Artigo da Revista Ministério Traz Citação Apócrifa e Atribui Obra dos Anjos Bons ao Espírito Santo

 

Quanto ao artigo da Revista Ministério: "Trindade - Uma Revelação Gradual", eu também estou "de acordo" com o autor do artigo, quando ele diz: "não foi encomendado".

Como não se trata de algo encomendado, então, percebe-se claramente que se trata de uma pesquisa de opinião, para saber qual será a reação dos leitores mais críticos (peincipalmente daqueles que combatem a trindade) em relação ao lançamento da obra "The Trinity". Que será de fato a posição "oficial" vindo da Associação Geral - órgão, e não da Assembléia que irá reunir-se somente em 2005.  

Contudo, é uma resposta antecipada de um departamento oficial da Divisão Sul-Americana.  

Além do mais, como foi escrito, percebe-se que é muita filosofia guardada em uma só cabeça. Isso, ele mesmo declara em seu artigo. As outras cabeças cheias de filosofias são: "Dr. Carsten Johnssen". (Por meio da "Monografia"). E os autores da obra: "The Trinity".  

No entanto, somente os autores da referida obra: Woodrow Whidden, Jerry Moon e John Reeve ("os gênios da IASD", os decifradores e/ou reveladores de mistérios) é que realmente são considerados "dignos" de representarem oficialmente a IASD, no que diz respeito à trindade.  

Então, se ele é "um zero a esquerda" (o autor do artigo), por que ele se meteu em um assunto que não lhe diz respeito?  

Para esta pergunta, apenas tem duas respostas: ele está rebelando-se. Está agindo contra as determinações dos seus superiores. A segunda como já foi mencionada - trata-se de uma pesquisa de opinião. E nessa pesquisa estão juntas as cabeças filosóficas: Rubem [Scheffel], Dr. Carsten Johnssen (por meio da "Monografia"), o editor da Revista Ministério e os três decifradores de mistérios: Woodrow Whidden, Jerry Moon e John Reeve.  

Analisem este parágrafo:  

"Acredito que a obra "The Trinity", dos autores Woodrow Whidden, Jerry Moon e John Reeve, já traduzida e a ser publicada brevemente pela Casa, esta sim, poderá ser considerada uma obra oficial, e de referência, sobre o tema da Trindade."  

Por esse parágrafo, entende-se que Rubem [Scheffel], autor do artigo,  também já bebeu da obra: "The Trinity". Em inglês mas principalmente em Português.  

De acordo com o resultado da pesquisa de opinião, os editores brasileiros irão cortar algumas partes da obra, ou não. Assim creio. Por isso, será importante que se faça uma comparação do livro que será editado e publicado na Língua Portuguesa com o texto original na Língua Inglesa.  

Aguardemos, então, a resposta oficial. Mas, cuidado! Piores coisas virão.  

Mudando um pouco de assunto, fiz uma análise de um dos parágrafos do referido artigo...  

QUAL OBRA O ESPÍRITO SANTO EALIZOU ANTES DA CRIAÇÃO?

Os dois parágrafos (destacados) abaixo fazem parte do artigo da Revista Ministério: Trindade Uma Revelação Gradual.

E o Espírito Santo?

Nenhuma menção é feita na Bíblia e nos escritos de Ellen White sobre a obra do Espírito Santo antes da Criação. Ellen White diz apenas que “o Pai, o Filho e o Espírito Santo deram-se a Si mesmos ao estabelecerem o plano da redenção”.15 Entretanto, como sabemos pela Palavra de Deus que uma de Suas atribuições é “convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (João 16:8), podemos imaginar que durante a rebelião de Lúcifer o Espírito Santo atuou no coração e na mente dos anjos, incluindo o querubim cobridor, procurando convencê-los, “com gemidos inexprimíveis” (Rom. 8:26), de que Lúcifer estava enveredando pelo caminho do pecado e que Deus é justo. O Espírito de Deus conseguiu convencer dois terços de anjos, mas um terço, infelizmente, não Lhe deu ouvidos. Podemos concluir, portanto, que Lúcifer e seus anjos pecaram contra o Espírito Santo e não puderam mais permanecer na santa atmosfera do Céu.

 

UM CLARO ASSIM DIZ O SENHOR

Como podemos perceber o autor de início comete uma pequena contradição. Ele diz:

Nenhuma menção é feita na Bíblia ... sobre a obra do Espírito Santo antes da Criação”.

Se a Bíblia silencia sobre o assunto, como é que alguém pode afirmar algo sobre o que não é “UM CLARO ASSIM DIZ O SENHOR”.

“...  Antes de aceitar qualquer doutrina ou preceito, devemos pedir em seu apoio um claro – Assim diz o Senhor.” – (O Grande Conflito. 33ª ed. 1987. p. 601.).

Quando Ellen G. White escreveu esse texto transcrito, ela estava referindo-se a Bíblia e não aos seus escritos. Isso vale ao que ela escreveu. Portanto, se ela escreveu algo e não é “UM CLARO ASSIM DIZ O SENHOR”, então, não pode ser tido como doutrina e muito menos servir de base para todas as doutrinas.

Contudo, quanto ao que ele disse que ela escreveu sobre o Espírito Santo, deve ser analisado com cuidado. Porque não basta está escrito, temos que saber – Onde? Como? Por quê? Quando? Para quem? O quê?

Portanto, para que se entenda essa citação: “... o Pai, o Filho e o Espírito Santo deram-se a Si mesmos ao estabelecerem o plano da redenção.” (Conselho Sobre Saúde. p. 222.). Será preciso que se faça algumas observações e comparações.

 

CITAÇÕES CONTRADITÓRIAS

Em primeiro lugar será transcrita uma citação, da mesma obra de Ellen G. White, que consta no livro Princípios de Vida, o qual foi traduzido por Carlos A. Trezza:

“A Divindade foi tomada de piedade pela raça, e o Pai, o Filho e o Espírito Santo entregaram-se à operação do plano da redenção”. - Counsels on Health, pág. 222. (Os Editores. Princípios de Vida. 3ª ed. CPB.1988. p. 40)

Agora, então, vamos compará-la com a citação extraída do mesmo texto em inglês, porém, através de outro tradutor - Almir A. Fonseca:

“A Divindade moveu-se de compaixão pela raça, e o Pai, o Filho e o Espírito Santo deram-Se a Si mesmos ao estabelecerem o plano da redenção.” ( White, Ellen G. CSS. p. 222.).

A primeira citação consta, como já foi dito, no livro - Princípios de Vida da Palavra de Deus - traduzido inicialmente em 1962, porém, a edição citada é de 1988. A segunda citação, consta do livro - Conselhos Sobre Saúde - que é “uma compilação dos escritos de Ellen G. White”, “dada a público pela primeira vez em 1923 (em inglês).” Porém, a edição citada é de 1991. (Idem, p. 4)

Então, para uma melhor compreensão do texto, em face dessas duas traduções não se harmonizarem, iremos compará-las as com o texto na língua original. Antes, porém, será listado o significado de algumas palavras:

ESTABLISH - v. estabelecer: 1. fundar, instituir. 2. fixar, assentar, firmar. 3. determinar, decretar. 4. organizar. 5. introduzir. 6. levantar (recorde). 7. provar, demonstrar. 8. verificar, constatar. 9. formar, constituir (governo);

OUT  - s. 1. espaço aberto m. 2. nicho ou canto externo m. 3. (fam.) passeio m., excursão f., período curto m. de férias. 4. aspecto desagradável m. de um assunto interessante. 5. (fam.) resultado m. 6. salto tipográfico m., omissão f. 7. aspecto exterior m. de um assunto. 8. (fam.) desculpa saída f. 9. ~s pl. a oposição f. 10. ~s pl. despesas f. 11. ~s pl. desavença, querela f. ...  // v. 1. enxotar, expulsar. 2. derrotar, inabilitar. 3. sair, deixar o recinto. 4. extinguir, apagar, desligar. 5. por à venda. 6. revelar, desvendar. 7. tornar-se público ou notório.  // adj. 1. remoto, distante. 2. fora, ausente. 3. fora do poder. ...  // adv. 1. fora. 2. para fora. 3. de fora. 4. desprovido de, sem. 5. fora do poder. 6. extinto, apagado, desligado. 7. terminado, esgotado. 8. em voz alta. 9. francamente. 10. ausente. 11. até o fim. 12. saliente. 13. em ação. 14. completamente, inteiramente// prep. de dentro de.  // interj. fora! saia!;   

WORKING  -  s. 1.  trabalho m., obra f. 2. ação, atividade f. 3. operação f. 4. modo ou processo de trabalhar. 5. andamento m. 6. funcionamento m. 7. manipulação f. 8. acabamento m. 9. movimento m. 10. efeito m., conseqüência f. 11. exploração f. (mina). 12. solução f. (mat.). 13. movimento m. de agitação ou contorção, contração f. 14. progresso lento, gradativo e árduo m. 15. fermentação f. 16. influência f.  // adj. 1. que trabalha, trabalhador. 2. que funciona. 3. aproveitável, útil. 4. que possibilita o trabalho. 5. em andamento, atividade ou funcionamento. 6. próprio para (ou usado no) trabalho. 7. em fermentação;

WORKING-OUT  -  s. 1. elaboração f. 2. acabamento m. 3. desenvolvimento m. 4. ação f. (teatral);

OF  -  prep.  de;

THE  -  art. def.  o, a, os, as//  adv. quanto, tanto;

TO  adv. para diante; para lá; em determinada posição;  // prep., a, para; ao, à; em; de; para com; por; diante de; até; segundo; em comparação com; ao som de; quanto a. Sinal do infinitivo verbal. - (direção e orientação: Fritz Pietzschke. Novo Michaelis - Dicionário Ilustrado - Vol. I. ING-PORT. 18ª ed. 1975. Edições Melhoramentos; SP-BR).

 

TEXTO ADULTERADO

Portanto, diante do que foi acima listado, será citado e analisado o texto na língua original:

The Godhead was stirred with pity for the race, and the Father, the Son, and the Holy Spirit gave themselves to the working out of the plan of redemption.” (White, Ellen G.. Counsels on Health. p. 222)

Em comparação com o texto na língua original, pode se dizer que a primeira citação foi traduzida de maneira coerente em relação ao sentido do texto. Já, a segunda omitiu e pode-se dizer que também acrescentou palavras ao texto, mudando assim o seu sentido original. Isto, pode ser comprovado comparando o que está em destaque nas duas citações e no texto da qual foram traduzidas.

Primeira citação:

A Divindade foi tomada de piedade pela raça, e o Pai, o Filho e o Espírito Santo entregaram-se à operação do plano da redenção”. - Counsels on Health, pág. 222. (Os Editores. Princípios de Vida. 3ª ed. CPB.1988. p. 40)

Segunda citação:

A Divindade moveu-se de compaixão pela raça, e o Pai, o Filho e o Espírito Santo deram-Se a Si mesmos ao estabelecerem o plano da redenção.” ( White, Ellen G. CSS. p. 222.).

Citação em inglês:

“The Godhead (A Divindade) was stirred (foi movida) with (com) pity (piedade) for the (por + a = pela) race (raça), and the Father, the Son, and the Holy Spirit (e o Pai, o Filho e o Espírito Santo) gave themselves (entregaram-Se) to the (à ou ao) [working (operação, ou trabalho) out (até o fim) ou working out (operação)] of the plan of redemption (do plano de redenção).”

O objetivo de apresentar esta citação e compará-la com as outras que são traduções dela é mostrar o erro cometido pelo tradutor: Almir A. Fonseca. Que tinha por objetivo único, inserir o Espírito Santo como co-autor do Plano da Redenção.

Como o sr. Rubem [Scheffel] mesmo disse em seu artigo, repito: “Nenhuma menção é feita na Bíblia ... sobre a obra do Espírito Santo antes da Criação.”

E pelo que estamos analisando, nos escritos de Ellen G. White, também, não existe nenhuma citação em que ela registra a obra do Espírito Santo nem antes da Criação nem após a segunda vinda do Messias, e muito menos da obra dele durante a eternidade.

Se você quer saber quem participou da elaboração do Plano da redenção, leia as páginas 22 (Capítulo Deus Conosco) e 834 (Capítulo: Para Meu Pai e Vosso Pai – penúltima página. 20ª ed. 1997.).

 

O SILÊNCIO DA BÍBLIA E DO ESPÍRITO DE PROFECIA

Nenhuma menção é feita na Bíblia e nos escritos de Ellen White sobre a obra do Espírito Santo antes da Criação”.

Se existe um silêncio da Escritura Sagrada e nas obras de Ellen G. White, como o sr. Rubem [Scheffel], pode afirmar que foi o Espírito Santo que realizou o que ele escreveu abaixo:

O Espírito de Deus conseguiu convencer dois terços de anjos, mas um terço, infelizmente, não Lhe deu ouvidos. Podemos concluir, portanto, que Lúcifer e seus anjos pecaram contra o Espírito Santo e não puderam mais permanecer na santa atmosfera do Céu.

Contudo, Ellen G. White escreveu o seguinte:

Os anjos fiéis ainda instavam com ele e com os que com ele simpatizavam, para que se submetessem a Deus; ... Advertiram todos a que fechassem os ouvidos ao raciocínio enganador de Lúcifer, e insistiram com este e seus seguidores para buscarem a presença de Deus sem demora, e confessarem o erro de pôr em dúvida Sua sabedoria e autoridade.

Muitos estiveram dispostos a dar atenção a este conselho, a arrepender-se de sua desafeição, e procurar de novo ser recebidos no favor do Pai e de Seu Filho. ...” (Patriarcas e profetas. 12ª ed. 1991. p. 22[40-41].).

Em outro lugar ela escreveu:

Os anjos que eram leais e sinceros procuraram reconciliar este poderoso rebelde à vontade de seu Criador. ...”

Lúcifer recusou ouvi-los. Então voltou-se dos anjos leais e sinceros, denunciando-os como escravos. ...”

Muitos dos simpatizantes de Lúcifer estavam inclinados a ouvir o conselho dos anjos leais e se arrependeram de sua insatisfação, e de novo receberam a confiança do Pai e Seu amado Filho. ...”. (História da Redenção. 3ª ed. 1981. pp. 15 e 16.).

Segundo essas citações, entendemos que quem convenceu os anjos rebeldes do pecado foram os anjos leais. Por isso, convencer alguém do pecado, também é uma obra dos anjos leais (João 16:8-9). Porque pecado é não crer no Messias, o Filho de Deus. É não aceitá-Lo. E transgredir a Lei do Eterno é simplesmente a manifestação do pecado. -– josielteli@hotmail.com

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