Entenda a Questão dos Anos que Marcam o Início das 2.300 Tardes e Manhãs: 458/457 AC

 

 

INTRODUÇÃO

 

O objetivo deste estudo é harmonizar os pontos conflitantes, da cronologia das setentas Semanas e conseqüentemente das 2.300 tardes e manhãs.

Antes de entrarmos em maiores detalhes sobre o assunto proposto, citaremos algumas informações importantes sobre os Calendários dos reinos de Judá, de Babilônia e de Roma.

De acordo com C. Mervyn Maxwell:

 

Primeira:

 

Anos marcados de primavera a primavera, e anos marcados de outono a outono. Nenhum povo antigo, antes dos romanos, iniciava o ano em 1º de janeiro, como hoje fazemos. Nos tempos de Daniel o reino de Judá iniciava o ano civil no outono, mais ou menos à época em que as chuvas temporãs começavam a cobrir de verde o solo até então crestado pela seca do verão. O reino  de Babilônia, entretanto, começava o ano na primavera. Quando comparado com os nossos anos da atualidade, ou seja, anos relacionados com janeiro-janeiro, os anos da antiguidade iniciavam em um ano e terminavam em outro. É por esta razão que eles são freqüentemente indicados por dois números, separados por barra. Por exemplo 606/605, 605/604 a.C., etc..”. – (MAXWELL, C. Mervyn. UMA NOVA ERA SEGUNDO AS PROFECIAS DE DANIEL. Primeira edição. Tatuí – SP, CPB, 1996.p. 48).

 

 

Observações:

 

Sendo outono, em Jerusalém, conseqüentemente, será outono em Babilônia e em Roma. Porque, ambas, as cidades estão localizadas no Hemisfério Norte, o que corresponde à primavera em Brasília, no Hemisfério Sul.

Um outro detalhe, é que, ainda hoje, os judeus continuam a observar dois Calendários – conseqüentemente, um é o Calendário Civil que inicia no primeiro dia do sétimo mês, Tisri/Etanim; e o Calendário Religioso começa no primeiro dia do primeiro mês, Abibe/Nissan (Nisã).

 

 

Segunda:

 

Ano de ascensão (ao trono). Quando um rei morria, o ‘primeiro ano’ de seu sucessor não era contado a partir do dia imediatamente seguinte ao da morte do antigo rei, e sim a partir do próximo dia do Ano Novo (na primavera ou outono, conforme fosse o caso). O período conhecido nesse intervalo era conhecido como o início do reinado’ ou ano de ascensão’, e não recebia uma numeração na seqüência cronológica do reinado.” – (Ibidem. pp. 48).

 

Terceira:

 

Forma ‘inclusiva de contar o tempo. Embora possa parecer estranho, praticamente todas as pessoas dos tempos bíblicos contavam o tempo de forma ‘inclusiva’. Hoje, normalmente, contamos o intervalo de tempo entre o meio-dia de uma segunda-feira e o meio-dia da próxima segunda-feira, como sendo de sete dias. Nos tempos antigos, porém, as pessoas considerariam este período como sendo de oito dias, pois elas incluiriam’ toda a primeira segunda-feira e toda a última segunda-feira como sendo dias completos, embora só uma porção desses dois dias realmente devesse ser contada, de acordo com o nosso critério atual. Da mesma forma, os eventos decorridos entre o quinto e o sétimo ano do reinado de alguém, não seriam considerados como tendo ocorrido em dois anos - como faríamos hoje - e sim em três anos. Eles incluiriam todo o quinto e todo o sétimo ano, embora só parte dos mesmos realmente estivesse envolvida.

Incidentalmente, é esta forma inclusiva’ de contagem que nos permite entender como pode a Bíblia dizer que Cristo permaneceu três dias’ no sepulcro. Para os nossos padrões, o período teria sido menos de dois dias, mas não para nossos irmãos dos tempos bíblicos. Porções da sexta-feira e do domingo foram envolvidas (em adição a todo o sábado); assim, na expressão da época, o período foi de três dias. Se isso lhe parece estranho, pense em quão estranho teria parecido a eles a nossa popular expressão, ‘fim de semana’. Embora pareça incrível, o nosso ‘fim-de-semana’ envolve não apenas a porção final de uma semana, como também a porção inicial da semana seguinte! (Ibidem. pp. 48-49).

 

 

Por último, serão acrescentadas informações sobre os Calendários judaicos, porque eles são Calendários híbridos, ou seja, eles são um calendário tanto solar quanto lunar. Por isso, como Calendário Lunar, era importante que se comemorassem (a festa da Lua Nova), o que corresponde ao início do mês. (Núm. 10:10; 28:11; 1Sam. 20:5,18,24,27 e 34; Isaías 66:23). Contudo, também, como um Calendário Solar, porque assim como a Lua determina o ciclo de cada mês, o Sol determina o final e o início de cada dia. Isso, pode-se compreender por meio das seguintes passagens: Gên. 1:2 e 3 (diz respeito às trevas e a luz), 5, 8, 13, 14-19,23, 31 (dizem respeito ao pôr do sol e nascer do sol) e 2:1-3 (diz respeito ao sétimo dia). Êxodo 20:8-11 (4ª Ordem [Declaração, Palavra]) ; Lev. 23:32; Neem. 13:19; Mat. 27:57; Mar. 1;21,29,32; 15:42; 16:1-2; Luc. 23:53-24:1 e João 20:19.

 

 

Abaixo serão feitas algumas citações sobre o calendário judaico.

 

De fato, o calendário hebraico é complexo, pois ao contrário de outros, que se baseiam no movimento do sol ou da lua como o cristão e o muçulmano respectivamente, o calendário hebraico é um híbrido destes dois sistemas.

 

O que mais nos espanta é que hoje, quando dispomos de satélites e relógios atômicos, os mais modernos instrumentos de medição enviados ao espaço provam a exatidão dos cálculos talmúdicos (relativos à duração do ciclo lunar) com até cinco casas decimais de precisão. (GRYLAK , Moshe. REFLEXÕES SOBRE A TORÁ. Primeira edição. São Paulo – SP, Editora e Livraria Sêfer Ltda. 1998. p. 78).

 

 

O que foi dito, baseia-se, também, nas seguintes citações:

 

O Calendário hebreu ocupa uma posição muito importante na Halachá (Legislação Religiosa) judaica, pois que todas as Festas dependem da fixação dos meses do ano judaico. Este assunto é regido por Mandamento específico, mencionado na Torá, ainda antes da Revelação no Monte Sinai. Os meses judaicos são vinculados, no tocante às suas épocas, às estações do ano e às atividades agrícolas na Terra Santa. Até mesmo diversas Festas São cognominadas pelas estações em que ocorrem, como, por exemplo, Pessach - designada Festa da Primavera, Sucot - a Festa da Colheita. A autoridade para a fixação de Rosh Chodesh era uma das atribuições e tarefas do Tribunal e do Sanedrin (Supremo Tribunal de 71 membros) em Érets Israel, em tempos antigos”.

 

Como é sabido, a lua completa seu ciclo em torno da Terra em um mês, e a Terra junto com a lua percorrem sua órbita em torno do sol em um ano. O ciclo da lua é de aproximadamente 29 dias e meio. (FRIDLIN, Jairo. SIDUR COMPLETO - COM TRADUÇÃO E TRANSLITERAÇÃO. São Paulo – SP, Editora e Livraria Sêfer, Edição de 1997. p. 447].

 

 

Por isso:

 

Visto que o mês lunar tem 29 dias e meio aproximadamente, e o mês não pode começar no meio do dia, foram instituídos meses de 30 dias, chamados de ‘completos’ e os com 29 dias, chamados de ‘incompletos’. Em princípio há 6 meses de 30 e seis de 29 dias. Os doze meses lunares em que a lua dá 12 voltas em torno da Terra, contam 354 dias. Pelo calendário universal, aceito na maior parte do mundo, e que é solar (isto é, o ano é o período em que a Terra, junto com a lua, completa seu percurso em volta do sol), o ano tem 365 dias. O ano lunar apresenta, portanto, um déficit anual de 11 dias. Por conseguinte, o ano lunar sofreria, no período de três anos, um atraso de um mês, vindo os meses a cair em estações diferentes, após cada três anos. Isto contraria o Mandamento da Torá de celebrar Pessach no mês da primavera, pois que o mês de Nissan poderia cair até no meio do inverno, ou em qualquer estação. Diga-se de passagem, que o calendário muçulmano ignora o ciclo solar, o que faz com que suas festas caiam em qualquer estação do ano, conforme explicamos.

Para fazer as ... Festas caírem sempre nas mesmas estações, acrescenta-se a cada dois ou três anos mais um mês ao ano, criando-se, assim, um ano bissexto de 13 meses. A fim de fixar definitivamente os anos bissextos e evitar erros, foi instituído o ciclo de 19 anos. Neste período há 228 meses, havendo um déficit, em relação ao ano solar, de 210 dias, que correspondem a 7 meses de 30 dias cada. Portanto, há 7 anos bissextos, de 13 meses, em cada ciclo de 19 anos - os 3º, 6º, 8º, 11º, 14º, 17º e 19º anos - sendo os outros 12, simples, de 12 meses. Nos anos bissextos há dois meses de Adar: Adar I (de 30 dias) e Adar II (de 29 dias). (Ibidem. pp. 449-450).

 

 

 

ALGUNS DETALHES DO CALENDÁRIO RELIGIOSO

 

Como foi dito, os judeus possuem dois Calendários. O Calendário Religioso e o Calendário Civil. O primeiro, foi instituído antes da saída do Egito.

 

Este mês será para vós o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano”. (Êxodo 12:2 – AVR).

Hoje, no mês de Abibe, vós saís”. (Êxodo 13:4 – AVR).

 

OBS: o mês de Abibe, também é conhecido como Nisã.

No dia vinte e quatro do primeiro mês, estava eu à borda do grande rio, o Tigre”. (Dan. 10:4 – AVR). Confira também, Neemias 2:1 (Nisã) – AVR.

 

O Calendário Religioso, do povo de Elohym, coincidia (coincide) com o Calendário civil dos povos do Oriente. (No caso: com o Calendário de Babilônia e com o Calendário dos Medos e Persas).

O Calendário Religioso, começa no mês de Abibe/Nisã (esse mês tem 30 dias) - março/abril e termina no mês de  Adar (esse mês tem 30 dias [Adar I] ou 29 dias [Adar II]) - fevereiro/março.

 

 

 

ALGUNS DETALHES DO CALENDÁRIO CIVIL

 

Podemos dizer, que o Calendário Civil, começa na metade do Calendário Religioso, ou seja, começa no sétimo mês do ano, do Calendário Religioso, Tisri/Etanim (esse mês tem 30 dias) - setembro/outubro e termina no mês de Elul (esse mês tem 29 dias) agosto/setembro.

 

O Calendário do Império Medo-Persa, provavelmente, durante o seu domínio,  tenha sido o mesmo que era adotado pelos reis Babilônicos, principalmente, no que diz respeito ao “Ano de ascensão” – o primeiro ano do reinado e ao “início do reinado” – quando começava a reinar.

 

Sobre as Festas instituídas por Elohym, relacionadas ao sétimo mês, está escrito:

 

Fala aos filhos de Israel: No sétimo mês, no primeiro dia do mês, haverá para vós descanso solene, em memorial, com sonido de trombetas, uma santa convocação”. (Lev. 23:24 – AVR).

No sétimo mês, no primeiro dia do mês, tereis uma santa convocação; nenhum trabalho servil fareis; será para vós dia de sonido de trombetas”. (Num. 29:1 – AVR).

 

Também guardarás a festa da sega, a das primícias do teu trabalho, que houveres semeado no campo; igualmente guardarás a festa da colheita à saída do ano, quando tiveres colhido do campo os frutos do teu trabalho”. (Êxodo 23:16 - AVR).

Também guardarás a festa das semanas, que é a festa das primícias da ceifa do trigo, e a festa da colheita no fim do ano”. (Êxodo 34:22 – AVR).

Percebe-se, claramente, nesses versos, que a última Festa, que corresponde ao mês sétimo, é chamada: “a festa da colheita no fim do ano”. Portanto, o sétimo mês, segundo o Calendário Religioso, em função das colheitas, é final de ano e não o início.

 

 

OS DETALHES DA CRONOLOGIA NO LIVRO DE JEREMIAS

 

E sucedeu no mesmo ano, no princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, no ano quarto, no mês quinto, que Hananias, filho de Azur, o profeta de Gibeão, me falou, na casa do Senhor, na presença dos sacerdotes e de todo o povo dizendo”. (Jer. 28:1 – AVR).

Sucedeu pois no ano quarto de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá, que da parte do Senhor veio esta palavra a Jeremias, dizendo: Toma o rolo dum livro, e escreve nele todas as palavras que te hei falado contra Israel, contra Judá e contra todas as nações, desde o dia em que eu te falei, desde os dias de Josias até o dia de hoje”. (Jer. 36:1-2 – AVR).

 

Os detalhes que quero ressaltar desses versos são: “no princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, no ano quarto, no mês quinto”; “Sucedeu pois no ano quarto de Jeoiaquim” e “Toma o rolo dum livro, e escreve nele todas as palavras que te hei falado contra Israel ... desde os dias de Josias até o dia de hoje”.

 

Portanto, digo: “no quarto ano, no mês quinto”, o profeta Jeremias começou a escrever, segundo a ordem de Yahweh.

O quinto mês, é o mês de Abe (esse mês tem 30 dias) julho/agosto, no Calendário Religioso ou Sebate (esse mês tem 30 dias) janeiro/fevereiro, no Calendário Civil.

 

 

Diante disso, temos que perceber os detalhes mais importantes, para a cronologia, envolvidos neste capítulo, (36) do livro de Jeremias.

 

Então Jeremias chamou a Baruque, filho de Nerias; e escreveu Baruque, no rolo dum livro, enquanto Jeremias lhas ditava, todas as palavras que o Senhor lhe havia falado. E Jeremias deu ordem a Banique, dizendo: Eu estou impedido; não posso entrar na casa do Senhor”. (Jer. 36:4-5 – AVR).

E fez Baruque, filho de Nerias, conforme tudo quanto lhe havia ordenado Jeremias, o profeta, lendo no livro as palavras do Senhor na casa do Senhor”. (Jer. 36:8 – AVR).

 

Outro detalhe a ser destacado é: “não posso entrar na casa do Senhor”. Por isso, o profeta “deu ordem a Banique”. E Baruque fez conforme o profeta havia dito.

 

Agora, com bastante atenção, perceba, os outros detalhes:

 

No quinto ano de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá, no mês nono, todo o povo em Jerusalém, como também todo o povo que vinha das cidades de Judá a Jerusalém, apregoaram um jejum diante do Senhor”. (Jer. 36:9 – AVR).

 

O detalhe importante, aqui, além do “quinto ano” é  o “nono mês”. Porque este “nono mês” ou é Sivã (esse mês tem 30 dias) maio/junho ou é Quisleu (esse mês tem 29 ou 30 dias) novembro/dezembro. Portanto, ou é uma referência ao mês do Calendário Civil ou do Calendário Religioso. Com certeza o “quinto ano de Jeoiaquim, filho de Josias” diz respeito ao Calendário Civil, que havia começado no “sétimo mês”.

 

No entanto, o mês Sivã ou Quisleu será determinado pela estação. Porque “no nono mês” do Calendário Civil, está terminando a primavera e começando o verão (No Hemisfério Norte). E “no nono mês” do Calendário religioso, está  terminando o outono e começando o inverno (No Hemisfério Norte).

 

Portanto, o detalhe final, para a cronologia, está nestes versos abaixo:

 

Leu, pois, Banique no livro as palavras de Jeremias, na casa do Senhor, na câmara de Gemarias, filho de Safã, o escriba, no átrio superior, à entrada da porta nova da casa do Senhor, aos ouvidos de todo o povo. E, ouvindo Micaías, filho de Gemarias, filho de Safã, todas as palavras do Senhor, naquele livro, desceu à casa do rei, à câmara do escriba. E eis que todos os príncipes estavam ali assentados: Elisama, o escriba, e Delaías, filho de Semaías, e Elnatã, filho de Acbor, e Gemarias, filho de Safã, e Zedequias, filho de Hananias, e todos os outros príncipes. E Micaías anunciou-lhes todas as palavras que ouvira, quando Baruque leu o livro aos ouvidos do povo. Então todos os príncipes mandaram Jeúdi, filho de Netanias, filho Selemias, filho de Cuche, a Baruque, para lhe dizer: O rolo que leste aos ouvidos do povo, toma-o na tua mão, e vem. E Banique, filho de Nerias, tomou o rolo na sua mão, e foi ter com eles. E disseram-lhe: Assenta-te agora, e lê-o aos nossos ouvidos. E Baruque o leu aos ouvidos deles. Ouvindo eles todas aquelas palavras, voltaram-se temerosos uns para os outros, e disseram a Banique: Sem dúvida alguma temos que anunciar ao rei todas estas palavras. E disseram a Baruque: Declara-nos agora como escreveste todas estas palavras. Ele as ditava? E disse-lhes Baruque: Sim, da sua boca ele me ditava todas estas palavras, e eu com tinta as escrevia no livro. Então disseram os príncipes a Banique: Vai, esconde-te tu e Jeremias; e ninguém saiba onde estais. E foram ter com o rei ao átrio; mas depositaram o rolo na câmara de Elisama, o escriba, e anunciaram aos ouvidos do rei todas aquelas palavras. Então enviou o rei a Jeúdi para trazer o rolo; e Jeúdi tomou-o da câmara de Elisama, o escriba, e o leu aos ouvidos do rei e aos ouvidos de todos os príncipes que estavam em torno do rei. Ora, era o nono mês e o rei estava assentado na casa de inverno, e diante dele estava um braseiro aceso. E havendo Jeúdi lido três ou quatro colunas, o rei as cortava com o canivete do escrivão, e as lançava no fogo que havia no braseiro, até que todo o rolo se consumiu no fogo que estava sobre o braseiro”. (Jer. 36:10-22 – AVR).

 

Com este último detalhe: “Ora, era o nono mês e o rei estava assentado na casa de inverno”, sabemos então que o “nono mês” é o mês de “Quisleu” que corresponde à novembro/dezembro. Portanto, o “quinto ano de Jeoiaquim, filho de Josias” começou no sétimo mês do Calendário Religioso que corresponde ao terceiro mês do Calendário Civil.

 

Quanto ao 7º (sétimo) ano de Artaxerxes I, que governou de 465 a 424 a. C., temos as seguintes possibilidades:

Se o “Ano de ascensão” dele foi o ano 465, o “início do reinado” poderá ter sido em 466. Então o sétimo ano seria 459/458.

Se o “Ano de ascensão” dele foi o ano de 464, o “início do reinado” poderá ter sido em 465. Então, o sétimo ano seria 458/457.

Por último, o “Ano de ascensão” pode ter coincidido com o ”início do reinado” em 465. Então, o sétimo ano seria 458.

 

Contudo, o Calendário dos medos e dos persas, está sendo analisado, em conformidade com o Calendário Babilônico (Porque se imagina, que pelo menos a partir do domínio dos medos e dos persas, eles tenham adotado o Calendário Babilônico).

 

De acordo com a Escritura Sagrada, particularmente, creio que ambas as datas, 458 e 457 a. C., estão corretas. Porque o ano 458 de Artaxerxes I, tem por base o Calendário que se inicia na Primavera. Semelhantemente, o Calendário Religioso do povo de Elohym, inicia-se em Abibe/Nisã. Por isso, quando se fala das Festas Judaicas, no sétimo mês, (10º dia - Yom Kíppur), no outono, estamos falando do Calendário Religioso.

 

 

 

O LIVRO DE ESDRAS E OS DECRETOS

 

Também subiram a Jerusalém alguns dos filhos de Israel, dos sacerdotes, dos levitas, dos cantores, dos porteiros e dos netinins, no sétimo ano do rei Artaxerxes. No quinto mês Esdras chegou a Jerusalém, no sétimo ano deste rei. Pois no primeiro dia do primeiro mês ele partiu de Babilônia e no primeiro dia do quinto mês chegou a Jerusalém, graças à mão benéfica do seu Deus sobre ele”. (Esdras 7:7-9 - AVR).

 

Em outro lugar diz:

 

Ajuntei-os à margem do rio que corre para Ava; e ficamos ali acampados três dias. Então passei em revista o povo e os sacerdotes, e não achei ali nenhum dos filhos de Levi”. (Esdras 8:15 – AVR).

 

Então partimos do rio Ava, no dia doze do primeiro mês, a fim de irmos para Jerusalém; e a mão do nosso Deus estava sobre nós, e ele nos livrou da mão dos inimigos, e dos que nos armavam ciladas pelo caminho”. (Esdras 8:31 – AVR).

 

A base da cronologia de Esdras é o Calendário, que envolve às Festas Sagradas,  e por conseguinte, também coincidiu com o Calendário Babilônico e o Calendário dos reis medos e persas.

Sendo assim, o dia 10 (Yom Kíppur) do sétimo mês (Tisri/Etanim), tanto no Calendário dos reis medos e persas quanto no Calendário Religioso do povo de Elohym, ainda continua sendo o ano 458 a. C., bem como, também, é o ano 457 a. C. no Calendário Civil. Portanto, Elohym não se contradiz nos Seus planos. O homem é que causa confusão por não discernir os propósitos do Criador.

 

  Outro aspecto que temos que analisar é o seguinte:

 

Agora pois, ó rei, estabelece o interdito, e assina o edital, para que não seja mudado, conforme a lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar”. (Daniel 6:8 – AVR).

Depois se foram à presença do rei e lhe perguntaram no tocante ao interdito real: Porventura não assinaste um interdito pelo qual todo homem que fizesse uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem por espaço de trinta dias, exceto a ti, ó rei, fosse lançado na cova dos leões? Respondeu o rei, e disse: Esta palavra é certa, conforme a lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar”. (Daniel 6:12 – AVR).

Nisso aqueles homens foram juntos ao rei, e lhe disseram: Sabe, ó rei, que é lei dos medos e persas que nenhum interdito ou decreto que o rei estabelecer, se pode mudar”. (Daniel 6:15 – AVR).

 

 

 

A LEI DOS MEDOS E PERSAS

 

Então, disse o rei Assuero à rainha Ester e ao judeu Mordecai: Eis que dei a Ester a casa de Hamã, e a ele penduraram numa forca, porquanto intentara matar os judeus. Escrevei, pois, aos judeus, como bem vos parecer, em nome do rei, e selai-o com o anel do rei; porque os decretos feitos em nome do rei e que com o seu anel se selam não se podem revogar”. (Ester 8:7-8 – ARA).

 

Nós não podemos esquecer que fazemos parte de um conflito Cósmico. “Pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes”. (Efésios 6:12 – AVR). E nesta batalha, Miguel e os seus anjos poderosos estão sempre de prontidão, vigiando contra o príncipe das trevas e os seus anjos. Quando o inimigo procura frustrar os planos de Elohym, como foi no caso de Daniel e dos judeus na época do rei Assuero e da rainha Ester, com “A lei dos medos e dos persas, que não se pode revogar”, assinada contra eles, Elohym usou a mesma Lei para estabelecer os Seus  planos e propósitos para o Seu povo, o Seu Templo e a cidade de Jerusalém.

 

 

 

O CUMPRIMENTO DAS PROFECIAS DE ISAIAS E JEREMIAS

 

Eu o despertei em justiça, e todos os seus caminhos endireitarei; ele edificará a minha cidade, e libertará os meus cativos, não por preço nem por presentes, diz o Senhor dos exércitos”. (Isaías 45:13 – AVR).

 

Sabemos que o rei Ciro não construiu a cidade de Jerusalém, mas libertou os cativos. Esses cativos não tinham autonomia política nem militar.

 

Em outro lugar, diz o Texto Sagrado:

 

No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor proferida pela boca de Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, de modo que ele fez proclamar por todo o seu reino, de viva voz e também por escrito, este decreto: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus do céu me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá”. (Esdras 1:1-2 – AVR).

 

 Acontecerá, porém, que quando se cumprirem os setenta anos, castigarei o rei de Babilônia, e esta nação, diz o Senhor, castigando a sua iniqüidade, e a terra dos caldeus; farei dela uma desolação perpetua”. (Jeremias 25:12 – AVR).

Porque assim diz o Senhor: Certamente que passados setenta anos em Babilônia, eu vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a trazer-vos a este lugar”. (Jeremias 29:!0 – AVR).

 

As profecias dos profetas Isaías e Jeremias, e essa proclamação do rei Ciro, por todo o seu reino, convocando os judeus para construir o Templo de Yahweh, cumpriram-se literalmente, e “o decreto do rei Ciro”, depois, é claro, do “mandado de Elohym de Israel”, tornou-se a base para os outros decretos que foram assinados por Dario I e por Artaxerxes I.

 

Assim os anciãos dos judeus iam edificando e prosperando pela profecia de Ageu o profeta e de Zacarias, filho de Ido. Edificaram e acabaram a casa de acordo com o mandado do Deus de Israel, e de acordo com o decreto de Ciro, e de Dario, e de Artaxerxes, rei da Pérsia”. (Esdras 6:14 – AVR).

 

Esse verso é claro, cada um dos decretos, diz respeito à construção a construção do Templo de Yahweh. No entanto, o do último rei, citado, tem algo mais, que diz respeito à autonomia política e administrativa.

Os cativos já haviam sido libertados. Contudo, se não fosse o mandado de Elohym e o decreto do rei Ciro, eles não teriam voltado para construir o Templo e conseqüentemente as suas residências.

Então, analisando, de maneira mais crítica, não teria cabimento construir um Templo em Jerusalém se não houvesse adoradores em Jerusalém, bem como pessoas encarregadas de cuidar da Cada de Yahweh. Por isso, é que os quatro decretos foram importantes, não apenas para o início e a conclusão do Templo de Yahweh em Jerusalém, contudo para a autonomia política, administrativa e judiciária do povo de Elohym.

 

E eu, o rei Artaxerxes, decreto a todos os tesoureiros que estão na província dalém do Rio, que tudo quanto vos exigir o sacerdote Esdras, escriba da lei do Deus do céu, prontamente se lhe conceda, até cem talentos de prata cem coros de trigo, cem batos de vinho, cem batos de azeite, e sal à vontade. Tudo quanto for ordenado pelo Deus do céu, isso precisamente se faça para a casa do Deus do céu; pois, por que haveria ira sobre o reino do rei e de seus filhos? Também vos notificamos acerca de todos os sacerdotes e levitas, cantores, porteiros, netinins, e outros servos desta casa de Deus, que não será lícito exigir-lhes nem tributo, nem imposto, nem pedágio. E tu, Esdras, conforme a sabedoria do teu Deus, que possuis, constitui magistrados e juízes, que julguem todo o povo que está na província dalém do Rio, isto é, todos os que conhecem as leis do teu Deus; e ensina-as ao que não as conhece. E todo aquele que não observar a lei do teu Deus e a lei do rei, com zelo se lhe execute a justiça: quer seja morte, quer desterro, quer confiscação de bens, quer prisão. Bendito seja o Senhor Deus de nossos pais, que pôs no coração do rei este desejo de ornar a casa do Senhor, que está em Jerusalém; e que estendeu sobre mim a sua benevolência perante o rei e os seus conselheiros e perante todos os príncipes poderosos do rei. Assim encorajado pela mão do Senhor, meu Deus, que estava sobre mim, ajuntei dentre Israel alguns dos homens principais para subirem comigo”. (Esdras 7:21-28 – AVR).

 

 

 

O INÍCIO DAS 2.300 TARDES E MANHÃS DE DANIEL 8:14

 

Em Dan. 9:23: “No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem (רבד - dābār), e eu vim, para to declarar, porque és mui amado. Então, (atenta para) considera (ןיבו - û bîn), à palavra (רבדב – ba dābār) (a fala, o discurso; etc.)  e compreende (ןבהו - we hābēn) à (na) aparência (visão) - (הארמב – ba mare’eh)”.

 

Em Dan. 9:25: Sabe e entende: desde a saída da ordem (רבד - dābār) para restaurar e para edificar Jerusalém, até o Messias, o Príncipe (até o ungido - AVR), sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos”. (Dan. 9:25 - ARA).

 

A palavra רבד – dābār, não é uma palavra da Língua Aramaica. É um vocábulo da Língua Hebraica. E o vocábulo correspondente a ele, na Língua Aramaica,  é תד- dāt.

 

Em Esdras 8: 36: “E entregaram os decretos” (יתדּ - [dātê] - ) do rei aos seus sátrapas e aos governadores da Transeufratênia, os quais deram seu apoio ao povo e ao Templo de Deus”. (BJ).

 

A palavra chave a ser analisada é:

 

תדּ (dāt) decreto. Empréstimo lingüístico do persa, também usado no hebraico de Esdras e Ester.” – (HARRIS, R. Laird, ARCHER, Gleason L. Jr., WALTKE e Bruce K. Dicionário Internacional de Teologia do ANTIGO TESTAMENTO. 1ª ed. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova. São Paulo – SP, 1998. p. 1681.).

 

Em outro lugar foi escrito:

 

תדּ (dāt) decreto, Lei, edito, prescrição.

Este empréstimo lingüístico do persa dāta aparece 20 vezes em Ester, uma em Esdras (8.36) várias vezes nos trechos aramaicos de Esdras e Daniel. É grafado da mesma maneira tanto em hebraico quanto em aramaico. Uma vez que todos esses três livros tratam de reis persas, facilmente se explica o uso desse termo estrangeiro. Ele se sobrepõe com o uso às palavras hebraicas tôrâ, mishpāt  e hōq. A relação entre ‘decreto’ e ‘lei’ era bastante íntima, e ‘a lei dos medos e dos persas’ não podia ser revogada (Et 8.8; cf. Dn 6.12[13]).

Em essência a lei era aquilo que o rei queria. Seus desejos rapidamente se tornavam lei, conforme se ilustra no fato de que a ‘palavra do rei’ é relacionada com a lei em quatro oportunidades no livro de Ester (TB, 2.8; 4.3; 8.17; 9.1). ... Expediu-se um edito que depunha Vasti da condição de rainha, e isso imediatamente tornou-se parte das ‘leis dos persas e dos medos’ (1.19). Tais editos eram escritos e, então, enviados por todo o reino para que todos o soubessem (1.20; 3.14).”

 

“No hebraico, fora do livro de Ester, a única ocorrência de dāt refere-se aos decretos de Artaxerxes, em que este apoiava os esforços de Esdras para fortalecer os exilados que retornaram a Jerusalém (Ed 8.36; cf. 7.12-24).” – (Ibidem. pp. 330-331).

 

Em outro lugar foi escrito:

 

רב(dābar) falar, declarar, conservar, ordenar, prometer, advertir, ameaçar, cantar, etc.” – (Ibidem. p. 292.).

 

 

Além dessas duas, temos outra palavra que é bastante usada em Esdras, no que diz respeito à construção do templo e o retorno dos judeus a Jerusalém. Por exemplo: (Esdras 5:13, 17; 6:3, 11-12 e 14 – םעט – te‘ēm.) Sobre Esdras está escrito: 7: 8-12. E continuando sobre os decretos temos: (Esdras 7:13 e 21 [12-24],  - םעט – te‘ēm).

 

 

 

AS DEZ PALAVRAS PROCLAMADAS NO MONTE SINAI

 

“Então, disse Elohym todas (םירבדּה - ha debārîm) As Palavras (Declarações, Ordens), estas, dizendo:” (Êxodo 20:1).

Os Dez Mandamentos”. Literalmente: (םירבדּה תרשׂע – ‘eśeret ha debārîm) - As Dez Palavras (Declarações, Ordens - Êxodo 34:28). Essas são “As Palavras (Declarações, Ordens) da Aliança”.

Os dez mandamentos”. Literalmente: (םירבדּה תרשׂע – ‘eśeret ha debārîm) - As Dez Palavras (Declarações, Ordens - Deut. 4:13).

Os dez mandamentos”. Literalmente: (םירבדּה תרשׂע – ‘eśeret ha debārîm) - As Dez Palavras (Declarações, Ordens - Deut. 10:4).

 

Esta expressão da Língua Portuguesa, “os dez mandamentos”, que é traduzida pela (ARC e AVR) no lugar de “As Dez Palavras (Declarações, Ordens)”, é uma expressão que não existe no Texto Sagrado. Ela é a união dos vocábulos: (ה - ha), (רשׂע – ‘eśer) e (הוצמ – mitswâ;  [plural] תוֹוצמ - mitsvôt).

 

A Versão ARA, assim traduz: “as dez palavras – (Êxodo 34:28)”, “os dez mandamentos – (Deut. 4:13 e 10:4)”, e a BJ, assim traduz: “as dez palavras – (Êxodo 34:28)” e “As Dez Palavras – (Deut. 4:13 e 10:4)”.

 

 

 

A PROFECIA CONTINUA SE CUMPRINDO EM NOSSOS DIAS

 

No que diz respeito à palavra “lei” (ARA, ARC, AVR- “Lei” [BJ]) da expressão: “Cuidará em mudar os tempos e a Lei” (Daniel 7:25). Porque,  tanto faz a palavra “תדּ (dāt)” ser traduzida com o sentido de “tôrâ”, (lei, ensino), “mishpāt (justiça, ordenança) ou  hōq” (estatuto), ela diz respeito à Roma Papal.

 

Portanto, no que diz respeito ao decreto de Dan. 9:25 muitas são as denominações religiosas que pretendem alterar o início desse decreto, e conseqüentemente, o seu final. Contudo, no que diz respeito à Daniel 7:25 e 9:25, nenhuma poder tem maior interesse em mudar o início do decreto, bem como As Palavras (Declarações, Ordens) de Elohym do que Roma Papal.

 

Talvez esses detalhes, sobre os dois Calendários, o Religioso e o Civil, tenham sido a base dos mileritas terem marcado, primeiro para o ano de 1843, depois para 1844, nas datas que eles supunham ser da Segunda Vinda do Messias.

Embora Ellen G. White, tenha escrito o que segue, temos que analisar a fonte:

 

O cálculo do tempo era tão simples e claro que mesmo uma criança podia entendê-lo. Desde a data do decreto do rei da Pérsia, encontrado em Esdras 7, que havia sido baixado em 457 a. C., os 2.300 anos de Daniel 8:14 deveriam terminar em 1843. Dessa maneira, havíamos olhado para o fim desse ano como o tempo da vinda do Senhor. Ficamos tristemente desapontados quando o tempo se passou e o salvador não veio.

Não foi percebido, de início, que se o decreto não entrou em vigor no princípio de 457 a. C., os 2.300 anos não se completariam no fim de 1843. Apurou-se que o decreto foi promulgado quase no final de 457 a. C., e portanto, o período profético deveria alcançar o outono de 1844. Por conseguinte, a visão do tempo não tardou, embora assim parecesse. Apoiamo-nos na linguagem do profeta: ‘Porque a visão ainda é para o tempo determinado, e até o fim falará, e não mentirá; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará.’ Hab. 2:3.” – (WHITE, Ellen G. Testemunhos Para a Igreja. Vol. 1. 1ª edição. Tatuí – São Paulo, CPB, 2000. p. 52.).

 

Para o sétimo ano de Artaxerxes I, (465 a 424 a. C.) ser 457, de acordo com o que foi citado acima, o primeiro ano tem que ser 464 a. C. e não 465 a. C.

 

Como já foi visto acima:

Se o “Ano de ascensão” dele foi o ano 465, o “início do reinado” poderá ter sido em 466. Então o sétimo ano seria 459/458.

Se o “Ano de ascensão” dele foi o ano de 464, o “início do reinado” poderá ter sido em 465. Então, o sétimo ano seria 458/457.

Por último, o “Ano de ascensão” pode ter coincidido com o ”início do reinado” em 465. Então, o sétimo ano seria 458.

 

Na citação acima, está escrito: “Apurou-se que o decreto foi promulgado quase no final de 457 a. C., e portanto, o período profético deveria alcançar o outono de 1844”.

Segundo a afirmação acima, o decreto só entrou em vigor no ano 456 a. C., porque assim está escrito no Livro de Esdras:

 

Também subiram a Jerusalém alguns dos filhos de Israel, dos sacerdotes, dos levitas, dos cantores, dos porteiros e dos netinins, no sétimo ano do rei Artaxerxes”. (Esdras 7:7 - AVR).

No quinto mês Esdras chegou a Jerusalém, no sétimo ano deste rei. Pois no primeiro dia do primeiro mês ele partiu de Babilônia e no primeiro dia do quinto mês chegou a Jerusalém, graças à mão benéfica do seu Deus sobre ele”. (Esdras 7:8-9 - AVR).

 

Também, em função dessa afirmação, agora, duas perguntas deverão ser feitas, são: Primeira: essa afirmativa tem por base qual Calendário: O Civil ou o Religioso? Ou seja, o final do ano Civil ou do ano Religioso? Segunda: Entrou em vigor, em função do recebimento da autorização por parte de Esdras? Ou da chegada a Jerusalém?

 

A profecia diz:

Sabe e entende: desde a saída da ordem (רבד - dābār) para restaurar e para edificar Jerusalém, até o Messias, o Príncipe (até o ungido - AVR), sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos”. (Dan. 9:25 - ARA).

 

Essa ordem, em função da profecia das “2.300 tardes e manhãs” só pode ser contada o seu início, a partir  do dia do Yom Kíppur. Que sem dúvida ocorreu no sétimo ano de Artaxerxes, que também coincide com o Calendário Religioso judaico.

 

Agora, outras perguntas: Quando foi instituído o Calendário Civil? Ou seja, foi antes, junto ou depois do Religioso? Qual começou a ser contado primeiro, o Civil ou o Religioso? O primeiro dia do sétimo mês (Tisri/Etanim) quando começa o Ano Civil, deve se acrescentar uma numeração igual menor ou maior do que a do Calendário religioso?

 

De acordo com o Livro de Esdras, o decreto foi assinado no sexto ano de Artaxerxes I (Ou seja, o primeiro ano completo é 464, ou seja, inicia em 465, e o sexto ano completo é 459, ou seja inicia em 460; ou 464/463 e 459/458). Então, o sétimo ano é 459/458 ou 458/457.

 

Por último, em função da afirmação: “Apurou-se que o decreto foi promulgado quase no final de 457 a. C., e portanto, o período profético deveria alcançar o outono de 1844”. Não dá para crê que foi Ellen G. White quem escreveu esse trecho. Porque isso levaria o início da profecia para o ano de 456 a. C. Além do mais, embora a afirmação seja atribuída a ela, não traz “Um Assim diz o Senhor”.

 

Em resumo, o que importa, é que tanto faz o início ter sido em 458 (tendo por base o Calendário religioso) ou 457 (tendo por base o Calendário Civil).

Como já foi dito, a base da cronologia de Esdras é o Calendário, que envolve às Festas Sagradas,  e por conseguinte, também coincidiu com o Calendário Babilônico e o Calendário dos reis medos e persas.

 

Então, o dia 10 (Yom Kíppur) do sétimo mês (Tisri/Etanim), tanto no Calendário dos reis medos e persas quanto no Calendário Religioso do povo de Elohym, ainda continua sendo o ano 458 ou 457 a. C., bem como, também, poder ser o ano 458 ou 457 a. C. no Calendário Civil, dependendo somente da origem do Calendário e, conseqüentemente, implicará na numeração a ser adotada. Qualquer que seja a base que se adote, chegaremos a 1843 e 1844 respectivamente.

Portanto, Elohym não se contradiz nos Seus planos. O homem é que causa confusão por não discernir os propósitos do Criador. -- josielteli@hotmail.com

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