Teólogos do Unasp opinam sobre o filme “A Paixão de Cristo” Rômulo Gomes “O sofrimento de Cristo mostrado no Filme A Paixão de Cristo pode fazer com que as pessoas reconheçam o quanto sofreu Jesus pelo homem”. A opinião é a do doutor e professor de Teologia do Unasp, pastor Ruben Aguillar. Segundo ele, as pessoas que não estão convertidas totalmente a sua fé, ou que tem apenas algum conhecimento bíblico, podem reconhecer o envolvimento de Jesus com o homem através desta produção cinematográfica. O doutor Aguillar mencionou que, embora o filme não tenha complicações bíblicas, como em outros filmes já produzidos, revela fatos que não são mencionados na Bíblia. Mas de acordo com Aguillar, mesmo assim o filme A Paixão de Cristo, do diretor australiano Mel Gibson (foto ao lado), cumpre um papel importante para expandir o cristianismo. O doutor lembra ainda que o sofrimento passado por Cristo em suas últimas 12 horas de vida, antes da ressurreição, é "muito mais intenso do que o retratado em qualquer produção cinematográfica". “O filme é todo falado em grego e hebraico, porém se constitui de pouco texto e muitas imagens. Talvez, seja este o ponto pelo qual muitos cristãos estejam gostando do filme, porque podem ver de uma forma quase literal o sofrimento de Jesus”, argumenta. Por outro lado, para o pastor e professor do curso de Jornalismo do Unasp, Wanderlei Dornelles, o filme apela para ferramentas que o colocam como um produto qualquer. “São usadas imagens chocantes que provocam sensações que logo são esquecidas pelo público", afirma Dornelles. Segundo ele, este fato coloca o filme como um "espetáculo" que merece ser assistido, semelhante ao exposto no livro de Guy Debord "A Sociedade do Espetáculo" em que a sociedade começa a ser movida por tudo que é sensacional. Um aspecto em que ambos os acadêmicos concordam é a retomada de uma questão bem antiga que é o anti-semitismo. Aguillar e Dornelles concordam que a exibição do filme deve provocar revolta para com os judeus, pela forma como eles são mostrados no filme. "A questão política é um dos problemas que pode surgir no filme”, afirma Aguillar. Fonte: http://www.unasp.edu.br/diario/campus138_280404.htm Alunos comentam sobre o filme “A Paixão de Cristo” Andréia Moura O filme “A Paixão de Cristo” de Mel Gibson suscitou polêmicas e discussões acaloradas depois de exibido no Unasp. Opiniões prós e contras. Alguns ficaram chocados, outros detestaram a adaptação, mas houve também quem aplaudiu o filme, se sentiu tocado e até mesmo confessou ter mudado de vida. Segundo o aluno do 4º ano do curso de Comunicação Social, Maik Fantin, o filme foi muito original. Para ele o filme é recheado de cenas fortes e não esconde o sofrimento de Jesus como comumente se faz. “É o que mais se aproxima da realidade. O filme retrata muitas cenas descritas pelo Espírito de Profecia”, afirma o aluno do 3º ano de Letras, Luís Fernando. Maik ressalta que as pessoas estão muito frias hoje em dia e não reagem absolutamente a nada. De acordo com ele, é preciso ser chocante para penetrar no coração das pessoas. “Mel Gibson foi perfeito em sua estratégia. O filme sem dúvida alcançou seu objetivo, conscientizar as pessoas”, considera. Em sua grande maioria, os alunos gostaram da produção. Muitos citam as interpretações magníficas de alguns atores, como nos papéis de Maria e Satanás. Mas houve também quem se posicionou contra, como é o caso da aluna do 2º ano de Pedagogia, Fábia Hirano. Ela afirmou que ficou insatisfeita com o filme. “O Jesus do filme tinha um olhar vazio, não transmitia nada”, defende. Fábia enfatiza ainda a exaustiva aparição de Maria deslocando o objetivo central do filme, Jesus. “Eu não me senti tocada, achei um filme muito pretensioso”, acrescenta. Os comentários sobre as cenas das últimas doze horas da vida de Jesus, retratadas por Mel Gibson ainda continuam entre alunos, pastores, e membros da comunidade do Unasp. Fonte: http://www.unasp.edu.br/diario/campus139_280404.htm Leia também: |
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