações, temem ao Senhor e obram a justiça são aceitos por Ele; ao passo que os que estão murmurando, sendo incrédulos e rebeldes, não terão o Seu favor ou as bênçãos prometidas aos que amam a verdade e nela andam. Os que têm a luz a não andam nela, mas desatendem às reivindicações de Deus, verificarão que suas bênçãos serão mudadas em maldições, e Suas misericórdias em juízos.” C.R.A., p. 379

Não sejamos comparados com o mundo por nossos hábitos de comer e de beber, e em conseqüência destes hábitos,  recebamos as maldições de Deus, tais como as últimas pragas que sobrevirão aos ímpios, ou até mais grave, a perda de vida eterna, como ocorreram com muitos que se rebelaram contra Deus. Segundo Ellen White:

“Nossos hábitos de comer e beber mostram se somos do mundo ou do número daqueles  quem o Senhor, por Seu poderoso cutelo da verdade separou do mundo. Estes são Seu povo peculiar, zeloso de boas obras”. C.R.A, p. 379

Nós, neste momento, devemos estar procurando a santificação, e o hábito de comer carne é inversamente proporcional ao da santificação. Caso queiramos vir a ser parte de um grupo seleto, os 144.000, temos que abolir este hábito de uma vez por toda de nossas vidas:

“Não é tempo de que todos visem dispensar a carne na alimentação? Como podem aqueles que estão buscando tornar-se puros, refinados e santos a fim de poderem fruir a companhia dos anjos celestes, continuar a usar como alimento qualquer coisa que exerça tão nocivo efeito na alma e no corpo?” C.R.A, p. 380  

Entre os que estão aguardando a vinda do Senhor, o comer carne será afinal abandonado; a carne deixará de fazer parte de sua alimentação. Devemos ter sempre isto em vista, e esforçar-nos por trabalhar firmemente nessa direção. Não posso pensar que estejamos em harmonia com a luz que Deus tem sido servido de nos dar, nessa prática de comer carne”. C.R.A, p. 381

Acredito irmãos, ser este assunto ainda mais sério, quando vislumbramos que podemos perder a nossa salvação, quando deixamos o apetite ser nosso deus, e perdemos o Senhor de vista ! Vejamos o que o espírito de profecia diz sobre isto:

“Maiores reformas devem-se ver entre o povo que professa aguardar o breve aparecimento de Cristo. A reforma de saúde deve efetuar entre o nosso povo uma obra que ainda não se fez. Há pessoas que devem ser despertadas para o perigo de comer carne, que ainda comem carne de animais, pondo assim em risco a saúde física, mental e espiritual. Muitos que são agora só meio convertidos quanto à questão de comer carne, sairão do povo de Deus, para não mais andar com ele.” C.R.A, p. 382

Vemos agora, irmãos, o perigo que estamos correndo, quando continuamos a comer carne, podendo até mesmo vir a não ser mais considerados como parte do povo de Deus.

“Os que condescendem com o comer carne, beber chá e a glutonaria, estão semeando para uma colheita de dor e morte.” C.R.A, p. 382

“Os que usam carne menosprezam todas as advertências que Deus tem dado relativamente a esta questão. Não possuem nenhuma prova de estar andando em verdades seguras.” C.R.A, p. 383

“Quando os que conhecem a verdade tomarão atitude ao lado dos princípios corretos para o tempo e a eternidade? Quando serão fiéis aos princípios da reforma de saúde? Quando aprenderão que é perigoso usar alimentos cárneos? Estou instruída a dizer que, se em algum tempo foi seguro comer carne, não o é agora.” C.R.A, p.384

Queridos irmãos, mais sério, ainda, que a falta de atitude de um povo morno quanto a reforma de saúde, é a desconsideração dos professos ministros de Deus. Estes, quando ingerem carne, devem ser considerados desqualificados para pregar o evangelho, conforme nos ressalta Ellen White:

“Homem algum deve ser separado como mestre do povo enquanto seu ensino ou exemplo contradiz o testemunho que Deus deu a Seus servos para apresentar relativamente ao regime, pois isto trará confusão. Sua desconsideração da reforma de saúde desqualifica-o para estar como mensageiro do Senhor.” C.R.C, p. 454

“Qualquer alimento ou bebida que desqualifique as faculdades mentais para um viver saudável e ativo exercício é um pecado agravante à vista de Deus. Especialmente é este o caso daqueles que ministram as coisas sagradas e que deveriam em todo tempo ser exemplos para o povo e estar em condições de instruí-los.” Deserto da Tentação, p. 90

Queridos, não deixemos sermos guiados por guias cegos, que desconsideram a reforma de saúde, para que no fim não tenhamos a mão pesada do Senhor sobre nós:

“Aqueles que hão de vencer seguirão o exemplo de Cristo, subjugando os apetites e paixões corporais sob o controle da razão e da consciência esclarecida. Se os pastores que pregam o evangelho cumprissem o seu dever, e fossem igualmente exemplo para o rebanho de Deus, sua vozes levantar-se-iam como trombeta, mostrando ao povo suas transgressões e à casa de Israel seu pecado...Uma classe enorme de professos embaixadores de Cristo são iguais guias cegos. Estão dirigindo o povo para fora de seu caminho ao apresentar as exigências e proibições da antiga lei de Jeová, como arbitrárias e severas.” Deserto da Tentação, p. 90

“Muitos professos ministros de Cristo exortam o povo a uma vida de santidade, enquanto eles mesmos se submetem ao poder do apetite, e da poluição do fumo. Estes ensinadores que estão liderando o povo no menosprezo da lei física e moral terão um relato pavoroso a enfrentar no futuro.” Deserto da Tentação, p. 91

Quando nos aparecem ministros que nos querem aconselhar e não são verdadeiros ministros, pois não seguem os conselhos de Deus, referente a reformas de saúde, educação e justificação pela fé, conscientemente, não devemos dar sequer atenção em suas palavras, pois elas não são inspiradas.

“Achamo-nos entre as cenas finais da história deste mundo; e deve haver ação harmônica nas fileiras dos observadores do sábado. Os que ficam afastados da grande obra de instruir o povo sobre esta questão, não seguem o caminho que tem por guia o grande Médico.” C.R.A, p. 454

Irmãos, o regime que nosso Salvador e Redentor escolheu para nós, é aquele composto por frutas, verduras e cereais. Este é o nosso maná atual, e nosso organismo não precisa mais do que isto, uma vez que foi o nosso Criador quem disse:

“E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento.” Gen. 1:29

Verduras, frutas e cereais, devem constituir nosso regime. Nem uma grama de carne deve entrar em nosso estômago. O comer carne não é natural. Devemos voltar ao desígnio original de Deus ao criar o homem.” C.R.A, p. 380

Irmãos, que não sejamos descuidosos no tocante a carne, e estudemos o que o Senhor nos diz, não perdendo, desta forma, o privilégio de vir a ser parte do 144.000, ou até mesmo, o privilégio da vida eterna:

“A alimentação cárnea é prejudicial ao bem-estar físico e devemos aprender a passar sem ela. Os que estão em condições de seguir o regime vegetariano, mas atêm-se às sua preferências, comendo e bebendo o que lhes apraz, a pouco e pouco se tornarão descuidosos das instruções que o Senhor lhes deu no tocante às outras verdades e serão por fim incapazes de discernir estas, colhendo o que semearam.” C.R.A, p.403

Devemos ter sempre em mente que “quer comais, quer bebais, quer façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.”I Cor. 10:30

Que Deus os abençoe, Paula H. Álvares, do Ministério dos 4 Anjos: www.ministerio4anjos.com.br. O site fala das vantagens do vegetarianismo e apresenta receitas econômicas, saudáveis e deliciosas!

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