Liberdade
de Consciência na IASD
A INDIVIDUALIDADE É FUNDAMENTAL
PARA SALVAÇÃO
Tanto na
Escritura Sagrada quanto no Espírito de Profecia,
encontramos referências claras quanto à importância da individualidade em
certos momentos de nossa vida. Principalmente, quando diz respeito à
salvação.
Abaixo, serão
apresentados alguns textos da Escritura Sagrada:
“Ele, porém,
se demorava; pelo que os homens pegaram-lhe pela mão a ele, à sua
mulher, e às suas filhas, sendo-lhe misericordioso o Senhor.
Assim o tiraram e o puseram fora da cidade.Quando os tinham tirado para
fora, disse um deles: Escapa-te, salva tua vida; não olhes para
trás de ti, nem te detenhas em toda esta planície; escapa-te lá para o
monte, para que não pereças”. – (Gên 19:16-17 – AVR).
Em função da
desobediência, sabemos o que aconteceu a mulher, como está escrito:
“Mas a mulher
de Ló olhou para trás e ficou convertida em uma estátua de sal”. (Gên.
19:26 – AVR).
Em outro lugar,
na Escritura Sagrada registrado, por duas vezes:
“Ainda que estivessem no meio dela estes três homens,
Noé, Daniel e Jó, eles pela sua justiça, livrariam apenas a sua
própria vida, diz o Senhor Deus”. “Ainda que Noé, Daniel
e Jó estivessem no meio dela, vivo eu, diz o Senhor Deus, eles
não livrariam nem filho nem filha, tão somente livrariam as suas
próprias vidas pela sua justiça”. (Eze. 14:14 e 20 – AVR).
No Novo Testamento, assim está escrito:
“De sorte que, meus amados, do modo como sempre obedecestes,
não como na minha presença somente, mas muito mais agora na minha ausência,
efetuai a vossa salvação com temor e tremor”. (Fil. 2:12 – AVR).
Fazendo um comentário sobre Daniel, Ellen G. White escreveu o
seguinte:
“Enquanto estes jovens estavam desenvolvendo sua própria
salvação, Deus estava operando neles o querer e o efetuar segundo a Sua
boa vontade. Aqui, acham-se reveladas as condições do sucesso. Para fazer da
graça de Deus a nossa própria, devemos fazer a nossa parte. O Senhor não se
propõe a executar por nós nem o querer, nem o efetuar. A Sua graça é
concedida para operar em nós o querer e o efetuar, mas nunca como
substituto de nossos esforços. A nossa alma deve ser despertada para cooperar.
O Espírito Santo opera em nós para que possamos desenvolver a nossa própria
salvação. Esta é a lição prática que o Espírito Santo Se está esforçando
para nos ensinar. (VI, 20 de agosto de 1903).” – (Editor. NICHOL,
Francis D. COMENTÁRIOS SOBRE DANIEL - Material Suplementar – COMENTÁRIOS DE
ELLEN G. WHITE. 3ª ed. Capão Redondo – SP, Impresso pelo Dpto. Gráfico do
Insttuto Adventista de Ensino, 1984. pp. 263-264.).
“A
INDIVIDUALIDADE - FACULDADE ESTA DE PENSAR E AGIR”
Abaixo, serão
apresentados vários textos do Espírito de Profecia, no que diz respeito à
Individualidade, à Educação Superior e outros assuntos.
“Por que precisamos de um Mateus, um Marcos, um Lucas, um
João, um Paulo e de todos esses outros autores que apresentam seu testemunho
acerca da vida do Salvador durante Seu ministério terrestre? Por que
não poderia um dos discípulos ter escrito um relatório completo, dando-nos
assim um concatenado registro da obra de Cristo?
Os evangelhos diferem, todavia neles o registro se une num
todo harmonioso. Um autor apresenta pontos que
outro não apresenta. Se esses pontos são essenciais, por que não os
mencionam todos os autores? É porque a mente dos homens difere e não
compreendem as coisas exatamente da mesma maneira. Algumas verdades
apelam muito mais fortemente ao espírito de uma classe de pessoas do que a
outra; alguns pontos se afiguram muito mais importantes a alguns do que a
outros. O mesmo caso se aplica aos oradores. Alguns oradores se
demoram em considerações longas sobre pontos que outros tocam apenas ou nem os
mencionam. Assim a verdade é apresentada mais claramente por vários do
que por um só. (MS 87, 1907)”. (WHITE, Ellen G..
Mente Caráter e Personalidade. Vol 2. 3ª ed. Tatuí – SP, CPB,
1996. p. 424.).
“É plano do Senhor que haja unidade na diversidade.
Não existe um homem que possa servir de critérios a todos os outros homens.
Nossos vários encargos são proporcionados a nossas várias capacidades.
Fui expressamente instruída de que Deus dotou os homens de diferentes graus
de capacidade e, então os coloca onde possam fazer a obra para a qual
se acham habilitados. Cada obreiro deve dar a seus coobreiros o respeito
que deseja lhe seja concedido. (CT 111, 1903)”. (Ibidem. pp. 423-424.).
Em outros lugares está escrito:
“As Escrituras Sagradas são a perfeita norma da
verdade, e como tal, a elas se deve dar o mais alto lugar na educação.
Para se obter uma educação digna deste nome devemos receber um
conhecimento de Deus, o Criador, e de Cristo, o Redentor, como
se acham revelados na Palavra Sagrada.
Cada ser humano criado à imagem de Deus,
é dotado de certa faculdade própria do Criador - a individualidade -
faculdade esta de pensar e agir. Os homens nos quais se desenvolve essa
faculdade, são os que encaram responsabilidades, que são os dirigentes nos
empreendimentos e que influenciam caracteres. É a obra da verdadeira
educação desenvolver essa faculdade, preparar os jovens para que sejam
pensantes e não meros refletores do pensamento de outrem. Em vez de
limitar o seu estudo ao que os homens têm dito ou escrito, sejam os
estudantes encaminhados às fontes da verdade, aos vastos campos abertos a
pesquisas na Natureza e na revelação. Que contemplem os grandes fatos
do dever e do destino, e a mente expandir-se-á e fortalecer-se-á.
Em vez de fracos educados, as
instituições de ensino poderão produzir homens fortes para pensar e agir,
homens que sejam senhores e não escravos das circunstâncias, homens
que possuam amplidão de espírito, clareza de pensamento, e coragem nas suas
convicções.
Uma educação assim provê mais do que disciplina mental;
provê mais do que treinamento físico. Fortalece o caráter de modo
que a verdade e a retidão não são sacrificadas ao desejo egoísta ou ambição
mundana. Fortifica a mente contra o mal. Em vez de qualquer
paixão dominante torna-se um poder para a destruição, todo motivo e desejo é
posto em harmonia com os grandes princípios do que é reto. Ao meditar-se sobre
a perfeição do caráter de Deus a mente se renova, e a alma é restaurada a Sua
imagem.
Como poderia a educação ser superior a isto?
O que se poderia igualar ao seu valor?” - (Idem. Educação.
7ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1997. pp. 17-18.).
“Enquanto confiar na guia da autoridade suprema humana,
ninguém chegará a um salvador conhecimento da verdade. Como Natanael
necessitamos estudar por nós mesmos a Palavra de Deus, e orar pela
iluminação do Espírito Santo. Aquele que viu Natanael debaixo da
figueira, ver-nos-á no lugar secreto de oração. Anjos do mundo da luz
acham-se ao pé daqueles que, em humildade, buscam a guia divina”. (Idem.
O Desejado de Todas as Nações.
20ª ed. Tatuí –SP, CPB, 1997. p. 125.).
“Devemos chegar a uma situação em que toda divergência se
dissolva. Se penso que tenho luz, cumprirei meu dever apresentando-a.
Suponhamos que eu consultasse outros acerca da mensagem que o Senhor deseja
que dê ao povo; a porta poderia fechar-se, de modo que a luz não
alcançaria aqueles a quem deus a enviou.
Tendes de colocar-vos e as vossas opiniões sobre o altar de
Deus, abandonar vossas idéias preconcebidas, e
deixar que o Espírito do Céu vos guie em toda a verdade.” – (Idem.
Mensagens Escolhidas. Vol. 1. 2ª ed. Santo André – SP, CPB, 1985. pp.
412-413.).
“Devemos lutar contra toda dificuldade, mas em se
apresentando algum ponto controvertido, porventura deveria ir a um
homem para saber qual a sua opinião, e então moldar vossas conclusões
pela dele? Não, ide a Deus. Dizei-Lhe qual vossa necessidade:
tomai a Bíblia e buscai como a tesouros escondidos.
Quando uma mensagem é apresentada ao povo de Deus, não deve
ele erguer-se em oposição a ela, deve ir à
Bíblia, comparando-a com a Lei e o Testemunho, e se não subsistir à prova, não
será verdadeira. Deus quer que nossa mente se expanda. Deseja
colocar sobre nós a Sua graça. Podemos ter cada dia um banquete de iguarias;
pois Deus pode abrir-nos todo o tesouro do Céu.” - (Ibidem. pp.
415-416.).
“... Mas por maiores que sejam os progressos que alguém
tenha feito na vida espiritual, nunca atingirá um ponto em que não
tenha mais necessidade de examinar diligentemente as Escrituras, pois
nelas se contêm as evidências de nossa fé. Todos os pontos de doutrina,
ainda que tenham sido aceitos como verdades, têm de ser provados pela lei e
pelo testemunho; se não resistirem a essa prova, ‘nunca verão a
alva’”. (Idem. Testemunhos Seletos. Vol. 2. 5ª Santo André – SP,
CPB, 1985. p. 219.).
De acordo com as citações acima, percebemos que precisamos
desenvolver a nossa individualidade e moldá-la em um Assim diz o Senhor e não
em um Assim diz a Igreja ou o pastor, padre ou quem quer que seja. Foi dito
também que mesmo os pontos de doutrina que tenham sido aceitos como
verdades, têm de ser provados pela lei e pelo testemunho.
OUTRAS CITAÇÕES IMPORTANTES DE ELLEN
G. WHITE
SOBRE A UNIÃO DA IGREJA COM O ESTADO
“A conversão nominal de
Constantino, na primeira parte do século IV, causou grande regozijo; e
o mundo, sob o manto de justiça aparente, introduziu-se na igreja.
Progredia rapidamente a obra de corrupção. O paganismo, conquanto
parecesse suplantado, tornou-se o vencedor. Seu espírito dominava a
igreja. Suas doutrinas, cerimônias e superstições incorporaram-se à fé
e culto dos professos seguidores de Cristo.
Esta mútua transigência entre o
paganismo e o cristianismo resultou no desenvolvimento do
‘homem do pecado’, predito na profecia como se opondo a Deus e
exaltando-se sobre Ele. Aquele gigantesco sistema de religião falsa é a
obra-prima do poder de Satanás - monumento de seus esforços para sentar-se
sobre o trono e governar a Terra segundo a sua vontade.”
“... Para conseguir proveitos e
honras humanas, a igreja foi levada a buscar o favor e apoio dos
grandes homens da Terra; e, havendo assim rejeitado a Cristo,
foi induzida a prestar obediência ao representante de Satanás - o bispo
de Roma.” – (O Grande Conflito. 33ª ed. 1987. p. 48.).
Esta
união, entre a Igreja e o Estado, possibilitou o surgimento da Besta
propriamente dita. Ou seja, o surgimento do poder temporal da Igreja – A
Igreja governando o Estado.
“Mas o que é a ‘imagem à besta?’ e como será ela
formada? A imagem é feita pela besta de dois chifres, e é uma
imagem à primeira besta. É também chamada imagem da besta. Portanto,
para sabermos o que é a imagem, e como será formada, devemos estudar os
característicos da própria besta - o papado.
Quando se corrompeu a primitiva igreja, afastando-se da
simplicidade do evangelho e aceitando ritos e
costumes pagãos, perdeu o Espírito e o poder de Deus; e, para
que pudesse governar a consciência do povo, procurou o apoio do poder secular.
Disso resultou o papado, uma igreja que dirigia o poder do Estado e
o empregava para favorecer aos seus próprios fins, especialmente na punição da
‘heresia’. A fim de formarem os Estados Unidos uma imagem da besta,
o poder religioso deve a tal ponto dirigir o governo civil que a autoridade
do Estado também seja empregada pela igreja para realizar os seus próprios
fins.
Quando quer que a Igreja tenha obtido o poder secular,
empregou-o ela para punir a discordância às suas doutrinas. As
igrejas protestantes que seguiram os passos de Roma, formando aliança
com os poderes do mundo, têm manifestado desejo semelhante de restringir a
liberdade de consciência. Dá-se um exemplo disto na prolongada
perseguição aos dissidentes, feita pela Igreja Anglicana. Durante os
séculos XVI e XVII, milhares de ministros não-conformistas foram obrigados a
deixar as igrejas, e muitos, tanto pastores como do povo em geral, foram
submetidos a multa, prisão, tortura e martírio.” – (Ibidem. p.
442.).
De acordo com o que foi citado acima, e percebendo claramente o
que está acontecendo em nossos dias, podemos afirmar que não está muito longe
o início das grandes perseguições religiosas. Mesmo dentro da própria IASD,
caso ela não avalie as suas pretensões. Porque buscar o poder secular ela já o
faz em questões administrativas e financeiras para impor a sua vontade contra
membros, ex-pastores e mesmo outras denominações religiosas – especificamente
o Movimento de Reforma, no que diz respeito ao direito de tradução dos livros
do Espírito de Profecia.
EXCLUSÃO DE MEMBROS
Atualmente, pessoas estão sendo excluídas em todas as partes do
mundo, por diversos motivos relacionados à consciência. É certo, e aceitável,
que uma pessoa que está pensando diferente da administração – liderança da
IASD, não lhes seja dado cargos e até mesmo tirado(s) o(s) que possua.
Contudo, o risco que corremos agora, nós que pensamos diferente da liderança
da IASD, é de nos ver privados de falar o que cremos às pessoas e mesmo de
entrar na igreja (prédio) para participarmos de alguma programação.
O argumento usado para isso seria o que se encontra na
Constituição Federal de 1988. Embora o texto Constitucional diga:
“É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato”.
“É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo,
além da indenização por dano material ou à imagem”. - (TÍTULO II,
Capítulo I, Incisos IV e V).
Eles
podem alegar o seguinte, no mesmo texto da Constituição Federal de 1988:
“É inviolável a liberdade de consciência e de crença,
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma
da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”.
“Ninguém será privado de direitos por motivo de crença,
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.” - (TÍTULO
II, Capítulo I, Incisos VI e III).
Contudo, esse último inciso, também poderá ser usado contra os
adventistas quando sair o decreto dominical. Portanto, caso a IASD comesse (em
alguns lugares continue a proibir pessoas que estão pensando diferente, a
entrar nas dependências da igreja) ela também, formará a Imagem à Besta,
conforme está escrito:
“Quando quer que a Igreja tenha obtido o poder secular,
empregou-o ela para punir a discordância às suas doutrinas. As
igrejas protestantes que seguiram os passos de Roma, formando aliança
com os poderes do mundo, têm manifestado desejo semelhante de restringir a
liberdade de consciência. Dá-se um exemplo disto na prolongada
perseguição aos dissidentes, feita pela Igreja Anglicana. Durante os
séculos XVI e XVII, milhares de ministros não-conformistas foram obrigados a
deixar as igrejas, e muitos, tanto pastores como do povo em geral, foram
submetidos a multa, prisão, tortura e martírio.” – (Ibidem. p.
442.).
Sobre a Liberdade de Consciência, Ellen G. White escreveu o
seguinte:
“Em questões de consciência, a alma deve ser deixada livre.
Ninguém deve controlar o espírito de outro, julgar por outro, ou
prescrever-lhe o dever. Deus dá a toda alma liberdade de pensar, e
seguir suas próprias convicções. ‘Cada um de nós dará contas de si
mesmo a Deus.’ Ninguém tem direito de imergir sua individualidade na de
outro. Em tudo quanto envolve princípios, cada um esteja
inteiramente seguro em seu próprio ânimo.’ No reino de Cristo não há
nenhuma orgulhosa opressão, nenhuma obrigatoriedade de costumes. Os
anjos do Céu não vêm à Terra para mandar, e exigir homenagens, mas como
mensageiros da misericórdia, a fim de cooperar com os homens em erguer a
humanidade.” (O Desejado de Todas as Nações. 20ª ed. 1997. pp.
550-551.).
Em outro
lugar, sobre Apoc.17:13-14, ela escreveu:
“Que entidade entrega seu reino para este poder? O
Protestantismo, um poder que enquanto afirma que tem o caráter e o espírito de
um cordeiro e está aliado com o céu, fala com a voz de um dragão. É
movido por um poder que procede de debaixo. (Carta 232, 1899).
“Estes têm
um mesmo propósito’. Haverá um vínculo universal de união, uma grande
harmonia, uma aliança das forças de Satanás. ‘E entregarão seu poder e
sua autoridade à besta’. Assim se manifesta o mesmo poder arbitrário e
opressivo contra a liberdade religiosa, a liberdade de adorar a Deus conforme
aos ditames da consciência, como fez antes o papado, quando perseguiu
aos que se atreviam a não se conformar com os rito e as cerimônias religiosas
do romanismo.
Na luta que se livrará nos últimos dias estarão unidos, em
oposição ao povo de Deus, todos os poderes corruptos que se tem separado da
lealdade à lei de Jeová. Nesta luta, o dia de repouso do quarto mandamento
será o grande ponto em disputa, porque na ordem do dia de repouso se
identifica o grande Legislador como o Criador dos Céus e da Terra
(MS 24, 1891)”. – (Comentário de Ellen G. White - Comentário Bíblico
Adventista – Espanhol – Apoc. 17.).
Devemos
compreender o que acontecia na época da primeira vinda do Messias. Em
Jerusalém existiam vários grupos religiosos, embora todos tivessem suas
crenças peculiares, todos aguardavam a vinda do Messias. Lá existiam
freqüentando as mesmas Sinagogas e o mesmo Templo, os seguintes grupos: “Fariseus”,
“Saduceus”, “Essênios”, “os Zelotes”, “os Herodianos”,e
“os seguidores de João Batista”. Podemos citar, também outros grupos: “os
Samaritanos” e “os publicanos”, além dos gentios que muitas vezes
participavam na adoração através dos sacrifícios no Templo de Jerusalém.
Hoje em dia,
pessoas estão sendo excluídas, por vários, motivos. Aqui, quero destacar o
assunto da “trindade”. Contudo, podemos perceber a ligação entre os
vários motivos de exclusão que estão ocorrendo. Em alguns lugares o assunto da
exclusão é “oração de joelhos”; em outros é “a doutrina do santuário”, tem
também pessoas sendo excluídas, até mesmo igrejas sendo extintas por pregarem
“as três mensagens angélicas” e aqui, em Brasília, a questão é por não crermos
na “trindade”. Ou seja – o Espírito Santo sendo Deus. Então qual
é o ponto central desses assuntos citados?
Adoração. Foi por causa da adoração
que o grande conflito no Céu se desenvolveu até a expulsão final de Satanás e
os seus anjos. E será em função da adoração que o conflito final terá o seu
desfecho aqui na Terra. Satanás não quis adorar ao Filho no Céu. Contudo, está
escrito que:
“Pelo que
também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome;
para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na
terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é
Senhor, para glória de Deus Pai”. (Fil. 2:9-11 – AVR).
Aqui, no
Distrito Federal, Igreja Adventista do Sétimo Dia - do Gama, “sete pessoas”
foram excluídas por não crerem na “trindade”. Vários foram os motivos
alegados. O pastor para não despertar a curiosidade da congregação declarou
que foi por “não crerem nas doutrinas da IASD”. Outro motivo alegado,
foi que os irmãos que estão se reunindo para estudar a Palavra do Senhor,
foram tidos como pessoas que estavam formando grupos dentro da Igreja do Gama.
Porque estavam estudando a Palavra do Senhor na casa dos irmãos. Se estivessem
de acordo com a mensagem da “trindade”, então seria chamado de um “pequeno
grupo”. Portanto, como foi revelado a mim, por um irmão, as declarações
foram muito vagas. Mas graças ao nosso Senhor e Salvador, um irmão levantou-se
e declarou o verdadeiro motivo.
Qual o
conselho do Espírito de Profecia para nós que proclamamos as verdades contidas
nas três mensagens angélicas?
“ ...
Os que se levantaram com Jesus enviavam sua fé a Ele no santíssimo, e
oravam: ‘Meu Pai, dá-nos o Teu Espírito.’ Então Jesus assoprava sobre
eles o Espírito Santo. Neste sopro havia luz, poder e muito
amor, alegria e paz.
Voltei-me para ver o grupo que
estava ainda curvado perante o trono; eles não sabiam que Jesus o havia
deixado.
Satanás parecia estar junto ao trono, procurando conduzir a obra de Deus.
Vi-os erguer os olhos para o trono e orar: ‘Pai, dá-nos o Teu
Espírito.’ Satanás inspirava-lhes uma influência má; nela havia luz
e muito poder, mas não suave amor, alegria e
paz. O
objetivo de Satanás era mantê-los enganados e atrair de novo e enganar os
filhos de Deus.” - (WHITE, Ellen G. Primeiros Escritos. 5ª ed.
1995 p. 55-56.).
Nessa
citação, percebemos claramente que quase tudo o que o Filho envia, Satanás
também envia aos seus servos. O Filho envia: “Luz, poder e
muito amor, alegria e paz”. Satanás envia: “luz e muito poder”.
Qual é então a grande diferença? A diferença é que Satanás não concede
“amor alegria e paz” a ninguém. Por isso, devemos analisar,
estudar e aceitar os conselhos que foram escritos por Ellen G. White, aos que
pregam as três mensagens angélicas.
“OS
SERVOS DE DEUS QUE LEVAM A MENSAGEM DEVEM ESTAR PREPARADOS PARA REMOVER ESSAS
OBJEÇÕES COM CALMA E MANSIDÃO PELA LUZ DA VERDADE”
“Os servos de Deus que ensinam a
verdade devem ser homens sensatos. Devem ser homens que possam
enfrentar oposição sem se alvoroçarem; pois os que se opõem à verdade
difamarão aqueles que a ensinam, e cada objeção que possa ser articulada será
apresentada na sua pior forma contra a verdade. Os servos de
Deus que levam a mensagem devem estar preparados para remover essas objeções
com calma e mansidão pela luz da verdade. Freqüentemente os opositores
falam aos ministros de Deus de maneira provocadora, na tentativa de arrancar
deles alguma coisa da mesma natureza, a fim de tirar daí o maior rendimento
possível, declarando então aos outros que os ensinadores dos mandamentos de
Deus têm um espírito amargo e são ríspidos, conforme a comprovação que fazem.
Vi que precisamos estar preparados para objeções, e com paciência, bom
senso e mansidão, deixar que tenham a importância que merecem, não por
rejeitá-las, ou eliminá-las mediante argumentos positivos e então
carregar sobre o opositor, manifestando dessa forma um espírito amargo;
mas dar à objeção o seu justo valor, deixar que brilhe a luz e o poder da
verdade e que esta exceda em peso, removendo assim os erros. Dessa
forma far-se-á boa impressão, e os oponentes honestos reconhecerão que têm
sido enganados e que os guardadores dos mandamentos não são como lhes tinham
sido apresentados.” – (Ibidem. p. 102).
“NEM TODOS OS QUE PROCLAMARAM A PRIMEIRA E A SEGUNDA MENSAGENS
ANGÉLICAS TERÃO DE PROCLAMAR A TERCEIRA”
“Vi também que Deus tinha mensageiros que gostaria de usar
em Sua causa, mas não estavam prontos. Eram demasiado levianos e
frívolos para exercerem boa influência sobre o rebanho e não sentiam o peso da
Causa e o valor das almas como devem sentir os mensageiros a fim de praticarem
o bem. Disse o anjo: ‘Purificai-vos os que levais os utensílios do
Senhor. Purificai-vos os que levais os utensílios do Senhor.’ Eles não
realizarão senão pequeno bem, a menos que se dêem inteiramente a Deus e sintam
a importância e a solenidade da última mensagem de misericórdia que agora está
sendo dada ao rebanho disperso. Alguns não chamados por Deus estão
muito desejosos de ir com a mensagem. Mas se sentirem o peso da Causa e
as responsabilidades de tal posição, desejariam retrair-se e
diriam com o apóstolo: ‘Quem, porém, é suficiente para essas coisas?’
Uma das razões pelas quais se mostram tão desejosos de ir é que Deus não
pôs sobre eles o peso da Causa. Nem todos os que proclamaram a primeira
e a segunda mensagens angélicas terão de proclamar a terceira, mesmo
depois de a haverem inteiramente abraçado, pois alguns têm estado em
tantos erros e enganos que mal podem salvar suas próprias almas, e se
tomam a si guiar a outros, serão um meio de desviá-los. Mas eu vi que
alguns que antes penetraram fundo no fanatismo seriam os primeiros agora a
correr sem que Deus os mandasse, antes de se haverem purificado de seus
passados erros. Tendo o erro misturado com a verdade, com isto
alimentariam o rebanho de Deus, e se lhes fosse permitido prosseguir, o
rebanho ficaria debilitado e confusão e morte se seguiriam. Vi que
esses teriam de ser peneirados e peneirados até ficarem livres de todos os
seus erros, ou jamais entrariam no reino. Os mensageiros não
podiam ter no juízo e discernimento daqueles que têm estado em erros e
fanatismo, a confiança que podem depositar nos que têm estado na
verdade e não em erros extravagantes. Muitos igualmente são demasiado
afoitos em impelir para os campos alguns que apenas acabam de professar a
verdade presente, e que teriam muito que aprender e muito que fazer
antes que possam eles próprios estar em ordem à vista de Deus, muito
menos portanto apontar o caminho a outro.” - (Ibidem. pp. 62-63).
“A
MENSAGEM DO TERCEIRO ANJO NÃO SERÁ COMPREENDIDA”
“Muitos Adventistas Tomam Posição
Contra a Luz
Nas igrejas [adventistas do sétimo dia] deverá haver
admirável manifestação do poder de Deus, mas ela
não influirá sobre os que não se têm humilhado diante do Senhor, abrindo a
porta do coração pela confissão e arrependimento. Na manifestação desse
poder que ilumina a Terra com a glória de Deus, eles só verão alguma coisa
que, em sua cegueira, consideram perigosa, alguma coisa que despertará
os seus receios, e se disporão a resistir-lhe. Visto que o Senhor não
age de acordo com suas idéias e expectativas, eles combaterão a obra.
‘Por que - dizem eles - não reconheceríamos o Espírito de Deus,
se temos estado na obra por tantos anos?’
Review and Herald Extra, 27 de maio de 1890.”
“A mensagem do terceiro anjo não será compreendida, e
a luz que iluminará a Terra com sua glória será chamada de falsa luz
pelos que recusam andar em sua glória progressiva. Review and Herald, 27
de maio de 1890.” – (Eventos Finais. 7ª ed. 1997. pp. 180-181.).
Portanto, diante de tudo o que foi citado, temos que ser
cautelosos quanto aos próximos passos a serem dados pela IASD. Ela poderá
recorrer a Constituição Federal, buscando assim a lei dos homens, para impor
os seus dogmas aqueles que não aceitam as suas doutrinas. Quem sabe para
proibir qualquer “dissidente” de assistir e/ou participar de suas reuniões na
igreja. Ou, então, ela – a IASD – poderá repensar as suas atitudes em excluir
pessoas por questão de consciência. Por isso, citarei mais uma vez uma citação
anteriormente mencionada.
“Em questões de consciência, a alma deve ser deixada livre.
Ninguém deve controlar o espírito de outro, julgar por outro, ou
prescrever-lhe o dever. Deus dá a toda alma liberdade de pensar, e
seguir suas próprias convicções. ‘Cada um de nós dará contas de si
mesmo a Deus.’ Ninguém tem direito de imergir sua individualidade na de
outro. Em tudo quanto envolve princípios, cada um esteja
inteiramente seguro em seu próprio ânimo.’ No reino de Cristo não há
nenhuma orgulhosa opressão, nenhuma obrigatoriedade de costumes. Os
anjos do Céu não vêm à Terra para mandar, e exigir homenagens, mas como
mensageiros da misericórdia, a fim de cooperar com os homens em erguer a
humanidade.” (O Desejado de Todas as Nações. 20ª ed. 1997. pp.
550-551.). -- josielteli@hotmail.com
Leia
também:
Retornar
|