O Decálogo da IASD Resume-se
em 2 Mandamentos: "Lembra-te do Sábado" e "Não Adulterarás"

Apesar do Senhor ter dado a Moisés e ao povo judeu DEZ mandamentos, sendo o primeiro - "Não terás outros deuses diante de Mim"- provavelmente o mais importante pois, todos os demais, de alguma forma, quando são transgredidos, é porque o primeiro já foi "quebrado", nossa igreja tem priorizado somente alguns em detrimento de outros de igual importância.  

Ao estudarmos com atenção o Velho testamento e muitas citações do Novo, podemos perceber que Deus, inúmeras vezes, previne seu povo sobre a contaminação com a idolatria dos povos vizinhos, demonstrando a importância que Deus dava ao primeiro mandamento.  

O Senhor sempre apelou ao povo judeu uma firme obediência como demonstração de amor e fidelidade ao único Deus verdadeiro. Porém, o povo judeu, como a igreja de hoje, era teimoso, esquecendo-se das advertências divinas e envolvendo-se rapidamente com as coisas do "mundo", chegando à idolatria.  

Se ponderarmos o que tem acontecido na igreja hoje em dia, chegaremos à conclusão que, passados praticamente 6 mil anos desde a criação, com todo o avanço da ciência, com todas as inovações tecnológicas, com todas as mudanças que ocorreram no mundo, a igreja de Deus continua teimosa, obstinada e idólatra, de forma muito sutil, mas não menos pecaminosa do que no passado.  

Fazendo vista grossa à transgressão do primeiro, segundo, terceiro, nono e décimo mandamentos, a igreja se agarra ao quarto (Guarda do Sábado) e ao sétimo (Não adulterarás), fazendo destes dois mandamentos motivo de condenação e exclusão de membros que, ao tentarem reintegrar-se à igreja, sentem o isolamento e a discriminação e acabam afastando-se do seio da igreja. A membresia ferve em comentários, muitas vezes maldosos e sem fundamentos, criando fatos, transgredindo o nono mandamento impunemente (Não dirás falso testemunho).  

Pergunto:

Quando uma pessoa se auto-promove advogado de condenação e juiz de um transgressor da lei de Deus, sendo ele próprio pecador, ele não está transgredindo o primeiro mandamento, colocando-se no lugar de Deus? Eu tenho visto isso acontecer em nossas igrejas por diversas vezes, mas nunca vi alguém ser cortado ou discriminado por ela, por isso. Pelo contrário, estão sempre rodeados de "amigos" que gostam de saber das últimas novidades...  

Quando uma pessoa, ao invés de agir como recomenda a Bíblia em Mateus 18:15-17 e Marcos 11:25 falar em particular com o irmão que, presumisse, está em pecado e, ao invés disso comenta o caso com muitas pessoas, sem ter certeza do fato, gerando assim falatórios infundados, não está ela "matando" a vida espiritual, emocional e moral de seu irmão?  

Jesus diz: O homem bom do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal. Pois da abundância do coração fala a boca. Lucas 6:45  

Por princípios não só espirituais, mas também culturais, nós não matamos ou roubamos porque sabemos que podemos ser punidos com a cadeia. Mas quantos dentro da igreja têm "matado" a auto-estima e a fé de seu irmão ao invés de ajudá-lo a reerguer-se?  

Sobre o oitavo mandamento "Não roubar", muitos em nossa igreja têm demonstrado uma idéia muito peculiar sobre o assunto. Pensam que roubar é apenas quando há um assalto de um carro, jóias ou algo valioso. Ou então quando algum político ou empresário desvia valores vultosos através de um caixa dois. Mas para eles, não é roubo:  

Chegar atrasado e sair antes de terminar o expediente no trabalho;  

Levar para casa material do escritório tipo canetas, borrachas, papel sulfite, cartuchos de impressora;  

Pegar para si mantimentos e roupas das "Dorcas" ou Assistência Social sem necessidades reais;  

Ficar com o troco a mais que o cobrador do ônibus ou a caixa do supermercado deu por engano;  

Burlar a declaração de imposto de renda a fim de não pagar mais imposto;  

Cobiçar a roupa, o carro, o cargo, a mulher (ou o marido) de algum irmão(ã).

Em Mateus 5:27-30, Jesus diz que "olhar com má intenção" já é pecado, o que pode ser generalizado para tudo mais e não só para o adultério.  

Em Lucas 16:15, Jesus diz: "Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações. O que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação."  

Muitos têm julgado e condenado seu irmão, mas são "sepulcros caiados" e, mesmo que as pessoas não saibam disso, Deus sabe! Estão sempre no horário para ocupar seus "cargos" na igreja, dão suas ofertas e dízimos em dia, seguem o Manual da Igreja à risca, muitas vezes fazendo desses rituais uma forma de idolatria, e deixam de lado o mais importante: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração... e amarás o teu próximo como a ti mesmo."

Jesus continua em Mateus 12:7: "Mas se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios, não condenaríeis os inocentes."  

Todos somos pecadores, mas o Santo Jesus Cristo nos justifica e nos chama "inocentes"! Isso não é maravilhoso?  

Não há nenhum mal nos cargos, nas ofertas sinceras, nas regras, nos bens materiais contanto que eles não tenham o valor e a atenção que só o nosso Criador deve ter.  

Estas e outras coisas não podem nos desviar do amor a Deus e ao próximo. Não podem nos fazer "quebrar" os mandamentos de Deus ou dar importância somente àqueles nos quais somos fortes para obedecer.   

Por isso, "Buscai ANTES o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas". Dessa forma poderemos guardar os mandamentos sem priorizar somente aqueles em que o nosso irmão cai. -- Irmã X, Ex-Mulher de Pastor.

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