Ora Essa, Sei que Não Tenho Crido em Rubens Lessa

Quando li o título do editorial “Sei em quem tenho crido”, pensei que o editorialista iria referir-se a sua fé em Jesus Cristo. Logo depois, percebi que não era esse o tema.

Lessa, como os judeus do tempo de Cristo acredita que o povo adventista tem um tesouro mais amplo,  não apenas uma fatia da verdade, mas a verdade toda e que de nada mais precisam. E da mesma forma que os judeus repudiaram  a verdade de Cristo, porque tinham toda a verdade, o redator não concorda que alguém questione     nossa estrutura organizacional.

Ele age como o fariseu da parábola, quando diz: "Guardo o sábado, devolvo o dízimo e conheço toda a verdade..."

Depois, esquecendo que a Bíblia diz "vinde e arrazoemos", passa a criticar aqueles que discutem doutrinas como se as doutrinas adventistas fossem totalmente inquestionáveis, como a doutrina do dízimo obrigatório, e ainda se reporta a algumas pessoas que, por interesses pessoais, criticam  certos modelos de organização, como se defender a Organização fizesse parte de seu credo pessoal.

Ele defende o progresso da igreja como se a igreja fosse um estabelecimento comercial. Cabe lembrar ao Sr. Lessa que a igreja teve muito progresso com Constantino, portanto o puro e simples progresso da igreja pode significar o fracasso da Mensagem.

Quanto à pureza da mensagem, segundo sua ótica a igreja não corre o menor perigo pelo assalto de lobos vorazes falsificadores de mensagens. Para o editorialista Rubens Lessa, o "jesuíta" Bert Beach (foto) é apenas um bom homem, no lugar certo...

Lessa, por exemplo quando ataca o que ele chama de discutidores de doutrinas  prega a infabilidade adventista como se Jesus Cristo nunca tivesse dito: “Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam  disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores” Mateus 7:15.

Rubens Lessa defende a idéia de que o povo adventista não deve discutir doutrinas, não deve questionar destino de dízimos, deve aceitar ricas associações e pobres igrejas, porque a luz que ele, Lessa, tem é suficiente, e nada mais se discute.

Do jeito que Rubens Lessa fala, parece que todo o nosso povo, inclusive os récem-batizados são especialistas em santuário, justificação pela fé, grande conflito, dom de profecia, milênio, nova terra, duas mil e trezentas tardes e  manhãs, 144 mil...

Depois ele fala como um ditador de nossa Organização afirmando que alguns não ombreiam com os métodos administrativos, defendendo a aplicação de recursos na igreja local como se aqueles que não concordam com o desvio de dízimos tivessem esquecido a recomendação de Jesus: “Ide por todo o mundo e pregai  o evangelho a toda criatura” – Marcos 16: 16.

E depois diz que críticos vem atuando aqui e ali  não conseguindo resultados convincentes ou duradouros.

Na verdade os resultados são convincentes, não porque os críticos manejem melhor as palavras, mas porque não defendem uma Organização tão rica quanto o Sinédrio, tão arrogante que afirme, através de seu garoto de recados, possuir toda a verdade e que não precise discutir mais nada e que se sente tão rica que de nada sente falta...

Esperamos como “oposição” a  manipuladores de multidões, autores de parábolas falsas, lobos travestidos de ovelhas, falsos profetas, desviadores de dízimos, manipuladores de eleições, descredenciadores de pastores fiéis,  defensores em causa própria que fingem defender terceiros, e raças de víboras fantasiadas de ungidos, que os  resultados sejam duradouros e que durem até a volta de Cristo. Não há falta de missão nos propósitos da oposição ao inimigo, há, sim, vontade de ver imperar não a palavra do homem Lessa, mas, sim, a palavra de Deus.

Até agora entendi em quem Lessa tem crido: que ele é melhor do que os outros, porque é o dono da verdade.

E Jesus Cristo desapareceu de seu texto? E Laodicéia foi retirada de sua Bíblia? Lessa, quando for decretado o decreto dominical você ainda vai continuar defendendo seus prédios, suas paredes, sua Organização? Seu pensamento Lessa, precisa de uma reforma. Seus escritos Lessa, precisam de reavivamento. Você mesmo disse que Ellen White disse que a reforma deve começar pelos líderes. Você  é um líder, Lessa! Seus últimos escritos são cristocêntricos ou "oposicêntricos?

Lessa, no mesmo artigo mistura, doutrinas adventistas com modelos de organização  e defende tão bem os seus pares que, lendo-o, parece que nunca houve em nossa Organização desvio de dízimos. A minha Bíblia deve ser diferente da sua... A minha não  ensina a idolatrar homens como ensina sua revista ("Não toqueis nos meus ungidos!"). A minha Bíblia defende patrimônios espirituais e não grandes estruturas humanas.

Para Lessa, cooparticipação  é um participar do pagamento obrigatório e outro do gasto desmedido. Lessa diz que os seus planos são perfeitos e que Deus precisa de homens como ele em sua obra. E ainda afirma que foi salvo pelo dizimo, ao dizer que se tornou adventista porque algumas pessoas dizimaram antes dele.

Lessa eu sei em quem você tem crido:

No dinheiro, no cargo, no poder, na fama, na organização,  em Bert Beach, no ecumenismo, nos jesuítas disfarçados, no ataque velado á oposição, na distorção dos textos bíblicos, na distorção dos textos de Ellen White, na infabilidade da organização, na reforma... dos prédios da organização, no reavivamento... das ofertas, na história da medalhinha de Marcos Di Benedicto, no sucesso dos CDs de sua filha (página 39),nos ungidos pela administração, em você mesmo...

O povo perece por falta de estudo das profecias. Nossos líderes perecem por excesso de autoconfiança!

Você disse que da igreja nunca sairá, mas você poderia sair um pouco do seu egocentrismo. Você diz que a obra requer planos bem elaborados. Seus planos Lessa, são melhores que os de Deus?

Em seu texto os temas reforma e reavivamento  foram usados fora do contexto. Ellen White disse “Reavivamento significa renovamento da vida espiritual, um avivamento das faculdades da mente e do coração, uma ressurreição da morte espiritual. Reforma significa uma reorganização, uma mudança nas idéias e teorias, hábitos e práticas." Review and Herald, 25 de fevereiro de 1902. [Revista e Arauto, não, revista e catálogo...]

Portanto, reavivamento nada tem a ver com defesa da organização; reforma espiritual não significa reformar ou manter a estrutura dos prédios, Lessa...

Tudo bem, para que você não diga que a oposição só sabe criticar vou mudar de assunto e contar uma historinha, bem ao seu estilo: 

O editor e o internauta

E um homem contou uma história para um editor que confiava muitíssimo em si mesmo, crendo que era justo e que devia desprezar toda e qualquer oposição.

Dois homens escreviam uma autobiografia, um deles era editor da Revista Adventista e o outro, um mero internauta.

O editor usando a página principal da revista declarava: "Ainda bem que não sou como o internauta que destoa da verdade, que torce doutrinas, que defende reforma na organização e que é movido por interesses pessoais.

"Eu tenho luz suficiente, não preciso de nenhum esclarecimento, tenho toda a verdade...

"Quando fui chamado para trabalhar  não escolhi entre a caneta ou a enxada, com as duas sempre fiz um bom trabalho, sempre honrando meu salário.

"O dízimo obrigatório já vem descontado em meu holerite e é sempre bem aplicado.

"Não sou como esse internauta que fica duvidando da integridade de  nossos líderes.

"Escrevo muito bem meu editorial todos os meses. Vivo dos dízimos, mas, em compensação, a santa organização já desconta automaticamente o dízimo dos dízimos que recebo.

"Minhas atitudes são sempre corretas e nunca erro na vida...

O internauta teclava em seu editor de e-mails: "Quero discutir doutrinas para aprender sobre elas e para não ser enganado por lobos vorazes disfarçados de ovelhas. Fico triste quando vejo o dizimo sendo desviado, preciso de mais luz, não sou o dono da verdade, não sou perfeito, sou um pecador..."

Qual dos dois deve ir para o Reino do Céu?

Os dois, Lessa! Desde que se arrependam de seus pecados, inclusive os cometidos com a manipulação das palavras.

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