Conheça William W. Prescott,
o Homem que Introduziu Conceitos Trinitarianos nos Escritos da Sra. White
Embora discordemos totalmente das
posições teológicas do artigo reproduzido abaixo, nós o estamos publicando por
entender que se trata de um importante documento acerca de como a apostasia
doutrinária penetrou sorrateiramente entre os adventistas após a morte de Tiago
White, que, como marido e, portanto, cabeça de Ellen G. White, servira-lhe como
uma espécie de protetor contra a assimilação de heresias disfarçadas como doutrinas
bíblicas.
Depois da morte de Tiago, Ellen G.
White viu-se tão desamparada e abalada psicologicamente que chegou a dizer que fizera um pacto
com o falecido marido, durante uma suposta aparição de Tiago White em sonho
(depois de morto!), para que trabalhassem juntos outra vez.
Infelizmente, como já demonstramos
aqui, ela atribuiu esse sonho
diabólico a Deus e, em minha opinião, a partir daí, ocorrem alguns
problemas em seu ministério, os quais incluem algumas afirmações
contraditórias quanto à constituição da Divindade, uma vez que contrariam textos
anteriores de sua própria pena, do tempo em que a colaboração e argumentação
bíblica de Tiago White impedia-lhe de se deixar enganar por doutrinas
não-bíblicas como a da Trindade.
Sei que isto causará polêmica e
uma certa aversão às leitoras deste texto, mas convém dizer que a concessão do
dom profético a Ellen G. White não anula instrução bíblica anterior, dada
através do mesmo Espírito de Profecia ao apóstolo Paulo, no sentido de que a
Igreja deva avaliar as mensagens proféticas à luz da Bíblia e que a mulher deve
estar também doutrinariamente submissa ao marido:
Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três,
e os outros julguem. Se,
porém, vier revelação a outrem que esteja assentado, cale-se o primeiro.
Porque todos podereis profetizar, um após outro, para todos aprenderem e serem
consolados. Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas;
porque Deus não é de confusão, e sim de paz.
Como em todas as igrejas dos
santos, conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é
permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o
determina. Se,
porém, querem aprender alguma coisa, interroguem, em casa, a seu próprio
marido; porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja. Porventura,
a palavra de Deus se originou no meio de vós ou veio ela exclusivamente para
vós outros? Se alguém se considera
profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo.
-- 1 Coríntios 14:19-35.
Leia também I Timóteo 2:11-15 e Efésios
5:22-24. Observe
ainda que a mulher não estava impedida de profetizar, segundo a orientação
divina, através de Paulo, em I Coríntios 11:3-12, mas devia submeter-se em tudo
ao marido, como o próprio Filho de Deus subordina-Se a Seu Pai.
Parceria ministerial
A própria Sra. White entendia que o trabalho como mensageira do Senhor havia
sido confiado tanto a ela quanto a seu marido:
Na obra a que meu marido e eu fomos
chamados pela providência de Deus para desempenhar uma parte, já desde
seus princípios em 1843 e 1844, temos tido o Senhor a delinear e planejar para
nós, e Ele tem executado Seus planos mediante Seus agentes vivos. Falsos
caminhos têm-nos sido tantas vezes indicados, e as sendas verdadeiras e
seguras tão claramente definidas em todos os empreendimentos relacionados com
a obra de que fomos incumbidos, que posso dizer com verdade, não sou ignorante
dos ardis de Satanás, nem dos caminhos e da operação de Deus.
Temos tido de exercitar intensamente
toda faculdade mental, confiando na sabedoria de Deus para guiar-nos em nossas
pesquisas, ao termos de examinar as diferentes teorias trazidas a nossa
atenção, pesando-lhes os merecimentos e os defeitos à luz que resplandece da
Palavra de Deus e das coisas que Ele me tem revelado mediante Sua Palavra e os
testemunhos, a fim de não sermos enganados nem enganarmos outros. -- O
Cuidado de Deus, pág. 358. MM 1995, 10 de dezembro.
Enquanto meu marido viveu, desempenhou o papel de
ajudador e
conselheiro no envio das mensagens que me eram dadas. Viajávamos
longamente. Por vezes eram-me concedidos esclarecimentos durante a noite,
outras, de dia, perante grandes congregações. As instruções recebidas em visão
eram fielmente escritas por mim, segundo eu tinha tempo e forças para a obra.
Posteriormente examinávamos juntos o
assunto, meu marido corrigia os erros gramaticais e eliminava as
repetições desnecessárias. Então elas eram cuidadosamente copiadas para a
pessoa a quem se dirigiam, ou para o prelo. -- Mensagens Escolhidas,
pág. 50.
Posteriormente, depois da morte de Tiago White, o único auxiliar indicado
diretamente por Deus para ela foi seu próprio filho, G. C. White:
Enquanto nos achávamos na Austrália, o Senhor instruiu-me quanto a dever G.
C. White ser aliviado dos muitos encargos que seus irmãos punham sobre ele, a
fim de estar mais livre para
assistir-me na obra que o Senhor pôs sobre mim. Foi feita a promessa: "Porei
sobre ele o Meu Espírito, e lhe darei sabedoria."
Desde minha volta à América do Norte tenho recebido várias vezes instruções
de que o Senhor me deu G. C. White
para ajudador, e que nesta obra o Senhor lhe dará de Seu Espírito. --
Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 50.
Foi-me mostrado também que meu filho, G. C. White, seria meu
ajudante e
conselheiro, e que o Senhor
poria sobre ele o espírito de sabedoria e são discernimento. Foi-me
mostrado que o guiaria, e que ele não seria desviado, porque reconheceria as
direções e orientação do Espírito Santo. -- Idem, pág. 54.
"O Senhor será teu Instrutor. Encontrarás influências enganadoras; virão
sob muitas formas, em panteísmo e outras formas de infidelidade; segue, porém,
por onde Eu te conduzir, e estarás a salvo.
Porei Meu Espírito sobre teu filho, e
fortalecê-lo-ei para fazer sua obra. Ele possui a graça da humildade.
O Senhor o escolheu para desempenhar
parte importante em Sua obra. Para isso nasceu ele."
Esta comunicação foi-me feita em 1882, e desde então tem-me sido assegurado
que lhe era dada a graça da sabedoria. Mais recentemente, em uma ocasião de
perplexidade, o Senhor disse: "Dei-te
Meu servo, G. C. White, e dar-lhe-ei discernimento para ser teu auxiliar.
Dar-lhe-ei habilidade e entendimento para dirigir sabiamente." --
Idem, pág. 55.
Diante destas incontestáveis declarações da própria Sra. White a respeito do
que Deus lhe disse sobre seu filho, Guilherme C. White, convido o leitor a,
antes de avançar para a leitura do texto abaixo, clicar neste link para
comprovar, mediante documentação do White Estate, traduzida para o português,
que esse Filho da Sra. White Não
Acreditava na Trindade!
Não deixe de ler também, logo após o artigo abaixo, um resumo final da
influência de W. W. Prescott sobre escritos da Sra. White e a teologia
adventista. -- Robson Ramos.
A
MODELAGEM DO ADVENTISMO:
O CASO DE W. W. PRESCOTT
Este artigo passa em revista o livro The
Shaping of Adventism: The Case of W. W. Prescott, [A Modelagem do
Adventismo: O Caso de W. W. Prescott], de Gilbert M. Valentine, publicado
pela Andrews University Press (editora da Universidade Andrews, da Igreja
Adventista do Sétimo Dia) em 1992, com 307 páginas. Este livro mostra como mesmo
grandes líderes ao longo da história do adventismo
tiveram que lutar com ensinos
tradicionais e de quão devagar
mudam as estruturas religiosas corporativas. Segundo
Desmod Ford, autor desta crítica
literária, “este livro é um sinal alvissareiro de que crenças não-bíblicas podem
ser postas no olvido”.
Um Erudito Influente
The Shaping of Adventism percorre a vida
e ministério daquele que foi talvez o
erudito mais influente no adventismo até meados do século vinte—William
Warren Prescott (1855-1944).
Segundo seu colega e amigo, o presidente da
Associação Geral Arthur G. Daniells, o Prof. Prescott destacava-se acima de
quaisquer outros líderes na Igreja porque era abençoado com uma profusão dos
‘mais raros dons’ de que qualquer líder adventista fosse possuidor. (Prefácio,
p. x.).
Redator e Escritor
Como redator do órgão oficial da Igreja
Adventista do Sétimo Dia, a Review and Herald, Prescott
tentou dirigir a denominação a um
crescente entendimento de muitos tópicos vitais. Alguns desses tópicos foram
justificação pela fé, a natureza de
Cristo, a natureza da inspiração, o sentido de Daniel 8:13 e 14, e a
confiabilidade de modernas traduções bíblicas.
Uma contribuição pela qual a posteridade sempre
se lembrará dele é sua parte na redação
das primeiras páginas do livro O Desejado de Todas as Nações.
Ellen White, a autora, ficara grandemente impressionada
quando ouviu Prescott pregar sobre o
assunto da deidade de Cristo e a Trindade. Após isso, ela buscou o
auxílio de Prescott na preparação de sua apresentação da condição original de
Cristo [antes da encarnação] em O Desejado de Todas as Nações.
Prescott ajudou a corrigir muitas idéias
errôneas, mas tradições populares, entre os adventistas do sétimo dia. Uma delas
era a equivocada atribuição do número
666 (Apocalipse 13:18) ao Papa. A comissão da Associação Geral aceitou a
evidência de Prescott sobre esse tema décadas atrás.
O Costumado Sacrifício
Juntamente com outros,
Prescott exerceu pressão quanto a que
Urias Smith estava errado em sua apresentação do “costumado sacrifício”
em Daniel 8:13. (Os ‘outros’ incluíam L. R. Conradi [1856-1939] na Alemanha, o
filho de Ellen White, William [1854-1937], e A. G. Daniells [1858-1935]).
Prescott e os outros entendiam que “a remoção do costumado sacrifício” era a
remoção do evangelho da Igreja pelo evangelho falsificado que prevalecia durante
a Idade Média. O verdadeiro evangelho do sacrifício de Cristo havia sido
prefigurado e simbolizado pelo sacrifício diário no antigo serviço do
tabernáculo israelita.
O Insustentável Juízo Investigativo
O que não é sabido por muitos adventistas é que
W. W. Prescott finalmente repudiou a
doutrina do juízo investigativo. Por tal razão ele não teve permissão de
continuar como professor no Emmanuel Missionary College (atual Universidade
Andrews).
Por décadas, Prescott havia tentado responder
aos ensinos de Albion Ballenger (1861-1921), W. W. Fletcher (1879-1947), e
outros, que protestavam por voz e pena que a doutrina do juízo investigativo não
era escriturística (págs. 259-278). Contudo, Prescott
viu-se incapaz de encontrar respostas
satisfatórias à refutação deles da doutrina do juízo investigativo.
O autor Valentine não dá enfoque somente ao
juízo investigativo nessa seção. Mas a conclusão que
Prescott não pôde encontrar apoio
bíblico para a doutrina do juízo investigativo é clara.
Numa campal no Michigan,
Prescott fizera notar a W. H. Branson,
dirigente da Associação Geral, seu associado, que esperara por anos “alguém
apresentar uma resposta adequada a Ballenger, Fletcher, e outros”. As questões
relativas à doutrina denominacional do santuário que aqueles homens haviam
suscitado eram sérias, disse ele, mas não havia ainda “visto” ou “ouvido” uma
resposta. . . . Nos ouvidos de Branson, a observação do professor
simplesmente soou como uma admissão de que Ballenger e Fletcher estavam corretos
(pág. 259). Branson estava certo no seu pressuposto.
Algo de História
Prescott estivera presente nos julgamentos de
Ballenger e Conradi. Ele também havia servido como secretário de campo da
Associação Geral, e por sete anos fora redator da Review, tendo escrito o livro
The Spade and the Bible [A pá e a Bíblia], publicada pela editora
Revell. Centenas de pregadores e oficiais da denominação receberam sua instrução
de Prescott. The Doctrine of Christ [A doutrina de Cristo],
escrita por ele nos anos vinte, sumaria suas apresentações doutrinais na sala de
aula.
Nas Atas Oficiais de 2 de março de 1934
encontramos uma alusão à necessidade de salvar a denominação de “desviar-se em
teorias como as de Ballenger”. Na Review de 28 de outubro de 1909 e edições
subseqüentes Prescott havia dado resposta às heresias de Ballenger.
Nas Atas de 22 de janeiro de 1934, está
registrado:
W. W. Prescott, que ensina Bíblia no Emmanuel
Missionary College, tinha certos
questionamentos quanto a nossa teologia. Quando essas coisas foram
consideradas por um pequeno grupo, concordou-se que W. W. Prescott continuasse
no EMC até o restante deste ano letivo, e
que não mais lecionasse em sala de
aula quaisquer destas questões sobre que diferia da denominação. Também
se havia concordado que ao final do ano letivo ele não prosseguiria no EMC.
Uma carta havia sido recebida por W. H. Branson, da parte de K. H. Holden,
pedindo que a Associação Geral chamasse W. W. Prescott de volta a Washington
para poupá-lo de pedir-lhe que interrompesse o seu trabalho. Tempo
considerável foi gasto discutindo exatamente qual seria o melhor procedimento
a seguir no tratamento com o Pastor Prescott.
Foi finalmente votado que I. H. Evans e W. H.
Branson redigissem uma declaração para W. W. Prescott, explicando-lhe que, com
base em conversações que haviam sido mantidas com ele por membros do staff
oficial, entendemos que ele não está
em plena harmonia com as crenças denominacionais, e que cremos não poder ele
continuar ensinando num Departamento de Bíblia enquanto seus pontos de
vista não estiverem em harmonia com a denominação, e sugerimos-lhe que coopere
com os Oficiais e com a mesa administrativa do Emmanuel Missionary College
retirando-se ao final do ano letivo; que adicionalmente lhe sugerimos ter uma
audiência sobre seus pontos de vista religiosos com os Oficiais da Associação
Geral.
Em 2 de fevereiro de 1934 W. W. Prescott
escreveu aos Pastores Branson e Evans. Citamos os dois primeiros parágrafos.
Caros Irmãos:
Em vossa carta de 29 de janeiro, recebida
ontem, aconselhais-me a retirar-me voluntariamente de meu lugar como obreiro
neste movimento, com base em que eu estou
“em certa medida fora de harmonia com
a fé estabelecida da denominação em certos pontos vitais, especialmente a
doutrina do santuário”. Fazeis isto sem terdes tido qualquer entrevista
comigo a respeito da séria questão envolvida, e sem expressardes qualquer
pesar de que eu tenha tomado esse rumo ao ponto de perderdes a confiança em
mim como um representante apropriado dessa obra, após ter dedicado por volta
de cinqüenta anos de minha vida a seu progresso. Não somente isso, mas deixais
claramente implícito que se eu não retirar-me desse modo, a questão será
levada à Mesa Administrativa deste colégio com o propósito, logicamente, de
impedir-me de ser convidado por seus administradores a prosseguir o meu
trabalho aqui.
Agora, é um axioma em qualquer corte de
justiça que uma pessoa acusada deva ter oportunidade de defrontar os seus
acusadores em tribunal e ter uma oportunidade justa de contradizer as
acusações que lhe pesam, mas parece como se já tivestes decidido o caso contra
mim, e agora me aconselhais a evitar uma condenação pública por aceitar
quietamente vossa decisão. É verdade que me ofereceis a oportunidade de ir a
Washington para ter uma entrevista convosco, mas constituiriam os acusadores o
júri apropriado para considerar o caso? Não seria um procedimento justo que a
acusação que levantais contra mim devesse ser considerada por aqueles que não
levantaram a acusação? Para mim parece o procedimento certo.
Nos arquivos há uma interessante nota à mão,
com caligrafia de A. W. Spicer. Observe que a primeira sentença traz as palavras
de Prescott, mas as palavras restantes são de Spicer:
1. “Tenho esperado por anos por alguém que
apresente uma resposta adequada a Ballenger, Fletcher, e outros a respeito de
suas posições referentes ao santuário, mas não vi nem ouvi nada ainda”.
2. Após uma longa discussão
do santuário, a Trindade e outras
questões perguntas se devias renunciar, sendo que estás em desarmonia
com a Igreja. Respondi que eu não era competente para dar conselho, mas estava
certo de que se ensinastes as coisas sobre que me falaste em tuas aulas, os
irmãos pediriam que renunciasses. Asseguraste-me que não as estavas ensinando,
mas falado a respeito confidencialmente só com homens da direção.
Do Heritage Room [sala de documentação
histórica] da Universidade Andrews (Arquivo VFM 998) vem a seguinte carta:
Outro item interessante veio-me de três
fontes diferentes, ou seja: que o Prof. W. W. Prescott tem tornado conhecido
que ele não mais crê no juízo
investigativo. Escrevi-lhe indagando que evento marcara o cumprimento
dos 2300 dias, se o juízo investigativo não começou naquele tempo. Tem sido
algo como dois meses desde que lhe escrevi. Ainda não recebi qualquer resposta
e estou con[indecifrável] que não responderá. Na medida em que ele está
determinado a manter-se na denominação, seu único curso de ação seguro é
ignorar minha pergunta.
W. W. Prescott mudou-se para Washington e
serviu à Igreja ali. Por ocasião de sua morte dez anos depois, ele foi
grandemente honrado tanto pela Igreja quanto por muitos além de suas fronteiras.
Após servir a Igreja por 52 anos, W. W. Prescott dormiu em Cristo com a idade de
89 anos em 1944.
Livros Encorajadores
As
mudanças nas estruturas corporativas são geralmente vagarosas. Mas
aqueles que estão ansiando por encontrar reconhecimento denominacional ao que os
seus eruditos têm sabido por mais de meio século
[Lembre-se que este texto é da autoria de Desmod Ford!] pode ser
animador o surgimento de algumas obras recentes.
Sentimo-nos encorajados pelo aparecimento no
meio adventista de livros tais como Pilgrimage: Memoirs of an Adventist
Administrator [Peregrinação: Memórias de Um Administrador Adventista],
pelo Dr. Roy Adams [Review & Herald Publishing Association, 1993]. Este livro
adverte os adventistas contra ensinar
que Cristo estivera somente no primeiro compartimento do santuário até 1844.
Adams declara que tal posição não é bíblica.
Parece bem certo o dito de que “os moinhos de Deus moem vagarosamente, mas moem
bem fininho”. -- (Adaptado da seção “Book Review”, da revista Good News
Unlimited, março de 1996, págs. 10 e 11.)
Adendo
Mais alguns dados e fatos sobre W. W. Prescott
viriam a calhar neste contexto. Sua participação na elaboração de O Desejado de
Todas as Nações é exposta acima, mas há também documentos que tratam de sua
participação na elaboração de O Conflito dos Séculos que merecem ser conhecidos,
como exposto abaixo em material extraído do site www.ellenwhite.org, sob a
responsabilidade do pesquisador Dirk Anderson. Mais adiante transcrevemos o
trecho do Concílio de Professores de Bíblia e História de 1919 onde W. W.
Prescott comenta sua participação na elaboração dessa obra. [Ver também artigos
no. 22a e 22b de nosso “Catálogo”, além do de no. 50a, “A Desconhecida História
de Quatro Importantes Livros Adventistas”].
Antes de preparar a nova edição de O
Conflito dos Séculos, Prescott
escreveu uma longa lista de erros que julgava necessitarem de ser corrigidos.
Entre esses estavam as posições históricas assumidas para a Revolução Francesa e
a sexta trombeta. Prescott assinalou que não havia evidência de que a Bíblia
tivesse sido banida da França por três anos e meio e que a predição de Litch
concernente a 11 de agosto não só havia sido feita APÓS o fato (contrariamente à
declaração de O Conflito, que declarava que havia sido feita ANTES), como
era destituída de qualquer valor.
Quando
[o livro de Urias Smith] Daniel and Revelation (fonte em que se baseou a
Sra. White) foi revisado nos anos da década de 1940, as críticas de
Prescott foram revividas e confirmadas. Empreendeu-se mais uma vez um
infrutífero giro pelas bibliotecas da Europa e América, como tinha ocorrido
antes da edição de 1911 de O Grande Conflito.
Citamos a declaração oficial da Comissão de
Revisão sobre a questão das trombetas:
É interessante notar que quando Tiago White
e, mais tarde, Urias Smith, chegaram às sete trombetas, eles não aceitaram uma
interpretação original mas francamente se apropriaram de uma interpretação de
Josias Litch—a que o própio Litch havia repudiado. À semelhança deles, vossa
comissão não encontrou nada melhor para recomendar. Nós, portanto—
Recomendamos, que a interpretação das Sete Trombetas permaneça como está.
Durante o trabalho da comissão encontramos
comentários como este que se acha num intercâmbio de cartas:
Estou ainda lutando com o problema do ateísmo
e a Revolução Francesa, e não sei ainda como nos sairemos nisso.
Eu observei especialmente o item no 7 para
encontrar alguma citação que tomasse o lugar das antigas, mas não pude achar
nenhum material proveitoso.
A data 26 de agosto de 1792 não deveria ser
empregada. Nada posso encontrar em qualquer história da Revolução Francesa que
comprove ser este um dia relevante no ataque ao cristianismo.
Tais comentários apenas evocam outros feitos
anos antes por Prescott e Spicer.
Oferecemos alguns exemplos típicos:
Notei que na questão do sinal para 21 de
novembro, dá grande margem aos turcos e coisas relativas. Tenho sabido por
algum tempo que a data de 11 de agosto de 1840 não suportaria um exame detido.
Dois anos atrás apresentamos informação completa sobre isso no Concílio
Outonal, mas nada foi feito e nesse entretempo nossos livros e publicações
estão repetindo as velhas declarações não comprovadas. . . Se o Imperador
João, que morreu em 1448, “nunca se esqueceu de que era um vassalo do Império
Otomano”, como podemos assegurar que o Império Bizantino não se sujeitou à
Turquia até 1449? Cordialmente, W. W. Prescott
E agora, eis as palavras de W. A. Spicer (30 de
novembro de 1914):
Também incluirei algum material sobre as
datas dos períodos proféticos de Apoc. 9. Um tempo atrás o Prof. Prescott e eu
fomos à Biblioteca do Congresso. Pesquisamos a história de Paquimeris,
traduzida do latim por Possínio. É desse livro que Gibbon obteve a data 27 de
julho de 1299. Eu pesquisei em Von Hammer, que é o maior autor germânico sobre
história otomana, e fica claro que Gibbon cometeu um erro que Von Hammer e
outros corrigiram. A forma como Gibbon chegou a esse erro pode ser facilmente
vista examinando a tradução de Paquimeris por Possínio. Gibbon descobriu a
data 27 de julho no princípio do capítulo 25, e daí foi às tabelas
cronológicas dadas por Possínio e encontrou o ano 1299. Ele fez a combinação
de 27 de julho com 1299, porém, deixou de perceber que o capítulo começa com
27 de julho, mas então recua e trata de eventos anteriores. Esses eventos
anteriores foram os de 1299. [Daí , a data 1299 na tabela de Possínio]. Não
foi senão em 1301 que a batalha de 27 de julho teve lugar.
Por essa ocasião o Prof. Benson recebeu
documentos demonstrando conclusivamente que o ultimato das Potências não foi
entregue ao Paxá do Egito em 11 de agosto de 1840. Então começamos a pesquisar
mais a fundo e apresentamos essas questões ao recente concílio. Poderá
entender bem que os irmãos teriam que sentar-se e atentar a isso. É digno de
nota como as pessoas se indispõem a examinar os fatos, ou corrigir qualquer
coisa.
A predição de 11 de agosto supostamente
cumprida “no dia exato”, não tem qualquer validade. Litch começou com uma data
errada de Gibbon; ao contar o número de dias ele se esqueceu da omissão de dez
dias na substituição do calendário juliano pelo gregoriano; ele seriamente
distorceu os eventos relativos aos anos da década de 1840; e revelou
ignorância quanto ao real sentido de Apocalipse 9:15 segundo o original grego.
[Obs.: Comparar com o que consta da edição clássica de O Conflito dos Séculos,
segunda metade do capítulo 18, “Um Reformador Americano” (pág. 334 do original
em inglês)].
Na Conferência de Professores de Bíblia e
História de 1919, segundo suas anotações taquigráficas descobertas após mais de
50 anos de “sumiço” do material nos porões da sede denominacional em Washington
D.C. [para o texto completo do debate referido ver artigo 22 (A e B) de nosso
“Catálogo”], líderes denominacionais discutiram o livro O Grande Conflito nos
seguintes termos:
B. L. House: Pelo que entendo, o Pr. J. N.
Andrews preparou essas citações históricas para a velha edição [de O Grande
Conflito, de 1888], e os Irmãos Robins e Crislet, Professor Prescott e outros
forneceram as citações para a nova edição. Ela introduziu as citações
históricas?
A. G. Daniells: Não. . . .
W. W. Prescott: O irmão está tocando
exatamente na experiência pela qual passei, pessoalmente, porque todos os
senhores sabem que eu dei minha contribuição para a revisão de O Conflito
dos Séculos. Forneci considerável material tratando dessa questão. . . .
Quando falei com W. C. White sobre
isso (e não sei se ele é uma autoridade infalível), ele me disse
francamente que quando prepararam O Conflito dos Séculos, se não
encontrassem em seus escritos qualquer coisa em certos capítulos para realizar
as ligações históricas, tomavam outros livros, como o Daniel e Apocalipse
[de Urias Smith], e utilizavam porções deles. . . .
Fonte:
http://minist03.bizland.com/33CASODEW.html (Em 21/03/2004)
Saiba Mais Sobre W. W.
Prescott
William Warren Prescott foi um dos que primeiro
denunciaram a manipulação dos escritos da Sra. White, uma vez que ela nem sempre
supervisionava todo o trabalho de "preparação dos manuscritos para a publicação"
nem checava sua versão final.
O próprio W. W. Prescott
preparou
dois livros dela sobre educação para a publicação, a partir de manuscritos que
tinha recebido. E a Sra. White não viu sequer uma página datilografada desee
material, antes que fosse para o prelo. Ela estava na Austrália nesse tempo. Sem
qualquer supervisão, ele editou e praparou sozinho os textos para publicação.
Prescott
trabalhou também muito proximamente com Marion Davis
na preparação dos manuscritos de O Desejado de Todas as Nações para
publicação. Sugeriu temas e idéias e atuou como autoridade final na análise para
a publicação de certos trechos, sem qualquer supervisão da Sra. White.
A apresentação de Cristo como o grande "EU SOU"; a ênfase na
eternidade de Sua existência, usando freqüentemente a expressão "o Eterno
Filho"; e a conexão do nome "EU SOU" de Êxodo 3:14 com João 8:58, aceita por
muitos cristãos, mas acrescida de todos os outros "eu sou" do Evangelho ("Eu sou
o Pão da Vida", "Eu sou a Luz do Mundo", "Eu sou a porta das ovelhas", etc),
ricos de lições espirituais, mas usados apenas como introdução a uma metáfora;
todos incluídos no livro O Desejado, são também obra sua.
Não foram apenas pequenos e
insignificantes acréscimos, Prescott mesmo alertou para a introdução de
capítulos inteiros, escritos por assistentes literários sem a aprovação final de
Ellen G. White, os quais posteriormente foram totalmente atribuídos a ela.
Após a morte de Ellen G. White, W. W. Prescott foi um dos que
conduziram a Igreja Adventista a rapidamente adotar a doutrina da Trindade. Na
Conferência Bíblica de 1919, ele conduziu uma série de estudos bíblicos,
intitulada “The
Person of Christ”. Esses estudos promoviam o
Trinitarianismo e não foram aceitos pela totalidade dos delegados. Contudo, as
discussões chegaram a um ponto tão acirrado que o então presidente da Associação
Geral, A. G. Daniells,
procurou acalmar os ânimos com a frase:
“Não
estamos aqui para tomar um voto sobre trinitarianismo ou arianismo, mas podemos
pensar no assunto.”
No início dos anos 40,
alguns de nossos ministros ainda resistiam à "nova teologia" proposta por W. W.
Prescott e outros. Um deles foi o pastor
J. S. Washburn,
que escreveu um contundente ataque contra
W. W. Prescott
devido a um sermão trinitariano que ele pregara na
igreja de Takoma Park (Md.),
em 14 de outubro de 1939.
Por volta de
1944, a
maioria dos obstáculos já havia sido removida e a nova teologia, representada
pelos ensinos de W. W. Prescott estava livre para dominar o movimento
adventista. O único espinho na carne eram os livros de Urias Smith, sobre
Daniel e Apocalipse, publicados com o endosso da inspiração de Ellen G.
White. Foi então que a liderança adventista
optou pel a revisão dos dois volumes que compunham a obra, com omissão dos
trechos anti-trinitarianos. Assim, acatava-se mais uma idéia de W. W. Prescott,
proferida na Conferência Bíblica de 1919.
Tudo isso é contado em detalhes especialmente
no capítulo
"The
Spirit of Prophecy
and Editorial Work"
["O Espírito de Profecia e o Trabalho Editorial"], do livro
The Foundation of Our Faith, de Allen Stump
(860 kb), disponibilizado completo aqui no site para download (em arquivo *.doc
do Word. Clique no link com o botão direito e escolha a opção "salvar destino
como". Não há necessidade de senha. Caso seja solicitado, apenas cancele.).
In a recently published editorial, a Seventh-day Adventist
stated that when he received literature asking the reader to be open-minded he
would discard it. This request was taken to be a sure sign that the material
was new and divisive.
As I read
the article I thought how strange that many of our people so easily have a
double standard in this area. When we share the Sabbath truth or the mortality
of the soul we ask people to be open-minded. Yet we easily develop an attitude
that says, “I already have all the truth, I have no need to further
investigate anything.” Today we need not only an open mind, but an honest mind
as well. Some are willing to listen and hear anything new under the sun.
However, only a few are willing to follow truth when clearly presented.
Perhaps no subject within Adventism today requires a more open and honest mind
than an examination of how some of Sister White’s writings were put together.
We enter into this study with the realization that the truth, and only the
truth, can make us free.
“On April 6, 1915, W. W. Prescott wrote a letter to W. C. White in which he
raised some very sensitive issues and made some very pointed comments about
the writings of Mrs. White.”1
Before we observe part of Prescott’s letter it should be noted that Prescott
was one of the leading ministers and educators within the Seventh-day
Adventist Church during the last part of the 19th century and the early part
of the 20th century. He served as editor of the Review & Herald and was
president of several of our colleges. He greatly appreciated and supported the
work of Sister White. Prescott also labored against the Kellogg apostasy. His
letter reads in part:
The way your mother’s writings have
been handled and the false impression concerning them which is still
fostered among the people have brought great perplexity and trial to me.
It seems to me that what amounts to deception, though probably not
intentional, has been practiced in making some of her books, and that no
serious effort has been made to disabuse the minds of the people of what was
known to be their wrong view concerning her writings. But it is no use to go
into these matters. I have talked with you for years about them, but it
brings no change. I think however that we are drifting toward a crisis which
will come sooner or later and perhaps sooner. A very strong feeling of
reaction has already set in.
(W. W. Prescott to Willie White, April 6, 1915)
What did Prescott mean when he wrote about the “wrong view” some church
members had concerning Sister White’s writings? What crisis did he feel we
were drifting toward which would come sooner or later, and perhaps sooner?
First, we should note that Prescott was not suggesting that Sister White was
not inspired and used of God. He did, however, wish to see the church members
better educated concerning the way her writings were put together.
The last two decades have brought an increased awareness of Sister White’s
literary borrowing. The amount of borrowing in some instances is considerable.
Some gems of thought that were once
considered to have originated from her pen have been shown to be copied from
others. While there are different views concerning the reason and
rationale behind the borrowing, few today can, in the face of overwhelming
evidence, deny its existence.2 Prescott knew that many in the church were not aware of
the borrowing and had misunderstandings in other areas as well.
One of those areas was the editing done to Sister White’s writings before
going to print. While it is well known that Sister White had several good
literary assistants who edited her work,
most are under the assumption that
Sister White always checked their work and approved the final drafts.
Prescott himself knew better for he had been one of the editors who worked
with Sister White’s manuscripts from time to time.
For example, in 1893 and 1897 Prescott
had “prepared two books on education for the press from manuscripts he had
received, and Mrs. White saw none of the final drafts before they went to
press. She was in Australia at the time. He alone did the unsupervised editing
and preparing of the MS for the press.”3
George Amadon, an able printer and later a trusted minister, stated to Dr.
Kellogg that Sister White “never wrote the prefaces of her books. She, of
course, heard them read over, but she never reads the proof. You know, Doctor,
that Sister White never in the Office sat down and read proofs properly.” (“An
Authentic Interview between Elder G. W. Amadon, Elder A. C. Bourdeau and John
Harvey Kellogg” in Battle Creek, Michigan on October 7th, 1907, p. 36)4
Concerning Prescott’s work in the preparation of some of Sister White’s
writings, Dr. Gilbert Valentine writes:
Secondly, when in Australia, in 1896,
Prescott worked very closely with
Marion Davis in preparing the MS of Desire of Ages for publication.
Reference to this is to be found in Ellen White’s own diary, as well as
Lacey’s letter [of] 1945. Thirdly, as we have noted, Prescott assisted Crisler
in 1908 in drafting out chapters and suggesting themes and ideas for some of
the series on Ezra and acted as a
final authority on certain critical matters regarding what to publish in
certain areas. This too without Mrs. Whites supervision. (“A Response
to Two Explanations of W. W. Prescott’s 1915 Letter,” p. 16)
The Lacey letter of 1945 Valentine mentions was from H. Camden Lacey (W. C.
White’s brother-in-law) to LeRoy Froom. In his letter, Lacey wrote:
Professor Prescott was tremendously
interested in presenting Christ as the great ‘I AM’ and in emphasizing the
Eternity of His existence, using frequently the expression ‘The Eternal
Son.’ Also he connected the ‘I AM’ of Exodus 3:14, which of course was Christ
the Second Person of the Godhead, with the statement of Jesus in John 8:58,
which we all agreed to; but then linked it up also with other ‘I ams’ in the
Gospel - 7 of them, such as ‘I am the Bread of Life’ ‘I am the Light of the
World’ ‘I am the Door of the Sheep’ etc. all very rich in their spiritual
teaching - but which seemed a little far-fetched to me especially as
the ‘I am’ in all those latter cases is merely the copula in the Greek, as
well as in the English. But he insisted on his interpretation. Sr
Marion Davis seemed to fall for it, and lo and behold, when the ‘Desire of
Ages’ came out, there appeared that identical teaching on pages 24 and 25,
which, I think, can be looked for in vain in any of Sr. White’s published
works prior to that time!
In
this connection, of course you know that Sr Marion Davis was entrusted with
the preparation of ‘Desire of Ages’ and that she gathered her material from
every available source - from Sr White’s books already in print, from
unpublished manuscripts, from private letters, stenographic reports of her
talks, etc. - but perhaps you may not know that she (Sr Davis) was greatly
worried about finding material suitable for the first chapter. She appealed to
me personally many times as she was arranging that chapter (and other chapters
too for that matter) and I did what I could to help her; and
I have good reason to believe that she
also appealed to Professor Prescott frequently for similar aid, and got it too
in far richer and more abundant measure than I could render. (Letter of
H. Camden Lacey to LeRoy Froom, August 30, 1945 - emphasis in original)
Besides editorial and small
additions, another of Prescott’s concerns may have been the actual writing out
of whole chapters by assistants which were supposed to be later proofed by
Sister White. In 1887, Willie White was working in Switzerland with B.
L. Whitney, head of the church’s publishing house in Basel, on a French and
German translation of the 1884 Great Controversy. In a letter to C. H. Jones
of the Pacific Press, White noted places in the new English edition where
improvements could be made. His letter stated:
It was immediately after chapter 4, that the largest additions were to be
made, and while we were all together, it seemed advisable to devote our
attention to the corrections and additions to be made in other parts of the
book, leaving the manuscripts for chapters 5, 6, and 7 to be
prepared by Sr. Davis after Mother
had gone from Basel. The work of preparing these is now nearly
completed, and will soon be sent to her in England for examination.
(Letter of Willie C. White to C. H. Jones, July 21, 1887 - Quoted from Bible
Study Guide - Adventist Laymen’s Foundation.)
At this point we might ask, “Why did the brethren feel they could have so
much liberty with Sister White’s writings?” The answer, in part, goes back to
1883. During that year the published copies of the Testimonies were exhausted.
Action was taken during the General Conference of that year which not only
provided for the reprinting of the Testimonies, but also gave reason for
editing. The action the Conference took was printed as follows in the Review &
Herald:
32. WHEREAS, Some of the bound volumes of the ‘Testimonies to
the Church’ are out of print, so that full sets cannot be obtained at the
Office; and–
WHEREAS, There is a constant and urgent call for the
re-printing of these volumes; therefore–
Resolved,
That we recommend their re-publication in such form as to make four volumes
of seven or eight hundred pages each.
33. WHEREAS, Many of these testimonies were written under the
most unfavorable circumstances, the writer being too heavily pressed with
anxiety and labor to devote critical thought to the grammatical perfection
of the writings, and they were printed in such haste as to allow these
imperfections to pass uncorrected; and–
WHEREAS, We believe the light given by God to His servants is
by the enlightenment of the mind, thus imparting the thoughts, and not
(except in rare cases) the very words in which the ideas should be
expressed; therefore–
Resolved, That in the re-publication of these volumes such
verbal changes be made as to remove the above-named imperfections, as far as
possible, without in any measure changing the thought; and further–
34. Resolved, That this body appoint a committee of five to take charge of
the republication of these volumes according to the above preambles and
resolutions.(The Review & Herald, November 27, 1883)
Elder George Butler appointed W. C. White, Uriah Smith, J. H. Waggoner, S. N.
Haskell, and himself to the committee.5
While the intentions were good, this action opened the door for further
editorial work beyond the scope of the preamble and resolution. This work of
editing could be done because the inspiration that was given to Sister White
was declared to be thought inspiration. While Adventists have long believed
that the prophets were God’s penmen and not His pen, where in the Bible can we
find such an example of editorial work done to a prophet’s message?
The 1919 Bible Conference
History reveals that it was shortly after the death of Ellen G. White that the
S. D. A. Church quickly moved to embrace the Trinity doctrine. In the 1919
Bible Conference, W. W. Prescott gave a series of studies entitled, “The
Person of Christ.” These studies, promoting Trinitarianism, were not
universally received by the delegates. The discussion following his
presentations became quite intense. G. C. President A. G. Daniells, attempted
to calm the discussions down by stating: “We are not going to take a vote on
trinitarianism or arianism, but we can think.” (Transcript from the 1919 Bible
Conference)5
Holdouts
By
the early 1940’s, there were still some holdouts who resisted the new
theology. One was a minister by the name of Elder J. S. Washburn, who in 1940
wrote a blistering attack on Elder W. W. Prescott concerning a sermon that
Prescott had preached in the Takoma Park Church, (Md.) on October 14, 1939.
The title of Prescott’s sermon was “The Coming One,” and dealt with the
Trinity among other subjects. Washburn’s paper, while highly personal, was
liked so well by one conference president that he asked for thirty-two copies
to distribute to all the ministers in his conference. The significance of the
matter is not so much the specific content of the sermon, nor the reply of
Washburn, but rather, that in 1940 there was still an anti-Trinitarian faction
in the church.14
The Revision of
Daniel and Revelation
By
1944, most of the obstacles had been removed so the new theology could fully
engulf the movement. One thorn in the flesh was Uriah Smith’s book, Daniel
and Revelation. This book, originally published in two portions,
Thoughts, Critical and Practical, on the Book of Revelation (1867), and
Thoughts, Critical and Practical, on the Book of Daniel (1873), carried
the endorsement of Ellen G. White.17
It was and has been the longest running Adventist publication in print outside
of the Spirit of Prophecy books. However, it taught an anti-Trinitarian view
of Christ. The necessity of removing it from circulation for this reason was
suggested by W. W. Prescott at the 1919 Bible Conference.18
Rather than dropping what many considered an otherwise fine volume, it was
decided that the book would be “revised” to help bring it up to date with
historical events that had occurred since it had last been revised by Elder
Smith. However, the main thrust in the revision was to remove the
anti-Trinitarian statements.19
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