Dissolução da Igreja de Poá Não Tem Valor Jurídico

Não adiantaram os apelos para que houvesse uma ação conciliatória da parte da Associação Paulista Leste em relação à Igreja Adventista do Sétimo Dia de Poá, SP. Neste sábado (09/06/01), a APL, contrariando o que diz o Manual da Igreja, declarou dissolvida a igreja.

Oito pastores da Associação Paulista Leste e da União Central-Brasileira estiveram em Poá. O que mais alarmou aos irmãos foi o fato de todos os "pastores" terem permitido que essa "decisão" ocorresse de forma irregular, tornando o ato nulo de pleno direito, pois o Manual da Igreja afirma:

a. A decisão de recomendar a expulsão da igreja, com as razões corroborantes, será apresentada à própria igreja, NUMA REUNIÃO ADMINISTRATIVA, para informação e consideração.

b. Se A IGREJA não aceitar a recomendação, ela PODERÁ RESPONDER DE UMA DAS DUAS MANEIRAS:

1. Tomar um voto para eliminar as causas da disciplina aceitando as especificações da Associação/ Missão, e pedir a Associação / Missão rescinda a recomendação para DISSOLVER ou excluir.

2. APELAR para a Mesa Administrativa da União, pedindo que ela sirva de árbitro em favor da igreja.

Em qualquer caso de DISSOLUÇÃO ou expulsão de uma igreja, por qualquer razão que seja, será apresentada uma declaração dos fatos na p´roxima assembléia da Associação/Missão, e tomado um voto para excluir a igreja do rol das igrejas que compõem o Campo local. - págs. 179-180

Portanto, de acordo com o Manual da Igreja, a Mesa da APL não tem o pode de decidir a DISSOLUÇÃO, mas sim de RECOMENDAR A DISSOLUÇÃO à própria igreja, em uma Reunião Administrativa. O que não foi feito.

O que houve em Poá foi somente a leitura perante a igreja, em uma reunião não-administrativa, da "decisão" da mesa da Mesa da APL de DISSOLVER a Igreja. Após a leitura, os representantes da Associação se retiraram. 

Oitenta e seis membros da igreja permaneceram no templo. E após análise do que diz o Manual da Igreja, votaram permanecer na Igreja Adventista do Sétimo Dia e comunicar sua decisão nesta segunda-feira à União Central-Brasileira, Divisão Sul-Americana e Associação Geral. Ficou decidido também que a Igreja de Poá irá recorrer à justiça comum para fazer valer os seus direitos.

Note bem, os irmãos de Poá decidiram apenas comunicar e não recorrer da decisão da Mesa da APL, porque, após consulta ao estatuto e Manual da Igreja, bem como a juristas, verificaram que a decisão constituiu ato nulo de pleno direito, e como sabe o cidadão bem-informado, um ato nulo não produz um ato jurídico perfeito.

Assim, mais uma vez a APL falhou, atropelou e tentou fazer valer sua vontade, à revelia do que rezam os Estatutos e o Manual da Igreja. Membros da Igreja de Poá foram informados sobre possível invasão e arrombamento do templo por parte da APL para tentar garantir a posse da igreja pela Associação. Por causa disso, estudam no momento a possibilidade de impetrar uma medida cautelar na Justiça.

"Irmão Robson, pelo que vi a reforma começou na IASD. Queiram os líderes ou não, ela começou. Creio que o Senhor Jeová desencadeou o fim e ninguém mais poderá segurar. Ore por nós, pois ainda não sabemos ao certo que passos daremos a seguir," diz um de nossos correspondentes. 

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