A Questão do Pacto, do Sacerdócio e da Lei em Hebreus
Permitam os leitores, em particular o Prof.
Jean, começar esta resposta apresentando as definições clássicas de pacto e lei,
encontradas em sites especializados (texto em azul e itálico sublinha o que
achei importante destacar dentro das acepções encontradas. Azul normal, abaixo,
meus comentários sobre os textos bíblicos, e em vermelho, as palavras da
Bíblia):
1 - Pacto
do Lat. pactu -
s. m.,
• ajuste entre duas ou mais pessoas • acordo • contrato: (do Lat. contractu -s.
m.
ato ou efeito de contratar; acordo feito entre duas ou mais pessoas
que transferem entre si algum direito ou se sujeitam a alguma
obrigação;convenção, ajuste, convenio)
• ajuste
• constituição(
do Lat. constitutione - s. f.,
ação ou efeito de constituir;compleição física;organização, natureza
particular;formação;lei fundamental que regula os direitos, deveres e garantias
dos cidadãos em relação ao Estado e a organização política de um país;natureza
do governo de um país;estatuto, norma {do Lat. norma, régua, esquadro < Gr.
gnórimos, fácil de conhecer- s. f.,
princípio que serve de regra;preceito [do Lat. praeceptu -
s. m., regra de
proceder;determinação;ensinamento;norma;doutrina;prescrição;
ordem;cláusula;condição.]
lei;exemplo;modelo}
pacto;ajuste;convenio
• convenção
• conciliação
(do Lat.
conciliatione -s. f., ato ou efeito de conciliar;ato de harmonizar
litigantes ou pessoas divergentes;congraçamento;acordo;concórdia)
2 - Lei
do Lat. lege- s.
f.,
• norma de caráter imperativo, imposta ao homem, que governa a
sua ação e que implica obrigação de obediência e sanção da transgressão (lei
positiva) • preceito ou conjunto de preceitos obrigatórios que emanam da
autoridade soberana de uma sociedade, do poder legislativo• conjunto das regras
jurídicas estabelecidas pelo legislador• preceito ou norma de direito moral •
norma social
• regra• preceito que exprime a vontade de Deus, da divindade •
religião • domínio imposto pela conquista • ordem que se impõe • axiomas
fundamentais que garantem o valor lógico do pensamento
•
fórmula que enuncia uma relação invariável, constante e mensurável entre
fenômenos ou entre as fases do mesmo fenômeno (lei científica) • por ext.
princípio essencial e constante, decorrente da natureza das coisas, que se impõe
aos homens pelo seu caráter de necessidade (lei natural).
Não sou, evidentemente, habilitado a
discorrer mais profundamente sobre as diferenças entre pacto e lei. Mas, fica
claro, pelo texto apresentado, que embora haja pontos de contato entre as duas
definições, ambas são distintas. Reparem em dois pontos importantes: primeiro,
que uma das definições de pacto é constituição, esta sendo referida como lei
fundamental regulatória das relações entre cidadãos e governo. No caso do pacto
proposto por Deus aos israelitas, havia a clara condição do progresso, bem estar,
paz, prosperidade, saúde, estarem intrinsecamente relacionados à obediência.
Vergonha, desprezo, doença, guerra, maldição, por seu turno, eram as
consequências naturais da desobediência. (Deuteronômio 6, 7 e 8, 28, mas há mais,
só que não é o caso de se estender na referência a textos agora).
Segundo: que a definição de lei, e não a de
pacto, inclui uma citação de Deus, afirmando que lei exprime a vontade de Deus.
Estabelecer regras e depois as considerar, para o povo de então, como pacto e
não legislação foi mais uma prova do amor e sabedoria de Deus. A quebra do pacto
implica em terríveis consequências, de todo modo, e sua observação resulta em
bençãos sem medida, mas pacto é muito mais amigável que lei, mais assimilável,
mais perto do caráter de Deus. Evidentemente, anos e anos a fio de desobediência
tornaram natural a definição, e a percepção, dos mandamentos como lei, mas nada
isso invalida a autoridade e permanência tanto de Deus quanto dos seus
mandamentos.
Pequena pausa: sempre ouvia falar que um
mesmo texto, a cada vez que é lido, pode trazer lições diferentes, e ser a cada
leitura fonte de novas e importantes descobertas. Enquanto procurava os textos
acima citados, parei em Deuteronômio 7:9, que registra:
9
|
Saberás,
pois, que o SENHOR teu Deus, ele é Deus, o Deus fiel, que guarda a
aliança e a misericórdia até mil
gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos.
|
Ora, o que temos aqui?? Dando um salto no
tempo bíblico, vamos até o conhecido texto em que Jesus dá uma sutil repreensão
em Pedro. Você já deve ter ouvido isso em pelo menos um sermão. Pedro, querendo
mostrar superioridade - mal tão comum na minha raça - depois que Cristo insta o
ser humano a ir ter com o irmão com quem se desentendeu e fazer as pazes,
pergunta quantas vezes ele deveria perdoar seu próximo. A norma judaica
prescrevia três oportunidades. Passado isso, seria letra morta o perdão para
aquela pessoa. Pedro estufa o peito e lança o número que lhe parecia perfeito:
Devo perdoar sete vezes, ou seja, mais que o dobro da norma estabelecida? Jesus
retruca assim: Não, Pedro, eu diria setenta vezes sete. Então Jesus quis dizer
que o limite na verdade era de 490 vezes? Claro que não, somente quis dizer que
o perdão deve ser ilimitado.
Com esse tipo de matemática divina em mente,
voltemos ao Deuteronômio. Deus é fiel e misericordioso até mil gerações.
De vinte em vinte anos aparece no planeta uma nova geração,
como cantou Zé Rodrix em sua canção
Gerações, escrita nos loucos anos 1970. Vinte vezes mil igual vinte mil...
Ou seja, falar em abolição dos mandamentos diante de uma multiplicação cujo
resultado é tão contundente, 40 vezes mais que a de Jesus, significa só e uma
única coisa: falta de leitura dos textos bíblicos.
Professor Jean e demais leitores: leigo tem
que cuidar meticulosamente do que escreve, para não incorrer em erros, bravatas
ou que tais. E como julgo que isto vá ser publicado no Adventistas.com, não
quero avançar nas laudas escritas. Eu também quero considerar que o texto
exaustivamente citado pelo Professor Jean, II Coríntios 3:14, não pode servir de
base para o que ele afirma:
14
|
Mas os
seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por
levantar na lição do velho testamento, o qual foi por Cristo abolido;
|
As
razões, claro, não são pessoais, mas as de um dos livros mais significativos
entre tantos outros da coleção sagrada. Vamos aos textos, passo a passo:
Hebreus 4-1 a 11 - Versão Católica - Site
Bibliaonline.com.br
1
|
¶
Enquanto, pois, subsiste a promessa de entrar no seu descanso, tenhamos
cuidado em que ninguém de nós corra o risco de ser excluído.
|
2
|
A boa nova
nos foi trazida a nós, como o foi a eles. Mas a eles de nada aproveitou,
porque caíram na descrença.
|
3
|
Nós,
porém, se tivermos fé, haveremos de entrar no descanso. Ele disse: Eu
jurei na minha ira: não entrarão no lugar do meu descanso. Ora, as obras
de Deus estão concluídas desde a criação do mundo;
|
4
|
pois, em
certa passagem, falou do sétimo dia o seguinte: E, terminado o seu
trabalho, descansou Deus no sétimo dia {Gn 2,2}.
|
5
|
Se, pois,
ele repete: Não entrarão no lugar do meu descanso,
|
6
|
é sinal de
que outros são chamados a entrar nele. E como aqueles a quem primeiro
foi anunciada a promessa não entraram por não ter tido a fé,
|
7
|
Deus, após
muitos anos, por meio de Davi, estabelece um novo dia, um hoje, ao
pronunciar as palavras mencionadas: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não
endureçais os vossos corações.
|
8
|
Se Josué
lhes houvesse dado repouso, não teria depois disso falado dum outro dia.
|
9
|
Por isso,
resta um repouso sabático
para o povo de Deus.
|
10
|
E quem
entrar nesse repouso descansará das suas obras, assim como descansou
Deus das suas.
|
11
|
¶ Assim,
apressemo-nos a entrar neste descanso para não cairmos por nossa vez na
mesma incredulidade.
|
Negrito acrescentado
Incredulidade dos que endureceram seus corações no
deserto, conforme Hebreus 3: 7 e 11
- Versão Almeida Corrigida e Fiel- idem
7
|
¶
Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz,
|
8
|
Não
endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no
deserto.
|
9
|
Onde
vossos pais me tentaram, me provaram, E viram por quarenta anos as
minhas obras.
|
10
|
Por isso
me indignei contra esta geração, E disse:
Estes sempre erram em seu
coração, E não conheceram os meus caminhos.
|
11
|
Assim
jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso.
|
15 a 19 - idem, idem
15
|
Enquanto
se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações,
como na provocação.
|
16
|
Porque,
havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram do
Egito por meio de Moisés.
|
17
|
Mas com
quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura com os que
pecaram, cujos corpos caíram no deserto?
|
18
|
E a quem
jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram
desobedientes?
|
19
|
E vemos
que não puderam entrar por causa da sua incredulidade.
|
Sem obediência, somada à incredulidade, nada de Nova Terra, do
repouso eterno sabático no mundo sem pecado para sempre!
4:7 - Versão Católica, idem
7
|
Deus, após
muitos anos, por meio de Davi, estabelece um novo dia, um hoje, ao
pronunciar as palavras mencionadas: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não
endureçais os vossos corações.
|
Obediência: Hebreus 5:8 e 9:
Versão ACF, idem
8
|
Ainda que
era Filho, aprendeu a obediência,
por aquilo que padeceu.
|
9
|
E, sendo
ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que
lhe obedecem
|
Versão Católica
8
|
Embora
fosse Filho de Deus, aprendeu a
obediência por meio dos sofrimentos que teve.
|
9
|
E uma vez
chegado ao seu termo, tornou-se autor da salvação eterna para todos os
que lhe obedecem,
|
Hebreus esclarece, sem a menor possibilidade de suscitar dúvidas, qual a lei que
foi, efetivamente, abolida quando da morte de Jesus na cruz e o consequente
rasgar do véu em duas partes no lugar santíssimo. Veja:
Mudança de sacerdócio e abolição da lei cerimonial
- Hebreus 7: 11 a 28 - VC
11
|
¶ Se a
perfeição tivesse sido realizada pelo
sacerdócio levítico {porque
é sobre este que se funda a legislação dada ao povo}, que
necessidade havia ainda de que surgisse outro sacerdote segundo a ordem
de Melquisedec, e não segundo a ordem de Aarão?
|
12
|
Pois,
transferido o sacerdócio, forçoso
é que se faça também a mudança da
lei.
|
13
|
De fato,
aquele ao qual se aplicam estas palavras é de outra tribo, da qual
ninguém foi encarregado do serviço do altar.
|
14
|
E é
notório que nosso Senhor nasceu da tribo de Judá, tribo à qual Moisés
nada encarregou ao falar do sacerdócio.
|
15
|
Isto se
torna ainda mais evidente se se tem em conta que este outro sacerdote,
que surge à semelhança de Melquisedec,
|
16
|
foi
constituído não por
prescrição de uma lei humana,
mas pela sua
imortalidade.
|
17
|
Porque
está escrito: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de
Melquisedec.
|
18
|
Com isso,
está abolida a antiga legislação, por causa de sua ineficácia e
inutilidade.
|
19
|
Pois
a lei nada levou à perfeição. Apenas foi portadora de uma
esperança melhor que nos leva a Deus.
|
20
|
E isso não
foi feito sem juramento. Os outros sacerdotes foram instituídos sem
juramento.
|
21
|
Para ele,
ao contrário, interveio o juramento daquele que disse: Jurou o Senhor e
não se arrependerá: tu és sacerdote eternamente.
|
22
|
E
esta aliança da qual Jesus é o Senhor, é-lhe muito superior.
|
23
|
Além
disso, os primeiros sacerdotes deviam suceder-se em grande número,
porquanto a morte não permitia que permanecessem sempre.
|
24
|
Este,
porque vive para sempre, possui um sacerdócio eterno.
|
25
|
É por isso
que lhe é possível levar a termo a salvação daqueles que por ele vão a
Deus, porque vive sempre para interceder em seu favor.
|
26
|
Tal é, com
efeito, o Pontífice que nos convinha: santo, inocente, imaculado,
separado dos pecadores e elevado além dos céus,
|
27
|
que não
tem necessidade, como os outros sumos sacerdotes, de oferecer todos os
dias sacrifícios, primeiro pelos pecados próprios, depois pelos do povo;
pois isto o fez de uma só vez para sempre, oferecendo-se a si mesmo.
|
28
|
Enquanto
a lei elevava ao sacerdócio homens sujeitos às fraquezas,
o juramento, que sucedeu à lei,
constitui o Filho, que é eternamente perfeito.
|
Negrito acrescentado
Pausa
para uma pergunta: A Lei dos Dez Mandamentos, a Lei Moral, acaso trata do
sacerdócio???
A Lei
Cerimonial é que se referia a este importante assunto. Os sacerdotes da tribo de
Levi eram transitórios, porque morriam, e tinham que ser substituídos. Daí
decorre parte do que diz o verso18, sobre a ineficácia e inutilidade do
sacerdócio levítico. Como lemos no verso 21 e 22, Jesus é sacerdote eternamente
- e o verso 28 confirma esta
condição do sacerdócio eterno de Jesus, eternamente perfeito - e esta aliança,
do sacerdócio eterno, permanente, da qual Jesus é o Senhor, é muito superior.
Qual aliança é superior, ou seja, a nova aliança, o novo pacto? A Lei que
estabeleceu o sacerdócio eterno de Jesus, e isso nada tem a ver com os Dez
Mandamentos. Mas vamos prosseguir na leitura.
Sombras das coisas futuras - Aliança mais perfeita - Hebreus 8:1 a 7-VC
1
|
¶ O ponto
essencial do que acabamos de dizer é este: temos um Sumo Sacerdote, que
está sentado à direita do trono da Majestade divina nos céus,
|
2
|
Ministro
do santuário e do verdadeiro tabernáculo, erigido pelo Senhor, e não por
homens.
|
3
|
Todo
pontífice é constituído para oferecer dons e sacrifícios. Portanto, é
necessário que ele tenha algo para oferecer.
|
4
|
Por
conseguinte, se ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria,
porque já existem aqui sacerdotes que têm a missão, de oferecer os
dons prescritos pela lei.
|
5
|
O culto
que estes celebram é, aliás, apenas a imagem, sombra das realidades
celestiais, como foi revelado a Moisés quando estava para construir o
tabernáculo: Olha, foi-lhe dito, faze todas as coisas conforme o modelo
que te foi mostrado no monte {Ex 25,40}.
|
6
|
¶ Ao
nosso Sumo Sacerdote, entretanto, compete ministério tanto mais
excelente quanto ele é mediador de uma aliança mais perfeita, selada por
melhores promessas.
|
7
|
Porque,
se a primeira tivesse sido sem defeito, certamente não haveria lugar
para outra.
|
“O culto que estes celebram...” Estes, quem?
Ora, os sacerdotes. Reparem que aqui diz que se Jesus permanecesse na Terra, nem
Ele, o próprio Deus Filho, poderia ser sacerdote.(verso 4). E mais ainda: o
verso 5 diz expressamente que o culto celebrado pelos sacerdotes levitas é a
imagem, sombra das realidades celestiais. Isto então esclarece de uma vez por
todas Colossenses 2:14 a 17 -ACF
14
|
Havendo
riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de
alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a
na cruz.
|
15
|
E,
despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles
triunfou em si mesmo.
|
16
|
¶
Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos
dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados,
|
17
|
Que são
sombras das coisas futuras,
mas o corpo é de Cristo.
|
Negrito acrescentado
Vamos outra vez para a carta de Paulo aos
Hebreus, com sua explanação precisa sobre o que são essas solenidades e festas
que são sombras de coisas futuras. Atenção aos versos 1 , 9 e 10:
Hebreus 9 - VC
1
|
¶ A
primeira aliança, na verdade, teve regulamentos rituais e seu santuário
terrestre.
|
|
|
9
|
Isto é
também uma figura que se
refere ao tempo presente, sinal de que os
dons e sacrifícios que se
ofereciam eram incapazes de
justificar a consciência daquele que praticava o
culto.
|
10
|
Culto que
consistia unicamente em comidas, bebidas e abluções diversas, ritos
materiais que só podiam ter valor enquanto não fossem instituídos outros
mais perfeitos.
|
11
|
Porém, já
veio Cristo, Sumo Sacerdote dos bens vindouros. E através de um
tabernáculo mais excelente e mais perfeito, não construído por mãos
humanas {isto é, não deste mundo},
|
12
|
sem levar
consigo o sangue de carneiros ou novilhos, mas com seu próprio sangue,
entrou de uma vez por todas no santuário, adquirindo-nos uma redenção
eterna.
|
13
|
Pois se o
sangue de carneiros e de touros e a cinza de uma vaca, com que se
aspergem os impuros, santificam e purificam pelo menos os corpos,
|
14
|
quanto
mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu como
vítima sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência das obras
mortas para o serviço do Deus vivo?
|
15
|
¶ Por isso
ele é mediador do novo testamento. Pela sua morte expiou os pecados
cometidos no decorrer do primeiro testamento, para que os eleitos
recebam a herança eterna que lhes foi prometida.
|
16
|
Porque,
onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador.
|
17
|
Um
testamento só entra em vigor depois da morte do testador. Permanece sem
efeito enquanto ele vive.
|
18
|
Por essa
razão, nem mesmo o primeiro testamento foi inaugurado sem uma efusão de
sangue.
|
19
|
Moisés, ao
concluir a proclamação de todos os mandamentos da lei, em presença de
todo o povo reunido, tomou o sangue dos touros e dos cabritos imolados,
bem como água, lã escarlate e hissopo, aspergiu com sangue não só o
próprio livro, como também todo o povo,
|
20
|
dizendo:
Este é o sangue da aliança que Deus contraiu convosco {Ex 24,8}.
|
21
|
E da mesma
maneira aspergiu o tabernáculo e todos os objetos do culto.
|
22
|
Aliás,
conforme a lei, o sangue é utilizado, para quase todas as purificações,
e sem efusão de sangue não há perdão.
|
23
|
¶ Se os
meros símbolos das realidades celestes exigiam uma tal purificação,
necessário se tornava que as realidades mesmo fossem purificadas por
sacrifícios ainda superiores.
|
24
|
Eis por
que Cristo entrou, não em santuário feito por mãos de homens, que fosse
apenas figura do santuário verdadeiro, mas no próprio céu, para agora se
apresentar intercessor nosso ante a face de Deus.
|
25
|
E não
entrou para se oferecer muitas vezes a si mesmo, como o pontífice que
entrava todos os anos no santuário para oferecer sangue alheio.
|
26
|
Do
contrário, lhe seria necessário padecer muitas vezes desde o princípio
do mundo; quando é certo que apareceu uma só vez ao final dos tempos
para destruição do pecado pelo sacrifício de si mesmo.
|
27
|
Como está
determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o
juízo,
|
28
|
assim
Cristo se ofereceu uma só vez para tomar sobre si os pecados da
multidão, e aparecerá uma segunda vez, não porém em razão do pecado, mas
para trazer a salvação àqueles que o esperam.
|
Extraindo das colunas os versículos citados,
para facilitar e realçar:
Verso 1:
A primeira aliança, na verdade, teve regulamentos rituais e
(teve) seu santuário terrestre.
Verso 9 :Isto é também uma figura
que se refere ao tempo presente, sinal de que os
dons e sacrifícios que se ofereciam eram
incapazes de justificar a consciência daquele que praticava o
culto.
Verso 10:
Culto que consistia
unicamente em comidas, bebidas e abluções diversas, ritos materiais que só
podiam ter valor enquanto não fossem instituídos outros mais perfeitos.
Prestem muita atenção agora: a primeira aliança tinha o que?
regulamentos rituais e um santuário terrestre. São os Dez Mandamentos de
natureza ritual (ritual é sinônimo de cerimonial, é bom frisar!)? O santuário
por acaso tem a ver com os Dez Mandamentos? Ok , eles estão na Arca do Concerto
no Lugar Santíssimo, mas todo o ritual praticado dentro do santuário é relativo
à Lei Cerimonial, esta sim, figura, tipo, representação, do sacrifício de sangue
exigido pela Lei Moral, os Dez Mandamentos, contidos na Arca.
No verso 9 diz-se:
Isto é também uma figura..
O que é uma figura,
ou a que figura se está referindo aqui? À primeira aliança, sem sombra de
dúvida. Como se refere ao tempo presente? O tempo em que Paulo escreve, óbvio,
já é o tempo em que Jesus morreu, e o derramamento do seu sangue, o seu
sacrifício, substituiu os
dons e sacrifícios
que se ofereciam
(e que) eram
incapazes de justificar a consciência
daquele que praticava o culto.
Sacrifícios que se ofereciam por quê? Para expiar o pecado. E
o que acontecia com estes sacrifícios? Eram incapazes de justificar a
consciência de quem cultuava, ou, daquele que praticava o culto. E qual a
característica desse culto?
Culto que consistia
unicamente em comidas, bebidas e abluções diversas, ritos materiais que só
podiam ter valor enquanto não fossem instituídos outros mais perfeitos.
Acaso os Dez Mandamentos têm a ver com comidas, bebidas,
abluções diversas e ritos materiais? Acaso só tinham valor transitório, valor
enquanto não fosse trocados por outros ritos mais perfeitos???
Vamos seguir em frente: agora, versos 1, 8,9 e 18 de Hebreus
10:
Hebreus 10- VC
1
|
¶
A lei, por ser apenas a sombra dos bens futuros, não sua expressão
real, é de todo impotente para aperfeiçoar aqueles que assistem aos
sacrifícios que se renovam indefinidamente cada ano.
|
2
|
Realmente,
se os fiéis, uma vez purificados, não tivessem mais pecado algum na
consciência, não teriam cessado de oferecê-los?
|
3
|
Pelo
contrário, pelos sacrifícios se renova cada ano a memória dos pecados.
|
4
|
Pois é
impossível que o sangue de touros e de carneiros tire pecados.
|
5
|
Eis por
que, ao entrar no mundo, Cristo diz: Não quiseste sacrifício nem
oblação, mas me formaste um corpo.
|
6
|
Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não te agradam.
|
7
|
¶ Então eu
disse: Eis que venho {porque é de mim que está escrito no rolo do
livro}, venho, ó Deus, para fazer a tua vontade {Sl 39,7ss}.
|
8
|
Disse
primeiro: Tu não quiseste, tu não
recebeste com agrado os sacrifícios nem as ofertas, nem os holocaustos,
nem as vítimas pelo pecado {quer dizer, as imolações legais}.
|
9
|
Em seguida, ajuntou: Eis que venho para fazer a tua vontade.
Assim, aboliu o antigo regime e estabeleceu uma nova economia.
|
10
|
Foi em
virtude desta vontade de Deus que temos sido santificados uma vez para
sempre, pela oblação do corpo de Jesus Cristo.
|
11
|
Enquanto
todo sacerdote se ocupa diariamente com o seu ministério e repete
inúmeras vezes os mesmos sacrifícios que, todavia, não conseguem apagar
os pecados,
|
12
|
Cristo
ofereceu pelos pecados um único sacrifício e logo em seguida tomou lugar
para sempre à direita de Deus,
|
13
|
onde
espera de ora em diante que os seus inimigos sejam postos por escabelo
dos seus pés {Sl 109,1}.
|
14
|
Por uma só
oblação ele realizou a perfeição definitiva daqueles que recebem a
santificação.
|
15
|
É o que
nos confirma o testemunho do Espírito Santo. Depois de ter dito:
|
16
|
Eis a
aliança que, depois daqueles dias, farei com eles - oráculo do Senhor:
imprimirei as minhas leis nos seus corações e as escreverei no seu
espírito,
|
17
|
acrescenta: dos seus pecados e das suas iniqüidades já não mais me
lembrarei {Jr 31,33s}.
|
18
|
Ora, onde
houve plena remissão dos pecados
não há por que oferecer
sacrifício por eles.
|
19
|
¶ Por esse
motivo, irmãos, temos ampla confiança de poder entrar no santuário
eterno, em virtude do sangue de Jesus,
|
De
novo, extraindo para facilitar e realçar:
Verso
1:
A lei, por ser apenas a sombra dos bens futuros,
não sua expressão real, é de todo impotente para aperfeiçoar aqueles que
assistem aos sacrifícios que se renovam indefinidamente cada ano.
Verso
8:
Tu não quiseste, tu não recebeste com agrado os
sacrifícios nem as ofertas, nem os holocaustos, nem as vítimas pelo pecado {quer
dizer, as imolações legais}.
Verso
9:
Em
seguida, ajuntou: Eis que venho para fazer a tua vontade. Assim, aboliu o antigo regime e estabeleceu uma nova economia.
Verso
18:
Ora, onde houve
plena remissão dos pecados não há por
que oferecer sacrifício por eles.
A lei
sombra de bens futuros...é de todo impotente.. para que, mesmo?
Aperfeiçoar aqueles que assistem aos sacrifícios que se renovam indefinidamente
a cada ano.
Qual lei é essa? Qual a lei que trata dos sacrifícios que se renovam sem fim? A
Lei Moral, os Dez Mandamentos, ou a Lei Cerimonial, a Lei dos Sacrifícios?
Do que
trata o verso 8, já vi gente escrevendo que Deus é sanguinário, supostamente
sentindo satisfação em ver a matança sanguinolenta que ocorria no santuário. Mas
o que diz aqui?
Tu não quiseste, tu não recebeste com agrado os sacrifícios nem as
ofertas, nem os holocaustos, nem as vítimas pelo pecado {quer dizer, as
imolações legais}.
Não,
queridos, Deus não é sanguinário, não se satisfaz com derramamento de sangue!
E o
verso 9 explica que Deus não se satisfaz porque, além do cenário horripilante
que consistia a matança dos animais para o sacrifício e a aspersão do sangue
pelas paredes do Lugar Santíssimo, e
sem falar no horror de todo aquele sangue escorrendo escadaria do santuário
abaixo, este sistema é falho, é incompleto, é impotente de fato. Só foi adotado
para que o ser humano pudesse vislumbrar a magnitude e a malignidade do pecado,
o preço vil cobrado pela transgressão, ou seja, morte, destruição, derramamento
de sangue. Por isso o verso 9 diz:
Em seguida, ajuntou: Eis que venho para fazer a tua
vontade. Assim, aboliu o antigo
regime e estabeleceu uma nova economia.
Qual a
vontade de Deus? Primeiro, dar fim naquele rio de sangue empesteando o santuário
(alguém já parou para pensar que, além da cena horrível para a vista, o que
devia ser para o olfato o cheiro do sangue que ia secando?) Segundo, mostrar ao
homem que o pecado custa sangue, custa vida, e que apesar disso, Ele mesmo, na
figura do Seu Filho, pelo amor imenso que tem por Suas criaturas,
mesmo por esta única em todo o Universo que O desobedeceu e por isso
incorreu na sentença de morte, Ele enviou Seu Filho para derramar o sangue justo,
perfeito, imaculado, santo, e assim comprar definitivamente a salvação para
todos os que crerem que este sacrifício, o derramamento de sangue do próprio
Deus que criou o sangue, a vida, o Universo, todas as criaturas e o ser humano,
é a única esperança, é o único meio para se livrar da sentença de morte ditada
por Deus sobre os desobedientes, os que feriram a Sua Santa Lei.
Esta é
a ‘nova economia, a nova regra; a nova, perfeita, única, brilhante e definitiva
saída para o dilema do pecado. Esta é a nova economia que aboliu o antigo
regime. Qual regime? O de sacrifícios, a matança de aves e animais perfeitos
para assim simbolizar a crença de que somente com derramamento de sangue existe
perdão. Mas com a vinda do Cordeiro de Deus, Santo, Puro, Imaculado, Justo, que
derramou seu próprio sangue, terminou, para todo o sempre, a Lei Cerimonial.
Nunca mais matança, nunca mais ritos sangrentos, tão horríveis ao pensamento
humano que levou alguns a dizerem que Deus de fato os apreciava. A nova economia
de Deus na verdade não é nova, é a eterna, a imutável, a incomparável, a
insubstituível, a perfeita economia do amor, amor que é a própria essência do
caráter de Deus. E se a Lei dos Dez Mandamentos é a Lei do Amor, pois Jesus
mesmo tanto enfatizou que, para O amar, é imprescindível guardar os Dez
Mandamentos, como, Dr. Jean, o senhor insiste que foi abolido algo que, se o
fosse, significaria tão somente a ruína de todo o Universo? -- Gilberto
Resposta ao Prof. Jean Alves Cabral Macedo com
Relação a Lei:
Olá Professor, vejo que não gosta muito desse negócio de Lei ou ter que obedecer
para ter uma salvação, mas como dizer que não precisamos mais obedecer aos 10
mandamentos se não é isso que está escrito na bíblia? Pois o
que está escrito em II Corintios 3:14 é que Jesus aboliu o Antigo
Testamento, ou em outras traduções, antiga aliança, pacto, acordo...
sendo assim precisamos analisar o que é Antigo Testamanto para
sabermos o que Jesus realmente aboliu. Para adiantar o assunto
deixo aqui alguns versículos que o ajudará a descobrir a verdade.
Isaías 28:13 "... um pouco aqui, um pouco ali;" (Pois não
podemos formar uma doutrina em cima de um versículo isolado)
Lucas 22:20 "... este calice é o novo testamento." (Aqui o
próprio Jesus nos responde o que é o antigo testamento ou aliança ou pacto.
Antigo testamento não são livros, Genesis, Exodo, Levíticos,
Números... e sim sangue, sacrifício. Foi isso que Jesus
aboliu na cruz, o sacrifício de cordeiros, por isso que hoje não
precisamos mais matar cordeiros para perdão dos pecados, Jesus foi o cordeiro da
humanidade, "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo")
e Prof. Jean... eu não estou endemoniado segundo a sua colocação, ..."2ª
Coríntios 3 que, ao meu ver, prova completamente esta verdade que estou
explicando e que milhares de evangélicos que não estão sob a inspiração
do demônio concordam."
https://www.adventistas.com/janeiro2009/4temas_debate.htm
Prezado servo de Deus,
Sr. Guido
(1) Primeiramente quero lhe dizer que a expressão: "ao meu ver, prova
completamente esta verdade que estou explicando e que milhares de evangélicos
que não estão sob a inspiração do demônio concordam."
- não se refere em absoluto à Vossa Senhoria e nem aos adventistas, mas
refere-se objetivamente à seguinte conotação:
(1.1) É sabido que a doutrina adventista do sétimo dia ensina que esta
denominação é "a Igreja" remanescente que, só ela, de forma rigorosamente
exclusivista, se define como "o único povo que guarda os mandamentos de Deus e
tem o dom de profecia" - que supostamente foi dom particular da profetisa White;
(1.2) Creio que o nobre investigador da verdade de Deus revelada em Sua Palavra
sabe que os adventistas entendem desde seu surgimento no mundo que as doutrinas
peculiares (santuário, whitismo, lei de Deus, sábado, volta de Cristo, reforma
de saúde, tríplice mensagem) - são tidas como uma marca que caracteriza esta
denominação como sendo "a verdadeira Igreja";
(1.3) Isto explicado, faço aqui minha firme afirmativa de que os adventistas do
sétimo dia, com base nos dois pontos anteriores e, também em sua história de
mais de 150 anos, defendem de forma rigorosa, em seus bastidores e publicamente
que todas as denominações que não se curvam diante de seus credos são "filhotes
de Babilônia", "seguidores de doutrinas de demônios". Isto fica fácil de se
verificar quando se busca as explicações dos adventistas para as manifestações
de "dom de línguas entre os pentecostais" - ou seja, entendem os teólogos e o
povo adventista que o que acontece ali não é de Deus, mas diabólico.
Por esta visão que está contextualizada no referido documento que Vossa Senhoria
usou para defender-se de uma acusação que não lhe fiz, deixo explicado o listado
texto que Vossa Senhoria trouxe ao comentário especial que fez.
Supostamente, quem teria "demônios" e "doutrinas de demônios" seriam, pela
hipótese aventada por mim, os milhões de evangélicos que, não seguindo a
interpretação adventista sobre os dez mandamentos, podem ficar agora tranquilos
porque a verdade sobre os dez mandamentos não é tão simplista como pretendem os
alegados "remanescentes" que por uma piada geral e sem cabimento se intitulam:
(1) os que guardam os mandamentos de Deus e (2) tem o testemunho de Jesus que
seria a manifestação do dom de profecia em White.
Quando digo que nenhum adventista guarda mandamento nenhum, baseio-me facilmente
em 1ª João 1:6-9 e 2:1-3 onde se declara que não há pessoa que guarde qualquer
mandamento de Deus. Esta verdade é reiterada em Romanos 3:23 e em Isaías 59:2-4,
dentre outras dezenas de passagens que não deixam dúvidas de que Vossa Senhoria
e eu, não passamos de um bolo de pecadores por nascimento, por natureza, por
educação, por dedicação e por vocação natural. Desafio todo o Mundo adventista a
provar que este povo "arrogante e petulante", que tem a ousadia de chamar todos
os demais irmãos evangélicos de "filhotes de Babilônia" a provar que são
melhores do que qualquer um dos filhos da própria Babilônia. Se todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus, isto deveria ser definitivo para sabermos
que nosso lugar, seja qual for a denominação a que pertencemos é com a cara no
chão diante do trono do Todo Poderoso, único que pode ser digno de nossa
reverenciada submissão e adoração.
Mas, sejamos mais cuidadosos com a questão em comento. O fato de todos nós
sermos pecadores imundos e perversos em nossa natureza, não invalida a lei de
Deus de forma alguma, como se pode verificar em Romanos mesmo, no capítulo 7 e
em tantos outros que versam sobre a matéria. E fico rigorosamente aborrecido com
esta maldita insinuação de que eu desconsiderei esta verdade absoluta, porque
apenas pessoas mal-intencionadas e sem a capacidade de estudar um assunto com
uma visão multifocalista dos pontos que evoquei poderia supor tal idiotice que
eu não escrevi. Isto é tão sério que houve até quem tenha me perseguido na
internet dizendo que eu teria dito que o sábado havia sido abolido.
Se Vossa Senhoria observar cuidadosamente no endereço eletrônico:
https://www.adventistas.com/janeiro2009/4temas_debate.htm
Verá que esta foi a minha primeira manifestação sobre a questão dos dez
mandamentos!
Nesta vertente de debates, não me apresento como "sinete de perfeição" e não sou
um profeta.
No referido endereço eletrônico está claramente publicado o documento intitulado
"Por que não temos que guardar os dez mandamentos?"
O referido documento pode ser lido na íntegra no endereço:
https://www.adventistas.com/janeiro2009/Estudo%20n.T009.%20Enfim%20Uma%20Prova%20de%20Que%20No%20Estamos%20Sujeitos%20aos%20Dez%20Mandamentos.doc
Se observardes cuidadosamente o mesmo, para que possa me criticar com a justeza
de Vosso coração, vereis que neste documento eu apresento uma série de pontos em
organizada sistematização argumentativa. usei só a Bíblia como base de minhas
considerações e escrevi de forma indelével para qualquer um poder entender:
(1) "Creio haver encontrado nele uma base de sustentação teológica confiável,
segura e precisa para compreenderemos que a Lei dos Dez Mandamentos estão
rigorosamente abolidos como ensinam as Igrejas Reformadas em sua maioria e que a
verdadeira Lei de Deus em nossos dias transcende os aspectos específicos do
Decálogo, ampliando o que chamamos hoje de Lei do Senhor para uma estrutura que
pode conter mais de 200 mandamentos, que incluem neles os princípios e aspectos
dos que estavam nos Dez Mandamentos."
- Minhas expressões são: "creio", "como ensinam as igrejas reformadas em sua
maioria", "ampliando o que chamamos hoje de Lei do Senhor para uma estrutura de
mais de 200 mandamentos que incluem".
- Em seguida, faço uma exposição sistematizada do que está em 2ª Coríntios 3 e
sigo parte por parte em uma avaliação sistematizada de suas peças até chegar à
conclusão de que a expressão indicada nos versos 14-16 tem um desfecho negativo
à afirmativa de que os dez mandamentos são válidos hoje, conforme a abordagem
adventista.
(2) O meu principal argumento é sempre passado por cima, ninguém derruba o
argumento, mas fica lançando textos que estão explícitos à saciedade em meu
segundo artigo publicado na mesma ocasião sobre a matéria e que pode ser lido no
endereço eletrônico:
https://www.adventistas.com/janeiro2009/Estudo%20n.T010.%20A%20Questo%20da%20Lei%20e%20do%20Evangelho%20e%20o%20Adventismo.doc
(3) Se as pessoas que desejam criticar algo pudessem antes fazer uma simples
leitura do documento todo poderiam ver que minha explanação é bem delineada e é
fruto de algum tempo de pesquisa. Não foi um texto ao sabor de um modismo ou uma
argumentação vazia.
(4) Para não ficar devendo nada a ninguém em termos de explicação e considero
que a questão ainda está de pé e não foi resolvida "teologicamente" - porque os
milhões de batistas, assembleianos, metodistas, luteranos, etc não guardam os
dez mandamentos e não se sentem filhos do demônio (entende agora esta minha
expressão?) por esta razão.
(5) Minha acusação oficial e que defendi e ainda defendo, é que Ellen White foi
venial ao dizer o seguinte:
Todos os que verdadeiramente se tenham arrependido do pecado e que pela fé hajam
reclamado o sangue de Cristo, como seu sacrifício expiatório, tiveram o perdão
aposto ao seu nome, nos livros do Céu; tornando-se eles participantes da justiça
de Cristo, e verificando-se estar o seu caráter em harmonia com a lei de
Deus, seus pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida
eterna. (White,
Ellen Gould. Cristo em Seu Santuário.
Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP. 1997, p. 113 / também publicado no livro
O Grande Conflito de sua autoria,
na edição de 2001, p. 483 – capítulo “O
Grande Juízo de Investigação”.)
Espero ser respondido através desse e-mail e conhecer melhor o seu ponto de
vista com relação a esses comentários acima, obrigado.
|